Mais um faz-de-conta-que-é-segunda
O que se jogou esta semana?
Mais um faz-de-conta-que-é-segunda
O que se jogou esta semana?
Sexta-feira:
Dia de jogo com a malta mas éramos só dois. Foi um dia para dar a conhecer jogos.
Sábado:
Não era para ir por compromissos familiares mas foi tudo cancelado e dei um saltinho à RiaCon para conhecer aquilo já que nunca tinha ido.
Finalmente updates às jogatanas, graças à RiaCon…
Evergreen (x4)
Jogado pela primeira vez na convenção, gostamos tão pouco que acabamos por o jogar 4 vezes ao longo de 3 dias, aproveitando todas as oportunidades de jogar com quem dizia “olha, esse era um que gostava de experimentar”…
Coral (x2)
Jogado apenas a 2 jogadores, arrisco a dizer que iria funcionar muito melhor a 4. É algo que fica para experimentar no futuro de modo a validar esta “teoria”.
Patchwork
Apesar de o termos em casa, este e o Coral serviram para preencher o tempo que tinhamos reservado para experimentar o Turing Machine - infelizmente estava listado na ludoteca mas não estava na convenção, fazendo-nos mudar de planos.
Dive (x3)
Experimentamos este para “matar o tempo” até ao próximo compromisso e, sendo super simples e divertido, foi o escolhido durante o resto da convenção sempre que havia tempo para matar.
Applejack
Já estava na calha para ser experimentado e acabou por ocupar parte do tempo reservado para experimentar Sabika - outro jogo que estava listado na ludoteca mas que não estava na convenção.
Amerigo (x2)
Sendo o nosso jogo favorito do Stefan Feld, aproveitamos todas as oportunidades para o jogar, considerando que não o temos por casa. Não é muito fácil de encontrar a um preço acessível, mesmo usado, mas é daqueles que não vamos desistir de ter um dia.
Autobahn
Jogado pela primeira vez, não conseguiu convencer nesta primeira partida. Não sabendo se pode ter sofrido um pouco do “efeito de convenção” com uma ou outra regra mais ao lado, terá de ser jogado novamente no futuro porque parecia mais promissor do que o senti.
That’s Not a Hat (x2)
Finalmente experimentamos o That’s Not a Hat, já ao final da noite e com 8 jogadores. Tivemos de repetir e o feedback da outra ponta da sala é que se ouviam lá as gargalhadas da nossa mesa - até elementos que não existem no baralho apareceram!
Nova Luna
Outro que jogamos apesar de termos em casa, para acompanhar quem nunca o tinha jogado e somado à segunda partida de Amerigo em substituição de uma jogada de Earth que passou o último dia praticamente na mesma mesa.
Glow
Foi o jogo que encerrou a convenção para nós, encaixando bem no tempo que tínhamos disponível até fecharem as horas de jogo. Este talvez não seja para jogar novamente, apesar de até ter passado um bom tempo durante a jogada.
Cinema (do Rui Gonçalves)
Por entre os jogos, no primeiro dia experimentamos o protótipo do Cinema que surpreendeu e que, depois de afinados alguns detalhes, estará um bom jogo familiar.
Cathood (do Fábio Lima)
No segundo dia, fechamos as jogatanas antes do That’s Not a Hat a experimentar o protótipo do Cathood que será publicado pela Zacatrus. Já está com poucas arestas para limar e está muito interessante.
O semanal do grupo proporcionou duas experiências novas:
É um jogo para dois em que vamos tentando obter recursos para as construções no centro do tabuleiro, mas ao mesmo tempo evitar dar muitas oportunidades ao adversário… Está giro.
Um jogo de vazas para dois é sempre algo interessante de se analisar. Este está curioso ao implementar duas fases… Primeiro tentamos recrutar cartas para o nosso baralho e depois jogamos com esse baralho na segunda fase.
O início foi um pouco atribulado pois a tradução das regras em inglês estava muito estranha, mas depois lá conseguimos jogar uma partida que, penso, foi com as regras correctas.
Quero revisitar para ver se há realmente opções estratégicas na primeira fase ou se cai em algum automatismo nas escolhas.
Depois veio a RiaCon…
Este é um point salad do Knizia, coisa pouco habitual neste designer.
Descobri que joguei mal das outras duas vezes. Explicações apressadas têm este problema…
O jogo é interessante… Muito rápido e acessível, mas ainda assim oferece alguns momentos de tensão em certas escolhas.
Joguei três vezes este jogo “familiar” da dupla Kramer-Kiesling…
Mesmo sendo um jogo leve, permite e premia alguma “agressividade” nas jogadas pois só bloqueando os feiticeiros dos adversários se consegue atingir um dos objectivos, além de essa opção permitir obter as poções que dão acesso a acções especiais.
Gostei, embora seja bastante aleatório na questão das cartas e a parte da memória, ainda que não me incomode muito, poderá desagradar a outros.
É algo que recomendo que experimentem…
O torneio Dá-lhe-Kú-Dedo é sempre um momento bem passado nesta Con e tenho pena de que nos últimos anos seja menos participada… Desta vez fomos só 4 equipas, o que só permitiu semi-final e final.
Para mim foi particularmente especial pois pude fazer equipa com a minha filha e conseguimos chegar à final.
Portanto, foram duas partidas de cada um dos seguintes:
Na versão mini.
A Leonor também descobriu lá pela ludoteca o
E jogou muitas vezes por lá.
Algumas comigo, outras com um simpático par de jogadores, Sara e Ivan, que tiveram imensa paciência e boa-vontade para com a pequenita. Muito, muito obrigado a ambos por isso!
Bem sei que a minha explicação do Ark Nova não compensou o tempo que perderam com a miúda, mas foi o mínimo que podia fazer como retribuição (além de que explicar jogos é algo que gosto de fazer)…
Também foi à mesa.
Não há muito que possa dizer sobre este jogo que não tenha sido já dito… É excelente. Nunca tive uma má experiência com este jogo. E já vou em 21…
No domingo, uma estreia:
Um jogo de dedução interessante. A roda do puzzle é gimmicky como o catano e parece-me muito frágil… Mas o jogo está engraçado.
Talvez um pouco complicado em excesso em termos de regras e especialmente na pontuação que é absolutamente supérflua na parte inicial… Mais valia dar só um ponto de cada vez, ou algo mais simples do que está. Percebo que é pela descoberta de terrenos diferentes que o “puzzle” se começa a deslindar, mas é uma fase do jogo que parece estar ali aatrapalhar a parte mais interessante que vem depois.
Enfim… O importante no jogo é a parte da dedução e o prazer que ela dá. Claramente, a pontuação está lá para promover um pouco o risco, mas penso que pouco serão os jogadores que estarão focados nos pontos. Honestamente, acho que me esquecerei de pontuar com alguma facilidade s eo jogar de novo.
E um regresso a
Que é sempre positivo.
Assim, um balanço muito positivo da semana e especialmente da RiaCon!
O que eu me fartei de jogar isso na Holanda (ainda se chamava Holanda, por isso posso dizer assim)!
Que jogo espetacular!
Joguei de tudo nesta RiaCon: joguinhos de cartas, euros médios/pesados, um party game, um wargame e um 18xx.
As melhores descobertas foram o Revive e o Mind Up, o 3 Commandments a partida mais memorável e o Autobahn a maior desilusão.
Reparei agora que esqueci-me de registar o Whale Riders e uma partida de Crokinole.
Senti o mesmo quanto ao Autobahn, talvez não seja coincidência, pode ser que afinal não tenha sofrido de “efeito de convenção”…
Não deu para ir à RiaCon, mas também não posso dizer que foi uma semana fraca.
1x
A solo. Não consegui ter disponibilidade para jogar mais, mas ainda continua na mesa para ver se consigo jogar mais umas vezes antes de o emprestar.
1x
Para o torneio de Viana. Joguei pessimamente porque os outros dois jogadores ainda não estavam muito à vontade com as regras e passei o jogo a explicar coisas. Resultado, fiz uma das minhas piores pontuações de sempre…
Claro que continuo a adorar o jogo e ando com vontade de jogar mais vezes com o pessoal. Nem que seja para me vingar
1x
Também para o torneio de Viana. Desta vez entrei no jogo de forma bem agressiva. Comprei todos os trajetos de uma só carruagem nas primeiras jogadas e depois fartei-me de comprar tickets. A estratégia correu bem e ganhei porque os adversários não conseguiram cumprir alguns bilhetes…
2x
Numa jantarada cá em casa deu para jogar uns party-games. Este foi o primeiro deles e estávamos 8. Correu bastante bem e deu para umas boas risotas apesar de alguma resistência inicial.
2x
Jogamos a versão portuguesa com a minha filha a servir de narradora/guia do jogo. Aqui já já fomos 9 a jogar e também correu bastante bem apesar de eu achar que demora mais do que devia.
5x
Para o final da noite voltamos a ser 8 e este jogo caiu de forma excelente. Equipas extremamente competitivas mas muito bem dispostas. Provavelmente o jogo que resultou melhor dos três.
Os turnos são muito complexos, sendo que a ação é apenas um dos passos que por sua vez tem uma série de passos que por sua vez pode dar acesso a outra ação com mais uma série de passos…
Estávamos constantemente a refazer jogadas por nos esquecermos de um passo ou de um bónus e no fim ganhei pelo que me pareceu ser um mero acaso. Foi muito penoso.
Bom saber que o Evergreen convenceu! Ando muito curioso com isso, mesmo prevendo que pela interação o Photosynthesis será mais a minha onda.
Ainda não joguei Coral a 4 competitivo (a 3 sim, e funciona bem), mas em equipas 2v2 é muito giro.
Grande RiaCon, pelos vistos!
Tenho mesmo de jogar esse Wandering Towers, parece 100% a onda de um dos meus grupos
Via Nebula foi uma das minhas mais recentes aquisições, e tem visto muita mesa! Surpreendeu-me, e percebo perfeitamente o rótulo de Brass-lite, como muitas vezes é descrito. É um bocadito mal-amado, não? Pelo menos vejo-o muito pouco mencionado
Não concordo nada com a ideia de Brass-lite… Acho-o muito mais próximo do Age of Steam.
Não tens cartas que te limitem nada e o foco passa muito pelo estabelecimento de caminhos possíveis para levar recursos de um lado para o outro. Em ambos os casos falta a componente económica de investimento vs retorno, dado que este é mais uma corrida pelos recursos e edifícios que outra coisa.
Se calhar o problema de não ter mais reconhecimento é o pessoal estar à espera de um Brass-lite e depois não encontrar isso.
Eu gosto muito do jogo e fascina-me a facilidade com que pões pessoal menos experiente a jogar um jogo que até tem alguma complexidade táctico-estratégica graças a uma arte fofinha e a um conjunto de acções reduzido e simples. Um belo exemplo de Old School German-Style game!
@scadima no nosso caso nem chegamos a terminar a partida de Autobahn, ficamos pelo final da segunda era e é muito raro deixarmos um jogo por terminar
@pfQ03 o Evergreen convenceu mesmo, está simples mas funciona muito bem! Jogamos 1x a 2 jogadores e as outras 3x a 4 jogadores e os outros 6 jogadores para além de nós também gostaram. Talvez seja das maiores suspresas dos últimos tempos… No nosso caso preferimos o Evergreen ao Photosynthesis, quando experimentares depois diz o que achaste
Deveria ter feito o mesmo
Fair enough, até porque como não joguei não o consigo comparar ao AoS.
Mas! Continuo a achar que o carácter da interação tem muito de Brass, mesmo que venha de algumas partes geralmente menos destacadas: exploração e usufruto de recursos comunitários, tensão consequente no acesso (espacial e temporal), e até mesmo um ou outro bloqueio mais subtil (dada a importância absoluta da eficiência). Claro que lhe falta a restrição das cartas e sobretudo o motor económico, mas numa interpretação familiar arrisco dizer que são as partes que mais sentido faz ficarem de fora.
100% de acordo com o último parágrafo, também o jogo sempre de bom grado