O espaço "Selecção Nacional" da revista Exame Informática dedica-se a apreciar sítios da internet nacionais, elaborando uma pequena crítica e divulgando-os.
Depois de ter enviado, já há umas semanas, a sugestão de analisarem aqui o nosso abreojogo.com, recebi hoje a seguinte resposta:
Caro André, desde já agradeço ter enviado o site "Abre o Jogo" à apreciação da redacção da Exame Informática. Serve ainda este mail para o informar que será publicada uma breve análise ao site na próxima edição da revista Exame Informática - Caderno Soluções da edição nº 149, Novembro de 2007.
Com os melhores cumprimentos, Isabel Infante Redacção Exame Informática www.exameinformatica.pt
Estamos pois prestes a sofrer o escrutínio de uma excelente publicação nacional no sector da informática e novas tecnologias, com uma tiragem média mensal a rondar os 50 mil exemplares e com uma muito sólida base de assinantes. Em Novembro se verá!
Pelo conteúdo do email eu deduzo que eles já vieram cá nos visitar e avaliar.
Mas se ainda não vieram, temos que sorrir para parecermos bem!
Olha aqui o meu sorriso! →
The weary creak of my bones
Exhausted voice, deathly tones
Arms of lead, skin drawn tight
No longer a princely sight
Face is gaunt, pale and thin
Bent and grey and full of sin
Não ter a cara lavada que à que tempos o Ricardo anda a prometer!! Entonces xôr Ricardo, não há dinheiro pra dar aqui uma banhoca ao sitio?
É que quem entrar aqui e depois passar pela rede de jogos (ou vice versa) já sabe por onde é que se vai ficar (a não ser que seja à procura de informação de RPG). OS OLHOS TB COMEM!!!
Até parece que és bruxo, aproveitando a iniciativa da entrega do prémio feita pela Spiel portugal à alguns dias, escrevi um pequeno artigo, que podes ver aqui, sobre a necessidade de divulgar o hobbie nos meios de comunicação, falando das sua vantagens e da situação em que esta actividade se encontra neste momento em portugal e na europa e também o enviei para alguns meios de comunicação. Pode ser que a coisa comece a aquecer.
Parabéns pela acção, é mesmo disso que o hobbie precisa.
Não sou muito dado a análises sociais, mas desta vez não me vou esquivar a comentar a questão da importância da divulgação nos media.
No caso concreto da Exame Informática, trata-se de um pequeno espaço de divulgação, uma vez que o abreojogo será um de 6 sítios analisados numa página A5 do suplemento da revista. No entanto, penso que os leitores desta publicação serão os indicados como alvo de acção divulgadora: gente curiosa, informada, exigente e com poder de compra razoável, provavelmente pais ou a caminho de o ser - nesta última característica a excepção serão os engenheiros informáticos e contabilistas, que como toda a gente sabe, não têm vida social fora da esfera profissional
Chegar a publicações mais vastas e de âmbito geral, provavelmente só com as iniciativas nacionais (entregas de prémios e os Encontros Nacionais). Alguma vez a RTP foi alertada? Jornais e rádios (principalmente Blitz, JN, Público e Antena3)? Confesso que não sei, mas seria porreiro.
Os miúdos seriam um alvo preferencial, porque para além de serem mais receptivos a jogos, também criam fenómenos sociais e podem levar os (bons) hábitos para a vida adulta. Não as conheço, mas devem existir publicações de sucesso orientadas para a miudagem e nesse caso não deve ser difícil chamá-las a divulgar uma actividade lúdica e saudável. Já uma inserção de uma jogatina de tabuleiro nos Morangos Com Açúcar deve ser mais complicada, mas a sugestão à produção pode ser feita na mesma!
Quanto à Internet, não faço ideia como divulgar seja o que for neste meio, embora me pareça fundamental.
No norte da Europa, muitas famílias e grupos de amigos reúnem-se com frequência para jogar. A minha irmã emigrou para a Bélgica e aderiu rapidamente a esse costume. Mais: uma amiga dela, que nunca quis nada com jogos de mesa cá, vai trabalhar lá por uns tempos e já não falha um encontro. O que faltará para se ir criando um hábito desse género por cá?
Mudança de mentalidades, uma vez que socializar neste nosso Portugal é visto como: uma noitada de bebedeira pelos bares e discotecas, ou uma prova de sandes de coiratos antes de entrar para o estádio de futebol (em declinio diga-se de passagem pois o ppl prefere antes ficar em casa - sózinho - a escorrer saliva em frente da televisão a ver o mesmo jogo). Talvez o maior hábito de socialização em que as pessoas se reunem seja ao fim e ao cabo o almoço de segunda e terça discutir os resultados do futebol da jornada anterior, e os de quinta e sexta a discutir os progonósticos da próxima jornada (sim, quarta feira por norma ficam por ali a almoçar em silêncio, pois não há muito pra falar - nunca notaram que o volume das conversas é menor às quartas?).
Á parte disso, por norma, hábitos que nos últimos anos se têm vindo a introduzir (como o andar de bicicleta que está a ganhar adeptos em barda), tratam-se de actividades q se caracterizam pela individualidade, não existindo necessidade de interacção entre quem o pratica. Ou seja podem lá estar 10.000 a atravessar a Vasco da Gama que no fundo cada um está por conta do seu cérebrozinho.
As mentalidades continuam tão retrógadas qt o eram à 30 anos atrás, por mais lustrosa e vistosa que pareça a pequena capa de sofisticação que a sociedade exibe, mais cuidada, é certo, nos meios urbanos que nos rurais. E quem não seguir o que é visto como normal, é mal visto e marginalizado.
