Não vou fazer um "actual play" per se, pois a nossa última sessão começou às 22 e acabou às 6 da manhã, e como tal, se contasse metade do que se passou, era expulso do fórum por "spamming".
Vou, no entanto, partilhar uma cena que achei muito interessante, daquelas que nos ficam marcadas na nossa "biografia de RPG".
O role passa-se em Forgotten Realms, na zona de Silverymoon, sendo o grupo actualmente constituído por: brb1/rgr5 elfo, brb1/mnk5, drd 5, rog 6, rog 6, sor6.
Quando regressam finalmente a Silverymoon, após uma longa ausência em que têm andado a escoltar um treant que foi corrompido e não consegue regressar à sua terra-natal, o grupo é surpreendido por um bando de salteadores numa das ruas da cidade, já durante a noite, quando se dirigiam à sua estalagem preferida - "A Cabra Dançarina" - em busca de um merecido descanso.
Ora, até ver, uma emboscada de salteadores numa rua escura nada tem de original... Esta, no entanto, teve uma evolução que achei muito gira.
Os salteadores eram liderados por um velho conhecido do grupo, com quem se tinham cruzado há já muito tempo (4 níveis antes...), e que procurava vingança por uma alegada traição dos aventureiros.
A batalha decorreu com uma fúria que eu nunca tinha visto nos meus jogadores. Queriam matar o adversário a todo o custo, nem que para isso tivessem que lançar fireballs a torto e a direito, pegando fogo a todo o bairro - como acabaram por fazer. Este adversário, no entanto, era ardiloso, e manteve-os a lutar com uma ilusão durante bastante tempo, e o facto de eles saberem que ele era um drow rogue/wizard metia-os em sentido, pois tinha um arsenal de feitiços, tinha evasion, e tinha spell resistance.
A minha intenção com a introdução da personagem era simples: criar um daqueles vilões que voltam vezes sem conta para atormentar o grupo ao longo da campanha, acabando sempre por voltar mais forte. Tinha, inclusive, o plano de fuga do nosso amigo mais que estudado.
Depois de chacinarem os salteadores e entrarem no edifício em chamas - onde o verdadeiro adversário estava escondido numa varanda do 3º andar, a fustigá-los com feitiços - o gajo usa um "gaseous form" para se tornar intangível e escapar ao grupo. Esfreguei as mãos de contente. Não só a cena tinha corrido bem, como o mauzão tinha conseguido fugir. Para mais, com o incêndio a alastrar, mais fácil foi dissimulá-lo com o fumo do próprio fuga, e garantir a sua fuga. Enraivecidos até à medula, os jogadores fogem às chamas e juntam-se no meio da rua para tratar das feridas e aproveitar o que puderem dos corpos dos salteadores.
Satisfeito, e mais que convencido que o assunto tinha ficado por aqui, decidi mesmo fazer uma pausa de 10 minutos no jogo após esta intensa sequência.
Mas a grande surpresa da noite estava ainda por vir...
Uma das personagens tem um pendente mágico, que tem a habilidade de enviar um corvo de prata para entregar uma mensagem a uma pessoa conhecida. Toldado pela fúria, ele diz que vai mandar o corvo com uma mensagem ao drow, apenas para lhe gritar: "MORRE!"
É neste momento que ele se vira para mim e diz:
- O corvo é mágico, não é?
- Sim.
- E aparece mesmo um corvo que voa ao encontro do destinatário da mensagem, não é?
- ...
Há um compasso de espera muio curto, e subitamente aquele pessoal desata todo a correr desalmadamente pela rua atrás do corvo. O sorcerer manda o seu falcão levantar voo para seguir o corvo. A adrenalina corre a toda a velocidade nos jogadores. Digo-lhes que o falcão detecta o drow no telhado de um edifício de uma rua não muito longe daquela em que se encontram, e aí... foi a puta da loucura! Um dos rogues tenta fazer open lock, mas o monge não está com meias medidas e rebenta com a porta a pontapé. O sorcerer desata a lançar fireballs para o telhado do edifício, na esperança de atingir o drow. A excitação do pessoal é palpável, e é então que eu decido: "Vou deixá-los apanhá-lo!"
Correm as escadas em direcção ao telhado, onde o encontram algo chamuscado pela fireball. Dão-lhe uma coça monumental, e o momento final chega quando o drow, já meio morto, tenta beber uma poção de cura, mas o monge usa o seu "attack of opportunity" e com um pontapé estilhaça-a contra a cara do adversário. Logo a seguir atira-se a ele com tanta raiva, que se precipitam os dois do cimo do edifício.
Terminámos a cena com o drow esmagado contra o chão da rua, e com a pulsação de todos a bater a 100 à hora.
Que momento extraordinário! 
Convido, quem quiser, a ler o relato da sessão em: https://jrc589.googlepages.com/
) penso que fizeste mt bem em ter “deixado” os pcs derrotar de vez o inimigo deles, afinal fizeram bem por isso e mostraram boa e rápida maneira de pensar!