#segundadejogos [02-10-2023] & [09-10-2023]

Ficou uma esquecida, esperam-se jogos a duplicar nesta :grin:

O que jogaram neste último par de semanas?

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O último semanal de Setembro do grupo trouxe a possibilidade de estrear uma aquisição recente, embora o jogo já tenha algum tempo.

É um jogo de vazas que conduz um aspecto de controlo de área onde se fazem a maior parte dos pontos. Cada carta jogada permite adicionar ou movimentar samurais (cubos) nossos no tabuleiro, movimentar o nosso Daimyo (peça específica da nossa cor) ou remover dos adversários da área onde está o nosso Daimyo.
O vencedor da vaza também pode fazer alguns pontos.
O jogo tem três rondas em que os pontos ganhos pelo controlo de áreas vai sendo alterando, tornando as áreas mais longe de Kyoto cada vez menos valiosas e a presença ou controlo de Kyoto cada vez mais aliciante.

Está engraçado, mas esta primeira partida não convenceu totalmente. Algumas acções pareceram essenciais e o aspecto aleatório das cartas talvez demasiado significativo. Como não é um jogo longo - a primeira partida durou 45 minutos, mas não tenho dificuldade em imaginar uma duração abaixo dos 30 - tolera-se bem essa parte.
A repetir no futuro para solidificar opinião.

Depois um jogo acerca do qual tinha alguma curiosidade.

Curiosidade satisfeita, não gostei.
A ideia é engraçada e felizmente não demora muito, mas para mim o seu maior mérito é demonstrar claramente a irracionalidade dos mercados financeiros.

Depois, pude estrear um Knizia que adquiri recentemente.

Este jogo tem tido múltiplas versões e edições ao longo dos últimos 16 anos e já há algum tempo que me interessava experimentar.
Na sua primeira versão, chamava-se Cheeky Monkey e tinha pequenas diferenças para o que acabei poor adquirir.
É um filler com uma ideia muito simples, como muitos Knizias nesse sector do mercado. Explica-se em 30 segundos.

Um baralho com cartas do 1 ao 10. Das cartas até ao 5 existem 11 exemplares, do 6 ao 10, 7 exemplares de cada. Cada carta vale os pontos correspondentes. No início da nossa vez, se tivermos cartas à nossa frente, guardamos e serão pontos no final do jogo. Depois, podemos ir tirando cartas do baralho e revelando. Se alguém tiver cartas do valor que revelarmos à sua frente, podemos roubá-las. A partir do momento em que temos 3 ou mais cartas à nossa frente, se revelarmos uma carta de valor que já tenhamos, perdemos todas as cartas reveladas. O jogo termina quando for revelada a última carta do baralho, resolvendo da forma normal. Depois, todos podem guardar as cartas que ainda tenham à frente. Contam-se os pontos das cartas guardadas e quem tiver mais pontos vence.

Neste parágrafo está o jogo todo.
É rápido, 10 minutos. E divertido. Já o joguei duas vezes (a outra no semanal seguinte a esta partida) e houve sempre gargalhadas… O factor de gestão de risco aliado à possibilidade de roubar as cartas dos outros traz sempre momentos de tensão e surpresa hilariantes.

Acabamos a noite com mais uma partida do herói batata…

Na noite seguinte voltei ao jogo solitário de que espero um dia concluir a campanha…

Mas não será desta. Já passou algum tempo desde que joguei da última vez e acho que preciso de algumas partidas para voltar a solidificar as regras e, mais importante, tentar estabelecer alguma base estratégica para abordar a campanha.

No encontro mensal, voltei a um dos meus dois 10 no BGG.

Mais uma vez, e como sempre, uma excelente partida. Mesmo com a presença de um estreante, o jogo foi desafiante e com um equilíbrio que parece impossível após a descrição do jogo e as posições iniciais das potências… O estreante viria a vencer com a França, mas se não o fizesse nesse seu turno de acção, seria o Pragmático a ganhar e a Áustria também estava perto… A Prússia tinha tido uma pesada derrota na campanha pela Silésia e estava a recuperar lentamente.

No semanal seguinte, aproveitando ser feriado, começámos mais cedo. O encontro sofreu em termos de participação devido a muito pessoal ter aproveitado para fazer ponte, mas fomos poucos mas bons.

O primeiro jogo do dia foi algo despontante.

Não gostei. O jogo parece oferecer escolhas interessantes, mas só se as cartas estiverem numa posição boa e isso nem sempre acontece. Há uma certa falta de flexibilidade na recolha das cartas do painel central que pode ser penalizante e que, pior, se vai acumulando ao longo do jogo, ou seja, se nos corre mal ao início, isso vai acumulando e torna-se cada vez mais penoso. Não creio que vá voltar a jogar isto…

O jogo seguinte foi mais interessante. Tinha ideia de já o ter jogado antes, mas ou me esqueci de registar a partida, ou estou enganado nessa recordação…

É um cooperativo interessante, embora ganhássemos com uma estranha facilidade. Gostei e pretendo repetir.

Depois voltei ao Hit! (No Mercy) mencionado acima. Houve, como disse, gargalhadas.

A seguir, pude experimentar um Wallace clássico que obtive na Math Trade da LeiriaCon.

É algo estranho andar nesta coisa do jogos de tabuleiro há perto de 20 anos e ainda não ter jogado este título de 1998.
A minha explicação do jogo foi algo atabalhoada e com um par de erros, o que fez com que a primeira ronda fosse mais de experimentação e esclarecimento de dúvidas que outra coisa.
Depois a coisa começou a fluir melhor e começámos a perceber o que estávamos a fazer e a fazê-lo com intenções e estratégias mais claras.
Tanto que foi com uma das condições de final súbito que uma das jogadoras conseguiu ir buscar a vitória de forma brilhante.

É um jogo de controlo de área, mas não directamente. Na verdade, o controlo das áreas é para uma das três facções envolvidas na Revolução Francesa, nós só temos a possibilidade de ter mais ou menos influência junto dessa facção. Conforme as facções vão obtendo controlo das áreas e os correspondentes votos para o governo, os jogadores vão acumulando a sua influência nas facções e quem conseguir ter mais influência junto do governo e também da oposição, ganha pontos.
Ao fim de 4 rondas, quem tem mais pontos ganha!
Ou talvez não.
Existem duas condições de final súbito de jogo em que as condições de vitória mudam. Se os realistas conseguirem a contra-revolução, ganha quem mais os apoia nessa altura. Se os radicais conseguirem uma vitória esmagadora, também aí ganhará quem mais os apoiar.

Pretendo repetir em breve este jogo, pois penso que o seu estatuto de clássico se justifica plenamente.

Depois, fomos todos correr para o frio.

Já tive este jogo na colecção há vários anos e acabei por me desfazer dele. Não porque não gostasse, mas provavelmente porque não jogava vezes suficientes.
Até gosto do jogo, da mecânica de controlo do trenó e da velocidade do mesmo, da forma como implementar os estragos que vão acontecendo.
Enfim, esta partida causou-me algum arrependimento dessa decisão de me desfazer do jogo. Não muito, que não sou muito dado a arrependimentos, mas algum.

Na noite seguinte voltei a jogar a reimplementação de um super-clássico do Wallace (parece que foi a semana dos Wallaces clássicos, não?).

Não o jogava há 5 anos, mas explicação das regras foi clara e suficiente para estar a jogar com algum critério. Perdi na mesma, mas foi muito agradável voltar a jogar esta versão de Brass. Tenho a outra, ainda em versão alemã, na colecção e não sinto necessidade de obter a versão mais recente, ou mesmo esta reimplementação, apesar de ser um jogo diferente e talvez mais versátil em termos de número de jogadores. Não me importava, mas estando já bem acima do razoável em termos de ocupação de espaço com jogos, não vou fazer esforços nesse sentido.

No domingo passado, antes do brilhante jogo entre Portugal e Fiji em Rugby, joguei 4 partidas de um jogo infantil com a filhota.

O jogo é simples e adequado à função. Entretém bem durante uns minutos mas o seu maior mérito é dar-me tempo de qualidade com a minha filha. Uma excelente compra, portanto.

Foram boas semanas, estas!

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@Mallgur O meu maior quibble com o Joraku é a direção meio forçada - a marcha para Kyoto é engraçada, mas faz com que as manhas sejam quase sempre as mesmas. Ainda assim gosto de o puxar de vez em quando.

Também joguei Q.E., mas deste lado há muito que é um favorito :joy:
Se foi da inflação imprevisível que não gostaste a expansão encarrila-o mais.

Tenho mesmo de jogar Maria, vou propô-lo para a joga desta 6f :eyes:

Na primeira semana continuei o playtesting da versão digital do Calico para a Steam com 32 partidas.

Na segunda semana estando por Essen não deu para muito. Curiosamente, tudo com o mesmo estilo e base de jogo, apesar de terem sido propostos e jogados em ocasiões diferentes e com grupos diferentes.

Hard to Get (x2)

Similo (x2)

Similo: The Lord of the Rings (x1)

Similo: Board Games 2023 (x1)

Gods of Rome (x2)
Já me esquecia destas 2 partidas porque foi em âmbito de demo, não era suposto jogar mas o jogo fica mais interessante para quem o quer conhecer quando jogado com mais de 2 jogadores.

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