O Meu Leiria-Con - parte 2

Com o despertador ligado, para não perdermos o abrir das hostilidades, lá seguimos nós até ao pequeno-almoço. De barrigas satisfeitas, seguimos para o local do evento. E já lá estava alguma gente… a coisa começava já a tomar forma, com a fila de pessoas a ir buscar os identificadores, a reservar as refeições, e já a começar a corrida pela escolha de jogos.

Já de identificadores ao peito (ficaram muito jeitosos, sim senhores, estão de parabéns) e senhas para as refeições (“eh lah, têm dadinhos atrás e tudo, isto foi tudo pensado”) lá tivemos a grande primeira decisão a tomar: Que jogo jogar? No meio de tantos que gostaríamos de experimentar, a escolha não é fácil. Optamos por um Tribune. Já há algum tempo que pensávamos em experimentá-lo. O Brainstorm depressa se voluntaria para nos explicar o jogo, e lá vamos nós. (eu, o Tiago, o Dalim e a Netjeret). Worker placement é realmente uma mecânica que me apela bastante, e como tal, o jogo começava logo por me parecer bem. A ideia de ter os vários objectivos a concluir, atrás da “conquista” das famílias, também me pareceu que tornava o jogo apelativo, na medida em que há vários caminhos (cada um escolhe os objectivos que achar que consegue realizar mais facilmente, ou que mais desejar) para alcançar a vitória. Com uns primeiros turnos um pouco mais lentos, devido a ninguém ter ainda jogado o jogo, lá começamos a entrar no jogo. Até que…. Com o aproximar da hora de almoço, lá percebemos que a Netjeret vai completar os quatro objectivos no próximo turno, e que mais ninguém teria ainda a possibilidade de o fazer. Era mais um turno…para os restantes. E assim demos por terminado o jogo e fomos almoçar. Estarmos a acelerar os últimos turnos, devido ao almoço, tornou a coisa um pouco menos competitiva, mas de certo que numa segunda tentativa, o jogo já fluirá bastante melhor. Não achei “extraordinário” (tradução: 9 ou 10 de rating), mas um bom jogo, que quererei voltar a experimentar.

Depois do belo repasto (buffet = perdição..), lá seguimos nós para a tarde de jogos. Com o Vasco a dar uma ajudinha na busca de parceiros (é sempre giro jogar com pessoas diferentes das quais estamos habituados a jogar), lá surgiu “um pai e um filho”, Carlos e Pedro, para jogarem connosco um In The Year of The Dragon. O Diogo (RedPissLegion) também se juntou a nós. Gostei bastante do jogo, e ao contrário da opinião geral, não me passou a sensação de ser assim tão “catastrófico”. Senti que era uma questão de planeamento a longo prazo, e que dessa forma se conseguia ir evitando de ter de sacrificar pessoas. Se calhar foi só de ser o primeiro jogo, e quando o jogar outra vez, já não correndo tão bem, sinta mais essa dificuldade, mas…

A coisa seguiu-se para um The Princes of Macchu Picchu. O jogo que mais queria experimentar. Ia mesmo com “fezada” para o jogo, e ainda por cima estando lá o autor, ainda o queria mais experimentar. Palavras para quê? Acabei por comprar o jogo lá, e pedir um autógrafo, claro. No próximo fim-de-semana já irei usufruir da compra.

E o último jogo antes do jantar, foi um Tikal. É engraçado, mas não tão bom como os anteriores. Acho que perde um pouco pelo downtime, que acaba por acontecer sempre quando temos action points para gastar. Se em jogos com grande profundidade, os “action points” podem ser bem justificáveis (como no android, em que se tivermos bem envolvidos no jogo, nem damos pelo downtime), ali no Tikal parece que não se justificaria tanto, porque estamos só ali a fazer continhas (gastamos 1 ponto, mais 3, 4, e agora ainda tenho x…), e perdemos algum tempo nisso, que acaba por não se justificar assim tanto. Mas joga-se bem e não desgostei. (E foi a 3ª vitória do dia, já estava com o ego demasiado lá em cima, e a tornar-me chata, portanto fomos jantar=P)

Mais um grande repasto, e seguimos para dois Taluva, juntamente com o Borg. O primeiro não correu muito bem, porque estávamos a cometer erros com as regras, então resolvemos partir para um segundo, quando já tínhamos percebido como a coisa funcionava. (Sim, surpreendentemente ainda não tínhamos jogado Taluva). Não gostei muito (preferi o Tikal, mesmo assim). É um carcassone 3D… e não me fez aquele “click”. Não farei questão de o voltar a jogar.

Seguiu-se um Red Dragon Inn (eu, Tiago, Netjeret e Borg), e aqui faltaram nitidamente shots para acompanhar…Isto é um jogo para se jogar com bebidas. É bastante divertido, andar a “tentar embebedar os outros”. Primeiro fez-se um “complot” contra a Netjeret, que sucumbiu ao álcool, apesar de ter tentado arduamente ignorar o maior número possível de bebidas. Se seguida, Borg e Tiago já a meio termo de sucumbir, acabaram por oferecer algumas bebidas um ao outro, enquanto eu bebia uns cafés e uma holy water, para recuperar forças. O final foi uma autêntica luta de shots seguidos entre mim e o Tiago, que acabou por não correr da melhor forma para o lado dele. E aqui eu “prometi” que não ganhava mais nenhum jogo hoje, e assim foi. =x

Jogo seguinte: Diamonds Club. Já tinha visto o jogo a ser jogado num dos encontros de Lisboa e tinha ficado com alguma curiosidade em experimentar. Lá nos juntámos ao Goldenclaw e à Susana. Ela era a única que já tinha experimentado o jogo e conseguiu de facto manter-se o jogo todo a jogar em primeiro lugar (ah chapéus), o que me fez jogar em último o jogo todo, visto estar do lado direito dela. (apesar de me conseguir colocar mais a frente na parte das compras). Não gostei muito de ser clockwise a partir do jogador da frente, acho que mais valia se manter a ordem. (porque “lutar” para ficar em segundo não serve de nada, visto só o primeiro manter a sua posição). Além disso, num jogo com jogadores experientes, calculo que se transforme numa verdadeira corrida às árvores, que acabam por ser muito mais vantajosas…

E para acabar o dia, foi um Race for the Galaxy. É sempre giro ensinar jogadores para o race, desta vez o Borg, o “iniciado”. E acho que o Vasco ficou um pouco mais convencido com o jogo, após esta vitória dele =D

Hora de dormir….E só faltava mais um dia: domingo..

Nem o Race ganhei... estava cá com uma maré de azar... Ainda bem que ganhei o Oregon na sexta ou então sentir-me-ia ainda pior, sim porque domingo foi mais um dia de não ganhar um.