Oh my Goods!

sint-omg Sinopse:

Os jogadores assumem o papel de trabalhadores produzindo ferramentas, barris, barras de ferro, vidro e muitos outros bens. O jogador que melhor souber gerir a sua cadeira de produção ganhá mais pontos de vitória que os outros e vencerá!

Como se joga:

⇒ Setup

No início separam-se as seguintes cartas:

  • 4 cartas de carvoeiro (verso azul)
  • 4 cartas de trabalhador (dupla face: homem/mulher)
  • 8 cartas de assistente (dupla face: assistente masculino/feminino)
  • 94 cartas de bens (verso castanho com caixa de madeira)

Distribuem-se a cada jogador:

  • 1 carta carvoeiro;
  • 1 carta de trabalhador;
  • 7 cartas de bens com o verso castanho voltado para cima, que se colocam atravessadas sobre a carta de carvoeiro (valem 7 moedas);
  • 5 cartas de bens para a mão.

De um dos lados da mesa revelam-se cartas de assistentes para mais tarde poderem ser compradas pelos jogadores:

  • 2 jogadores – 4 assistentes;
  • 3 jogadores – 5 assistentes;
  • 4 jogadores – 6 assistentes.

Os assistentes que não forem usados são colocados de novo na caixa.

As cartas podem ser usadas de 3 formas:

  • como recurso (ícone do lado esquerdo da carta);
  • como edifício (caixa de texto da carta);
  • como matéria-prima (com o verso voltado para cima sobre um edifício).

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Escolhe-se um jogador para ser o jogador ativo.

⇒ Desenvolvimento

Uma partida decorre durante várias rondas. Cada ronda tem 4 fases:

  1. Cartas de bens (rendimento);
  2. Nascer do sol;
  3. Pôr do sol;
  4. Produção e Construção.

1. Cartas de bens (rendimento)

Nesta fase todos os jogadores recebem 2 cartas de bens do monte de reserva que adicionam à mão. Não há limite de cartas na mão.

2. Nascer do sol

Nesta fase o jogador ativo revela cartas do monte de reserva até haver duas cartas com Meio-Sol.

Em seguida todos os jogadores alocam em simultâneo o seu trabalhador a um dos seus edifícios. O trabalhador pode ser colocado em duas posições:

  • Produção completa – virado com as duas cartas de produção para cima;
  • Meia Produção – virado com apenas uma carta de produção para cima.

Se optar por uma produção completa, na quarta fase da ronda, o jogador pagará todos os recursos requeridos e produzirá dois bens.

Se optar por meia produção, na quarta fase, o jogador pagará um recurso a menos dos recursos requeridos mas produzirá apenas um bem.

Nesta fase os jogadores podem também escolher uma carta da mão, e jogá-la na sua área de jogocom o verso castanho voltado para cima. Essa carta poderá vir a ser construída na quarta fase da ronda.

3. Pôr do sol

O jogador ativo volta a revelar cartas do monte de reserva até haver novamente duas cartas com Meio-Sol. Estas novas cartas colocam-se por baixo das que já estão na mesa e, em conjunto, formam o mercado disponível para todos os jogadores.

4. Produção e Construção

Esta fase executa-se por ordem de turno começando pelo jogador ativo e seguindo no sentido dos ponteiros do relógio.

Na sua vez, cada jogador terá de ter visíveis no mercado, os recursos requeridos pelo edifício onde tem o seu trabalhador alocado. Se assim não for, os recursos em falta têm de ser entregues da sua mão. Se ainda assim não for possível, o jogador não produz!

Os recursos do mercado não são descartados, apenas se confirma se estão presentes, ou seja, o mesmo recurso pode ser usados por diferentes jogadores na sua vez, para levarem a cabo a sua produção.

No caso de um trabalhador alocado em meia produção, a produção é de apenas um bem, no entanto, o jogador poderá não entregar um dos recursos requeridos, ou seja, paga um recurso a menos à sua escolha.

Os assistentes: se os jogadores tiverem assistentes alocados a edifícios, poderão produzir um bem nesses edifícios, tendo de pagar para isso os recursos requeridos. Também pode completar os recursos requeridos com cartas da mão, como numa produção completa, no entanto, só produz 1 bem. A produção do assistente também permite ativar a Produção em cadeia.

Se após a produção, o jogador quiser executar uma produção de bens extraordinária, poderá fazê-lo, no entanto, terá de ter o recurso ou recursos requeridos, visíveis na área da carta referente à Produção em cadeia (ver ilustração de cima).

Esses recursos são aqueles que o jogador terá de descartar da sua mão para fazer uma produção extra. O jogador revela aos restantes jogadores os respetivos bens e depois coloca-os sobre as cartas de bens, acabadas de produzir pela ação de produção normal, com o dorso castanho voltado para cima, sobre as outras cartas de produção.

Após a produção o jogador poderá ainda construir a carta que jogou na sua área de jogo na segunda fase da ronda. Para construir o jogador terá de pagar o custo do edifício que se encontra no canto superior esquerda da carta. Não há troco!

O pagamento faz-se com as cartas de bens produzidos (dorsos castanho sobre os edifícios). As cartas têm o valor indicado na parte central inferior desse edifício. Por exemplo, o carvoeiro, com que todos os jogadores começam, indica que cada bem (carta de produção – verso castanho) nesse edifício vale 1 moeda. Daí que todos os jogadores comecem com 7 moedas no início do jogo!

Antes de passar a vez os jogadores poderão contratar um dos assistentes disponíveis na área geral de jogo. Cada jogador só se pode comprar 1 assistente por ronda. Para contratar é necessário:

  • Valor em moedas indicado na carta do assistente que se pretende contratar; e
  • Ter edifícios na área pessoal da cor do assistente que se está a contratar.

Depois de se contratar um assistente, aloca-se imediatamente a um dos edifícios do jogador que o contratou. Atenção:

  • Ninguém pode ter mais de 2 assistentes;
  • Cada edifício só pode ter um trabalhador ou assistente alocado a ele;
  • Na segunda fase, os jogadores podem pagar 2 moedas para alocar um assistente a um edifício diferente, caso contrário ele mantém onde está.

No fim da quarta fase descartam-se todas as cartas do mercado (centro da mesa) e o jogador ativo passa a ser o que estiver do lado esquerdo do atual jogador ativo.

⇒ Fim do jogo

O fim do jogo é despoletado quando um jogador contrói o seu 8º edifício, joga-se essa ronda até ao fim e mais uma ronda suplementar após a qual o jogo termina. Todos contam os seus Pontos de Vitória (PV) por cartas de edifícios construídos e assistentes contratados, mais 1 PV por cada 5 moedas (arredondado para baixo).

Vence quem tiver mais PV, ou, em caso de empate, quem tiver mais moedas (apenas as que não tiverem sido trocadas para contagem de PV) dos empatados.

Avaliação:

Oh my Goods! é um jogo de cartas que se baseia no desenvolvimento progressivo da nossa produção e na sua maximização através da ativação das chamadas “cadeiras de produção”. Também a contratação de assistentes auxilia ao almejado objetivo de construir 8 edifícios primeiro que os adversários.

Estamos perante um jogo muito bem ilustrado e com cartas de boa qualidade, servido numa caixa de pequena dimensão, que cumpre perfeitamente a sua função.

A aleatoriedade das cartas pode deixar algum “travo” a quem gosta de controlar todas as variáveis, coisa que não é possível neste jogo, no entanto, agradará a todos os jogadores que gostam do desafio de tomar decisões em função de premissas não totalmente controladas. Essa capacidade de adaptação às circunstâncias nem sempre agrada aos mais deterministas, mas não será muito difícil de acomodar à maioria dos jogadores.

Outro aliciante do jogo é a sua relação excelente qualidade/preço. A interação entre jogadores não é muito, e podemos dizer que Oh my Goods! é um multiplayer solitaire.

Um jogo que merece uma hipótese e que tem já uma expansão a prometer novas emoções ao jogo base!