Existem muitos CRPG's poraí espalhados. Quais os que vocês jogam/jogaram e gostaram mais?
Pessoalmente, gostei muito dos seguintes:
Fallout, Elder Scrolls, Arcanum, Planescape e Baldur's Gate.
Haverão outros, mas para já é o que me recordo melhor.
Existem muitos CRPG's poraí espalhados. Quais os que vocês jogam/jogaram e gostaram mais?
Pessoalmente, gostei muito dos seguintes:
Fallout, Elder Scrolls, Arcanum, Planescape e Baldur's Gate.
Haverão outros, mas para já é o que me recordo melhor.
Alguns dos meus preferidos nem sequer se incluem na chamada categoria de CRPG’s (aliás algo que foi inventado para
descrever as mangalhadas digitais tipo Final Fantasy e Zelda que de RPG - no verdadeiro sentido do termo - têm muito pouco).
Na minha opinião um CRPG é um jogo, de narrativa não-linear, que permite ao jogador fazer escolhas sobre o
desenvolvimento do seu personagem e/ou da história, que afectam o universo do jogo, mudando a natureza do mesmo,
inclusivé permitindo jogar várias vezes o mesmo jogo com resultados e experiências diferentes.
Comparar RPG (pen & paper) com CRPG’s é algo que (ainda) não pode ser feito directamente, embora para lá se caminhe a passos
largos.
Destaco:
Elder Scrolls III - Morrowind (Bethesda Software - https://www.bethsoft.com)
Este é provavelmente um dos jogos mais gigantescos jamais feitos para computador. É impressionante o nível de detalhe e o
sem número de opções e caminhos possíveis que se abrem ao nosso personagem, uma vez que a sua estrutura é completamente
não-linear, permitindo ao jogador decidir sobre o caminho a seguir com liberdade quase total.
Tecnicamente tem bastantes problemas - especialmente a nível de performance - e na altura do seu lançamento foi afectado por
um sem número de bugs e discrepâncias, o que é normal num jogo que contém milhares de npc’s individuais, com centenas de
milhar de linhas de diálogo interactivo. No entanto, o jogo têm uma comunidade incrivelmente grande de fans que produzem,
utilizando as ferramentas fornecidas com o jogo, novos items, novas localizações, até novos módulos, correcções e alterações
ao jogo, etc, que tal como Neverwinter Nights, tornam extremamente jogável
Elder Scrolls IV - Oblivion (Bethesda Software - https://www.bethsoft.com)
Está para sair "Oblivion" - que já é a 4ª parte desta saga iniciada nos anos 80 - que, na minha opinião vai "partir" a loiça
em termos de jogos de computador. O motor de Inteligência Artifical é dos mais avançados já construídos até hoje. O motor
gráfico é indescritívelmente belo, gerando ambientes que só vistos para se acreditar. Aliás a AI do jogo permite que milhares
de npc’s (incluindo animais!) tenham uma agenda própria, reajam a estímulos externos, por exemplo se largarem um osso ao pé de um cão, ele
senta-se e começa a roer o osso, se o cão ladrar para um feiticeiro que vai a passar, e caso este seja facilmente irritável,
lança um feitiço de silence no cão, se estivermos na casa de um npc amigo, quando cai a noite, ele oferece-nos o quarto das
visitas para dormirmos, etc. Aliás todos os npc’s têm as mesmas habilidades e skills que o próprio jogador e o seu comportamento
depende dessas habilidades e skills (tal como um jogador). Por exemplo na apresentação que foi "leaked" para a net
(https://www.ggmania.com/?smsid=19856) vemos um npc a decidir treinar arco e flecha. Como não pesca nada daquilo ao fim de
meia-dúzia de flechadas falhadas, olha em volta, descobre uma poção de "Accuracy", bebe-a e alegremente acerta meia-dúzia
de flechas, enquanto exclama: "That’s better!". Isto tudo gerado em tempo real, e não "programado", para cada um dos npc’s.
Aliás se a poção não existisse, se colocássemos uma numa mesa perto do npc, o resultado seria parecido.
Quem tiver banda larga (são 128Mb), puxe o video que vale a pena, apesar da qualidade do video não ser nada por aí além, mesmo
assim dá para ter uma boa ideia do jogo que vai ser. Claro que com a fama da Bethesda, provavelmente vamos precisar de um
Cray última geração para jogar aquilo, e só passados 10 patches é que se torna viável jogar como deve ser, mesmo assim, estou
mesmo com muita água na boca.
Eve Online (CCP - https://www.eve-online.com)
Ok, este é um jogo multiplayer online. É pago mensalmente (ou como desejarem). À priori, não entraria neste grupo, mas como
fiel jogador desde à 3 anos, é para mim o jogo mais parecido com um RPG que se pode ter num computador, e não resisto a "passar
a publicidade" como se costuma dizer…
Para quem se lembra do famoso Elite, no velhinho Spectrum, este jogo é uma evolução exponencial do mesmo conceito.
Ambiente de Ficção Científica clássico, que se joga num único mundo persistente que continua a evoluir quer estejamos online,
quer não. O sistema de skills é do mais bem esgalhado que já vi quer em computador quer mesmo em RPG’s clássicos. Os gráficos
são de cortar a respiração, e a interacção com os outros jogadores… bem… imaginem um mundo que contém 70,000 jogadores
(em média estão cerca de 10,000 online, embora o recorde mundial seja de 15,000 e tal jogadores de Eve online ao mesmo tempo)
no mesmo servidor, que podem em qualquer momento conversar, interagir e jogar juntos. Imaginem um sistema de skills (estilo
cyberskills) que permite que mesmo que estejamos offline, o nosso personagem continue a treinar a skill corrente, e portanto
reduzindo a desvantagem de não jogarmos 24 horas por dia como alguns fanáticos), imaginem um mercado completamente player-driven,
onde podemos pesquisar, construir e vender items, naves, etc num universo com mais de 5,000 sistemas solares.
Imaginem um jogo onde podemos ser basicamente o que quisermos dentro do universo sem grandes restrições.
E como toda a economia e sociedade e política é gerada essencialmente pelas interacções dos jogadores com os eventos e a história
bolada pelos devs, é um jogo onde de facto nós afectamos o universo.
Não recomendável a jogadores sem muita paciência, uma vez que é um jogo extremamente complexo na sua estrutura e com tantas
variáveis que por vezes se torna "overwhelming" na sua dimensão.
Para quem quizer experimentar, os tipos têm um programa em que um jogador (tipo eu) pode dar um convite a qualquer pessoa,
válido por 14 dias (antes que perguntem, não ganho nada com isso!) em que podem jogar gratuitamente, sem qualquer compromisso.
E como eles nunca apagam personagens, só perdem os items que têm se desistirem e por acaso voltarem mais tarde a jogar (pagando).
Este post já vai longo, por isso guardo mais algumas pérolas para futuros posts
Bom, eu em computador tenho tendência para preferir os jogos de estratégia (abomino o RTS - muita coisa a acontecer ao mesmo tempo; gosto de ter tempo para me organizar - mas entretanto já comecei a mudar de ideias graças a uns jogos de RTS passados na 2a Guerra Mundial que adorei jogar) e os simuladores de vôo.
Os CRPGs raramente me prendem muito a atenção, e quando o fazem o efeito acaba por se desvanecer ao fim de um tempo (bom, mas neste último aspecto também não são assim tão diferentes da maioria dos jogos de computador longos/enormes que já joguei). Por exemplo, lembro-me de ter começado a jogar Fallout (ou Fallout 2, não me recordo) e de ter desistido rapidamente, porque havia tanta coisa para fazer e explorar que percebi logo que não ia ter paciência para tanto.
Já muito mais recentemente (há coisa de uns meses), fiquei enamorado do Star Wars - Knights of the Old Republic na minha XBOX, e joguei-o afincadamente durante vários dias sempre que podia. No entanto, fiquei uns dias sem lhe pegar e desapareceu-me a vontade... ainda não voltei a colocar o DVD do jogo na consola ao fim de tanto tempo!
Também passei dois mesitos no EVE Online, o MMORPG que o Nuno já fez o favor de mencionar. Se procurarem, ainda hão-de encontrar por cá dois ou três posts no meu blogue que mencionam o assunto de passagem. Novamente, acabei por desistir ao ver que não tinha tempo suficiente para dedicar ao jogo... ainda por cima num jogo que se paga à mensalidade. Mas talvez noutra altura...
Na minha opinião, o primeiro Knights of the Old Republic é o melhor
RPG para computador de sempre. Foi o único que conseguiu manter-me
interessado do princípio até o acabar.
Alguém daqui recorda-se da saga de jogos "Ultima"?
Durante muitos anos, o Ultima VII foi aclamado como um dos "maiores" RPG's de sempre. Não só pela extensão temporal do jogo, mas também pela própria extensão dos mapas de exploração. Eu pessoalmente, o Ultima VII, só joguei uma pequena parte (a Demo) e achei o plot bastante interessante.
Dentro da mesma série, existia a sub-série dos jogos Ultima Underworld, passados numa perspectiva em primeira pessoa, dentro de uma masmorra imensa. Bons jogos... outros tempos.
Ultima Underworld I! :D
O único C(RPG) que alguma me agarrou de alguma forma.
Mas eu também nunca percebi como se podiam colocar as letras R, P e G em sequência num jogo de computador! :P
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[B0rg]
We r all as one!!
We are The Borg. We are Eternal. We will return. Resistance is Futile...
If freedom is outlawed, only outlaws will have freedom.
[quote=B0rg]
Mas eu também nunca percebi como se podiam colocar as letras R, P e G em sequência num jogo de computador! :P[/quote]
É um jogo (Game) em que interpretas o papel (Role) de uma personagem, jogando (Playing) num universo.
Bem, eu cá não sou menina de CRPGs em geral, mas houve um que me agarrou e que jogo ainda esporadicamente (jogo por rajadas - ora me dá para isso e passo dias agarrada a ele, ora o largo por meses a fim, e assim por diante). Falo do Baldur’s Gate II. Gosto da quantidade de opções diferentes que posso ter para jogar o jogo e das interacções possíveis com os NPCs que o povoam.
De resto eu é mais jogos tipo “manager” que adoro mas para os quais não tenho jeito (sei lá, Civilization, ou managers de futebol) ou jogos de corridas de carros.
___
A Mestrar: Amber Diceless
A Jogar: Vampire: the Masquerade (PBEM e Tabletop), PTA (Dirtside + Knight Six)
Baldur’s Gate 2: Shadows of Amn. Ahhhhh… esse jogo fazia as delícias de qualquer fã de Forgotten Realms. No mesmo jogo podia-se visitar a terra dos elfos, a terra dos elfos negros, várias cidades nossas conhecidas … aiiii as saudades. Ainda por cima aqueles gajos da WoC que só pensam no dinheiro, substituiram a campanha default "Forgotten Realms" por uma coisa esquisita chamada "Eberon" para promoverem o raio das figurinhas… iscch.
Baldur’s Gate I e II.
Diablo.
Guild Wars.
E, quase não acredito que não tenham falado neste, Neverwinter Nights, o CRPG mais parecido com a versão pen-and-paper.
[quote=Zero]
E, quase não acredito que não tenham falado neste, Neverwinter Nights, o CRPG mais parecido com a versão pen-and-paper. [/quote]
Neverwinter Nights é um grande, GRANDE jogo. Mas tem os seus defeitos (como ser muito focado numa só personagem principal ao invés de ser mais party-oriented como um Baldur’s Gate ou o próprio D&D “real”).
Mas se queres CRPGs mesmo, mesmo parecidos com o que é jogado originalmente na sua versão pen & paper, nada como o Temple of Elemental Evil da Troika Games.
Não digo o contrário. O NWN 2 já vem com um sistema de party melhorado, mas ainda não o pude jogar.
O Temple of Elemental Evil já joguei um bocado da demo e talvez volte a dar uma hipótese ao jogo, parece estar bem feito…
[quote=Zero]O Temple of Elemental Evil … parece estar bem feito…
[/quote]
Não chegava a tanto, o jogo tem alguns problemas. O que, por um lado, é excelente (o quão fiel é ao D&D pen & paper e ao módulo em questão), por outro lado também é mau por que o jogo sofre um bocado com falta de ritmo e com regras muito restritas para um CRPG (como encumbrance e por ai fora) que o tornam muito pouco dinâmico. Para além disso, o pathing do jogo é terrível, o que torna o dungeon crawl um pouco frustrante. Numa zona com muitos caminhos alternativos, se clicares numa zona do mapa para os PCs irem para lá muito distante do ponto actual onde eles estão, o jogo demora uma eternidade a formular um caminho e a fazer com que os bonecos se comecem a mexer para lá. Chegas a ter 2 ou 3 segundos de completa inactividade do jogo. Parece que bloqueia.
Em combate, no entanto, o jogo brilha. Faz uso de todas as regras de D&D 3.5 o mais próximo dos core rulebooks possível e dá imenso gozo ver o desenrolar daquelas batalhas no decurso do jogo. O que, de certa maneira, não deixa de ser suspeito.
O facto de que as regras de D&D se traduzem tão bem para um jogo de computador turn-based é, se calhar, sinal de que D&D está, na verdade, mesmo demasiado mergulhado em regras e definições e encontra-se demasiado orientado ao combate e muito pouco aos aspectos de roleplay social. Pode ser que com as mudanças nas regras que se suspeita que se adivinham as coisas mudem. Mas isso é outra conversa.
Baldur's gate I. Tinha uma história interessante e verdadeira interacção com as outras personagens (e as nossas acções tinham consequências).
Deus Ex: embora fosse uma mistura de shooter com rpg um bocado linear, tinha uma boa história, interacção e sobretudo a possibilidade de usar métodos diferentes para o mesmo resultado (usando violencia, stealth, hacking, etc).
[quote=ricmadeira]
Também passei dois mesitos no EVE Online, o MMORPG que o Nuno já fez o favor de mencionar. Se procurarem, ainda hão-de encontrar por cá dois ou três posts no meu blogue que mencionam o assunto de passagem. Novamente, acabei por desistir ao ver que não tinha tempo suficiente para dedicar ao jogo… ainda por cima num jogo que se paga à mensalidade. Mas talvez noutra altura…
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Ooooh Ric… tempo é coisa que também não abunda por estas bandas. Por isso é que eu e uns amigos cá de braga andamos todos no EVE. Quando a tempo, joga-se, fazem-se umas missõezitas, ganha-se um dinheirito… quando se prevê um mês mais agitado, escolhemos uma skill que demore 2 semanas a treinar para o novo nivel, e quando a conta acaba, deixamo-la estar quietinha durante esse tempo… sem pagar. Passadas duas semanas, ja la estamos de novo Acredita… dá jeito na época de exames
Gostava de saber se alguém joga algum destes jogos:
World of Warcraft
LOTR Online
D&D Online
Neverwinter nights 1 ou 2
Actualmente jogo o wow, já acabei o nwn 1 e comecei o nwn 2. Tenho os outros 2 mas ainda não os joguei.
Acho que alguns destes jogos, se forem jogados com partys +- regulares e utilizando micro (acho q faz alguma diferença), podem-se aproximar um pouco dos RPG's de papel e caneta com a grande vantagem de poderem ser usufruídos regularmente (1/2 horas por dia por exemplo).
Há uns anos experimentei umas sessões de d&d (até cheguei a (tentar) ser DM em alguns jogos) e adorei a experiência mas simplesmente, no meu caso, não há tempo nem recursos para manter jogatanas regulares.
Alguém alinhava num esquema destes? De preferência num d&d online ou talvez um nwn 2 com um GM.
Já estamos a fazer no abreojogo uma campanha online de cyberpunk 2020.
World of Warcraft já joguei (bastante) e, felizmente, já me libertei desse vício. Parar de jogar esse jogo é quase uma experiência equivalente a deixar de fumar (ou beber!).
LOTR Online experimentei a beta mas não me deu razões suficientes para o comprar.
Com o D&D Online foi basicamente a mesma coisa que o LotRO. Se bem que, no caso do DDO, chateou-me um pouco o excessivo recurso a instanced content e a falta de áreas abertas para exploração (que é coisa que gosto muito e que o WoW faz particularmente bem). Estava à espera de algo mais open-ended. O facto de ser em Eberron também não ajuda. Não é um setting que me estimule assim tanto (mas sempre é melhor que FR). Para além disso, DDO funciona bem é mesmo no regime de uma party constante de amigos que joga o jogo em conjunto. Como, na altura em que o experimentei, não conhecia mais gente a jogá-lo, não tirei grande gozo da experiência.
Neverwinter nights 1 joguei e ainda jogo as campanhas oficiais e alguns módulos feitos pela comunidade ou dou um saltinho online. Cheguei a fazer os meus próprios módulos e a acrescentar prestige classes ao jogo. Se bem que nada de muuuuito evoluido.
O NwN 2 bem que queria jogar, mas o meu PC não se aguenta com esse ‘bicho’ e actualmente há pouca vontade (leia-se €€€€€) para fazer o upgrade necessário.