O truque é usar os NPCs poderosos como “travão” a possiveis ideias que possam destruir ou descarrilar a historia. A ideia n é o ST ganhar aos PCs, como já ouvi falar aqui neste forum. Isso é completamente anedotico.
No caso da mini-jogatana que tamos a fazer the VtM, é complicado deixar a historia livre aos jogadores… isso poderei fazer num sistema de campanha avançada (5+ sessões), em que dou liberdade suficiente às pessoas para criar os persos, e depois integra-las numa cidade pré-desenhada por mim, onde dou toda a liberdade possivel (dentro do limite das regras impostas pelos senhores da White Wolf!).
Se te referes na parte do “cortar as asas” às nossas sessões, pensa bem no que fizeste! Poderei discutir essa parte melhor contigo pessoalmente, duma maneira saudavel, e não aqui, para não dar a conhecer os conflitos da tua perso aos outros jogadores.
Iria odiar-me se desistisses de jogar RP por minha causa.
(btw, uma das melhores parte de Vampire é puder usar os nossos poderes xupa-xupa… mas sempre duma maneira inteligente, sem causar conflito com as regras impostas pelos supra-sumo da cidade! ;))
Esses problemas de que falas, é comum em todos os jogos que envolvam super-poderes. Após algum XP, sim, a tendencia de te tornares muchkin é bastante! Railroad é uma maneira feia de chamares a “ST impõe historia pré-determinada”,mas essa é a melhor maneira de entrares logo na historia, sem grandes soluços, à parte do brainstorm que é PTA (e sim, malta, continuo a não gostar de PTA).
Da parte dos jogadores pouco proactivos, isso apenas depende do proprio jogador e da maneira que interpreta a sua perso. Se o que pensas dela é apenas as bolinhas que tão na folha, então tás completamente lixado! Tens de gramar com o ST e caso arrumado! Agora se ele/ela tem uma vida fora das habituais linhas que uma habitual sessão decorre (seja determinada por ficção feita pelo jogador, ou por negocios extra-RP que o perso tenha, seja dentro ou fora do horario de expediente), isso é que vai determinar um bom ou mau RP de jogos tipo Vampire. A imaginação é o limite…
Tenho de reler Requiem então… fiquei com má ideia dele, na 1ª leitura. Por acaso gostava de ver todo o sistema a funcionar um dia destes!
Interessado em vir a lx fazer uma demozita disso num fds destes?
O truque é usar os NPCs poderosos como “travão” a possiveis ideias que possam destruir ou descarrilar a historia.[/quote]
É exactamente este o meu problema com o setting de Vampire. Em muitos jogos que jogo a malta segue a história enquanto lhe acha piada, e descarrila/destrói a história quando ela deixa de ter interesse. Para mim isso é um ponto positivo.
O Vampire dá ao GM NPCs poderosos para parar isso. Eu prefiro que um GM: 1) faça a história de acordo com os desejos dos jogadores (ou discuta os limites com eles pré-sessão e implemente as suas sugestões), ou 2) faça uma história mas tome qualquer descarrilamento/destruição da mesma como uma oportunidade e não um problema, ou 3) não faça uma história e use as histórias que os jogadores lhes dão.
é complicado e requer telepatia, 3) leva algum tempo “in-game”, por isso a minha opção default é a 2). Com NPCs poderosos usados como tu dizes, torna-se não-implementável.
Vampire, não RPGs. Elric (uma espécie de Call of Cthulhu fantástico) começou em full steam
Oki, aqui não consigo mesmo perceber a diferença entre Vampire e qualquer outro jogo em que o GM tenha todo o poder criativo no setting!
Tudo o que afirmas pode ser aplicado a DD, CoC, ShadowRun, qq outro jogo da White Wolf, whatever! Até em Sorcerer isso me parece poder se tornar um problema. Dos jogos que joguei e/ou conheço ± apenas PTA e Rune escapam!
Enquanto a questão for o tentar fugir as garras controladoras de um GM opressivo num sistema em que este tem controlo creativo sobre o setting (nem precisa de ser o árbitro nem o juís final das regras) a tendência será sempre a de criar personagens mais poderosas ainda mas o GM pode sempre sempre sempre criar algo mais poderoso para chatear.
[Quote=“jpn”]2) faça uma história mas tome qualquer descarrilamento/destruição da mesma como uma oportunidade e não um problema
(…)
a minha opção default é a 2). Com NPCs poderosos usados como tu dizes, torna-se não-implementável.
[/Quote]
Também é a minha opção default, embora por vezes seja complicada com jogadores apenas re-activos.
Mas não concordo nada que isso se torne “não-implementável” dada a existência de NPC’s poderosos ou mesmo a existência de NPC’s poderosos relacionados com os PC’s. Apenas alterna as opções possiveis e também é ter a noção de não colocar sempre os ditos NPC’s a quererem “alguma coisa” dos PC’s.
[B0rg]
We r all as one!!
We are The Borg. We are Eternal. We will return. Resistance is Futile…
If freedom is outlawed, only outlaws will have freedom!
[quote=B0rg]Oki, aqui não consigo mesmo perceber a diferença entre Vampire e qualquer outro jogo em que o GM tenha todo o poder criativo no setting!
Tudo o que afirmas pode ser aplicado a DD, CoC, ShadowRun, qq outro jogo da White Wolf, whatever! Até em Sorcerer isso me parece poder se tornar um problema. Dos jogos que joguei e/ou conheço ± apenas PTA e Rune escapam!
Enquanto a questão for o tentar fugir as garras controladoras de um GM opressivo num sistema em que este tem controlo creativo sobre o setting (nem precisa de ser o árbitro nem o juís final das regras) a tendência será sempre a de criar personagens mais poderosas ainda mas o GM pode sempre sempre sempre criar algo mais poderoso para chatear.[/quote]
Até aqui concordo contigo, excepto na parte da “tendência será sempre” - eu acho que depende do GM. Na maior parte dos settings eu como GM poderia criar NPCs poderosos para chatear os jogadores. Poderia, mas não o faço…
Agora o meu problema com o Vampire:
[quote=B0rg][Quote=jpn]2) faça uma história mas tome qualquer descarrilamento/destruição da mesma como uma oportunidade e não um problema
(…)
a minha opção default é a 2). Com NPCs poderosos usados como tu dizes, torna-se não-implementável.
Também é a minha opção default, embora por vezes seja complicada com jogadores apenas re-activos.[/quote]
Mas não concordo nada que isso se torne “não-implementável” dada a existência de NPC’s poderosos ou mesmo a existência de NPC’s poderosos relacionados com os PC’s. Apenas alterna as opções possiveis e também é ter a noção de não colocar sempre os ditos NPC’s a quererem “alguma coisa” dos PC’s.[/quote]
O problema é que os ditos NPCs, os Principes das cidades e suas cortes (não estou a falar dos outros), querem por definição “alguma coisa” dos PCs. Não fazer isso é não jogar o setting conforme apresentado. Se é para não jogar o setting, comprei o Vampire para quê?
(OK isto a mim parece-me óbvio mas já percebi que não é óbvio para os outros - vou arquivar esta minha opinião nos “personal problems”
Acho é que estás a generalizar bue com esse “por definição”!
Um Principe da cidade, tirando a cena da apresentação e tal não tem grandes razões para querer mais de um NPC do que um presidente da câmara ou chefe da policia da cidade onde eles vivem, presidente da organização multi-nacional onde eles trabalham ou chefe local da máfia ou algo assim. Não há nenhuma razão em especial para que ele tenha de se dedicar especialmente à arraia miuda excepto numa ou noutra situação ocasional.
[B0rg]
We r all as one!!
We are The Borg. We are Eternal. We will return. Resistance is Futile…
If freedom is outlawed, only outlaws will have freedom!
Bom, isso de pedir para explicar porque se têm 18s a qq coisa em DD só funciona com a técnica de ter X pontos para distribuir pelos atributos.
Se se usar a tática normal (rolar), não há muita justificiação que possas dar:
GM: 18 a Dexterity, Charisma e Intelligence? Mas como explicas isto?
Eu: Errr… rolei à tua frente?
(Não estou a brincar – bom exceptuando a parte do GM perguntar. Eu tinha mesmo uma PC de Ravenloft com três 18 naturais – tinha tido um monte de sorte nos rolamentos).
Quanto a Vampire, bom, tu é que decides sempre os teus atributos, por isso tens que ter sempre noção do que escolhes. Não há a saida ou possibilidade do “Foi por sorte”
Sem querer vender o peixe de Requiem, uma das coisas que me levou a pegar em Vampire outra vez é a nova dinãmica elder-neonate.
Agora, os vampiros mais antigos não aguentam muitos anos sem terem que ir para torpor durante uns tempos. Arriscam-se ciclicamente a perder o seu poder sobre a cidade.
Como não podem confiar em outros elders, a sua única hipótese é virarem-se para aqueles que, quando eles saírem de torpor, poderão estar a dar cartas na cidade - os neonates.
Curiosamente, na história que estou a mestrar, os elders que dominam a cidade são três vampiros poderosos que vão rodando entre si, estando um sempre em torpor. Claro que isto não vai durar muito tempo, os PCs - vampiros muito recentes - vão ver a sorte que têem em ainda terem pessoas nas quais podem confiar. Ou não.
[quote=LadyEntropy]Quanto a Vampire, bom, tu é que decides sempre os teus atributos, por isso tens que ter sempre noção do que escolhes. Não há a saida ou possibilidade do “Foi por sorte”[/quote]Bom, quando tu rolas para atributos em D&D, a ideia é que os dados te vão fazendo a personagem. Olhas para o que te saiu e então escolhes a tua raça, classe, personalidade, história, etc. A diferença em relação a Vampire é que justifcas depois e não antes de definir os atributos.
Claro que 90% das pessoas que jogam D&D não justificam nada e, se puderem ter Charisma 4 para chegarem a Strenght 20, é aquilo a que já estão habituados a fazer quando jogam Baldur’s Gate no computador. A party standard de D&D tira pontos a CHA e deixa que o Sorcerer (este tirou pontos a STR) fale por eles.
Isto só é possível também porque o GM standard de D&D não foi informado de como provocar conflitos sociais e está mais precocupado em comprar mais suplementos de monstros para põr na sua dungeon.
[quote=Rick Danger]Sem querer vender o peixe de Requiem, uma das coisas que me levou a pegar em Vampire outra vez é a nova dinãmica elder-neonate.
Agora, os vampiros mais antigos não aguentam muitos anos sem terem que ir para torpor durante uns tempos. Arriscam-se ciclicamente a perder o seu poder sobre a cidade.
Como não podem confiar em outros elders, a sua única hipótese é virarem-se para aqueles que, quando eles saírem de torpor, poderão estar a dar cartas na cidade - os neonates.[/quote]
Será que os gajos da White Wolf viram o mesmo problema que eu na Camarilla e tentaram resolvê-lo?
[quote=Rick Danger]Claro que 90% das pessoas que jogam D&D não justificam nada e, se puderem ter Charisma 4 para chegarem a Strenght 20, é aquilo a que já estão habituados a fazer quando jogam Baldur’s Gate no computador. A party standard de D&D tira pontos a CHA e deixa que o Sorcerer (este tirou pontos a STR) fale por eles.
Isto só é possível também porque o GM standard de D&D não foi informado de como provocar conflitos sociais e está mais precocupado em comprar mais suplementos de monstros para põr na sua dungeon.[/quote]
Ou talvez tenha a ver com o D&D ser assumidamente um jogo de combate. Eu tentei fazer campanhas de conflitos sociais em D&D (pergunta ao ricmadeira - Aden, anyone?) Funcionou - mas não usávamos as regras de D&D muito excepto em combate. No final eu fiquei com a ideia que mais valia ter feito a campanha com regras de HeroQuest…
Ou seja, para mim não é um problema dos GMs de D&D, é uma característica (não um problema) do D&D em si.
Sim, claro. Apesar de tudo eu concordo contigo e dou-te razão. Simplesmente não te dou TODA a razão. Não sei mas de alguma forma esse factor não me parece assim tão esmagador a esse ponto! A menos que, hhmmm, estejas a jogar com o MetaPlot. Oki, então aí sim! Mas isso é diferente. Agora se és tu a definir a campanha per se, a definição do setting só vai até certo ponto!
[B0rg]
We r all as one!!
We are The Borg. We are Eternal. We will return. Resistance is Futile…
If freedom is outlawed, only outlaws will have freedom!
OK, se calhar o problema é da minha “visão de consumidor”: se eu compro um setting uso tudo a que tenho direito, até o metaplot Para estar a alterar um setting prefiro construír o meu próprio.
Por outras palavras, eu não sou consumidor de Vampire logo não me devia queixar do setting