Sessão de Conan IV

E cá vai mais uma sessão do grupo pequeno. Era para ter sido o grupo grande mas não deu. Fui preparado com ideias para o grupo grande e, como não tinha ideias para este grupo, depois de ter sido convencido lá decidi que faria uma sessão de puro improviso, construindo a estória conforme o que os jogadores faziam. No fim, isto tornou-se um conto de racismo e vingança.

Numa taverna em Messantia, a Shemita e o Picto estavam bem da vida. Mandaram vir comida, neste caso um guisado, mas o sabor era ínsípido. A Shemita atirou-se logo ao taverneiro e perguntou descaradamente se não havia sal nesta terra. O taverneiro, sendo um homem robusto, respondeu que o seu caregamento de sal nunca chegou ao destino. Tinha sido um Aquiloniano a trazer o sal e chegaram a entrar em Messantia, mas desapareceram. O taverneiro pede a ajuda dos aventureiros em troco de uma recompensa, ao que eles aceitam. Claro que toda a gente olhava para o Picto com cara de quem queria matá-lo, ao que o Picto ignorava isto tudo e tava bem da vida.

A Shemita procura logo um guarda real dentro da taverna, visto o Aquiloniano ter entrado pelo entrada principal de Messantia e haver lá sempre guardas. Encontrou um guarda e lá perguntou ao guarda quem estava de serviço na entrada no dia em que o carregamento desapareceu. O guarda, nao sendo estupido e sendo um homem, decidiu apanhar a Shemita como um saco de batatas e levá-la para um quarto. A Shemita não ofereceu resistência, enquanto que o Picto lá continuava a beber sua água, descansado da vida.

No quarto, com a Shemita vendo o que ia acontecer, ela decide brincar um pouco com o guarda. Depois ela tenta o seu truque que já tinha tentado antes, Entrance no guarda e convence-o que fizeram. “Foste um touro”, diz a Shemita quando ela quebra o Entrance. O guarda, sendo astuto, apercebe-se que, na realidade, nada se passou e ameaça a Shemita. A Shemita responde dizendo que vai contar a todos que ele não é homem não é nada a não ser que ele diga quem era o guarda de serviço. O guarda ameaça matá-la mas nota a determinação da Shemita e dá a informação. Ambos descem do quarto sem dizerem nada.

Mal ela se senta na mesa do Picto, uma Zingara toda boa, sim pois as gajas em Conan são todas boas, senta-se descaradamente no colo do Picto. O Picto fica parvo, não sabendo o que fazer.
A Zingara começa a namoriscar com o Picto e olha com um olhar do género Pira-te para a Shemita. A shemita desculpa-se e vai à procura do guarda. Enquanto isso o Picto, não sabendo o que fazer e tendo visto o guarda pegar na Shemita como um saco de batatas, faz o mesmo à Zingara, que não oferece resistência.

O Picto sobe as escadas, entra no corredor e larga-a logo ali no corredor, já que o Picto não sabe o que são quartos. A Zingara brinca com ele e diz que ali não e que tem umas informações sobre o sal. Ela diz que sabe onde está o carregamento de sal, está no porto, num armazem que ela indica onde é. Ela também diz que o Picto tem que ir sozinho, pois assim a glória será todo dele e depois ele pode vir ter com ela para acabar os assuntos pendentes. O Picto concorda em procurar pelo sal sozinho e faz-se à estrada, apesar de não saber nada da cidade e perder-se logo no primeiro minuto.

Enquanto isso a Shemita acha o guarda que procurava e pergunta pelo mercador Aquiloniano, ao que o guarda responde que não se lembra de ver tal mercador. A Shemita vai de volta à taverna e passa pelo distrito dos templos e encontra o Picto lá, perdido e a olhar para os edificios imponentes que são os templos. O Picto pergunta-se como tal foi construido, certamente não foi por mão humana, pois os homens não constroem coisas tão altas! A Shemita encontra-o embasbacado e pergunta o que ele está a fazer lá, ao que o Picto torna-se evasivo e vai-se embora. A Shemita, desconfiada, decide segui-lo, pois ela está no seu meio ambiente natural, o ambiente urbano.

O Picto finalmente acha o porto e fica mais uma vez embasbacado com os barcos, nunca vira tal coisa, galés e barcos enormes! Depois de achar que os deuses devem estar loucos, o Picto lá encontra o armazém e entra, sem notar que a Shemita o segue até la. Dentro do armazém está escuro, mas o Picto tem o Eyes Of The Cat e vê que lá dentro está muitos caixotes. Ao entrar, ele ouve a respiração de pessoas mas mesmo assim começa a procurar pelo sal.

A dado momento o Picto sente o frio do aço enconstar-se à sua garganta e fica rodeado de 4 homens. Os homens dizem que ele não é bem vindo em Messantia e que o vão torturar, ao que o Picto fica contente, pois a tortura é a maneira de se provar que se é homem nas Terras Pictas. Depois eles dizem que o vão prender para sempre. Dica, se se quer viver na Era Hyboriana, nunca se diz a um Picto que vamos prendê-lo. O Picto, com uma rapidez incrivel, apanha na sua lança e enfia-a pelo olho de um dos atacantes, matando-o imediatamente. Enquanto isso a Shemita vê isto e dispara do seu arco, matando imediatamente o homem que segurava o Picto. Um dos homens ataca a Shemita e outro o Picto, mas a Shemita dispara uma flecha na perna do seu atacante, deitando-o ao chão. O homem restante, vendo isto, foge para a escuridão e desaparece.

O grupo logo foca sua atenção no sobrevivente com a flecha na perna e começa a interrogá-lo. O homem responde com uma cuspidela na cara do Picto, ao que o Picto pega na sua espada e trespassa o ombro do homem, fazendo-o gritar bem alto e atraindo atenções, ao que o grupo dá-lhe porrada e pôe-o inconsciente. Logo está muita gente no armazém a indagar e pouco tempo depois chegam os guardas. Eles eprguntam o que se passa, ao que a Shemita responde que eles foram atacados por este homem e ela teve que se defender. Depois de umas conturbadas atribulações, o homem acorda de repente e grita que vai matar o Picto, o que é suficiente para os guardas o prenderem por tentativa de assassinato, confirmando a história da Shemita e do Picto. Durante este tempo todo, o Picto só queria era matar o homem e a Shemita teve sempre que afastá-lo.

Indo de volta à taverna, o grupo procura a Zingara, bem convencidos que isto foi uma armadilha. O Picto entra e a Shemita fica à porta e o Picto encontra a Zingara. A Zingara, vendo o Picto, foge mas não chega longe já que a Shemita nota isso e faz tropeçá-la. Caida no chão, a Zingara é alvo da fúria do Picto, que a espanca violentamente muito para a idniferença das pessoas que passam. A Shemita diz à Zingara para falar tudo o que sabe e a Zingara confessa que foi o taverneiro a preparar a armadilha. O Picto não espera nem mais um segundo, entra disparado na taverna e vai de encontro ao taverneiro. O taverneiro, não sendo burro, vê o Picto em furia e esconde-se na cozinha, trancando a porta de carvalho grosso.

O Picto, na sua furia, saca da sua arming sword e hatchet e tenta partir a porta. Nisto, uns guardas entram na estalagem e perguntam o que se passa, ao que a Shemita explica. Os guardas ouvem testemunhas que ouviram a Zingara e deicdem prender o taverneiro. A Shemita mal consegue acalmar o Picto, que grita por sangue.

Os guardas lá levam o taverneiro preso mas eles dizem à Shemita que nao irá acontecer muito ao taverneiro já que ele tentou matar um Picto e os Pictos são menos que pessoas, são animais que se devem matar, logo o taverneiro até estava a fazer um favor.

E assim acabou esta sessão pequena. Foi improvisada à força toda e estava com medo de não ter ideias, mas os jogadores forneceram-me ideias suficientes durante a sessão. Foi fixe, quase que não rolámos dados excepto na luta no armazém.

Estou é a gostar dos 2 PCs, ambos de natureza diferente, e a interacção entre eles é demais. Por exemplo, na taverna, a Shemita tentou meter-se com o Picto outra vez, demonstrando ao Picto como comer correctamente pão com queijo. Depois pôs debaixo do queijo muito gengibre cru e disse ao Picto para provar, mas o Picto notou nisto e disse à Shemita para ela comer primeiro. A Shemita, para não ser desmascarada, lá comeu e o sabor era tão intenso que vieram-lhe lágrimas aos olhos, ao que o Picto perguntam porque ela chora e ela responde que são lágrimas de alegria pois o queijo traz-lhe alegria. Impagável!

Tou a gostar muito do grupo e eles estão a evoluir muito bem, gosto muito de ambos os PCs.

Amanhã, se tudo correr bem, sessão com o grupo grande, e aí vai haver muitas mulheres, alcool e sangue!

[quote=MGBM]No fim, isto tornou-se um conto de racismo e vingança.[/quote]Quando é que vais mesmo correr uma crónica disto aqui para nós?

Isto vai parecer paradoxal, como é que planeaste o improviso? ou seja, no que é que te baseaste para criar situações durante a sessão, foi no que conheces dos gostos dos jogadores? foi algo que eles te disseram durante a sessão? como é que isso tudo aconteceu?
[quote=MGBM]Amanhã, se tudo correr bem, sessão com o grupo grande, e aí vai haver muitas mulheres, alcool e sangue![/quote]Fico à espera.

"the drunks of the Red-Piss Legion refuse to be vanquished"

Uma crónica seria fixe, a ver se tenho tempo. Por enquanto vão só ser estes sessions reports.

Bem, tenho duas vertentes quando improviso. Ou pura e simplesmente vou fazendo o que me vêm à cabeça ou estou atento aos jogadores e tiro ideias das acções dos PCs. Neste caso tirei ideias dos PCs. Por exemplo, o carregamento de sal veio da ideia de eu ter dito que a comida estava insipida e a Shemita ter dito logo ao taverneiro, Então, não há sal aqui? Tive logo a ideia de um carregamento de sal, falso carregamento como se veio a ver. De facto, eu prefiro sessões de improviso do que fazer uma estória para a sessão, tornam-se mais engraçadas tanto para mim como para os jogadores.

O que irá ser muito recorrente, até os PCs afastarem-se mais para este na Hyboria, será o ódio ao Picto.


Farewell, leave the shore to an ocean wide and untamed
Hold your shield high, let the wind bring your enemy your nightmare
By the bane of my blade, a mighty spell is made and
Far beyond the battle blood shall fall like a hard rain.