Na continuidade do que já tem feito em anos anteriores, o Sr. João Mendes organizou mais um “Retiro de RPG” (como tem vindo a ser chamado no nosso grupo de jogo), que consiste em dedicar uma semana para sair de Lisboa e jogar RPG. Aproveitando os feriados de Dezembro conseguimos fazer isto entre o dia 27 de Novembro e 8 de Dezembro.
Este ano foi um bocado mais confuso em termos de comparências, porque houve alguma flutuação de pessoal a entrar e a sair mas ainda assim conseguimos ter, na altura em que estávamos todos, 7 pessoas à volta da mesa.
Tivemos um óptimo ritmo de jogo, conseguindo fazer três sessões de jogo por dia, tirando uma ou outra ocasião onde só deu para fazer duas.
Quando tiver tempo irei fazer um AP mais detalhado de alguns jogos que participei, mas entretanto deixo um pequeno rescaldo das sessões e do que jogámos.
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My Life With Master: Arco de 4 sessões.
GM: Eu
Jogadores: 2
Fizemos um pequeno arco de 3 sessões de jogo mais criação de personagens. Foi o meu segundo contacto com o jogo, embora o primeiro como GM.
My Life With Master é um jogo que segue um estilo de horror muito ligado a histórias como Dr. Frankstein e Drácula, onde os jogadores interpretam os minions (ou ajudantes) de um Master maléfico e destrutivo para a sociedade que o rodeia, que são obrigados a levar a cabo as suas ordens macabras até ao dia em que se revoltam contra ele.
A opinião final foi que correu bastante bem, com os jogadores e pessoas que não estavam a jogar mas tiveram a (in)felicidade de estarem a ouvir o decorrer das sessões, a contorcerem-se fisicamente com os eventos in-game que foram bastante fortes de amor, revolta, nojo, etc., como normalmente o jogo costuma proporcionar. Infelizmente não conseguiram matar o Mestre no fim e fugiram de uma populaça em fúria para nunca mais serem vistos.
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In A Wicked Age: 8 Capítulos
GM: Alternadamente JMendes, Eu, B0rg
Jogadores: Variando ao longo dos dias, mínimo 3 e máximo 6.
Este foi claramente a “estrela” do retiro, o último jogo do Vincent Baker (embora o core do jogo em si tenha sido desenvolvido pelo Clinto R. Nixon se não estou em erro). Jogámos todos os dias e foi do consenso geral que o jogo é uma grande moca e vamos tentar joga-lo mais regularmente.
O jogo foi criado para ser jogado numa sessão (chamada capítulos) com os personagens a serem criados na hora, com base num sistema de oráculos, um conjunto de quatro cartas (normais) tiradas à sorte que representam vários elementos de história como personagens, lugares, situações, etc. Com base nos elementos retirados do oráculo os jogadores criam os seus personagens e escolhem os seus interesses, que devem ser opostos aos interesses dos personagens dos outros jogadores, o GM faz o mesmo para os NPCs.
Depois de ser introduzida a primeira cena a sessão tende a convergir muito rapidamente para o seu clímax e de forma muito intensa, à medida que os vários personagens lutam pelos seus interesses e se atropelam, atacam, seduzem, enganam, amaldiçoam e outras maleitas que tais, umas às outras. No final de 8 capítulos surgiram algumas personagens e situações que vão ficar claramente para a história do nosso grupo de jogo.
No fim do capítulo é determinada qual a personagem que passa para o capítulo seguinte.
O universo de jogo é descrito como Sword And Sorcery em locais inspirados na Mesopotâmia e Suméria.
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Donjon: Arco de 9 sessões
GM: JMendes
Jogadores: 3
Um jogo de Dungeon Crawling clássico com truque, é o que diz na capa. Neste jogo os jogadores interpretam os membros de um party clássica de D&D, com a excepção que não existem classes e raças pré-definidas e grande parte das suas características são criadas pelos jogadores.
No decorrer das sessões, resolvem-se combates, desafios de habilidades, missões e todo o tipo de adversidades que um grupo de aventureiros está à espera de encontrar no seu dia-a-dia.
O truque está na possibilidade dos jogadores introduzirem factos para a história no decorrer do jogo, usando determinadas habilidade e obtendo sucessos em relação ao nível de dificuldade, sendo cada sucesso conta como um facto. O que introduz uma dinâmica bastante criativa e divertida ao jogo.
Jogámos um arco de 9 sessões onde libertámos minas infestadas de goblins, fechámos portais que invocavam criaturas malignas de outras dimensões, investigámos um culto de magos nas ruínas de uma cidade antiga e templos perdidos, culminando a acção num confronto final contra um Demónio-lobisomem.
Tivemos bastantes problemas em atinar com o sistema de magia e mudámos as características dos nossos personagens várias vezes até conseguirmos perceber como é que as mecânicas de jogo funcionavam, no fim tivemos que implementar algumas restrições e alterações às regras para conseguirmos obter um sistema de jogo que fosse equilibrado para todos e mesmo assim permitisse a combinação e criação de habilidades de forma criativa.
Gostei bastante do jogo e de explorar a história que criámos em conjunto, mas duvido que volte a pegar neste jogo tão cedo, apesar de não ser tão crunchy como D&D acho que ainda assim não é leve o suficiente para ser um jogo de Dungeon Crawling que se pegue e comece a jogar sem grandes problemas, como é o caso do Storming The Wizards Tower onde a interacção táctica/mecânica me pareceu mais leve e divertida de jogar.
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Poison’d: 3 sessões
GM: Eu
Jogadores: 3
O capitão Brimstone Jack da embarcação pirata The Dagger acaba de ser assassinado por um agente da coroa, Tom Reed. O assassino foi arrastado para o convés para ser julgado pela restante tripulação. Cabe agora aos jogadores decidir o destino de Tom Reed, votar entre eles para decidir quem será o novo capitão e rumo a seguir com a embarcação, ao mesmo tempo que lutam e prestam ajuda entre eles para cumprir as suas próprias ambições. Entretanto em Kingston Bay, o navio da coroa The Resolute levanta âncora e lança-se em perseguição dos piratas.
Apenas tivemos tempo para uma sessão de criação de personagens e duas sessões de jogo, onde explorámos várias mecânicas e situações de jogo, como caças a navios mercantes, abordagens, lutas internas de poder, negócios com o diabo (sim O Diabo), combates e um assalto final à fortaleza do governador. Não consegui ter um feeling muito concreto em relação a este jogo, mas espero conseguir explorá-lo numa outra oportunidade e ver onde vai dar.
Sendo este um jogo de piratas que tenta retratar a violência do seu modo de vida e as suas superstições, tipicamente as cenas envolvem violência física, tortura, violações, enganos, maldições, onde os jogadores tentam ganhar vantagens (uma das mecânicas principais do jogo) antes de desancarem o que quer que seja que lhes apareça à frente.
Foram umas sessões engraçadas e violentas (em termos de ficção de jogo). A experimentar em maior profundidade de futuro
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No geral o retiro foi um sucesso, conseguimos manter um bom ritmo de jogo e experimentamos muitas coisas que nunca tínhamos tido a hipótese de jogar (sendo esse o objectivo da coisa), tendo todos ficado bastante satisfeitos com as sessões jogadas e o decorrer geral desta última semana e meia.
Para o ano há mais.
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Actual Play Reports