Para inaugurar o meu blogzito, deixem-me só apresentar-me, roleplayísticamente falando. Bibliografia fica para outra altura.
Neste momento, estou a mestrar duas crónicas de Legends of the Five Rings para praticamente o mesmo conjunto de jogadores. Usamos primeira edição com bastantes alterações feitas por mim, sendo que a storyline oficial é também marginalmente ignorada.
A primeira crónica já decorre há bastante tempo, atravessando vários conjuntos de parties. É, aparentemente, uma versão oriental das aventuras d’Os Cinco, ou até mais Triãngulo Jota. Os personagens são jovens samurais numa pequena província e lidam pela primeira vez com temas como dever, responsabilidade, sacrifício, amizade, etc. O senhor da província, um homem inteligente e generoso, permite explorar este tema de crescimento individual, pois não é o habitual mini-tirano japonês.
Ao contrário das famosas aventuras de crianças, a party é um conjunto de pessoas fora de série e o seu destino não poderá ser menos que grandioso. Isto claro que coincide com o facto de serem personagens jogadas muito desde o início e acumularem já XPs muito superiores ao normal para alguém da sua idade. Em paralelo, em virtude da liderança do senhor, a província também é muito mais do que parece; um potencial que os seus samurais vão descobrindo ao longo da crónica.
A criação deste tipo de crónica, a minha primeira de Five, deveu-se a alguma preocupação em ter tempo para explorar o setting e o roleplay sem estar constrangido pelo elevado risco de PCKill que a carreira de qualquer samurai implica.
A segunda crónica é o absoluto contrário deste princípio. Pensada inicialmente como one-shot, o risco de uma personagem morrer é bastante frequente. O tema é épico, borderline fantástico. A crónica, como está pensada neste momento, é um conjunto de 4 histórias, jogadas na Primavera, Verão, Outono e Inverno. As personagens, samurais de renome e glória, atravessam o que pode ser muito bem o último ano das suas vidas, campo de batalha em cima de campo de batalha. Neste momento, a campanha vai no Outono, atravessando as míticas Shadowlands com a missão de salvar o Império.
Por falta de tempo, não mestro mais do que isto, mas guardo imensos projectos. Tenho um perene conjunto de RPGs feitos por mim que não tenho oportunidade de testar. Tinha uma excelente campanha de Exalted que foi ao ar por indisponibilidade dos jogadores. Tenho a alinhar-se uma possível crónica de Requiem, jogo ao qual ainda não vi muita necessidade de mexer nas regras ou preocupar-me com o setting.
Por uma combinação de ter um certo jeito e preguiça dos meus jogadores, sou praticamente o único a mestrar. Ocasionalmente, consigo jogar um pouco de Call of Cthulhu para descontrair, mas sabe sempre a pouco. Acho que o meu ponto de vista como GM começa a sofrer de estar tão poucas vezes do outro lado.
Fica então esta apresentação para servir de ponto de partida às minhas próximas dissertações sobre o meu hobbie preferido. Leiam-me e comentem-me.