Spyrium

Spyrium



By: William Attia



 



Disclaimer: só joguei uma vez, como tal esta review reflecte mais as primeiras impressões sobre o jogo do que uma análise profunda do mesmo.



Este jogo já estava na minha wishlist há muito tempo e até já tinha decidido que iria comprá-lo, afinal é do Wiliam Attia, no entanto, no início desta semana surgiu a oportunidade de o experimentar.



Quando se houve falar de Wiliam Attia lembramo-nos sempre da sua obra-prima Caylus, o pai da mecânica worker placement, um jogo intemporal que ainda dá cartas no ranking do BGG. Dito isto, acho que o Spyrium irá carregar com o fardo da comparação com o Caylus, quanto a isso já não há nada a fazer, mas será que são jogos comparáveis ?



Sem mais, passo de seguida à review do jogo.



Tema: quase não tem …

Estamos em Inglaterra e existe um novo e importante mineral chamado spyrium.

Tendo como base que tudo gira a volta desse novo mineral, os jogadores vão adquirir fábricas e contratar trabalhadores para produzir Spyrium, ganhando assim VP’s.

Pois …. não há mais tema, o resto é VP’s, VP’s, VP’s, VP’s !!!



Componentes: cartas e mais cartas, com alguns tokens e meeples

Spyrium é na sua essência um jogo de cartas e como tal tem 72 cartas representando edifícios, tecnologias, personagens, eventos, player aids e uma carta marcador de primeiro jogador.

Adicionalmente tem também meeples, discos de marcação, cristais spyrium, tokens diversos e ainda algumas moedas.

Os componentes são de qualidade normal, mas nada que deslumbre.







Mecânicas: é um worker placement económico com meeples e cartas

O jogo é jogado em seis turnos e no fim sai vitorioso quem obtiver mais VP’s.

Cada turno é jogado da seguinte forma:

Início do turno

Cada jogador recebe o seu income, que começa por ser 2 libras mas pode vir a subir até às 7 libras, desde que o jogador consiga fazer as acções necessárias para tal.

É preparado o mercado, formando uma grelha de 9 cartas (3 x 3), reservando algum espaço entre as mesmas para a colocação dos trabalhadores.

Cada turno tem um evento que beneficia todos os jogadores. No início do turno revela-se o evento do turno seguinte e activa-se o evento para o turno corrente.

Colocação

Na fase da colocação os jogadores têm as seguintes opções:

- colocar um trabalhador no mercado (entre cartas)

  • utilizar o evento do turno (apenas uma vez)
  • inciar a fase de activação

    Activação

    Na fase da activação os jogadores têm as seguintes opções:
  • ganhar dinheiro (retirando o trabalhador, recebendo tantas libras quantos os trabalhadores que estão a volta da carta em questão)
  • activar uma carta do mercado (qualquer uma das que estejam ortogonalmente adjacentes ao trabalhador)
  • comprar uma carta no mercado (qualquer uma das que estejam ortogonalmente adjacentes ao trabalhador)
  • activar uma carta já sua (efectuando os pagamentos devidos – dinheiro, spyrium e/ou trabalhadores)
  • utilizar o evento do turno (apenas uma vez e caso não tenha sido ainda utilizado na fase da colocação)
  • passar

    No final do jogo pontua-se alguns benefícios dos edifícios e … ganha quem tiver mais pontos.



    Número de jogadores: entre 2 e 5

    Só joguei o jogo uma vez e foi com 4 jogadores, de qualquer forma parece-me que 4 ou 5 jogadores será o seu melhor formato em virtude de ser um worker placement, pois só assim é que se sente o aperto na fase da colocação e o peso da decisão sobre se devemos ou não passar para a fase da activação.



    Interacção entre jogadores: tem a interacção normal de um worker placement

    Não é um jogo muito interactivo, mas tal como na generalidade dos worker placements existe algum conflito na colocação dos trabalhadores e na activação das respectivas acções.



    Tempo de jogo: entre 45 a 60 minutos

    É um filler com tiques de jogo maior … apesar da curta duração pode ser propenso para o AP, pois cada turno tem que ser cuidadosamente planeado devido à escassez de recursos (dinheiro, spyrium e trabalhadores).



    Dependência de língua: não tem

    O jogo não tem qualquer dependência de língua, é só necessário obter as regras em inglês do site da Ystari.



    A minha opinião

    Spyrium é um worker placement muito simples que se joga num curto espaço de tempo. O jogo até é bom, mas acho que tem dois problemas: i) vai ser constantemente comparado com o Caylus e a comparação é impossível e ii) não é um filler, mas também não é um jogo grande, logo está num nicho de difícil aceitação.

    Se voltar a jogar o Spyrium fico contente, mas acho que não o vou comprar porque não traz nada de novo. 

    O que eu gosto:
  • É um worker placement (a mecânica que eu mais gosto smiley).
  • É apertado e tem decisões importantes.
  • Dá para fazer combos de cartas muito giros.

    O que eu não gosto:
  • É demasiado curto.
  • É propenso a algum AP.
  • O tema é inexistente.
  • Não apresenta nada de novo.



    Obrigado pela leitura !

Obrigado pela review. Eu por acaso já encomendei o meu e tal como tu fiz por se tratar do William Attia. Caylus continua a ser um dos meus eurogames preferidos e após uma longa ausência, o regresso de Attia à criação de jogos não me deixou indiferente. Não posso ainda julgar o jogo poruqe ainda não o joguei, mas de tudo o que já li e vi, sinto que irei gostar.



Parabéns pela review!

Obrigado Rafaell por mais esta excelente review! yes



… eu tenho mesmo de experimentar isto ou não fosse o Caylus um dos meus jogos favoritos! Haja oportunidade e lá estarei para o experimentar! wink


Eu já joguei o jogo umas vezes no board game arena e é um jogo interessante. Tens de gerir os teus trabalhadores e recursos que são smp mt escaços para o que queres fazer. Dá para fazer uns quantos combos com as cartas mas acho que a variedade não é assim tão grande.



Quanto a interacção é maior do que num worker placement normal porque não é só ocupar as casas existentes mas também aumentar o preço das acções ou então ganharmos mais dinheiro consoante os bonecos a volta de cada acção. O que programa-mos no princípio do turno pode acabar por não acontecer devido as jogadas dos adversários e temos de estar a espera de ter que fazer outra jogada completamente diferente. O haver 2 fases e sermos nós a decidir quando passamos de uma para outra também traz-nos muito mais opções de como jogar.