Por momentos parece-te ouvir um estalido que nem consegues identificar nem saber de onde vem mas, quando tentas ouvir com mais atenção, o som da sirene da segunda vaga de voluntários sobrepõe-se-lhe!
Espreitando pela janela, Rob sorri, paciente: "Já não deve demorar muito mais..."
E, com efeito, mal Rob acaba a frase <BRAKABOOM> dá-se uma intensa explosão mesmo sobre as vossas cabeças! O impacto da explosão atira-te ao chão e, quando vais para te levantar, ainda apanhas com o tecto em cima! [perdes 8 PF].
Felizmente não ficas sob os escombros e ouves logo o Rob a pedir ajuda, lá para o lado da janela. No entanto, há tanta poeira no ar que não vês quase nada.
Tropeção atrás de tropeção, lá consegues chegar à janela, só para ver o que já estavas a imaginar — o Rob fora cuspido pela explosão e estava pendurado a um andaime, que já começava a ceder.
Debruço-me na janela, estico o braço e tento chegar ao Rob. Terei força para o conseguir levantar sozinha?
Consegues chegar ao Rob e agarrá-lo. Mas, quando o tentas puxar para cima, parece que te escorrega das mãos...
Porém, não te tinhas apercebido, vinha um voluntário a correr pelo andaime abaixo que amparou a queda do Rob.
Atrás dele, vinham mais uns poucos, mas só dois é que conseguem entrar pela janela adentro; os restantes voltam para trás.
É que a estrutura parece não ter aguentado tanta emoção: explosões, quedas, correrias... era demais para um simples andaime que, agora, ameaçava depegar-se do prédio e cair sobre a multidão...
Os voluntários que tinham acabado de entrar estavam já de volta dos escombros que tapavam a porta para o corredor: "Não se preocupe, menina. Daqui a nada estamos lá fora!"
Ouves o metal do andaime a estalar...
Cai o andaime para o meio da rua, levantando uma coluna de poeira descomunal e afastando a multidão para junto dos outros edifícios.
Rob teve sorte e acabou por cair por cima do andaime, ao contrário do voluntário qe ainda agora o tinha salvo...
Na tua sala, os dois voluntários já tinham começado a libertar a porta de escombros. Até ao momento em que ouvem um gemido de dor...
"Está um homem aqui debaixo!" — com efeito, era o teu outro colega que, azar dos azares, tinha ficado debaixo dos escombros aquando da explosão. Virando-se para ti: "Vamos ter que abrir caminho pela parede para o podermos levar daqui para fora. A menina afaste-se."
E, acto contínuo, pegam ambos no machado e atacam a parede para a sala contígua. Mas, logo à primeira brecha, ouves um silvo e a parede (de contraplacado) começa a inchar. Eles demoram a reparar e voltam a feri-la. E é aí que <FUOW> sai uma língua de fogo da outra sala que rapidamente se expande pela vossa, rebentando com todos os vidros das janelas em direcçao à rua.
[Perdes 7 PF]
O fogo desaparece tão rápido como apareceu, ficando apenas a consumir o tecto e um bocado da tua manga. Mas um dos voluntários rapidamente te pega pela outra manga e, envolvendo o casaco na manga em chamas, logo as apaga. [Perdes 1 PF]
"Nunca tinha visto nada assim!" — diz o outro, olhando o espaço vazio que ainda agora parecia o inferno.
O voluntário que está contigo olha para o teu casaco, sorri-te e diz:
"A menina ajude-me aqui a libertar o seu colega." — e começa a puxá-lo dos escombros.
Do outro lado da porta, e também da sala contígua, aparecem o resto dos voluntários que tinham conseguido recuar antes do andaime cair. Todos juntos, conseguem abrir o resto da parede:
"Rápido! <cof cof> Estamos a ficar <cof> sem ar pra respirar...!"
Lá tiram o teu colega, que acusa ter partido uma perna. Chega um, põe-te uma máscara de oxigénio e: "Venha comigo!", enquanto os outros lhe preparam uma tala, amarrando os próprios machados à volta da canela.
O voluntário leva-te pelos corredores sem errar no caminho. É impressionante a rapidez como te traz até ao primeiro andar. Tu mal conseguias ver os degraus com a máscara embaciada… mas o voluntário sabia o que estava a fazer, e tinhas que lhe dar mérito por isso.
Atrás de vocês vem o resto do pessoal com o teu colega numa maca improvisada. Isto, segundo o que conseguiste ouvir… porque ver não viste nada, tal era a quantidade de pó e fumo pelo ar.
Vocês descem as escadas até ao rés-do-chão e só aí consegues ver o chão que pisas. Irrompem para o exterior e não consegues deixar de ficar espantada com a quantidade de pessoas que, depois de um breve momento de pausa, exclamam de contentamento aplaudindo por te verem sã e salva.
O voluntário, no entanto, não parece relaxar e apoia-te enquanto descem as escadas em direcção a uma tenda.
Ouvem-se já os passos dos outros voluntários a cortar a fumarada quando, da direcção contrária, alguém grita a plenos pulmões: “A cald–”[size=20]TRAKA[/size][size=30]BOOM!!![/size]