Como muitos sabem, normalmente prefiro jogos sem dados mas depende muito da sua influencia: vou comprar o Yspahan e gostei bastante dos dados de caminho do Runebound. E não achei totalmente fora de controle os dados do Battlelore. Tudo depende de o jogo poder ou não ser controlado pelos jogadores. Jogamos ao jogo, ou ele joga-se sozinho?
Aqui faço um copy&paste meu de uma discussão anterior:
Considero TODOS os boardgames como mundos/experiencias quase controláveis, e os teus planos para estes mundos são influenciados apenas por quatro factores:
=> Os jogadores
Podem escolher olhar para um adversário e aplicar a sua jogada a favor/contra ele (as jogadas que afectam varios adversarios teêm quase a certeza de serem aplicadas no timing certo: criam poucos escrupulos).
A probabilidade de seres escolhido no principio do jogo varia consoante:
- o teu "rank" anterior no jogo (o dono do jogo tem sempre um rank mais alto que um noviço).
- picardias ou diplomacias prévias entre os dois jogadores
Ao longo do jogo, esta probabilidade vai diminuindo/aumentando consoante a opinião dessa pessoa em relação à tua possivel derrota/vitória e/ou consoante as vezes em que olhaste para ele . Se estas probabilidades não existissem, talvez estivessemos a jogar em casa contra o computador.
=> Sorte controlável
A sorte controlável é aquela em que tu sabes o que vai acontecer, mas não sabes a ordem ou quando.
As mecanicas que se incluiem aqui:
- o castelo do shogun porque o que entra, mais tarde ou mais cedo, vai sair. (talvez seja semi-controlavel?)
- A maior parte dos tipos de baralhos de cartas (excluir os que aparecem em sorte semi incontrolavel).
- Dados cujo resultado não seja demasiado relevante para o outcome do jogo (subjectivo consoante a pessoa), como por exemplo, quando não é a principal mecânica (yspahan)
Alguns dos meus jogos preferidos teem apenas sorte provavel:
- baixa: el grande, tigris
- nula (0,000000000000000000001): torres, puerto rico mas principalmente caylus. O diplomacy tambem encaixa aqui, mas não é um preferido por punhaladas em excesso.
=> Sorte semi-controlavel
baralhos de morte subita: apenas sabes que quanto mais cartas sairem, mais provavel é o jogo acabar (pode acabar na ultima OU TALVEZ não). Um bocadinho do Queen'sNecklace/Coloretto, mais do Ra/Trias mas principalmente o High Society (baralho com 16 cartas: gerir o dinheiro em leiloes, e acaba quando sair a ultima de 4 cartas vermelhas).
balde de dados: do que conheço (que é pouco), apesar de serem a principal mecânica, apenas é necessário uma pequena (subjectivo consoante a pessoa) percentagem de todos os dados rolados. Por exemplo, o World Of Warcraft e os dados de caminho do Runebound.
=> Sorte incontrolável
Aqui inclui-se tudo aquilo que é mistico-religioso, incluindo:
- milagres : seria uma mecanica engraçada, com alguma colaboração de uma entidade
- dados: para não repetir tudo o que já foi dito: darem-me um dado para o lançar 200 vezes, é como darem-me um baralho com 200 cartas, do qual eu apenas sei: que vair ser um 1,2,3,4,5 ou 6, e tenho de esquecer tudo o que já saiu antes, porque não tem nada a ver. Talvez os dados sejam milagres?
No final, uma pessoa apenas conclui que todos jogamos boardgames quem teêm o factor "outros jogadores" e as pequenas diferenças/gostos são conversa ;-)