Thread do Julius

Começa aqui a thread do Julius, para não se continuar com a outra que já era muito extensa

Julius continuou a conversar com o seu interlocutor por algum tempo. Este, curioso, tentava arrancar-lhe alguma informação. Mas Julius, habilmente, ia tentando obter nomes e contactos dele que pudessem ser úteis para a sua investigação, sem dar ele próprio nenhuma informação precisa e sem ser rude.
Terminada a chamada, Julius pousou o videofone satisfeito e consultou as notas que tirara.
Tinha ali muito bom material.
Decidiu começar por ir ter com o contacto mais próximo da lista.

O nome que Julius viu, provocou-lhe um arrepio na espinha: Tommy Carter. Comprara-lhe já algumas coisas e era conhecido por ser um intermediário com a Yakuza. Demasiado perigoso.

O outro era mais seguro: Manuel o portugues. Tinha uma loja que vendia tudo e mais algumas coisa (sobretudo software). Sabi muitas coisas, embora nunca traisse os clientes; mas por vezes vinham-lhe parar informações sem ser confidências que ele negociava. Podia não se saber nada, mas não se corria riscos com ele. Pelo preço certo claro...

Julius dirigiu-se à loja de Manuel. Lá dentro, a quantidade incrível de bugigangas que se espalhavam por todo o lado, foi encontrar o homem baixinho e atarracado a tentar gerar um programa de cracks.
Os dois homens saudaram-se bem-humoradamente. Julius questionou Manuel sobre a saúde, a família, a vizinhança, movendo imperceptívelmente a conversa para os assuntos da actualidade e da tecnologia.

OOC: Embora isto não tenha sido referido, tem passados uns dias, pois não consegues fazer estas investigações todas seguidas...

Ao fim de uns minutos, Manuel começa também a falar de forma casual de negócios. Existem alguns cracks novos que permitem durante um minuto quebrar as defesas dos computadores online (dizem, porque ele não sabe de nada, diz com uma piscadela de olho), uns novos medicamentos que aceleram a regeneração de feridas, a Yakuza que anda muito nervosa e anda a mexer-se, e um cliente estranho que andava a tentar angariar gente.

Continuo a conversar com ele, tentando obter informações sobre esse cliente estranho, os novos medicamentos e a Yakuza.
Depois, subtilmente, tento inquirir sobre empresas de investigação biológica.

Ele responde que é uma mulher. Tem montes de dinheiro, anda com um guarda-costas conhecido e compra tudo o que seja biotecnologia (não é que isso se venda por aí facilmente, mas enfim).

Ele não te diz nada de novo sobre as empresas de tecnologia ou à Yakuza

 

 

 

 

'Ph'nglui mglw'nafh Cthulhu R'lyeh wgah'nagl fhtagn

Tento obter o nome ou contacto e saber alguma coisa do software de que me falou antes.

Eloe ri-se, e diz que se quiseres ele dá o teu contacto à mulher, mas andar a denunciar clientes é que não. Nem o que eles compram.

'Ph'nglui mglw'nafh Cthulhu R'lyeh wgah'nagl fhtagn

  • Era só que faltava! - protestou Julius. - Achas que te ia pedir uma merda dessas? Eu já cá ando uns anitos. Bem, olha… Acho que hoje não te vou comprar nada. Vou ver se saco uns cobres e depois passo por aqui. Ciao!

Julius saiu para a rua, desapontado por não ter obtido nenhuma informação útil e sem saber o que fazer a seguir. Já na rua, começou lentamente a encaminhar-se para casa, pensando no que fazer.

Julius estava absorto nos seus pensamentos e nem sequer reparou no carro que o vinha a seguir. De repente, dois homens com aspecto de seguranças e com proteses sairam e obrigaram-no a entrar dentro da Limousine.

Preparado para o pior, Julius ouviu uma voz familiar:

-Olha, um dos nossos amigos espertalhões! Escusas de fazer essa cara, que não vou matar-te. Pelo menos se te portares bem.

Genaro. E Andrews. Que bom.

Ouves Genaro dar umas ordens numa língua que desconheces, e depois vira-se novamente para ti.

-Pois é, imagina quando descobrimos que tinham gamado um chip importante daqueles nossos amigos, andámos a investigar, e o teu nome veio à baila. Parece que tiveste durante uns tempos uma coisa que pertencia aqui ao Andrews e aí fez-se luz na minha cabeça: porque não usar aqueles queridos? Não faças essa cara. Bem, de qualquer modo sei que não está na tua posse, ficou com um estupor de um hacker que vendeu por meia dúzia de tostões aquilo e não foi por causa disso que te chamei. Já estás por dentro de algumas coisas e mostraste algum talento. A tal droga que foste comprar tem continuado a matar pessoal. Só que curiosamente só mata cientistas ligados à biotecnologia. Curioso não é?

Genaro interrompe, dá uma golada numa garrafinha e prossegue:

-Ora aqui os patrões do Andrews estão chateados de andar a perder as suas cabeças mais brilhantes. Claro que se eles não consumissem drogas ajudava, mas génio não pressupõem bom senso. E descobrimos que a droga tem nanotecnologia. Daí matar por encomenda. Alguém anda a fazer isto de propósito. Como não podemos andar a perguntar aos gafanhotos canibais o que aconteceu, só nos resta o segundo gang da cidade que tem a tal droga. Tem uma casa de passe onde estão bonecas adormecidas a fazer de simstims. Vais lá por volta das 5h da manhã quando já está pouca gente, finges que és um ricaço estúpido, pagas pela melhor gaja (não, é melhor duas gajas!) e drogas por umas duas horas e depois quando estiveres a meio sais. Nesse momento, a vigilancia que eles tem vai ser substituída por uma gravação de um hacker nosso. Vais ao escritório deles, certifica-te que não está ninguém, ligas o computador deles, mantém-no ligado por 10 minutos e nós tratamos do resto. Ao fim de 10 minutos voltas para o teu canto e ficas com as gajas. Ah, e por umas horas de prazer, recebes 2000$ limpos. Irecusável, não é?

 

'Ph'nglui mglw'nafh Cthulhu R'lyeh wgah'nagl fhtagn

Julius ajeitou o fato e o cabelo e olhou para a frente, tentando fixar o caminho que estavam a percorrer.

  • Obrigado pela boleia, mas eu gosto muito de andar a pé. E, aliás, era mesmo este o meu destino.
    E tentou abrir a porta do veículo.

Que está fechada. Param o carro pouco depois, e a porta abre-se. Estás à porta de casa.

-Está aqui o número da tua conta- e estende-te um papel. - Tem um crédito bastante chorudo para "O marinheiro que perdeu as graças do mar" a casa onde irás. Goza bem. Vê se vais amanhã, está bem?

 

 

'Ph'nglui mglw'nafh Cthulhu R'lyeh wgah'nagl fhtagn

Julius pegou no papel. Guardou-o no bolso e virou costas aos seus interlocutores dizendo em voz alta.

  • Muito obrigado pela boleia. Vou pensar na proposta. Depois podem ligar para a minha secretária para saber a resposta.

Julius saiu do carro e estava em frente à sua residência.

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Entro em casa e ligo-me à net para tentar encontrar informações sobre o dito gang e casa de passe.

Encontras rapidamente o site de "O marinheiro que perdeu as graças do mar". Apresenta-se como um bar onde se pode estar a relaxar, tomar um copo ver um simstim e fazer amizades em ambiente selecto e privado. Não tem qualquer referência a prostitutas, ou simstims de sexo (seria ilegal). Mas depois vasculhando por outros sites e forums, descobres que o bar tem de facto prostitutas e pertence a "Fat" Willy.

 

 

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Tento investigar esse tal “Fat” Willy.

Ao fim de muito tempo de pesquisa, encontras 4 diferentes "Fat" Willy: 1 rapper, 1 cantor de blues, 1 vendedor de autóveis, um vereador. Descobres que o que te interessa é o cantor de blues. Cantou desde miúdo, gravou 2 albums, começou entretanto a fazer uma mistura de estilos, e subitamente aos 45 anos abriu um bar (o local onde tens de ir), onde actua. Nunca teve problemas sérios com a polícia (apenas por estar bêbado e multas de estacionamento).

 

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Julius passou grande parte do resto da noite a tomar café e às voltas no quarto. Por volta das 4h30 da manhã decidiu-se.
Vestiu-se cuidadosamente, guardou uma pequena arma junto aos genitais e saiu de casa.
Foi caminhando pela rua sob a chuva miudinha até chegar a uma praça de táxis deserta. Apanhou um táxi, deu o endereço do bar e reclinou-se no banco, fechando os olhos.