Sessão de Conan III

E mais uma sessão do grupo pequeno de Conan.

A sessão começa exactamente onde acabou da última vez, em Messantia, jóia de Argos. Depois de procurarem por rumores numa taverna e de o Picto ser discriminado à força toda por toda a gente, os PCs estavam a pensar que não iam conseguir arranjar nenhum trabalho.

A meio do dia entra na taverna um bando de guardas reais que faz o anuncio de andarem a procura de criminosos e de precisarem de bounty hunters capazes.

Depois de uma amena conversa, onde a Shemita convence o guarda Argosseano de que o Picto é bem capaz de encontrar seja quem for, o guarda propõe ao grupo encontrar um Nemedio fugitivo da justiça. Depois de descreverem o Nemedio e dizerem que foi visto pela última vez em Ante, a dois dias de viagem para norte, o grupo sem perguntarem mais promenores aceitam o trabalho. O único promenor era que os guardas queriam o Nemedio vivo.

A viagem até Ante teve os seus precalços. Para começar, havia muita gente a ir e vir de Messantia, o que siginificava muitos viagantes na estrada, algo que o grupo encarou como muito suspeito. No fim do primeiro dia, o Picto ouve algo ao longe e decide investigar. Dá de caras com um javali furioso, e os javalis em Conan são dos animais mais letais que existem.

Uma luta ocorre, com o grupo a dar o minimo de damage no javali. Finalmente, o Picto depois de perder a lança com um fumble fenomenal, saca dum hatchet e enterra-o no crânio do javali.

O Picto fica todo contente, pois ainda não tinha um dente de javali no colar e agora têm comida que dure por uns dias. Depois de preparar o javali e ficar com a pele, o grupo continua a viagem.

Eles chegam a Ante, uma aldeia pacata. Lá, perguntam pelo Nemedio e ouvem todo o tipo de estórias acerca dele, desde ser um bandido famoso com um exercito até ser um feiticeiro poderoso. Todos concordam que o Nemedio está escondido na floresta a norte.

Na floresta o Picto sente-se em casa e não demora muito até descobrir um caminho feito por um único homem. A Shemita é que andava em dificuldades no meio da floresta cerrada e por muitas vezes quase que torcia o tornezelo.

A dado momento, o Picto ouve um mocho e para. Facilmente encontra o mocho pousado numa árvore. Uma seta trespassa o mocho, e isso faz o grupo saltar para a acção. Eles encontram um homem que coincide com a descricção do Nemedio e a luta começa. Dura muito pouco tempo, já que o Picto d´´a uma porrada bem valente na cabeça do Nemedio, pondo-o inconsciente.

A Shemita, sendo uma scholar, usa seu conhecimento em herbalismo para preparar uma infusão que ponha o Nemedio a dormir durante dias.

Levando o Nemedio de volta a aldeia, eles lá compram um burro para o transportar. Em pouco tempo chegam de volta a Messantia, com o Nemedio a dormir o tempo todo.

Chegados a Messantia, o fugitivio é entregue as autoridades, que não pagam nada e que informam o grupo que o Nemedio era, de facto, procurado por ter roubado um pão. O grupo fica fulo por não lhe pagarem nada, mas a guarda informa-os que há mais criminosos procurados que pagam pela captura, mas que são muito mais perigosos que o Nemedio.

E prontos, foi uma sessão pequena. Toda a gente divertiu-se e isto permitiu ao Picto tornar-se um Bounty Hunter oficial, já que esta era mesmo a classe dele. Usei esta sessão como desculpa para o Picto encontrar sua vocação.

Foi fixe ver o jogador do Picto explorar sua personagem, princpalmente quando se tratou de comer comida nova. A Shemita encontrou gengibre e gozou com o Picto, dando um pouco de gengibre cru ao Picto pra ele comer. A reacção do Picto foi muito boa e engraçada, pois os Pictos vivem somente de caça e não têm agricultura.

Também foi engraçado ver o picto comer uma couve crua, achando a couve algo sem sabor nenhum, mas depois comeu couve cozida e, vendo como o sabor mudou por completo, achou que seus deuses o tinham abençoado ao mudar o sabor da comida.

Não houve problemas com regras, de facto tudo se passou sem problemas alguns. Amanhã, sessão com o grupo grande.

Mesmo que não haja uma história para seguir, ver os jogadores explorarem os seus personagens é sempre algo gratificante, imagino que para todos!

Pergunta: quantas dessas coisas foram introduzidas por ti, e quantas foram pedidas pelos jogadores?

Pergunto isto porque sendo a sessão quase na sua totalidade virada para o Picto, podia ser o seu jogador a pedir as coisas para poder brilhar no que faz melhor ou onde se sente mais à vontade.

Bem, o jogador do Picto fez o seu PC como um Bounty Hunter, que é uma mistura de Thief com Borderer. Ele queria perseguir pessoas e encontrá-las, logo achei natural fazer uma sessão em que ele se sentisse à vontade.

Acho que metade das estórias que faço são baseadas nas ideias dos jogadores.

O meu estilo de GMing é dar rédeas livres aos PCs. Isto encoraja o roleplay e os jogadores ficam mais contentes. Claro, eu também faço aventuras com estórias a seguir, mas nunca, nunca mesmo, faço railroading. Dou sempre liberdade aos PCs para fazerem o que quiserem, embora claro todas as acções tenham consequências, boas ou más.


Farewell, leave the shore to an ocean wide and untamed
Hold your shield high, let the wind bring your enemy your nightmare
By the bane of my blade, a mighty spell is made and
Far beyond the battle blood shall fall like a hard rain.

Queria começar por dizer que essas interacções finais que referes entre os PCs são ouro puro.
Na tua review do jogo falas de uma cena chamada Faith Points, isso foi usado em jogo? como?
Também referes que o ambiente do jogo é muito alcool, mulheres e sangue, os jogadores tem presseguido essa onda? só pergunto porque não sinto muito isso a vir ao de cima nos teus relatos.

"the drunks of the Red-Piss Legion refuse to be vanquished"

Ya, são mesmo. O Picto, sendo um barbaro no mais puro estado, fica assim um pouco estupefacto com a vida civilizada, e a Shemita é do mais civilizado que existe. Logo a Shemita aproveita todas as ocasiões para gozar com o Picto. Como por exemplo a primeira vez que o Picto viu um silver piece. “Uuuuuuhhhhh… shiny!” E claro, a Shemita lá gozou com o Picto. Ou então, nesta sessão, que a Shemita apeteceu-lhe mostrar ao Picto a que sabe o gengibre cru. A reacção do Picto foi cuspir tudo e um enorme blargh! Foi mesmo lindo de se ver.

Fate Points. Ainda não foram usada no grupo pequeno mas no grupo grande, que vou ter sessão hoje, foram usados às carradas. Um das vezes foi usada pelo Nobbre para ele perder a obsessão que tinha por um item mágico.

Bem, o grupo grande e os antigos personagens deste grupo eram muito nessa onda, de facto já perdi a conta de quantos filhos bastardos o grupo grande tem no jogo, mas este grupo agora é mais brando, apesar de ter um Picto. O Picto não se interessa muito por melhores, excepto a Shemita, só bebe água porque não gosta de cerveja mas mata indiscriminadamente. A Shemita é calma e não é lá grande bebedora também. Mas já houve muito sangue derramado, e de maneira muito violenta.


Farewell, leave the shore to an ocean wide and untamed
Hold your shield high, let the wind bring your enemy your nightmare
By the bane of my blade, a mighty spell is made and
Far beyond the battle blood shall fall like a hard rain.