Para quem ainda não sabe, eu trabalho na Arena Porto, a loja de jogos que a Devir tem na Invicta.
Na semana passada, encontrei um grupo de miúdos que tinham comprado uma série de miniaturas de D&D e resolveram experimentar o RPG e comprar o Player's Handbook.
Para quem ainda não sabe, eu comecei a rolar os meus primeiros dados como um fan-boy de Vampire, torcendo o nariz a D&D e ao seu vasto legado. Talvez não há muito tempo atrás, eu diria que, principalmente para um grupo de miúdos que pouco sabe ler inglês e ainda está a aprender o que são percentagens, D&D seria o pior RPG do mundo para começar. Felizmente, já aprendi que não há só uma maneira de jogar roleplay e, mais do que isso, que o importante é o entusiasmo por aquilo que achamos que conseguimos fazer com umas horas bem passadas entre amigos.
Desde então que sempre procuro uma sessão de D&D para relaxar, roleplayar, take loot and take names e foi com gosto que dei uma ajuda para este grupo se iniciar nos códigos e tabelas obscuras deste monstro de regras. Eram três - um deles uma rapariguinha com pouco mais de dez anos - e mestravam cenas de combate à vez para experimentar as personagens. Nunca deixa de ter piada ver o fervor por aprender de quem está a começar, os erros em que toda a gente tropeça e as reacções inesperadas. A melhor roleplayer da mesa acabou por ser a miúda mais nova que desesperou cheia de simpatia pelo sorcerer que morria no chão da masmorra!
Imperdível.