Aqui há uns tempos atrás houve um thread onde se discutia se um roleplay sem GM era ou não um roleplay. Eu sou da opinião que sim (especialmente depois de finalmente experimentar Capes), mas creio perceber as pessoas que quando confrontados inicialmente com a ideia dizem que não.
Hoje, ao dar uma vista de olhos pelos threads da forge, li algo que me surpreendeu:
[url=https://www.indie-rpgs.com/forum/index.php?topic=19576.0][InSpectres demo] Solo play[/url]
A minha primeira reacção é "não, porque falta a parte fundamental do role-play, que é a negociação". Só que isso é curto.
A parte da negociação é importante, porque faz parte do meu conceito fundamental do role-play, e é o que distingue uma sessão de jogo de um gajo a escrever um background para uma personagem. Mas então occorre-me que, se role-play é imaginação negociada, eu posso reescrever a pergunta da seguinte maneira:
Role-play sozinho é imaginação? E essa imaginação é negociada?
A primeira é um retumbante sim.
A segunda... não sei. A verdade é que ele usou regras, que negociou para si próprio, e com as quais interagiu. Se isso corresponde ou não a negociar os eventos imaginários que ele criou é algo a que eu, francamente, não consigo responder.
Claramente, escrever um livro (ou um background) não é role-play. Claramente, um livro de Choose Your Own Adventure (daqueles, "vá para a página 37") também não é role-play. Agora, isto?
Acho que isto é talvez o primeiro caso genuino de "zona cinzenta" que alguma vez me apareceu à frente...