#segundadejogos [20-11-2023]

Que tal foi a vossa semana passada em relação a jogatanas? :eyes:

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Na segunda, 13, joguei mais um jogo do senhor de cabelo verde…

E pensei que tinha ganho… Facilmente, até.

Felizmente, não. Estava a jogar mal uma regra e isso facilitou muito o jogo. Era uma pena que um solo fosse “derrotado” logo na segunda vez que se joga, certo?
Ainda devo ter que voltar a este algumas vezes antes de o acabar…

No encontro semanal do grupo, fomos à Escola Superior de Saúde para fazer demonstrações e então só tive oportunidade de um par de jogos a dois…

Com expansão.
Eu gosto do jogo, embora ache que tenho alguma dificuldade em implementar bem as sinergias entre as várias facções. A expansão, da forma como usamos, simplesmente adiciona novas facções. Foram interessantes de analisar e experimentar.

Já conhecia do BGA, mas foi interessante jogar em pessoa.
É uma boa opção para dois jogadores com bastantes decisões tácticas… Este foi decidido por desempate a meu favor.

Na sexta conheci um jogo que está a dar que falar…

Estava muito cansado nesse dia e confesso que tive muita dificuldade em manter-me atento à explicação do @Dugy que foi, como sempre, exemplar.
Portanto, tive uma performance bastante fraca.
O importante, contudo, foi a possibilidade de ver como o jogo funciona e avaliar. Acho que está um bom jogo para quem gosta do tipo em que se encadeiam acções umas nas outras. Não será bem o género que mais me agrada, mas este jogo nem é demorado, nem esses encadeamentos são demasiado longos.
Está fixe e tem duas características muito interessantes… Uma é a caixa pequena que fica muito bem preenchida pelos componentes. Outras é o preço que está muito em conta para a qualidade dos componentes e do jogo em si.
Dêem uma vista de olhos se tiverem oportunidade.

Depois, o mais bizarro jogo de vazas dos últimos tempos.

Um baralho sem naipes definidos nas cartas, só valores. Cada jogador decide no momento em que joga a carta qual é a sua cor. Mas, naturalmente, não podem existir duas cartas iguais e se um jogador não puder escolher uma cor possível para a carta que joga, cria um paradoxo e irá pontuar negativamente… Ao início, cada jogador “aposta” no número de vazas que vai fazer e se acertar tem um bónus igual à maior área que marcou no quadro onde se marcam as cartas jogadas por cada um, se não, pontua só o número de vazas.

É muito bom…

Infelizmente, é muito caro também. Penso que só existe a versão “deluxe” disponível e o preço é semelhante ao do White Castle que mencionei antes… E não é nem sequer próximo em termos de componentes.

Enfim, as irracionalidades do mercado…

A semana terminou com mais um encontro de wargames, onde se podem jogar outras coisas, claro…

Um jogo rápido com um amigo que estava presente coma filha… Um daqueles jogos onde não sou minimamente competitivo.

Depois levei à mesa uma curiosidade que adquiri via Vinted.

É um jogo só para dois com as mais sobre-produzidas ampulhetas de sempre… Mas faz algum sentido no tema do jogo.
É um jogo da Prospero Hall que suspeito ter começado como algo inspirado no universo Mad Max. Cada jogador controla uma tribo num mundo pós apocalíptico e tenta fazer sortidas para recolher recursos e com esses adquirir cartas que representam pessoas/habilidades e tentar também controlar certas localizações com os elementos da sua tribo.
Em termos mecânicos, no seu turno o jogador pode iniciar um expedição o que equivale a colocar a ampulheta a contar o tempo e ir lançando dados para tentar obter faces com os símbolos necessários para adquirir as cartas disponíveis, ou então enviar algum dos seus “exploradores” para as localizações. Cada dado tem uma face de “fogo” que implica que não pode ser relançado e se torna inútil. Quando está satisfeito com as faces que obteve, pode pousar a ampulheta e fazer as trocas possíveis desejadas.
Se o tempo da ampulheta terminar, não obterá nada e terá que fazer um reabastecimento de recurso.

A outra opção no turno é, precisamente, reabastecer. Isso equivale a tentar repor a ampulheta. Coloca-a nessa posição e então será o oponente a lançar os dados para o tentar parar obtendo “chamas” tão rápido quanto possível. Nessa altura, o reabastecimento termina e o jogador passará a ter só essa “kerosene” (que dá o nome ao jogo) disponível para as expedições.

É um jogo simples, mas divertido. A sua originalidade no uso do “tempo real” é que me chamou a atenção e, para já, não desiludiu. Não sei se justificaria o preço novo, mas através do Vinted não foi uma má compra.

Finalmente, o jogo que efectivamente me levava ao encontro.

Será, ao que parece, o último jogo de Rachel/Bowen Simmons. É também uma re-implementação do sistema originalmente concebido para o Bonaparte at Marengo, lançado há 20 anos, completamente original e único à altura.
Os jogos desta série e desta designer atingiram um certo estatuto na comunidade e nos interessados por jogos de guerra e quando soube da edição deste último título, pela Histogames ainda por cima, tive que fazer a encomenda. O preço nem foi caro, para o que poderia ter sido nas mãos de outra editora mais gananciosa ou que recorresse ao Kickstarter.
Tudo foi tratado de forma exemplar pela editora, incluindo a substituição de peças cujos acabamentos não estariam ao nível desejado pela mesma. Mais ainda, a editora não faz produção em países com regimes totalitários/ditatoriais… E edita um dos melhores jogos de sempre, Maria.

Para quem não conhece, o sistema aqui implementado é inspirado pela forma como as batalhas do séc. XIX eram normalmente esquematizadas, com rectângulos a representar secções e tipos de cada um dos exércitos, normalmente usando a cor vermelha e azul para cada um dos exércitos em confronto.
É um “look” muito limpo e claro que permite visualizar de forma simples o desenvolvimento da batalha.
Para conseguir manter este aspecto visual, a designer optou por usar mapas semelhantes aos usados nesses esquemas, normalmente bastante detalhados e à escala, e sobrepor uma “grelha” irregular de áreas, desenhadas de forma ténue e pouco intrusiva, que permite separar o mapa em zonas onde os blocos depois se movimentam de forma mais “livre” que o habitual quando se usam as grelhas mais habituais de quadrículas ou hexágonos.

Esta primeira partida foi incompleta e também lenta porque nenhum dos jogadores tinha qualquer experiência com o sistema e, sendo algo bastante original, onde a experiência com outros sistemas não serve de muito. Houve muito tempo de consulta das regras e dos player aids e bastante troca de impressões sobre como se deveria abordar cada caso…
O estilo de escrita das regras é escorreito, directo e conciso, mas pouco “pedagógico”, digamos. Está tudo lá, mas não são regras que nos dêem a mão e nos orientem sobre “como” jogar, por assim dizer.
Mas a ideia era precisamente tentar perceber como funcionaria o jogo, fazer algumas experiências… Mais tarde haverá oportunidade para o jogar “como deve ser”. Espero que muitas vezes.

Foi uma semana interessante… A seguinte será menos, quando chegar à altura verão porquê.

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Isso é que foi uma semana bem preenchida @Mallgur! :wink:
Já por aqui a semana passada não deu nem para um joguinho… :pensive:

A ver se me lembro:

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