Para os meninos

Texto:

Como disse antes, isto não é só para o gajedo. Como é que vocês se sentem influenciados pela presença das jogadoras no RPG/Jogos de tabuleiro? É completamente indiferente? Será que uma mulher na party torna as coisas diferentes? O ambiente é diferente? Sentem-se restringidos, ou dizem o que querem e o que vos apetece?


Sempre tive gajedo a jogar, de uma maneira ou de outra, por isso nunca me afectou.

Quando o gajedo é novo, há sempre uma preocupação de não ser terrivelmente mal educado, mas a partir do momento em que começamos a dar-nos bem, é meia bola e força. :slight_smile:

Parece-me é que há uma preocupação, pelo menos falando por mim como GM, de atingir outro tipo de objectivos, se calhar mais pessoais, em vez de só bater no mau da semana; ou isso, ou são os 20 anos de rpg a falar. :smiley:

–~~–

To crush your enemies, to see them driven before you, and to hear the lamentations of their women.
-Noddy, Lord of Darkness

Passando assim uma revisão rápida pelos meus grupos de jogo raramente joguei sem mulheres presentes, das que joguei sem elas sinceramente não reparei em nenhuma diferença.

Acho que depende mais da pessoa individual do que o conjunto do seu género, por isso não vejo separações em termos de experiência de jogo.

Contudo deixo a pergunta, as senhoras sentem alguma diferença na experiência de jogo quando têm mais senhoras no grupo ou não?

"the drunks of the Red-Piss Legion refuse to be vanquished"

Quando é só homens:
Em termos de ambiente à volta da mesa, há mais piadas machistas.
Em termos de jogo, é mais frequente haver PCs a irem a bordéis e a tentarem engatar NPCs femininas.

Fora isso, não noto grande diferença entre grupos unissexo e grupos mistos. Os jogadores continuam concentrados em concluir a aventura e desempenhar os seus papéis e/ou fazer citações de Monty Python e discutir o último filme gore que viram/se o jogo X é melhor que o jogo Y.

(Por mera curiosidade: quando há casais de namorados no jogo estes têm a tendência de a) se o namoro começou há pouco tempo - os jogadores andam aos beijinhos e as suas personagens apaixonam-se durante a aventura; b) se o namoro já dura há algum tempo - não há grande diferença em relação aos outros jogadores; c) se o namoro está para acabar - as personagens deles estão sempre à briga ou a tentarem matar-se um ao outro e os jogadores passam o tempo a discutir um com o outro por causa disso enquanto o resto do grupo troca olhares embaraçados.)

Ao longo dos anos, já joguei/mestrei provavelmente as mesmas horas de sessão quer com gaijos, quer com gaijas :) e não noto particular diferença.

Se me esforçar a tentar encontrar alguma coisa, eu diria que as raparigas olham para um RPG de uma forma mais pragmática e concreta do que os rapazes, ou seja, interessam-se mais pelas personagens, a história e a sessão na prática, do que pelos dados, as folhas, as regras, os livros e os RPGs em si.

Acho que o gajedo joga pelo RPG em si, mas também pelas pessoas. Sem as pessoas não há sessão, sem sessão não existe RPG.

A rapaziada tem uma tendência mais teórica, podendo avidamente coleccionar, inventar, discutir e comprar RPGs por muitos longos anos sem nunca jogar uma sessão.

Aliás, é por isso que enchemos este site do nosso palavreado, vislumbrando raramente as opiniões de uma voz feminina.

Na minha experiência, isto tem mais a ver com o a vontade que se tem entre os jogadores do que com o sexo destes. O sexo, assim como alguns outros temas, é algo potencialmente delicado de lidar. Quando se têm jogadores novos que o grupo não conhece bem ou que não estão muito à vontade com certos assuntos é natural que esses assuntos fiquem longe do jogo. Quando todas as pessoas se conhecem bem e estão à vontade com os assuntos lidados no jogo, não faz diferença serem gajos ou gajas.

hhmmmm, não tem sido essa a minha experiência.
Nunca tive um caso c, nunca tive um casal a jogar em que o namoro estava a acabar. E em relação ao caso b, quando a relação está cimentada é quando surgem as combinações de personagens mais memoráveis pois com o avontade com que um tem com o outro e com o conhecimento intimo que um tem com o outro ninguém está mais preparado para criar uma personagem para picar o parceiro no jogo.