Tempus - light review

[img_assist|nid=2333|title=|desc=|link=node|align=left|width=150|height=87]Num destes dias lá íamos nós experimentar o nosso primeiro jogo de civilização. É um daqueles tipos de jogos que o pessoal até pode já ter feito no PC mas nunca um deles tinha visto uma mesa. Dá sempre a sensação, pelo menos a mim, que um jogo de evolução e expansão, no sentido em que se aplica aos jogos de civilização, resultam sempre muito melhor no computador. Apesar disso, e como o autor era o Sr. Martin Wallace, ou como é carinhosamente, embora redutoramente, tratado por aqui, o Sr. Liberté, achámos que valeria a pena correr o risco.



Apesar de termos outras opções de jogos deste género para experimentar (Antiquity, Civilization, Through the Ages) começar por um, tão badalado, light civ não era nada mal pensado. Parecia mais seguro para uma primeira abordagem de quem não está habituado a estas lides da civilização, encará-lo como non gamers à procura de começar a gostar da coisa.



A leitura das regras mostrou um jogo muito simples de entender. Tempus está dividido por épocas, marcadas por algumas das mais significativas invenções da história da humanidade (imprensa, navegação, aviação).

Por turno, cada jogador pode completar um predeterminado número de acções. Este número de acções varia conforme a época em que cada jogador estiver. Por exemplo, na época da escrita há 3 acções disponíveis para cada jogador e na época das estradas há já 4 acções disponíveis.

Outra das alterações tem que ver com as movimentações da nossa população. Se estivermos na era das estradas ou dos comboios podemos movimentar-nos mais depressa do que se estivermos na era da agricultura.



Todas as 10 eras têm alterações em relação umas às outras, quer seja em termos de movimentação da população, produção de ideias ou aglomerados habitacionais.

O jogador que, no final de cada turno, conseguir estar melhor posicionado em termos de expansão da sua civilização, passa para a época seguinte, ganhando, com isso, vantagens em relação aos seus adversários e, obviamente, aumentando as possibilidades de chegar ao final e vencer o jogo.



Poder-se-ía pensar que, havendo estas vantagens para quem segue na frente, dificilmente se conseguiria contrariar esta hegemonia. E é aqui que entra um dos mecanismos mais interessantes do jogo. Baseado na máxima que diz "as ideias correm depressa" o autor, mais uma vez de forma a colar muito bem o tema ao jogo, faz com que, no final de cada turno (era) os jogadores que estejam atrasados em relação ao jogador que vai à frente, o apanhem na era em que este está. Só depois disto acontecer é que se vai, novamente, determinar quem venceu a era que agora termina. Este mecanismo faz com que exista um equilíbrio constante, porque cada jogador pode sempre, através de uma estratégia cuidada, optar por tentar perder alguns dos avanços proporcionados por algumas eras para apostar noutras eras em que se possa sentir mais bem posicionado.



Para além disto, no final do jogo, o que conta são o número de territórios que cada civilização tem, a dimensão de cada cidade e quem chegou primeiro à era dos vôos. Ou seja, pode haver um vencedor que nunca tenha sequer passado primeiro de era para era. O facto de passar em primeiro permite ter vantagens, mas estas não têm de ser determinantes para a vitória. Obviamente ajudam, mas não são o centro do objectivo.



Tempus, não sendo básico, acaba por ser um jogo simples. Joga-se em 90 minutos, é divertido, tem algumas acções curiosas como fazer bebés e ter ideias mas, apesar de não termos muita experiência na matéria, não nos pareceu um jogo de civilização, civilização. É verdade que fazemos aumentar a nossa cor, construímos cidades, entramos em conflito mas, no essencial, fiquei com a sensação de estar a jogar um jogo expansionista, com algumas características de civilização, mas realmente light. Ou seja, acertaram no rótulo. Temos um jogo civ light.



Material: 2,5/3 Interacção: 2/3 Mecânica: 2,5/3 Tema: 2/3 Estratégia: 2,5/3 Tempo/Diversão: 2,5/3 Regras: 2/2



Classificação: 16/20



Paulo Soledade

Bem, até agora acho que só houve dois jogos que chegaram mais perto de se tornarem verdadeiros Civ lights. O Antike e o Through The Ages.

Pelo que li, o Antike é mesmo, mesmo muito bom.

“You can not escape me!” he roared. “Lead me into a trap and I’ll pile the heads of your kinsmen at your feet! Hide from me and I’ll tear apart the mountains to find you! I’ll follow you to hell!”

O Antike é mesmo, mesmo, muito bom. Uma maravilha de jogo.

Yeap, ando a ver se o compro. Sendo o Civilization o meu boardgame favorito, ter boardgames que sejam bons civ lights atrai-me.


“You can not escape me!” he roared. “Lead me into a trap and I’ll pile the heads of your kinsmen at your feet! Hide from me and I’ll tear apart the mountains to find you! I’ll follow you to hell!”

O raciocinio não está ao contrario: se tens um grande jogo para comparação, qualquer civ light não tem hipoteses... tipo sindroma do irmao mais velho...

Tambem está na minha wishlist desde a ultima review no abreojogo

Bem, claro que o Civilization/Advanced Civilization será sempre o grande pai dos jogos tipo Civ e será sempre o melhor para muita gente, mas eu gosto de jogos tipo Civ. Embora possivelmente nunca acharei nenhum jogo tipo Civ tão bom como o original, desde que seja bom joga-se e joga-se bem hehehehe. O único mal para muitos do Civilization, que para mim não é mal nenhum, é o tempo de jogo, que pode ir até 16 horas continuas. Logo, quando alguém diz que tem um jogo tipo-Civ que se joga em 4 horas ou menos, isso atrai-me. Claro, infelizmente, a maioria dos jogos Civ light que sairam até hoje não se comparam, mas por exemplo o Antike atrai-me e muito. Tal como o Imperial. E o Through The Ages.

Desde que seja bom, joga-se hehehehe.


“You can not escape me!” he roared. “Lead me into a trap and I’ll pile the heads of your kinsmen at your feet! Hide from me and I’ll tear apart the mountains to find you! I’ll follow you to hell!”

Xa-me comentar esta parte.

Por acaso para mim é ao contrario. O Civilization/Advanced Civilization da AH é muito melhor como boardgame do que como jogo de PC. O Adv Civ com 8 jogadores é imbativel em termos de divertimento. É realmente do melhor que há em termos de boardgames.

“You can not escape me!” he roared. “Lead me into a trap and I’ll pile the heads of your kinsmen at your feet! Hide from me and I’ll tear apart the mountains to find you! I’ll follow you to hell!”

Pois, eu até entendo o que tu queres dizer. Talvez a interacção faça o jogo muito melhor mas o problema é mesmo o tempo. Eu tenho o jogo, praí desde 2000 e nunca (nunca) o joguei. Está novo em folha. hehehe Se calhar isto parece-te estranho mas, encontrar pessoal para fazer um jogo daquele tamanho...

E depois acho que, até para mim, é demais. Mas um dia destes hei-de tentar. Daí a aposta nos civ light.

Um à parte para ti e para o gonçalo moura: eu e mais pessoas continuamos dispostos a fazer uma jogatana de fim de semana na zona centro ;-)

Não está esquecido. Aliás, podemos começar já a programar quem vem e que jogos jogar. Agora, acho que para este ano é difícil. Apontamos isso para Janeiro?

Quem é que está interessado? Um sábado a partir das onze AM até começar a doer...?

Mandem larachas.

Me, me, pick me! :slight_smile:

Eu também sou louco o suficiente para vos ir a Leiria dar uma abraço e demonstrar de uma vez por todas que os melhores boardgamers são os da capital… ermm… ou não, eheh. :wink:

Mas vamos então pedir ao pessoal para passar a discussão para o novo tópico que criaste: https://www.abreojogo.com/node/2341

INVASÃO DE LEIRIA, PESSOAL!!!

Boas

e podem tambem contar comigo des que e dem boleia

Phillip