Já agora, ao pedir a autorização para publicar aqui os vídeos foi-me pedido que desse algum feedback das reacções aos mesmos. Se viram, digam o que acharam... Eu depois transmito uma ideia geral.
Gostei especialmente do primeiro vídeo. A discussão com a turma sobre a evolução do design e mecânicas utilizadas em jogos de tabuleiro está bastante bem conseguida, e documentada.
O segundo torna-se um pouco mais maçudo, apenas por discutir, e bem até, um tema um pouco mais..chato: os diferentes recursos que se podem utilizar na publicação de um jogo; análise de mercados, editoras, distribuidoras, lojas, margens de lucro etc.
Nem conhecia o senhor Scott Nicholson, mas deu a entender que é alguem bastante conhecido na cena de podcasts de jogos de tabuleiro e com boas capacidades de comunicação.
Excelente. Dá uma ideia do trabalho que é fazer desembocar um projecto destes. Criatividade e saber fazer jogos não é tudo. Digamos que depois de ver os vídeos fiquei ainda mais certo de que a única forma de se conseguir fazer um jogo de sucesso é mesmo tendo perseverança e também alguma sorte.
Embora o Scott Nicholson esteja a falar para uma turma de alunos que se dedicam ao assunto, este vídeo não dá alas a optimismos, é bastante realista, ou seja, conseguir colocar um jogo de autor lá fora é tudo menos coisa fácil.
Quanto à última parte do filme em que ele fala do futuro dos jogos, bom, aí parece-me que existe um certo contra-senso. Por um lado, no início da palestra, diz que há quem prefira jogos de tabuleiro por estes serem duráveis e jogáveis em dez anos. Mas depois, aliando-os à tecnologia, não me parece possível que os mesmos boardgamers possam andar a brincar em touch screens.
Falo por mim, uma das razões que me levou a aproximar-me dos jogos de tabuleiro foi o facto de estar farto de vídeo jogos. Jogar Catan no ipad para mim não tem metade da piada. Mas cada um é como cada qual, e talvez ele até tenha razão... que há potencial para fazer mais dinheiro, talvez até haja.