A Amiga da Onça: Episódio 6 - Dr. StrangeRon or: "How I Learned to Stop Worrying and Love the Setting"

Disclaimer Primeiro: Foram 3 anos desde a última vez que escrevi como Amiga da Onça. Muitos de vocês não se lembram do que é que isto quer dizer -- preparem-se, porque nestas entradas, os palavrões abundam, o ódio é muito, e a Political Correctness ficou fechada a sete chaves - aqui há bichas e rotos, não há homosechuales. Facilmente impressionáveis, abstenham-se. Considerem-se avisados e não esperem por pedidos de desculpa da minha parte.


Disclaimer Segundo: Para aqueles que só chegaram ao AbreOJogo à menos de 3 anos, fica aqui já a informação. O que é A Amiga da Onça? A Amiga da Onça foi possívelmente o primeiro conjunto de posts serializados neste site que usava vernáculo do pesado e descascava fortemente em tudo o que me chateava na altura relacionado com o RPG. Posts da Amiga da Onça fizeram com que pessoas se juntassem ao site só para me caírem em cima, fizeram pessoas desistir de postar e abandonar o site PARA SEMPRE!!!!!11111um!!1111 (ou eles dizem, porque não me surpreenderia que voltassem com outros nomes), causavam discussões épicas (sobretudo entre mim e o Rui), e por várias vezes fizeram o saudoso e ausente RicMadeira ameaçar trancar os tópicos por causa dos nervos exaltados. Em suma, diversão do melhor!

 

Durante muito tempo, pensei que não ia trazer a Amiga da Onça de novo ao mundo dos vivos. O meu mundo de RPG andava fraquito, e apesar de os hábitos predominantemente homosexuais da minha companheira de RPG (que aparentemente não consegue jogar personagens que não sejam a) Muito Inteligentes, b) Muito Bonitos e c) Muito Bichas) sejam cómicos, e merecedores de paródia, ainda tenho alguma (muito pouca) moralidade para não chamar roto ao nú (sobretudo porque as minhas personagens tendem sempre a ser (ainda que gajas) a) Muito Inteligentes, b) Muito Bonitas e c) com Muito Mau Feitio E Capazes De Dar Porrada A Quem Olhe Para Elas De Lado). Para além disso, o Épisódio 5 sempre me irritou grandemente, e jurei não voltar a trazer a Amiga da Onça de volta a não ser que tivesse verdadeira bílis para atirar (voltei em boa forma com o Especial de Natal, mas não contava porque não era sobre RPGs.

 

Neste episódio, meus pastelinhos de Chaves, decidi declarar guerra ao GNS e ao Ron Edwards. O meu ódio pela maior parte dos Indies, descobri recentemente, era apenas muito mau feitio em relação ao senhor acima mencionado (note-se que uso o termo "senhor" no mais lato sentido da palavra), o qual culpo por abortos como "Sorceror" e "My Life With Master". Ao ler uma mui interessante coluna por um fã dos RPGs no seu blogue, apercebi-me que odiava o Edwards e o seu grupo de fanbois, o GNS e os RPGs Indies que estavam na moda.

 

Fãs de D&D, podem parar de se rir. No próximo episódio vou atrás de vocês.

 

Porque é que eu odeio o Ron Edwards e a cambada de camelos que o adorava? Primeiro, porque pregou a mania ao RickDanger dos Indies, e não é que o gajo se recusava a mestrar coisas INTERESSANTES? "Ai, porque Indies é que é giro." ou "Ai, agora os RPGs vão ser todos assim". "Ai, experimenta, que podias gostar". Pois, e podiam sair-me dragões a voar do cú. Note-se que há RPGs indies que agora eu gosto -- mas eles saíram depois da internet mandar o Ron Edwards pastar e decidir que o GNS é uma cambada de baboseiras.

Segundo, porque durante n-tempo, aqui no Abre o Jogo só se ouvia falar do odioso GNS (que poderia ser chamado também pela sua versão simplista de "Retro-Stupid-Pretencious"). Suponho que o meu ódio foi aumentado porque foi esta altura em que mais uma vez apareceram os cíclicos de debates sobre se "Dungeons & Dragons É Uma Merda", com os defensores do vestusto jogo a terem ataquinhos porque haviam hereges que OUSAVAM dizer mal do seu jogo. O que vos digo, meus queridos, é que se gostam do jogo, joguem-no! Parem de perder tempo a ficar ofendidos com as opiniões de um bando de pessoas a escrever na internet. Por isso, entre dois tópicos que eu odiava na berra, não é de admirar que me passasse um bocado.

Finalmente, porque as escritas do senhor Edwards (que é uma verdadeira Diva, que fazia de TUDO para aumentar a sua popularidade, e fazia coisas do género como fechar os threads que se opunham às ideias dele, banir que lhe dizia que ele não tinha TODA a razão do mundo, etc etc.) sempre me soaram muito paternalistas, e basicamente me faziam quer sentir estúpida (porque não conseguia ler os posts até ao fim, e me aborrecia de morte) e porque me chamavam directamente "estúpida". E isso eu não admito a ninguém, nem a um ranhoso de um designer pretencioso cuja única produção visível foi um jogo pouco original, sem setting (Porque o Senhor Ron Edwards, na sua magnificiência, achava que seria para nosso bem inventar o setting todo!) e com um sistema merdoso.

Exagero? Vejamos


"Paul and I are now thinking that Simulationism is NOT an actual outlook or goal, unlike Narrativism or Gamism. Nor is it a "design dial," as many have suggested.
No, we think that Simulationism is a form of retreat, denial, and defense against the responsibilities of either Gamism or Narrativism." -
Ron Edwards, Designer de Pilinha Pequenina

 

Como alguém que se poderia ligeiramente classificar como "Simulacionista" (só porque deixo o narrativismo para o GM, e o Gamism para as cenas de combate) sinto-me grandemente ofendida porque este anormal decide que nós somos "inferiores" e apenas seguimos o estilo simulacionista porque não temos capacidades para ser "adultos" e seguir Gamism ou Narrativism. Olhe, desculpe lá, tá bem? E aqueles que levam a sério o "ROLE" em "Roleplay"? Não estamos aqui para ser só contabilistas nem para roubar o papel do GM, GOSTAMOS DE INTERPRETAR AS NOSSAS PERSONAGEMS. Interpretar personagens até às últimas consequências é uma enorme responsabilidade, visto que temos que amordaçar o nosso lado Gamist (e até o Narrativista se tivermos desejos que os nossos PCs tenham histórias fixes) e fazer coisas potenciamente estúpidas porque temos o objectivo de ser alguém no jogo. De ser mais que um punhado de números numa folha de papel. E porque jogos funcionam com todos estes elementos. Poucos são os jogos exclusivamente pertencentes a um único aspecto.

 

E como reage este babuíno a isso? Acusa jogos de serem incoerentes (tal como WOD, que supostamente promete Simulacionismo e entrega "apenas" um sistema Gamista). Poderia estar aqui meia hora a provar o quão idiota este homem é (Nature e Demeanor, e recebes recompensas por fazeres bom RP destas, SEMPRE XP rewards por fazer bom RP, etc. etc.) mas não me vou incomodar, porque tenho muito para dizer e pouco espaço. Tudo o que tenho a dizer foi que o GNS foi um projecto alimentado à base de ego -- e de um ódio marcado por quem não jogava como ele (narrativismo), sofrendo igualmente de uma grande falta de compreensão daqueles diferentes. Estou agora a resistir à tentação de referir o Partido Nacionalista Socialista Alemão, sobretudo porque, segundo as Leis da Internet, significava que ia perder a discussão imediatamente.

 

Falando de egos, claro que para se manterem como VIPs do mundo do gaming, os yes-men do Edwards (e ele próprio) apressaram-se a apresentar os seus jogos "print on demand". Sorcerer tem um culto de seguidores, e a cada um o seu, mas francamente, não é algo que eu gostasse de jogar. Porquê? Porque é horrivelmente limitado, sendo o que eu defino como "RPG de Pastilha Elástica" - mete-se à boca uma vez, mastiga-se, cospe-se e esquece-se. Sorcerer não tem nada que outros jogos não tenham feito antes e melhor, como Mage ou WitchCraft. Limita-nos horrívelmente a criação de personagem, dizendo-nos como é o nosso mundo e a nossa personagem -- e mal nos deixando dar um passo na direcção do diferente e do interessante antes de nos agarrar pelo cachaço e voltar a meter no caminho da rectitude e do bem, ie. do que eles dizem.

E porque é que devíamos jogar Sorcerer e não algo fixe como Mage? Porque, segundo o senhor Ronha Edwards, há bons e maus jogos. E o jogo dele é bom porque, em teoria, o sistema importa, e deve conseguir "satisfazer" determinadas orientações do setting.

 

""But it's still just a matter of opinion what games are good. No one can say for sure which RPG is better than another, that's just a matter of taste." Again, I flatly, entirely disagree." - Rolo Edwards, aka A Segunda Vinda de Cristo

 

Se isto fosse verdade, o cavalheiro estaria a viver num iate, com uma secretária loira de grande pernão, vendendo a 4 Edição de Sorceror como se fossem pãezinhos quentes. Como não está assumimos ou que a) o jogo é mau ou b) as pessoas é que decidem o que gostam e ser "bom" ou "mau" é totalmente limitado ao gosto de cada um. Por isso é que há pessoas que compram D&D, porque gostam e estão no seu direito. Não porque o jogo é bom.

(Nota: Não meti este comentário como um ataque gratuito a D&D, mas aposto que vai ser a maior fonte de controvérsia. Afinal, D&D ataca-se a si mesmo, seria quase como bater num cachorrinho indefeso).

A desculpa que ele usa é porque se um sistema é mau, o GM perde muito tempo a ajustar o jogo para funcionar, que poderia investir melhor a fazer a história mais memorável. Note-se que novamente, a feia tendência de por "a história" acima de tudo ergue-se, mas não vamos por aí. O que realmente REALMENTE me aborrece é que o senhor Edu declara que um jogo pode ser classificado como "Bom" ou "Mau" se só segue um determinado objectivo e quão teimosamente e eficazmente o segue. Deus nos livre de um jogo que pode ser jogado de diferentes maneiras ou que tenha suficientemente sistemas no jogo para poder agradar a vários tipos de jogadores, ou queira por nas mãos de GM e Jogadores a responsabilidade de se divertirem e produzirem um jogo interessante. A grande enrabadela que os acólitos do GNS receberam foi quando a Wizards of the Coast (de todas as pessoas!) decidiu fazer um estudo sobre os jogadores de RPG (numa tentativa de descobrir como pensam, para ver se lhes conseguem sacar mais dinheiro) e, para grande tristeza dos GNSistas, descobriram que as suas opiniões eram uma gota de água num mar de vontades.

Podem ler um resumo do estudo aqui, mas deve pôr-se já em destaque o seguinte, que foi determinado por um estudo intensivo feito pela Wizards of the Coast: os jogadores virados para o combate não querem só combate -- os Character Actors não querem só interpretar as suas personagens a toda a hora, querem combate também! GASP! Será que é possível que Don Run y Sus Perritos estejam ENGANADOS sobre o que faz os jogadores divertirem-se, e não tem nada a ver com um único aspecto do jogo?

Permitam-me:

 

"All of the people who indicated a strong interest in RPGs identified eight "core values" that they look for in the RPG experience. These 8 core values are more important than the segments; that is, if these 8 things aren't present in the play experience it won't matter if the game generally supports a given segment's interests - the players will find the experience dissatisfying. These 8 core values are:

 

  • Strong Characters and Exciting Story
  • Role Playing
  • Complexity Increases over Time
  • Requires Strategic Thinking
  • Competitive
  • Add on sets/New versions available
  • Uses imagination
  • Mentally challenging

In other words, even the players who enjoy a "Tactical Focus" still want to be challenged to use Strategic Thinking; likewise, even the Combat Focus player wants a Strong Character and Exciting Story. A person who segments into a "Tactical Focus" segment, when compared to the population as a whole is likely to be perceived as someone who enjoys Strategy; only when compared to the population of people who enjoy RPGs is the difference visible between the hard-core strategic players and the slightly less hard-core tactical players."

 

Voltando a citar o senhor Ronald MacDonald:

"Please consider comparing a few systems yourself before reacting too strongly to this essay. I do respect your opinion, but it's fair to consider how many role-playing games you have actually, truly played.(...). I suspect that those of us who've played more than five or ten RPGs in a committed fashion will agree that "system doesn't matter" is a myth."

 

Eu já joguei:

- Vampire: the Masquerade (primeira, segunda e terceira edições), Mage: the Ascension, Legend of the Five Rings, Werewolf: the Apocalypse, Cyberpunk, Cybergeneration, Call of Ctuhlluh, Lord of the Rings RPG, Vampire: the Dark Ages, Dungeons and Dragons, e Advanced Dungeons and Dragons, e todos estes foram sistemas que joguei em crónicas que duraram mais DE SEIS MESES seguidos.

 

E o que tenho a dizer a isso? O SISTEMA NÃO IMPORTA. Pode ser ligeiramente irritante (como o de D&D), ou estúpido (como o de Cyberpunk... ou D&D), mas não é importante, nem faz um jogo bom ou mau -- os meus jogos favoritos têm dos sistemas piores que andam por aí e não me faz diferença (D&D, apesar do que possa parecer, NÃO é dos meus jogos preferidos). Desde que o setting seja bom, desde que as pessoas gostem do que estão a fazer (e tenham mínimo de capacidades) o sistema é relegado para segundo plano e em nada afecta a orientação do jogo (ou a diversão). O GNS é uma divisão grotescamente simplista, e o caralhómetro do Ron Edwards uma cavalgadura de tamanho épico, e sem dúvida uma das maiores justificações para a legalização do aborto pós-parto.

 

"protagonism was so badly injured during the history of role-playing (1970-ish through the present, with the height of the effect being the early 1990s), that participants in that hobby are perhaps the very last people on earth who could be expected to produce *all* the components of a functional story. No, the most functional among them can only be counted on to seize protagonism in their stump-fingered hands and scream protectively. You can tag Sorcerer with this diagnosis, instantly.
[The most damaged participants are too horrible even to look upon, much less to describe. This has nothing to do with geekery. When I say "brain damage," I mean it literally. Their minds have been *harmed.*]" - Rolando Pela Encosta Abaixo Edwards, Poio Com Forma Humana

 

Quando alguém diz isto, com tal desprezo pelos seus iguais, porque simplesmente eles querem ser os heróis das aventuras de RPG e não por a história "conjunta" acima do resto (porque ele por aqui já tinha largado qualquer pretensões de considerar os três aspectos do GNS como iguais, e estava a defender Narrativismo com unhas e dentes) merece ser pendurado nú, do alto da Torre dos Cléricos, com a piroca coberta de mel, e ser-lhe soltado um exame de abelhas africanas em cima. Isto são as palavras de alguém apaixonado por si próprio, e que considera retardados mentais alguém que não pense ou aja como ele. É aqui que nos apercebemos que GNS deixou de ser uma teoria de jogo, e transformou-se no credo central de uma Seita Religiosa.

 

Para terminar (carago, que falei montes) devo apontar a minha pequena victória sobre A Santa Igreja do GNS. À uns anitos, o RickDanger comprou todo entusiasmado o "My Life With Master" e propô-se a mestrar para mim e para a Inês, sabendo que gostamos de histórias de vilões. O diálogo que se seguiu foi mais ou menos assim:

 

Rick: E o vosso Mestre é mau, porque é um senhor do Mal. E faz-vos fazer coisas más.
Inês: *suspiro* Aiiii, que fixe.
Rick: E castiga-vos, porque é poderoso e cruel.
Eu: Uiii, já gosto do mestre.
Rick: E depois é suposto rebelarem-se contra ele, para o destronarem ou tomarem o lugar dele.
Inês: Mas porquê?
Rick: Porque ele é mau?
Inês: Mas e se não quisermos? Afinal, o mestre é tão fixe.
Rick: *começa a suar* Mas é suposto rebelarem-se.
Eu: (que sempre odiei ser railroaded) Mas e se gostarmos do mestre exactamente por ele ser mau?
Inês: Ohhh, eu ajudava o Mestre a fazer TUDO o que ele quisesse.
Rick: Mas... mas... mas... *foge*

 

O Rick acabou por ter que escrever ao anormal do autor do jogo, chorosamente a dizer-lhe que as jogadoras cada vez gostavam mais do Mestre, e não queriam rebelar-se. O autor sugeriu que ele fizesse coisas ainda mais cruéis, mas o Rick contou-lhe que isso só nos fazia gostar mais dele. Não sei muito bem o que ele respondeu a isso, mas acho que foi nas linhas do "Olha, obriga as personagens a rebelarem-se quer as jogadoras queiram, quer não." Também pode ter sido "Foge daí, já e não fales com essas malucas." É bom ver que para gajos com muita teoria e amor pela história são incapazes de lidar com jogadores que fujam do cercado que aparentemente estes anormais acham que um ROLEplay deve ter. ROLEplay, motherfucker. Não "STORYPLAY".

 

Os Abortos de Primeira Geração gerados pelo Santo Culto do GNS tratava-se de jogos aborrecidos, limitados, e que peço ao Patrão Lá De Cima, serão esquecidos muito em breve. Só há dois tipos de pessoas capazes de gostar destes jogos, putas e futebolistas--- porra, a anedota não funciona neste contexto!

 

De todas as formas, fica aqui para a posterioridade a minha declaração de Guerra, e quem não gostar, sabem onde encontrar-me para ajustar contas. Fico à espera (mas fico sentada porque posso cansar-me.) Pelo menos, uma coisa boa veio do Ron Edwards -- é que apercebi-me que, de facto, posso gostar de jogar jogos independentemente do sistema, desde de que goste do mundo onde estou. Este mundo é o que importa, o resto são decorações.

 

Morra o Ron Edwards, morra. PIM!

 

Tenho dito.

AHAHAHAHAHAHAH

Genial, como sempre

Benvinda de volta! Happy

Quem dera ao Ron Edwards que mais gente ainda o odiasse e clamasse pela sua cabeça pois, passados estes anos, a Forge e o GNS já deram os seus frutos, fizeram semente, criaram uma floresta de muitos e diversos títulos de todos os géneros e ele as suas afirmações inflamatórias ficaram para trás. O seu mais recente jogo S/Lay /w Me tem passado quase despercebido e, como se pode ouvir nesta entrevista no Walking Eye Podcast, o senhor continua a disparar em todas as direcções mas só quem tem de o entrevistar é que se lixa Ashamed

E então a Amiga da Onça agora só quer GURPS? Wink De facto, todos os suplementos estão cheios de bom material para setting e basta aprender um único conjunto de regras para jogá-los a todos.

Como de costume, o senhor RIck está a armar-se em gringo. Olhe, sabe o que lhe digo? Força. Venha o gurps. Desde que possamos jogar Cover Ops, Espionage, Black Ops, Special Ops, Illuminati ou IOU. Especialmente IOU. Eu até estava pronta a jogar D20 só porque o setting de Spycraft me parecia espetacular, qual é o problema?!

Realmente sinto-me iluminada porque percebi que não odeio jogos indi (de companhias indie). Odeio jogos Narrativistas. Com excepção de PTA, e jogos que apenas se focam num aspecto do jogo.

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"HOUSE FLAMBEAU - where you teach your apprentices by pissing them off until their will to set you on fire overcomes the stactic paradigm"

"I still miss my ex-wife, but my aim is improving

Onça: Digam lá bem do RE para eu vos ir ao focinho.

Eu: Mas não tenho nada de bem para dizer, até concordo contigo.

Onça: Não, não, tens de dizer bem do tipo para eu te dar um encherto à antiga.

Eu: Não posso, mesmo. Olha só a minha crítica do Sorcerer & Sword na RPGnet (https://www.rpg.net/reviews/archive/13/13811.phtml). Como podes ver, estou no index da igreja do Ron.

Onça: Tens que dizer bem! Tens que ter pôr a geito para uma te malhar até te transformar em puré.

Eu: Leste o fórum da review? Até o próprio Ron apareceu a lamuriar-se das minhas ofensas.

Onça: Porra, como te atreves a passar-me à frente?

Em suma, tens razão, o Ron Edwards é um bimbo pretensioso, meio estúpido e francamente ignorante armado em profeta com uma corte de bimbos ainda mais estúpidos e ignorantes (só são menos pretensiosos porque há que dar primazia ao guru em algum domínio). O rapaz é para ignorar ou melhor, para acompanhar com espírito de entomologista (o que quer que isto seja).

O que me surpreende é: porque te saiste com esta agora, que o pobre Ron está aposentado e esquecido?

Sérgio Mascarenhas

Há narrativismos e narrativismos. O narrativismo a sério é excelente, até porque nem precisa de gritar que o é (quer dizer, que é excelente e que é narrativismo). Prince Valiant, HeroQuest 2.0, Toon, Maléfices, Pendragon, RuneQuest, Tribe 8 e mais alguns favoritos aí estão para o demonstrar.

Sérgio Mascarenhas

Se eu bem me lembro dos meus tempos de Pendragon, este não se obcecava só com o narrativismo. A não ser que tenha mudado violentamente desde a ultima edição que tenho. Assumo que tenha ELEMENTOS narrativistas, mas isso tem muitos bons jogos. Não. O que me põe aos saltinhos de fúria é o "História Pré-Embalada" de coisas como MLWM.

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Porque durante muito tempo não percebia porque é que lhe tinha um ódio tão profundo. Por muita peixeirada que eu faça, não gosto de embirrar só para embirrar.

Okay, pára de te rir, estou a falar a sério.

Como tudo o que ele dizia me punha aos saltinhos de fúria, mas eu ainda não tinha ouvido as bojardas maiores dele, eu achava que era só embirranço, e pá, se eu vou desancar em quem me contradiz quero ter argumentos sólidos para os espancar com eles! Não "AI EU DIGO QUE SIM PORQUE SIM E PORQUE EU DIGO QUE SIM!" O meu ódio tornou-se muito claro depois de ter lido um blogue de um outro gajo que analizava em profundidade algumas das teorias de RPG que tinham aparecido com o passar dos tempos (incluindo os 4 tipos de jogadores, etc.) e de repente... "Click" uma luzinha acendeu-se na minha pinha e saiu tudo a correr.

E a propósito! COMO OUSAS CONCORDAR COMIGO!? Toca a dizer bem dele para eu te puder cair em cima! Raisparta os mouros, a roubarem-me o meu ganha pão!

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Nenhum dos jogos que apontei é narrativista porque sim, é verdade. Todos eles incorporam elementos narrativistas mas não fazem disso um mantra que lava mais branco que o Omo.

O que me irrita com os narrative-freeks é que na maior parte dos casos não sabem patavina do assunto. Quer dizer, o narrativismo é algo que tem uma longa história. Há andares de livros sobre a narrativa e a sua construção na literatura, no cinema, no teatro, na banda desenhada, etc., etc. e tal. O que é aparente é que gente como o grande Ron - corrijo, o Grande Ron - são profundamente ignorantes quanto a esses assuntos, nunca leram nada, estão completamente a leste. Quanto muito leram uma introdução ao tema numa publicação tipo Readers' Digest e força.

Nota: eu não estou a dizer que sou um especialista, não sou. Mas tenho a noção da minha ignorância, estou informado àcerca desta. Tenho amigos escritores, que trabalham no cinema, em BD, etc; li vários livros sobre estes temas; sei o que não sei.

Sérgio Mascarenhas

Manda aí o link do blogue do outro gajo.

E se é para entrarmos à pancada, mais vale ser face to face. Tenho uma série de tralha teórica minha em colunas da RPGnet, se tiveres tempo dá uma olhada. Talvez encontres tretas de mouro por ali.

Sérgio Mascarenhas

A questão do narrativismo parece-me um bocado obcecada. Certo, podem haver jogos que se focam um bocado naquilo mas não tentam enfiar o mundo lá à marretada (sim, estive a ler a tua review do Sword e Sorcery), mas não são o "melhor", e são ligeiramente mais virados para "parlor" games do que RPGs. Como, por exemplo, Once Upon a Time, que é um jogo de cartas. A mim parece-me que se perde um bocado de diversão quando se segue a opinião do Ganda Ron, e só se deve jogar jogos focados NUMA SÓ COISA e se n for assim, o jogo é totalmente indigno de ser um jogo! Aposto que o Bué Ron só gosta de calipos de morango ou limão. NEM pensar em comer algo com dois sabores misturados.

Mas sim, todo o esforço da igreja do Ron parece ser uma má disfarçada atitude de serem intelectualóides, e ficarem frustrados porque toda a gente que não seja pretencioso como eles se aborrece dos jogos deles e vão jogar outras coisas. As teorias deles parecem muito elaboradas, mas realmente desnecessárias, porque dá um bocado a impressão "copy paste" -- leram aquilo no livro de sociologia ou filosofia ou psicologia da faculdade, copiaram e colaram, e declararam que era a nova teoria do RPG! WooO! E se não seguires aquelas linhas é porque sofreste dano cerebral.

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"I still miss my ex-wife, but my aim is improving

https://whitehall-paraindustries.blogspot.com/2009/02/time-line-of-rpg-theory.html

Toma lá e não digas que vais daqui. O gajo é um bocado nazi, mas pelo menos sabe do que fala.

O meu problema com coisas teóricas é que acabo por começar a cantar "BOOOORING, THIS IS SO BOOOOORING, GET TO THE POINT!" ao som da abertura de Star Wars. Porque realmente as teorias que existem são baseadas na maior parte das vezes em items relacionados com tudo menos jogos, e depois querem enfiar-nos à força a noção que temos que ser assim, ou jogamos por estes motivos -- porque os estudos dizem que sim!

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Eu até gosto de teorias e de teorizar, o diabo está nos detalhes. Há pouca boa teoria sobre jogos em geral, logo no que respeita aos rpgs...

O Ron veio-se com uma teoria tripartida quando já andavam por aí teorias sobre o role playing e a sua inserção no mundo dos jogos há bué da tempo - pelo menos desde os anos 50 com o Roger Caillois. Sim anos 50, e eu sei perfeitamente que os jogos de personagens só surgiram nos anos 70 com o D&D. Não, não ando a chutar para a veia.

Voltando ao Ron, o GNS é puro senso comum construído a partir de outras coisas que andavam a ser ditas por outros tipos na net. A «inovação» do Ed foi dizer que os três tipos de jogos (ou de maneiras de jogar, uma daquelas diferenças de polichinelo que deram pano para mangas aos crentes) são incompatíveis. Pura idiotice e falta de experiência de jogos.

Mas daí não decorre que todas as teorizações são inúteis. O que me parece é que elas são pouco relevantes para os jogadores. Quem se deve preocupar com teorias são os desenhadores de jogos mas isso não deve ser explicitado nos jogos eles mesmos. Nunca percebi esta tentação de alguns desenhadores de jdp de nos massacrarem com as suas ejaculações teóricas, elevadas a ideologia.

Sérgio Mascarenhas

A maior parte das teorias não se baseiam em estudos que mereçam esse nome, são apenas o atirar do barro à parede das cabecinhas que as põem cá fora.

Obrigado pela ligação.

Sérgio Mascarenhas

Eu por acaso gosto muito de jogos focados; gosto mesmo muito de jogos focados. Aliás, até te digo que dos melhores momentos que tive no rpg foram com My Life With Master e The Mountain Witch, dois jogos com uma duração muito curta. Isto porque eu também tenho um déficit de atenção, que me faz apaixonar pelo jogo durante 2 meses, até aparecer outro, novo ou não, que me chame a atenção.

Mas olha, também não gosto nada do Ron Edwards e da sua pequena igreja. Não tenho boas nem más experiências pessoais com ele, mas conheço dois casos de portugueses que têm, o que para mim é suficiente.

E em toda a honestidade, acho que o GNS foi fixe há 4 anos. Se te disser que foi a coisa que me pos a pensar sobre design de rpg mais a sério, levas-me a mal? Eu adorava terminar o meu “Exalted dos pobres” influenciado pelo God of War e pelo Heavenly Sword, mas o meu déficit de atenção também vai para o design.

O GNS foi fixe há 4 anos, dizia, mas depois tornou-se uma daquelas modas que só um grupo muito restrito dentro de um grupo muito restrito realmente aprecia; sei lá, algo como góticos que todos os dias se vestem de preto dos pés à cabeça e pintam as caras de branco, e que dizem que os outros góticos não são góticos a sério porque só se vestem de preto dos pés à cabeça às 3ªs e 5ªs e não pintam as caras de branco. Paneleirices, dirias tu. Eu neste momento sou só um gótico, já não pinto a cara de branco, e já nem sequer uso preto dos pés à cabeça, quanto mais todos os dias. Acho que fui feliz nesta minha analogia.

Contudo, dá-me gosto ver por aí pessoal que me atirava com pedras e desejava a morte do Edu, e que hoje em dia joga jogos da corja dele. Que, curiosamente, até são bastante fixes, dizem eles, enquanto engolem uma pernita de rã ou outra, com manteiguinha da boa. Noutra analogia feliz, é como odiar os nazis, mas apreciar as suas fardas (eram mesmo as mais fixes). Oh, sei lá, cof Mouse Guard cof. Assim num repant.

Quanto ao teu discurso inflamado, só lhe consigo dar 9 em 10, porque o teu único erro ortográfico foi não por o “h” nos “há” (verbo haver, ou haber, em tripeirês) que tens por ali espalhados, e que ainda por cima não são de propósito. Se tivesses mais erros ortográficos, farias o pleno. Ah, e a mentira deslavada que foi dizeres que eu e tu discutíamos como se estivéssemos a discutir se o Porto é melhor que o Benfica (pista: não é); se me lembro, eu discutia muito com o DemonKnight, com o Dwarin, e com mais uma ou outra pessoa, mas contigo, em toda a honestidade, se o fiz não me recordo.



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Em breve coisinhas novas!

Líder inconsciente do ultra-secreto grupo anti-D&D (mas só na edição 5.3)

[quote=Rui]Aliás, até te digo que dos melhores momentos que tive no rpg foram com My Life With Master e The Mountain Witch, dois jogos com uma duração muito curta.[/quote]Em relação ao MLwM, vamos evitar discutir a semântica da coisa, mas a mim parece-me um jogo extremamente simulacionista em termos de agenda criativa, pois tenta recriar o mais possível toda aquela cena clássica do Igor e do mestre no cenário da Transilvânia enquanto a história em si não tem propriamente grandes variações. A narrativa está extremamente estruturada e avança a ritmo bem definido, mas nenhum dos jogadores (inclusivé o mestre-jogo) tem grande contributo criativo a dar para o percusso geral da história quando já se sabe como ela começa, acaba e o que é que acontece entretanto. Assim, para mim, o gozo de MLwM está justamente na simulação.

Bem, eu quando o joguei foi sempre para uma agenda narrativista, tal como é descrita na teoria do Ron, e os momentos a que me refiro são precisamente por causa dela: eu sabia o que estava a jogar, sabia o que queria, o jogo dava-me exactamente isso, portanto foi só questão de aguardar por ele.



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Em breve coisinhas novas!

Líder inconsciente do ultra-secreto grupo anti-D&D (mas só na edição 5.3)

Tinha um grande comentário sobre como "jogos focados são uma seca", mas mais uma vez, trata-se de opinião (pode ser má, mas é opinião e todos são livres de a ter). Eu pessoalmente acho que jogos focados são como pastilha elástica -- perde o sabor depressa e não tem nutrientes.

Note-se que tenho mais problemas com exageros como My Life With Master (que já tem guião escrito incluído) do que jogos como PTA ou até Covert Generation -- onde qualquer coisa pode acontecer dentro daquele mundo. Como diz no estudo da Wizards, jogadores têm 8 indicadores que gostam de ser satisfeitos, e eu concordo -- jogos como MLWM já têm tudo escritinho - é mais como fazer teatro do que jogar RPG. E para teatrada, já me bastam as aulas.

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Tinhas dito isto:

Para terminar (carago, que falei montes) devo apontar a minha pequena victória sobre A Santa Igreja do GNS. À uns anitos, o RickDanger comprou todo entusiasmado o “My Life With Master” e propô-se a mestrar para mim e para a Inês, sabendo que gostamos de histórias de vilões. O diálogo que se seguiu foi mais ou menos assim:

Rick: E o vosso Mestre é mau, porque é um senhor do Mal. E faz-vos fazer coisas más.
Inês: suspiro Aiiii, que fixe.
Rick: E castiga-vos, porque é poderoso e cruel.
Eu: Uiii, já gosto do mestre.
Rick: E depois é suposto rebelarem-se contra ele, para o destronarem ou tomarem o lugar dele.
Inês: Mas porquê?
Rick: Porque ele é mau?
Inês: Mas e se não quisermos? Afinal, o mestre é tão fixe.
Rick: começa a suar Mas é suposto rebelarem-se.
Eu: (que sempre odiei ser railroaded) Mas e se gostarmos do mestre exactamente por ele ser mau?
Inês: Ohhh, eu ajudava o Mestre a fazer TUDO o que ele quisesse.
Rick: Mas… mas… mas… foge

O Rick acabou por ter que escrever ao anormal do autor do jogo, chorosamente a dizer-lhe que as jogadoras cada vez gostavam mais do Mestre, e não queriam rebelar-se. O autor sugeriu que ele fizesse coisas ainda mais cruéis, mas o Rick contou-lhe que isso só nos fazia gostar mais dele. Não sei muito bem o que ele respondeu a isso, mas acho que foi nas linhas do “Olha, obriga as personagens a rebelarem-se quer as jogadoras queiram, quer não.” Também pode ter sido “Foge daí, já e não fales com essas malucas.” É bom ver que para gajos com muita teoria e amor pela história são incapazes de lidar com jogadores que fujam do cercado que aparentemente estes anormais acham que um ROLEplay deve ter. ROLEplay, motherfucker. Não “STORYPLAY”.

E falas da tua pequena vitória sobre o jogo, e se calhar até sobre o Rick e sobre o designer. Eu também tenho uma história parecida: estávamos a jogar CoC, o cenário original, aquele onde se investiga a casa, e fomos todos felizes e contentes investigar; por alguma razão, não despoletámos o big bad evil guy na cave, e eu, a jogar um detective, declarei a casa segura. O GM depois escolheu fazer com que os ocupantes seguintes morressem completamente loucos, e ensinar-me uma lição: em CoC, há sempre qualquer coisa.

Podemos extrapolar sobre isto, e dizer: quando jogas aquele estilo, há sempre qualquer coisa. Já aqui falei sobre isto, não vou jogar Exalted com o sistema de CoC. Para CoC, vou jogar com CoC, talvez com ToC, mas sempre à espera de investigar o máximo possível, e de me deparar com algo que me tire a sanidade toda. Não vou abandonar o jogo só porque sim. Se o fizer, vou estar a jogar aquele jogo muito mal.

Aliás, até tenho outra história, que se passa com Vampire, onde eu fiz um tipo gordo que levava porrada da mulher, e que de repente é feito vampiro (não sei porque raio o GM admitiu isso, mas o facto é que admitiu); a missão passava por ir a uma vila buscar/entregar algo, e eu cheguei lá, vi que a vila não tinha nenhum über vampire, e estabeleci-me como o big honcho do sítio: qualquer coisa seria melhor do que voltar prá mulher que me batia! Mas, lá está, não estava a jogar Vampire. Nem sequer estava a jogar a aventura.

Foi o que tu fizeste com o MLWM: recusaste-te a seguir o estilo do jogo, que é sobre criaturas deformadas e abusadas por um mestre completamente louco; o jogo é sobre descobrir o que nos torna humanos, ao jogar monstros. Neste aspecto, é muito melhor que o Vampire e os seus super-heróis com caninos extra-longos. A tua pequena vitória, em vez de o ser, é muito mais um exemplo de birra só-porque-sim.

Há muitos jogos muito giros que saíram da malta da Forge, mesmo que a malta da Forge seja demente. Não sei como anda aquilo, mas das poucas vezes que lá vou, vejo repetições das mesmas coisas, como se alguém tentasse reinventar o grunge a cada 2 anos.



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Em breve coisinhas novas!

Líder inconsciente do ultra-secreto grupo anti-D&D (mas só na edição 5.3)

Tu aí não derrotaste o jogo. Derrotaste o GM -- porque no jogo de My Life With Master está escrito nas santas regras que isto só acaba de duas maneiras: ou tu te tornas o novo mestre ou matas o antigo. Em Vampire, não há "Tu tens que aceitar a vida que tens". Tu foste esperto e fizeste o RP lógico do teu gajo (quem é que queria voltar para a mulher para levar porrada?) e aproveitaste a situação. Os temas são guidelines, e, ao contrário do Jogo de Guião de My Life, tu podes ser um vampiro angustiado a chorar pela humanidade perdida ou (como uma das minhas PCs) andar aí todo contente "FIXE SOU UM VAMPIRE, Buga festejar toda a noite, TODAS AS NOITES!"

E isso é aceitável e até já foi previsto\esperado quer em sistema (é possível seguid Paths como Cathari, Caine, Power and Inner Voice, etc. que quebram a temática do "Oh the angst, oh the humanity"), quer em setting (o Sabbat e os Independentes).

Por isso leva lá a taça porque tinhas um GM tótó que ficou atrapalhado por fazeres algo inteligente, mas isso não quebrou o jogo. Tou mesmo a ver o Achilli "UM JOGADOR NÃO ESTÁ A VOLTAR PARA A MULHER LHE IR ÁS TROMBAS!!! NÃAAAAO! TEMOS QUE FAZER ERRATA PARA ISSO!"

Além do mais, esse comentário de "Super heróis" só mostra que não jogaste 1ª\2ª Edição onde não havia superheroismo, mas sim a puta da choraminguisse do "Ai meu deus, eu sou um monstro, eu sou um vampiro! A angustia, o medo, o horror!" Até as aventuras oficiais eram à volta do "E agora tás lixado porque a tua vida anterior está impossível de alcançar e BEBES SANGUE! (Oh noes!)" E onde eu vi vampiros morrerem Final Death porque levavam 2 out 3 tiros de uma pistolita um segurança nocturno humano. Requiem fez pouco de original porque voltou a esse aspecto do jogo. Acho que na terceira, eles meteram tudo mais "heroico" porque francamente, o pessoal já se andava a passar um bocado com a angústia e o drama e perguntaram se por acaso não haveriam vampiros que não fossem uns coninhas.

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"Sete Dias de Criação"