Tenho em preparação um jogo de cartas não-colecionável que fica bem numa loja tipo Dentinho/Tema/Fnac/Presselinha ao lado de um Munchkin/Lobisomens da Aldeia Velha/etc, ou seja, um filler de uns 30 minutos com pouca estratégia, divertido e jogável em quase qualquer ocasião por quase qualquer pessoa.
Partindo do princípio que tenho o jogo completamente testado, tenho flavour-text e arte já amanhadas, qual o melhor caminho para o publicar e distribuir pelas referidas lojas?
Olá Rui, tudo bem? Há imenso tempo que não falamos... mas vejo que projectos não faltam.
Quanto à tua questão concreta, a melhor maneira é arranjares um editor nacional. É verdade, eles existem. Tu tens o jogo, eles têm (ou pensam que têm...) a capacidade de gestão para o colocar no mercado. Se não te queres tornar empresário, passa a bola.
Ou então torna-te um empresário. O teu trabalho como designer de jogo, designer gráfico ou o que quer que lhe chames acabou. Agora é para o empresário. Se o queres ser, é suposto já saberes a resposta à questão! Se estás a perguntar, é porque não és e não queres ser empresário.
Já estou a falar com algumas pessoas nesse sentido, mas de facto só me interessa mesmo pasasar a ideia a alguém que depois lhe pegue e dê um tratamento que eu não consigo dar; foi o grande passo, foi perceber que não podia (conseguia) fazer tudo sozinho.
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Em breve coisinhas novas!
Líder inconsciente do ultra-secreto grupo anti-D&D (mas só na edição 5.3)
Portanto só jogas fillers com a tua namorada que não envolvam metamorfos tribais! E também nada de arrombadores de portas infernais e polícias da realidade, certo?
Óptimo. Fico à espera da versão comercial mas no entretanto a ver se podemos jogar um playtest um dia destes. Quando me der geito passar aí pelos teus lados dou um toque.
A filosofia da Morapiaf é a de editar jogos que já deram "cartas" no estrangeiro, e não jogos de autor (já falei com eles!) sem "provas dadas". A solução para criadores como tu (ou eu) passa ou pela auto-edição ou pela participação em concursos internacionais onde o jogo pode merecer uma atenção especial dos Júris (se não der à primeira e confiares no jogo, vai insistindo). Quem vence algum concurso normalmente consegue um contrato com uma editora. Quanto à Majora, têm muito medo de arriscar em coisas novas (não sei se terem editado o Aljubarrota significa uma mudança de mentalidade, mas há 5 anos atrás, numa reunião com o Big Boss foi aquilo que me foi dado ver).
Abraços
[Não há homens mais inteligentes FELIZES do que aqueles que são capazes de inventar jogos. É aí que o seu espírito se manifesta mais livremente. Leibniz]