RPG para mais de 5 pessoas

Normalmente os rpg são jogados por 5 pessoas.

Gostava de saber o que existe por aí alguma coisa para grupos maiores (+5 a 10 jogadores) quer eles usem dados, simplesmente narrativa ou outro qualquer processo de mecânica de jogo.

Alguém se chega à frente?

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Não conheço nada no mercado que abarque esse número de jogadores, aliás as sessões em que já participei dizem-me que para esses números mais vale fazer um LARP ou um outro jogo de representação qualquer.

Já agora qual é que era a tua intenção e porquê este número de pessoas?

Porque somos um grupo de 8 pessoas e é para uns não ficarem de fora :)

A intenção é divertirmo-nos um bom bocado.

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A maioria dos rpgs não diz que há limite para nº de jogadores mas a verdade é que há limites para tudo. Não conheço rpgs que tenham mecânicas específicas para gerir o nº de jogadores à mesa (se existem, não conheço) mas para a maioria dos GMs um grupo de 4-5 jogadores é o nº óptimo de jogadores para gerir uma sessão organizadamente. Já fiz sessões para 6 que correram lindamente mas mais do isto, para além da falta de espaço à volta da mesa, e é difícil dar atenção a todos. As minhas sugestões, por ordem de preferência:

- Divide as pessoas em 2 grupos e faz sessões em dias diferentes. Melhor ainda, num dos grupos podes não ser o GM e és um jogador. Assim não te cansas de ser sempre o GM.

- Estabeleces o limites de pessoas no teu grupo. Cada GM tem o seu limite e alguns conseguem gerir melhor grupos grandes que outros mas, como já te disse, a partir de 6 jogadores começa a ser difícil prestar atenção a todos e a estabelecer uma relação GM-jogador decente. O problema aqui é que aqueles que ficarem de fora podem não gostar de ser excluídos.

- Jogas com mais de 5 jogadores e preparas-te para as sessões serem mais confusas e menos organizadas (desde que se divirtam) e para durarem mais tempo que a média de 2-4 horas já que tens que criar espaço de jogo para mais pessoas.

Pessoalmente mantenho-me nos 4 jogadores, sendo 5 o limite máximo se um jogador quiser mesmo muito jogar.

O Lady Blackbird dá para seis e podes arranjá-lo aqui: https://www.onesevendesign.com/ladyblackbird/

Eu tenho uma história de Unknown Armies para 9 pessoas. Está na antologia chamada One Shots. Estive quase para correr isso uma vez. Fiz uma apresentação da situação (https://www.abreojogo.com/2007/02/16/encontro_de_roleplayers_fevereiro_2007#comment-8918) e das personagens (https://www.abreojogo.com/2007/02/16/encontro_de_roleplayers_fevereiro_2007#comment-8919).

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Yep, parece-me ser a melhor maneira. Também podem fazer jogos com duração prevista, 6/7 sessões e depois rodam as pessoas do grupo. É o esquema que estou a fazer agora para conseguir jogar com todas as pessoas que quero :)

Eu por acaso sempre gostei muito da ideia de "RPG para muitos"

Actualmente estou a começar a planear e organizar uma campanha "épica" de L5R cá por Lisboa, com um nº minimo de 8 jogadores e um nº máximo de até 18 se forem surgindo mais interessados. Cada sessão de RPG apenas teria 4-6 jogadores embora os 8-18 estejam todos no mesmo mundo e a afectar as histórias uns dos outros.

Quando eu comecei a mestrar AD&D 2nd Edition comecei de uma forma semelhante, com 15 jogadores todos com personagens feitos, estes começaram todos no mesmo "reino" mas em sessões individuais, ou seja, cada um começava sozinho e depois consoante os sitios que decidiam visitar iam encontrando outros jogadores pelo caminho e formando os seus próprios grupos.

Se quiseres algumas ideias de como organizar algo assim podes adicionar-me no MSN se quiseres para falarmos mais a fundo caso tenhas interesse. Wink

Hugo, colocas duas questões certeiras, mecânicas e logística. Há uma terceira questão que se prende com o universo de jogo. É difícil «colar» num todo coerente muitas pessoas. Quanto mais personagens o crescimento de interacções é exponencial, boas e más.

Deste ponto de vista a questão é escolher um contexto adequado, tipo colégio interno, equipa militar, etc. Há exemplos para inspiração, da Lua Vermelha aos 12 Indomáveis Patifes ou ao Dinheiro de Sangue, mas não são muitos e raramente tratam de forma equilibrada todas as personagens.

Sérgio Mascarenhas

Este jogo de espiões do John Wick só funciona bem quando se tem mais de cinco jogadores.

Também me parece que o Classroom Deathmatch, o RPG de Battle Royal, deve funcionar bem com um grupo grande e acho que vai ao encontro dos teus gostos, T3tsuo.

Sérgio, a meu ver a logística de gerir muitos jogadores ao mesmo tempo é sempre o elemento mais importante. Isto porquê? Em qualquer setting conseguirei encontrar um contexto adequado para juntar muitas personagens ao mesmo tempo (mercenários, uma academia, uma escola, etc.) Há excepções claro. No universo de Call of Cthulhu, 8 investigadores é um exagero, não só porque as mecânicas permitem distribuir os skills por muitos menos jogadores mas também porque, do ponto de vista de setting, não tem lógica um grande grupo. Do ponto de vista de mecânicas, não conheço nenhum rpg que tenhas mecânicas específicas e próprias para gerir grandes grupos. Quando digo mecânicas próprias, refiro-me a métodos de gerir o tempo de cada um, regras escritas no manual que indiquem que o jogo é para 6+ jogadores, etc.

Mas esta última estaria provavelmente relacionado com a logística. É que do ponto de vista de interacção GM / jogadores, qualquer coisa com 6+ jogadores obriga o GM a dividir a atenção por todos, a gerir a interacção de cada personagem com o universo, etc. Isto para além de que ou o grupo é extremamente organizado ou acaba por haver muita confusão. O universo de jogo tem que ser escolhido com cuidado, os jogadores têm que ter em conta que vão ficar algum tempo à espera que outros ajam, que tem que haver um elevado nível de colaboração, etc.

Não é impossivel, mas extremamente difícil. Pessoalmente fico-me pelos 4 jogadores. Mais uma vez, e à laia de "disclaimer", cada GM é um GM e já vi sessões com 15 jogadores (uma desgraça) e eu próprio já joguei com 6 jogadores (e correu bastante bem). Mas antes de poster original deste tópico embarcar nesta aventura, são coisas a ter em conta.

Aliás, o problema não é muito diferente nos jogos de tabuleiro, a maior parte são concebidos para 3 a 5 jogadores, com opções para menos ou para mais (raramente acima de 6) e que as críticas tendem a dizer que não funcionam.

É uma combinação de logística e de regras, ou melhor, do tempo de cena que estas requerem para cada jogador. A verdade é que a cada momento de jogo há um jogador que está no centro da cena/palco/écran. Quanto mais jogadores houver, menos tempo de jogo efectivo cada um deles tem e maiores as hipóteses de se desligarem do jogo. Do ponto de vista do GM, a coisa complica-se pelo efeito exponencial de ter de prestar atenção a demasiadas pessoas reais e a demasiadas pessoas e coisas virtuais (PCs, NPCs, etc.).

Curiosamente acho que com muito poucos jogadores ocorre o problema inverso. Nunca tentei jogar a 2 (GM+jogador) porque... falta qualquer coisa. Um ou dois jogadores de PCs exige demasiada «presença» deles ao longo do jogo e falta a interacção entre personagens, uma das componentes mais interessantes dos rpgs. O ideal é mesmo 3 a 5.

Depois há a questão perene de se conseguir que todos os jogadores venham às sessões de jogo com regularidade (lembro um certo jogador que estava para participar numa campanhade SWSK que tu mestraste e desapareceu ainda antes de esta começar...).

Daí que a tua sugestão de dividir o grupo em dois subgrupos de 4 me pareça ser a melhor. Ou então assumir que nunca jogam mais de 6, a não ser em casos excepcionais, levando em consideração que em 8 haverá sempre dois ou três que terão compromissos mais prementes...

Sérgio Mascarenhas

[quote=smascrns]A verdade é que a cada momento de jogo há um jogador que está no centro da cena/palco/écran. Quanto mais jogadores houver, menos tempo de jogo efectivo cada um deles tem e maiores as hipóteses de se desligarem do jogo. Do ponto de vista do GM, a coisa complica-se pelo efeito exponencial de ter de prestar atenção a demasiadas pessoas reais e a demasiadas pessoas e coisas virtuais (PCs, NPCs, etc.).[/quote]

Exactamente. Excluindo o combate onde o grupo funciona como um todo (ou pelo menos espera-se que funcione organizadamente contra o inimigo), todas as restantes cenas durante a sessão obrigam a focar em apenas um ou dois jogadores. Isto obriga a que os restantes esperem pela sua vez. Mesmo em combate, será um jogo de acrobacia gerir 8 PCs contra a oposição.

[quote=smascrns]Curiosamente acho que com muito poucos jogadores ocorre o problema inverso. Nunca tentei jogar a 2 (GM+jogador) porque... falta qualquer coisa. Um ou dois jogadores de PCs exige demasiada «presença» deles ao longo do jogo e falta a interacção entre personagens, uma das componentes mais interessantes dos rpgs. O ideal é mesmo 3 a 5.[/quote]

Ironicamente, considero que Call of Cthulhu funciona bastante bem com 2 jogadores mais o GM. Mas, do ponto de vista de dinâmica prefiro os tais 3 a 4.

[quote=smascrns]Depois há a questão perene de se conseguir que todos os jogadores venham às sessões de jogo com regularidade (lembro um certo jogador que estava para participar numa campanhade SWSK que tu mestraste e desapareceu ainda antes de esta começar...).[/quote]

Esperemos que não seja o caso do poster original desta thread.

[quote=smascrns]Daí que a tua sugestão de dividir o grupo em dois subgrupos de 4 me pareça ser a melhor. Ou então assumir que nunca jogam mais de 6, a não ser em casos excepcionais, levando em consideração que em 8 haverá sempre dois ou três que terão compromissos mais prementes...[/quote]

Penso que dividir os grupos será melhor com a opção do poster original ser jogador no segundo grupo para não ficar sobrecarregado com os deveres de GM em preparar as sessões. Era o que eu faria.

Não te está a dar acesso? Estranho porque para mim funciona bem.

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tenho certeza que o meu Big Brother Zombie funciona bem com muita gente, já que foi feito para modelar o BB normal, mas com zombies.

Aqui tens tudo o que precisas:

https://ideonauta.blogspot.com/2009/03/big-brother-zombie-looking-for.html





A planear: D&D 4th Dark Sun

Lembrei-me de outro: tendo em conta o grande número de personagens que o jogo pede, o Kayfabe também me parece um bom RPG para muita gente jogar.

Dentro deste género quase Live-Action, Houses of the Blooded em modo PvP também se deve prestar bem a juntar oito jogadores numa festa de intrigas e traições.

Quanto ao Houses of the Blooded a demo (https://www.housesoftheblooded.net/downloads/HotB-Preview.pdf) tem um cenário para seis jogadores. :slight_smile:

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