Devido a um pequeno problema de email (esqueci-me da password e estava fora de casa) fica aqui em anexo o PDF a conter a versão completa (e muito mal editada), do meu RPGénesis deste ano, Senryaku: A Arte da Guerra.
Inspirado em Cybergeneration, Cyberpunk, Covert Generation, e outros que tais, é um RPG simplificado, com forte influencia do GM para permitir a jogadores mais novos aprenderem a fazer personagens complexas.
Ok, era da rede do trabalho. Aqui em casa já deu pra sacar e dar uma vista de olhos.
E, bom, que vista!
Eu sei que tenho dificuldade em escrever palha, mas tu tens ali um rpg mais que completo. Vou só levantar uma sobrancelha e perguntar se aquilo foi mesmo tudo escrito nesta semana, porque se sim, caramba, os meus parabéns!, tanto pela qualidade e quantidade escrita como pelo tempo disponível!
Aplaudo, tiro o meu chapéu, e reduzo-me à minha insignificância.
Alguns dos conceitos em si (nomeadamente o setting) já existiam na minha cabeça, tendo-os usados para uma das minhas novelas do NaNoWriMo (que se chamava, exactamente "Senryaku: A Arte da Guerra") tendo Akemi, a narradora da primeira parte do jogo como personagem principal. A Seiko (a narradora da segunda parte) é também um dos personagens do livro, e na história do setting, o livro de RPG está localizado alguns anos depois da novela (os eventos descritos na parte da "Revoluçao" contém muitos dos pontos da novela).
O resto (sistema) foi um pouco reaproveitado e adaptado de Drama Gakuen (ando com mudanças em casa, não tive tempo para ser totalmente original). A parte da construção de personagem (que é a que gosto mais) foi inspirada um pouco nos meus estudos sobre como escrever boas personagens para novelas -- e que sempre quis usar num RPG.
:D Se fizeres playtest, diz qualquer coisa.
Só tive pena de não conseguir melhorar o Design e incluir desenhos. E consigo encontrar montes de contradições no Setting (A mega corporação europeia (que devia chamar-se) HenRis, é referida várias vezes com HenRi, e o Dragão europeu é chamado BioChem, com HenRis como uma sub-corporação. A Black Wolf (Americana) é referida primeiro como especialistas em tecnologia e depois aparece como concentrados em Armamento -- é o que dá escrever o setting em duas assentadas em vez de uma só vez.)
A sério? Eu fiquei bastante desapontada com o que produzi, e várias vezes quis desistir do RPGénesis por achar que o jogo não era nem original, nem interessante.
Quando leio, parece-me uma cópia baratuxa do Cybergeneration, misturado com o Covert Generation, usando o sistema de Drama Gakuen adaptado. E isso faz-me um bocado de espécie.
Eu não disse que era original (como se pode mesmo ser verdadeiramente original depois de milhares de RPGs de todos os géneros e feitios?) mas sim que tinha potencial.
Acho que o teu enquadramento de todas as referências (até parece que os RPGs que citaste eram maus!) e ideias e o facto de o teu RPG ser especialmente focado em heróis revolucionários adolescentes cyberpunk amadrinhados por IA global que lhes deu habilidades incríveis torna-o num produto com bastante apelo.
Pelos teus diários de design também reparei que andavas um pouco a contra-gosto e tentar apenas cumprir os requisitos. Eu fiz o mesmo como meu no que diz respeito ao sistema, por isso acho que te compreendo.
De qualquer modo gostava de ver os teus projetos com uma boa dose de trabalho após o primeiro manuscrito. O que é acontece? Burn-out?
Não, foi mesmo das mudanças cá em casa. Andei com o meu mano as férias todas a remodelar a casa, é levantar cedo e trabalhar até à noite (cheguei à conclusão que tenho MESMO livros a mais). O que me tornava irritável e pouco propensa a pensar em coisas criativas.
Logo, nunca pensei verdadeiramente no que ia fazer até ao dia do RPGénesis começar... no próprio dia, decidi o tema, e estava amuada porque dois dias antes tinha descoberto que tinham cancelado o Cybergeneration 3.0. E a única razão que avancei foi porque, pá, tinha o teu prémio como guia para conseguir alguma coisa.
No ano anterior já tinha ideias muito sólidas para o que queria ver no RPG, desde setting a mecânicas. Até tinha feito um monte de ilustrações de antemão e tudo! Por isso foi só sentar e escrever a eito. Escrevi montes porque já tinha todo o "pensamento" feito.
O meu sistema acaba por ser uma versão mais concreta e menos conceptual do Drama Gakuen, tornado mais "old schooL" e dando mais poder ao GM (removendo os espetaculares Dados de Drama, e substituindo-os com regras de "Esforço Extremo" -- ie, os jogadores podem deliberadamente dificultar a sua vida fazendo testes com menos dados -- dados esses que podem guardar para usar mais tarde, ou para entregar ao GM para à laia de XP -- e comprar coisas novas com eles.