Ticket to Ride: Europa

Nome original Ticket to Ride: Europa
Autor(es) Alan R. Moon
Jogadores
2-5
Tempo de jogo 60 minutos
Idades +8
Publicado por
Runadrake (2008)

A versão europeia do Ticket to Ride foi o segundo título na sequência Ticket to Ride. Mantém os mecanismos básicos da primeira versão, jogada num mapa dos Estados Unidos, mas acrescenta algumas particularidades que aumentam um pouco à complexidade, não o tornando, de modo nenhum, num jogo demasiado complexo.

Na série Ticket to Ride, os jogadores coleccionam conjuntos de cartas (em seis cores e com locomotivas que são cartas livres que podem ser usadas como qualquer cor) para depois fazerem com eles ligações entre cidades. Ganham pontos por cada ligação que fazem e também por conseguir ligações sucessivas que garantam a ligação entre cidades que estejam nos seus objectivos. Caso não cumpram este objectivos, perdem pontos.

O turno de um jogador apresenta as seguintes opções ao mesmo para uma só acção a cada turno:

1 - Recolher cartas

2 - Estabelecer uma ligação ou construir uma estação.

3 - Recolher objectivos/ Recolher cartas

A acção de recolha de cartas será a mais frequente. Um jogador pode recolher cartas ou do baralho ou de um conjunto de 5 cartas expostas. Se recolher uma locomotiva das cartas expostas (carta que pode ser usada como qualquer cor) recolhe apenas essa. Se recolher cartas de cor específica ou do topo do baralho, recolhe duas. Findo isto termina o seu turno.

Estabelecer uma ligação ou construir uma estação. O jogador pode usar as cartas que foi recolhendo para estabelecer a ligação entre cidades. A ligação é feita usando um conjunto de cartas da mesma cor (podem usar-se as locomotivas) em número igual às casas que separam as duas cidades pela ligação que se pretende estabelecer. As cartas só terão que ser de uma cor específica (ou locomotivas) se a ligação estiver no mapa com essa cor definida. A ligação estabelecida por um jogador é marcada com as suas carruagens e fica-lhe atribuída até final do jogo.

O jogador recebe pontos de acordo com o comprimento, em carruagens/casas da ligação. 1 ponto para uma casa, dois para duas, quatro para três, sete para quatro, etc... Repare-se que quanto mais casas tiver a ligação, mais pontos dá. Isto porque será mais difícil reunir conjuntos maiores de cartas iguais. É nesta acção que o jogo apresenta mais alterações em relação à edição que usa o mapa dos Estados Unidos.

Aqui existem três tipos de ligação:

a) As normais (de cor específica ou não)

b) Túneis

c) Ferries

As ligações normais fazem-se simplesmente usando as cartas recolhidas em número necessário. Os túneis introduzem algum factor aleatório pois após o jogador apresentar as cartas necessárias, são voltadas três cartas do topo do baralho. Por cada carta voltada que corresponda à cor usada para a ligação (ou cada locomotiva), o jogador terá que apresentar uma nova carta adequada. Caso não o consiga fazer, recolhe as cartas que usou e termina o seu turno.

Os Ferries obrigam ao uso de locomotivas. Se existirem locomotivas marcadas nas casas da ligação, o jogador terá que usar o mesmo número de locomotivas para fazer a ligação.

Construir uma estação (de três possíveis) é simples e custa uma carta de qualquer cor para a primeira, duas de uma cor para a segunda e três para a terceira. As estações são colocadas em cidades em que o jogador pretende usar uma, e só uma, ligação de um adversário por estação. Isto é uma forma de combater os bloqueios que os outros jogadores possam fazer devido ao facto de o mapa da Europa apresentar muitas ligações curtas na parte central. A desvantagem, para além do gasto de cartas e do atraso de um turno, é que cada estação não usada dará 4 pontos no final do jogo. Usar as três equivale a perder 12 pontos.

Recolher objectivos

O jogador recebe três cartas de objectivo (os jogadores também recebem cartas de objectivo no início do jogo) e tem que ficar com pelo menos uma delas. Este objectivos dão pontos positivos no final do jogo se forem cumpridos, isto é, se o jogador consegue fazer a ligação entre as cidades do objectivo usando as suas ligações (ou recorrendo a estações), mas contam de forma negativa se não forem cumpridos. O jogo entra na ronda final assim que um jogador fique com duas ou menos das suas 45 carruagens iniciais ao estabelecer uma ligação.

Após o seu turno seguinte o jogo termina. São contabilizados os pontos dos objectivos e das estações não usadas, é atribuído um bónus de 10 pontos ao jogador com a sequência de ligações mais comprida e aquele que tiver mais pontos é o vencedor.

É um jogo com excelente produção. O tabuleiro e as cartas são de bom material e bem ilustradas e as carruagens são de plástico moldado, estando incluídas algumas para substituição em caso de serem perdidas. As regras são claras e o jogo é simples.

Aprende-se em dez minutos e pode ser jogado em cerca de uma hora. Pode jogar-se com crianças a partir do 10 anos e talvez menos se se retirarem algumas das regras de construção (túneis, ferries e estações).

Em análise


Retrato de Mallgur Retrato de vch Retrato de costa

Parâmetros

Mallgur

Vch

Sorte

Estratégia

Táctica

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Componentes

Regras

Jogabilidade

Equilibrio

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Avaliação Star YellowStar YellowStar YellowStar YellowStar White

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Retrato de Mallgur

Mallgur

Este é o meu jogo preferido da série. Não é tão simples como o primeiro (EUA) nem acrescenta coisas desnecessárias na tentativa de o tornar mais denso como o terceiro (Marklin).

O material é de qualidade, ao nível acima da média a que a Days of Wonder já nos habituou. As regras são claras e simples de seguir.

Sendo um jogo que assenta na recolha e acumulação de cartas, a sorte desempenha um papel importante, mas não tanto que se possa jogar sem estratégia. É um jogo eminentemente estratégico. Os jogadores devem definir uma estratégia ao início e segui-la até ao fim. As alterações de planos devem apenas ser as impostas pelas acções dos adversários.

É uma excelente opção como jogo de família e também como início de uma colecção de jogos. Mesmo que mais tarde tenhamos outros jogos mais interessantes, eventualmente voltaremos a este.

Retrato de vch

Uma excelente opção para quem procura um jogo para iniciar pessoas neste hobbie: interactivo (sem ser demasiado agressivo), com regras suficientemente simples, com ritmo rápido, durando cerca de uma hora e com edição portuguesa pela Runadrake.

Comparando com o Ticket to Ride USA, tem como desvantagem ter mais algumas regras (tuneis e estações) e mais sorte (na construção dos túneis). Como vantagens: os destinos são mais equilibrados, as cidades são mais reconheciveis e com as estações é mais fácil não ficar com destinos por cumprir.

Retrato de costa

A série Ticket to Ride de Alan Moon é uma das mais prolíferas e rentáveis da actualidade.
O conceito é simples e de fácil aprendizagem: combinam-se elementos tácticos e estratégicos onde o factor sorte tem um certo peso num ambiente colorido tendo como tema os combóios. É uma coisa genética, mas os homens sempre se deixaram fascinar pelos comboios e Moon soube aproveitar isso num conceito genialmente simples, familiar. Juntar cartas de cores iguais, e ir construindo as ligações de um vasto império ferroviário, que habilmente queremos que corresponda com os nossos objectivos secretos.

Ticket to Ride, o primeiro é o primeiro da série e porventura o mais vendido. Mas a versão EUROPA, é a minha favorita. Primeiro porque tem o mapa da Europa e segundo porque uma ligeira adaptação ao livro de regras, permita balancear mais a questão da sorte, que é inerente ao jogo.

Tenho usado várias vezes este T2R:E como jogo introdutório para novos jogadores e nunca recebi uma opinião negativa sobre si. É um daqueles jogos que todos gostam: fácil aprendizagem e fácil explicação com regras simples, pouco tempo morto e interacção que chegue. É um jogo excelente para um ambiente familiar e deveria ser obrigatório em todas as casas ao lado da Enciclopédia.