Warlords of Alexandria

Como o Rickdanger disse, é um rpg que se passa na Grécia antiga, depois da morte de Alexandre com as guerras dos filhos dos seus generais como pano de fundo (os diadoques).

O sistema de regras é o de CoC. Existem uma série de características (força, destreza, constituição, enfim o habitual) e depois skills, de 0 a100 (ou mais), sendo o sistema simplicidade encarnada.

O universo é que faz a sua força. Tal como muitos jogos medievais fantásticos, tem uma língua comum (o koiné, que é um grego que toda a gente mais ou menos percebia, tendo depois os seus dialectos locais), uma moeda (a drakma ateniense que era copiada), uma cultura e religiões comuns (que ainda por cima não dão trabalho muito a aprender e nem é preciso comprar suplementos: em qualquer WWW, consegue-se informações ou no manual do 7º ano de escolaridade). O jogador escolhe de entre os vários povos gregos qual o que quer pertencer (Ateniense, espartano, macedónio, etc), recebendo pontos para as skills como bónus cultural; escolhe depois uma profissão e recebe mais pontos para determinadas skills, e finalmente recebe pontos de skills para o que ele bem entender (os seus interesses e passatempos). Isso leva a que determinadas culturas tenham características muito diferentes: um ateniense será muito melhor poeta e conversador do que um arcádio (que é uma zona muito atrasada), mas este terá imensas vantagens na sobrevivência em terreno selvagem. Depende do que se quer. De qualquer modo, apesar de todas as rivalidades, os gregos são a “raça” e partilham uma cultura comum. Com os conflitos entre os vários reis, é perfeitamente possível desertar de um soberano para outro, sem ficar eternamente marcado como um traidor. A classe social da personagem também não é muito importante: existem casos de indivíduos comuns que conseguiram ascender aos mais altos cargos, com uma mistura de astúcia, coragem e traição.

Existem também povos bárbaros, que vão de cultos e decadentes (egipcios, persas) até selvagens (celtas, citas).

O espaço para se deslocarem é enorme: existem cidades gregas desde a península ibérica até à índia. Todas as cidades utilizam o mesmo esquema (Ágora, Acrópole, ginásio) quer sejam pequenas cidades a megapólis.

A magia é muito poderosa (conversar com mortos, adivinhar o futuro, tornar um adversário impotente), mas inútil em combate imediato.

O jogo é absolutamente grátis. Embora utilize por vezes uma terminologia estranha aos nossos ouvidos latinos, todos os nomes de tropas são reais. Creio que impressiona dizer-se a alguém que joga umgurreiro noutro jogo, que estamos a jogar um argiva (zona geográfica) que é um hipparchos (cavaleiro), equipado com um pequeno pelte (escudo) e uma machaira (lança)

Um problema é a absoluta falta de cenários, o que obriga o GM a inventar tudo. Quem quiser um jogo mais mitológico, pode incluir monstros como os titãs, esfinge, deuses, etc.