E mais uma sessão com a Shemita Scholar e o Picto Borderer.
Começamos dias depois da última aventura, em Shem, no árido deserto. Depois de fugirem de Argos, o grupo procura um feiticeiro poderoso numa torre branca em Koth que lhes poderá revelar o segredo do pergaminho em Old Stygian que a Shemita possui.
O sol aperta e o grupo decide seguir para norte, para os prados verdejantes. A Shemita, sendo local, sabe de uma aldeia a dois dias para norte.
Uma viagem sem precalços depois e depois de andarem a noite toda a viajar, eles chegam a Arbuil, a aldeia a norte. Uma aldeia pequena e sem nenhum sitio onde dormir. Rapidamente notam que as pessoas da aldeia têm um ar triste. Isto suscita a curiosidade da Shemita, ao passo que o Picto sobre uma árvore, abanca-se nos ramos e dorme.
Falando com um aldeão, a Shemita descobre que as pessoas estão tristes devido ao facto do poço estar prestes a secar. Eles não têm ninguém na aldeia que saiba procurar água, e estão aflitos. Por sorte, um velho hermita que mora nos montes a norte sabe procurar água, de facto tinha sido esse velho que abriu o poço da aldeia. Mais, o velho é sem dúvida nenhuma um poderoso feiticeiro. A Shemita afirma que não fará nada sem ser paga.
A Shemita decide ir descançar para a árvore onde o Picto dorme. Uma manhã passa. À tarde eles acordam e o Picto é confrontado com um nobre. O nobre fala, para surpresa do Picto, em Pictish e afirma que é raro ver um Picto fora da sua terra. Ele pergunta se vão ajudar a aldeia, ao que o Picto fica confuso. A Shemita aparece e afirma que ajudará a aldeia se for paga. Depois de uma animada conversa, o Nobre concorda em pagar um gold piece a ambos pelo trabalho. No meio, o Picto descobre que um copper piece é, de facto, menos valioso que o ouro. A Shemita afasta-se surrateiramente, visto ter sido ela a convencer o Picto que o cobre vale mais que tudo.
O Picto fica furioso e dá com o cabo do seu hatchet na cabeça da Shemita. Agora não só temos um Picto estúpido, também temos uma Shemita estúpida. A Shemita fica indignada, mas no fim tudo acabou bem.
Depois de terem confirmado a localização do velho hermita, o grupo decide ir à procura do velho. São dois dias de viagem e, pelo caminho, o Picto caça algo para comer, nomeadamente larvas encontradas num tronco podre. A Shemita fica com nojo e decide procurar ela comida, que encontra na forma de cogumelos.
Passado dois dias, eles chegam aos montes e rápidamente descobrem uma caverna com luz. Lá encontram um velho que fica supreendido pela visita súbita. Ao ver a Shemita, no entanto, ele fica todo contente.
Passado uma amena conversa, o velho concorda em ajudar a aldeia, mas o seu corpo está velho e treme por todo o lado, ele a pé não conseguirá ir a aldeia. Pelo caminho a Shemita pergunta ao velho se ele é na realidade um poderoso feiticeiro, ao que o velho fica espantado por saber isso, ele é só um simples velho. Pelo caminho, o velho partilha sua informação de como encontrar água à Shemita.
Quatro dias depois, o grupo leva um burro ao velho. Dois dias depois chegam à aldeia. Lá os aldeões ficam espantados por ver o velho hermita. O velho hermita lá procura, mas passado umas boas horas ele declara que a aldeia não têm veios de água a passar. Ele decide ir para norte, e a uma hora a pé da aldeia ele encontra um bom sitio para cavar um poço. O Nobre, que está com o grupo, acha isso mau, mas a Shemita afirma que é melhor ter água a uma hora de distância do que não ter água nenhuma. O Nobre concorda.
O grupo vai-se embora para este, indo na direcção de Koth. Passado alguns dias eles encontram um regimento de soldados no caminho. Sem medos, o grupo decide passar pelos soldados. Um deles, obviamente um oficial, aproxima-se do grupo e diz para a Shemita ficar lá um bocado pois eles mostrarão a ela o que é bom. A Shemita fica ofendida. O Picto fica indiferente, até se virar e esbarrar no peito dum Shemita enorme. O homem diz que não gosta do Picto.
O Picto pergunta ao Shemita se ele é homem, ao que o Shemita ri-se. O Picto, usando a vantagem de ser mais baixo, atinge as partes baixas do Shemita, ao que o gigante cai por terra.
O oficial, ao ver isto, fica indignado. Ele pergunta se isto é coisa que um homem honrado faria, ao que o Picto responde que não quer saber. O oficial, nesse exacto momento, decide oferecer uma vaga no regimento dele. Ele introduz-se como oficial da Companhia Livre de Zargelo. O Picto fica interessado.
O oficial vira-se para a Shemita e pergunta se, além do óbvio, ela têm algum dote em especial. Ela diz que sabe curar doenças. O oficial logo responde que ela é uma bruxa. A Shemita diz que não, e para provar ela faz um Torment num soldado, que cai por terra com dores, mas faz isto sem ninguém dar por isso. Ela saca dumas ervas do saco dela e dá-as ao soldado caido, que fica logo curado. Ela afirma que de facto sabe curar doenças. Convencido que ela é uma bruxa mas que mesmo as bruxas têm grande utilidade num exército, o oficial também convida-a a fazer parte do exército. Ele diz que daqui a 3 meses vão atacar Stygia. A Shemita diz que precisa de dois meses para ir ter com um feiticeiro. O oficial diz que o regimento vai ficar neste lugar durante os próximos três meses à espera do exército Shemita.
E assim acabou. Foi muito bom, e gramo mesmo o facto do Conan RPG ter um ambiente em que aventuras como descobrir água são bem excitantes.
Foi engraçado ver o Picto dizer Shemita estúpida à Shemita, normalmente é o contrário que acontece.
E não, o velho era só um velho hermita, não era feiticeiro.