Mais um ano mais uma semana de Roleplay.
Este ano tivemos felizmente a falta de comparência do Sr. João Mendes e da Sra. Ana Carrilho. Digo felizmente porque tiveram à pouco tempo uma filha, a Diana, que os impediu de se deslocarem para fora de Lisboa em Dezembro. Ainda assim decidi pegar nas rédeas deste pequeno evento familiar de RPGs e fazê-lo à mesma (normalmente é sempre o Mendes que trata destas coisas, arranjar as pessoas e a casa).
Tivemos alguns contra-tempos que impediram que se fizessem tantas sessões como de costume, nomeadamente uma greve de controladores aéreos que me prendeu em Madrid por mais três dias do que o suposto e só termos três jogadores a tempo inteiro e quatro apenas para uma sessão por dia.
No final acho que conseguimos tirar um resultado positivo da experiência que é para continuar :)</p
Resumo dos jogos:
PrimeTime Adventures: Temporada completa de seis episódios mais piloto GM: João Tereso Jogadores: Três Criamos uma série sobre investigadores de casos sobrenaturais em Londres Vitoriana (porque toda a gente que já jogou PTA com alguma frequência sabe que vai ter que jogar uma série destas). Todos eram humanos, mas cada um tinha a sua ligação ao sobrenatural, o meu personagem tinha feito um pacto com um demónio para salvar a vida do irmão, outro tinha visões de coisas futuras e passadas que tentava suprimir com abuso de álcool e outra era uma estudante/investigadora/cientista de todos assuntos extra-mundanos (como rituais e maquinaria avançada). Acho que construímos uma séria muito boa (eu via-a), com personagens profundos e interessantes envoltos em mistérios e ocultismos tematicamente apropriados para os temas que estavam em cima da mesa. Claramente foi uma série que nunca irá existir, até porque por actores como o Anthony Hopkins e o Hugh Laurie a fazer papeis secundários ia ser demasiado caro hehe.
Don’t Rest Your Head: Arco de duas sessões GM: João Tereso Jogadores: Dois DRYH é um jogo sobre pessoas que por algum motivo de stress intenso deixaram de conseguir dormir ficando presos num mundo de insónias e insanidade, por isso desenvolvem poderes extra-ordinários e acedem a um sítio perdido no tempo e no espaço chamado Mad City. Fizemos uma pequena história sobre dois homens, um criminoso que fugiu da prisão para ir à procura do seu pai desaparecido e um fazendeiro enterrado em dívidas que matava os seus cobradores, que se viram arrastados para este mundo de demência e mandaram a baixo um dos grandes poderes de Mad City para se livrarem dos seus pecados. Muito noir, louco e carregado de acção, adorei :)
Capes: Arco incompleto com duas sessões mais um de Capes Light Jogadores: Três Capes é um jogo de super-heróis, com super-poderes, identidades secretas e todos os problemas que dai advêm. Criámos um mundo onde uma organização de super-heróis, mas com passados duvidosos, patrocinada pelos Estados Unidos da América enfrenta ameaças mundiais e locais. Inicialmente planemos fazer quatro sessões, dedicando cada uma a um dos três personagens onde se iria explorar os seus conflitos morais com as pessoas representam alguma coisa para ele, conflitos físicos com os seus arqui-inimigos e depois na quarta sessão fazer um confronto final com tudo em cima da mesa à batatada. Infelizmente por constrangimentos de tempo acabámos por fazer apenas duas destas sessões. Apesar disso continuo a gostar bastante do jogo e já sei que com o tempo suficiente irei conseguir tirar dele toda a diversão e histórias que sei que ele pode dar. Adicionalmente ainda experimentamos o Capes Light, que é uma versão mais curta das regras, mas que serve muito bem como introdução ao jogo (até porque está mais bem explicado do que no livro de regras original).
Mouseguard: Uma sessão GM: Eu Jogadores: Dois Infelizmente este foi outro dos jogos que sofreu pela redução do tempo e do número de jogadores. O plano inicial era fazer a oito sessões que são aconselhadas no livro mas decidimos fazer uma sessão experimental com uma das aventuras que já vem no livro e as personagens indicadas. A aventura correu sem problemas, conseguimos abordar quase todos os pontos das regras e fizemos vários tipos de conflitos extensos e de skills, mas chegámos à conclusão que apenas com dois jogadores seria curto, por isso ficou posto de parte para outra oportunidade.
A|State: Uma sessão GM: DalimThor Jogadores: Dois Este jogo passa-se na cidade sobrevivente num mundo devastado por um apocalipse (tanto quanto se saiba), onde os ricos são muito ricos e os pobres muito pobres, o que dá azo a uma crescente criminalidade nas zonas mais pobres da cidade. Fizemos uma pequena aventura já construída, com personagens incluídos, onde fazíamos parte de um grupo de criminosos que de repente ficou sem chefe e a obrigação de pagar uma dívida a outro grande criminoso se não quiséssemos ter o mesmo destino. Através de várias peripécias conseguimos arranjar o dinheiro e entregá-lo a tempo (tínhamos três horas para o fazer), salvando assim o nosso coiro e sendo contratados para a organização desse grande criminoso. De um modo geral a aventura até estava a correr bem, as mecânicas baseiam-se num esquema simples de percentagens, mas quando chegou ao combate as coisas enterraram um bocado, as mecânicas são demasiado e desnecessariamente complicadas quando comparadas com o resto do jogo e a informação não me pareceu estar muito bem organizada no livro. De qualquer forma ficou a experiência e quanto mais não seja a introdução a um universo de jogo engraçado.
Fizemos um total de catorze sessões de jogo, menos do que gostaria mas ainda assim foram bem aproveitadas consegui revisitar jogos dos quais já tinha saudades (Capes), finalmente lembrei-me como é que se joga bem PTA (algo que só consegui fazer da primeira vez que joguei) e DRYH é aquele jogo que nunca desilude (tendo-o jogado sem ser GM pela primeira vez).
Lições foram aprendidas e agora há mais para o ano.