Primeira posta do bloge

Caros todos,



De longe um dia me chegaram ventos que se calhar era boa ideia jogar um jogo chamado Pandemic. Um amigo, recordado com saudade no meu coração, assim me plantou a semente do que foi a descoberta da era dourada dos Jogos de Tabuleiro, em que estamos a viver.



E desde que entrei no meio que o procuro descobrir melhor e passar mais gente para o gáudio que é o lado de cá. Lembro-me bem de quais eram as minhas reservas, principalmente fruto de jogos de monopólio que, estimulantes, traziam o pior das pessoas para a mesa, e julgo até que separavam as pessoas.



Portanto, o Pandemic, que era coop. Praí uns dois anos depois de me terem falado dele decidi-me a comprá-lo para a minha casa, com esperança de o poder jogar com a minha família. 



E joguei. Lembra-me bem a voz de um rapazinho de seis anos chamado Fausto que perguntando se podíamos jogar "Pádemic."



Mas a família desfrangalhou-se. Embrulhei o meu Pandemic e ficou embrulhado, não conseguindo chamar a mim a energia necessária para convencer pessoas a embarcarem na minha trip, ou seja, de jogarem um jogo que ainda não tinham jogado, pouca que era a energia que tinha para me aproximar delas.



Mas, enfim, o jogo de tabuleiro é também uma desculpa. Um dia, puxaram-me para um Game of Thrones. Um grupo velho, de amigos de amigos, que se reúnem só para jogar GoT há muito tempo.



Epá! Isto de competir também… também!



Um ponto alto do meu mês ou da minha quinzena. Algo que "look forward to." 



E um abençoado dia vi a apresentaçao do Quinns do Shut up and sit down sobre a golden age. O entusiasmo contagiou. Procurei interessar os outros GoTeiros. Pouco impacto. Comecei a ver reviews do SU&SD. Muitas. 



O resto é o resto. Meetings de boardgamers, no tentações, e nos olivais. Tenho um emprego ao pé do Pow-wow, onde vou regularmente nem que seja só tomar o café e ver se alguém anda a jogar alguma coisa que precise de gente. Assim descobri o Dead of Winter, o Android:Netrunner, o Resistance, Cash n' Guns, Two Rooms and a Boom. Tudo muito bom. E outros que foram só bons.



Mas isto de jogar faz-se com as pessoas. Joguei um Shadows over Camelot no Tentações em que vos posso descrever as posições e caras de todos os que jogaram comigo.



Joguei um Dead of Winter em que, quando levantei os olhos do tabuleiro, fiquei genuinamente surpreendido de ver pesoas à minha votla, sentadas num café, jogando outros jogos.



E é por isso que aqui estou. Ah, e para ver se arranjo lugar num jogo de eclipse que vai acontecer no técnico no próximo mensal.



Espero ver-vos à mesa,



Bruno

Bem-vindo Bruno. E isto ainda agora começou! wink

Obrigado. Vemo-nos com um jogo à frente. Pode ser o Power Grid, que tá aí como um dos teus preferidos. Fui ao Pow Wow com dois amigos ver se arranjávamos quem jogasse um Dead of Winter e como não apareceu ninguém, o Bruno sugeriu-nos um power grid. Não era o jogo que mais me atraía mas já tinha ouvido falar bem, portanto, que se lixe. Esperava qualquer coisa tipo Deus: bom jogo, engraçadas mecânicas, mas uma oportunidade desperdiçada de fruír dos meus amigos, 2 horas passadas a olhar para o meu player board e tabuleiro sem praticamente iteracção.



Como estava enganado! Bidding, bidding, bidding. E uma atenção constante a tudo o que faziam os outros. Prazer em fazer contas. E em deixar os outros fazer contas. Não julguei que tal fosse possível, e sei que se o eu antes de jogar Power Grid lesse esta descrição que faço agora, continuaria a não estar por aí além entusiasmado.



E esta é uma prova provada de que os jogos de tabuleiro transformam as pessoas. E transformam aumentando o universo de possiblidades de experiências. O que signfica que sou mais, sou o que era e sou esta pessoa que percebe o gosto de fazer contagens. Sou eu e mais o eu com o Power Grid.



E quando preciso (e tenho precisado) vou lá buscar esse prazer tornando-me mais eficaz a fazer o que faço quando o faço.



Isto para dizer que gostei da vez que joguei esse jogo. No final estávamos de esferográfica na mão a rasgar o jornal do dia para fazer umas contas de merceeiro, mantendo-nos no lo-fi que é a piada disto tudo. Excepto o Alejandro, que usou o telemóvel. Mas ficou em último.



Havemos de jogar isso,



Bruno




Estou a ver que estás a desvelar o verdadeiro sentido da vidawink







Abraço e até quarta, pois temos um mundo para salvar, certo?

(espero que sejas o Bruno que estou a pensar que ésindecision, senão…bem-vindo na mesma e ignora os apartes)

Sou eu sim senhoras.



Quarta começamos essa travessia. Mesmo na lua nova, o que é auspicioso.



Atéjá,



Bruno

Boa posta Bruno! Venham mais :slight_smile: