É visível a falta de títulos de RPG no mercado português. Além da falta de espaço, o que predomina na região é o total monopólio dos cardgames e bardgames, que possuem um mercado muito mais fiel e dão uma certeza maior de lucro para as empresas que os destribuem. Mas não é de se espantar, com a crise mundial, e a incerteza do número de possíveis "consumidores"(os players), seria praticamente um tiro no escuro tentar conquistar um mercado ainda pequeno, e já acostumado a importar títulos para manter o hobby com os amigos.
Mas nem tudo são flores. O mercado brasileiro vem caindo, a maior revista especializada em RPG fechou as portas (a Dragão Brasil).
Vi alguns cá falarem que o mercado brasileiro está bem mais desenvolvido. E concordo, que em comparação com Portugal está sim. O Brasil possui 5 editoras nacionais de RPG: caladwin, conclave, daemon, jambor, e devir.
https://www.editora.conclaveweb.com.br
https://www.jamboeditora.com.br
Mas todas passando por dificuldades, poucos lançamentos, poucas tiragens e material impresso em qualidade inferior ao que eram. E citando a Devir, muitos a criticam, mas ela é a responsável por lançar os títulos que sempre desejamos ter em nossas mesas de jogo, por mais tardia que venham a chegar. Já as outras, às vezes passam um ano inteiro a lançar apenas UM título. Então criticar a Devir não adianta nada, se não existe um mercado que possa consumir seus produtos.
Não estou falando de sonhos e de utopia nas mesas de jogo, é a pura verdade, como qualquer outra empresa, ela precisa de capital pra se manter, precisa de um público de consumidores, e se os consumidores são cardgamers, os produtos serão Magic e VtES.
Enfim, aprecio muito a iniciativa de todos neste site, de manter a chama do nosso hobby viva. Mas que para o cenário luso-RPGístico cresça, é preciso de mais mãos rolando os dados. Abraços.
PS: um dicionário RPGístico pode ser útil:
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