[Origins 2007] Burning Empires ganha prémio de Melhor RPG do Ano

O aclamado RPG Burning Empires tem mais um galardão para juntar à lista. Na Origins 2007, uma das grandes convenções de jogo mundiais, ganhou o mais desejado prémio, o de Melhor RPG do Ano (transacto), vencendo outros candidatos fortes como Exalted 2a Edição e RuneQuest. Estão portanto de parabéns o seu designer, o incansável Luke Crane, e o autor da série de BD que lhe deu origem, Christopher Moeller.

Burning Empires é movido pelo provado sistema do RPG de Fantasia Burning Wheel, de Luke Crane, aqui numa versão re-imaginada para o universo Sci-Fi/Space-Opera da série de BD Iron Empires de Christopher Moeller.



O jogo está disponível para aquisição como um livro (tamanho "digest", 5.5 x 8.5 polegadas) de capa dura com 656 páginas, inteiramente a cores e com mais de 400 ilustrações (metade rascunhos, e metade ilustrações completas), e também para download imediato em PDF. O custo do livro é €39.15 (mais transporte, com oferta gratuita do PDF se adquirido na loja online oficial), e o do PDF €21.75.

A série de BD Iron Empires está também disponível no mercado, dividida em dois volumes (Iron Empires - Faith Conquers e Iron Empires - Sheva's War) que podem ser adquiridos por preços muito em conta nos sítios do costume (mais ou menos 15 Euros cada volume, mais portes, na amazon.co.uk por exemplo). Os livros têm cada um 160 páginas a cores, e correspondem a dois story arcs perfeitamente independentes e autónomos.

Se realmente existe RPG que merece esta honra em 2006 é este bom exemplo de design e edição. :)

"O Fogo é o meu Fado!"

"Se alguma vez sou coerente, é apenas como incoerência saída da incoerência." Fernando Pessoa

Tem sido fixe ouvir mais comentários sobre esta versão da série Burning Wheel, aquele que alguns consideram ser o melhor RPG mais difícil de jogar de sempre :)

Ouvir dizer que alguns bravos heróis já estavam a experimentar isto e até estavam a fazer um actual play aqui no site... novidades? Conseguiram passar do primeiro turno? ;)

É verdade, eu, o João, o Ricmadeira, a Eowyn, o Gede e a namorada jogamos uma parte substancial da demo, chamada "Fire over OMAC". A coisa correu bem e não foi muito difícil jogá-la com a ajuda do entendido de Burning Wheel, o João e de uns quantos play aids que arranjámos. A demo baseava-se em apenas uma fase e ficamos sem tempo para a acabar pois jogamos apenas em 4 horas. O que não quer dizer que não tívessemos tido entretanto negociações difíceis em cavernas geladas e tentativas de motim numa prisão com armas contrabandeadas...

O jogo não me parece essencialmente super-difícil mas como todo o foco dele é original na sua concepção e apresentação requer um pouco mais de esforço e vontade do que aqueles que já estão estabelecidos como outros no mercado. Parece-me haver uma certa tendência, nas reviews que me parece que leste, para apontar estes aspectos, como algo problemático. Até parece que não existem curvas de aprendizagem e habituação em todos os jogos que são verdadeiramente novos e inovadores. Porque, na minha opinião, o problema não está na mecânica e no seu design e explicação...

"Se alguma vez sou coerente, é apenas como incoerência saída da incoerência." Fernando Pessoa

O problema é que as pessoas estão habituadas a prazer imediato e sem esforço.

Dito isto, o jogo não é de facto, para todos... não o será para jogadores casuais, ou jogadores que não consigam abstrair-se ligeiramente das suas personagens e entrar nem que seja um pouco na mentalidade tipica de mestre-de-jogo.

Para usufruir BE é necessário ter um conhecimento razoavel das regras e aptidão para as manipular, algo que é uma segunda natureza para muitos mestres de jogo, mas território desconhecido para a maior parte dos jogadores "puros" que conheço. Ler o livro de regras é quase essencial para tirar partido do design de Luke Crane. Se isso é verdade para Burning Wheel, mais verdade se torna em Burning Empires, em que o Mestre e os restantes Jogadores têm papéis antagonistas.

Mas enfim, para quem goste de manipular um sistema detalhado e táctico, muito bem pensado e com uma coerência interna fantástica, e enfim, se der ao trabalho de aprender qualquer coisinha, o jogo cumpre o que promete.

É como uma roda, criada para inflamar a criatividade de quem se der ao trabalho de a usar.

Alguém tem a demo disto em pdf, ou do BW, que me possa enviar? Obrigado!

–~~–

To crush your enemies, to see them driven before you, and to hear the lamentations of their women.
-Noddy, Lord of Darkness

Provando que não há nenhum sistema tão pesado que não possa ser adaptado, temos aqui uma versão de Burning Empires para Vampire: Requiem.

Rui,

Encontras aqui a Demo do Burning Empires :

https://www.burningempires.com/wiki/index.php?title=Image:Omac.zip

E mais 3 demos para o Burning Wheel

João

Obrigado João!

Eu aqui no bules não os encontrava, e parece-me que em casa o disco sofreu um abalo qualquer que mos mandou abaixo, mas isto vem resolver o problema!

–~~–

To crush your enemies, to see them driven before you, and to hear the lamentations of their women.
-Noddy, Lord of Darkness