Agricultor

SEBASTIÃO, Male Rural, Strong2/Dedicated1: Init +1; Defense 14; PF/PV 14/12; Atk +5 melee, +3 ranged; SV Fort +4, Ref +1, Will +5; Rep +1; Str 16, Dex 13, Con 12, Int 10, Wis 14, Cha 8.
Skills: Climb +6, Knowledge (earth and life sciences) +4, Knowledge (theology and philosophy) +2, Listen +5, Sense Motive +4, Spot +4, Survival +6, Treat Injury +4.
Feats: Blind-Fight, Brawl, Combat Reflexes, Iron Will, Simple Weapons Proficiency.
Talents: Empathy, Melee Smash.
Languages: Comum.

A plantação de alfarrobas até dava gosto de ver — fileiras de vagens violáceas à espera de serem colhidas debaixo da luz do bi-luar.

Como sempre, és o último a ficar no campo e, enquanto empilhas as ferramentas, sentes que alguém te observa do alto da varanda natural que encima o planalto.

O planalto era um lugar mágico donde o bi-luar podia ser observado em todo o seu esplendor natural. Era um lugar muito especial pra Sebastião… Ao acabar de arrumar os materiais e fechar o armazém, Sebastião resolve aproximar-se cautelosamente do local donde lhe pareceu ter visto alguém…

Subiste até ao topo da varanda natural. A figura de há pouco não se fez esconder e, a contra-luz, reconheceste-a.

"Não estavas à espera de me encontrar, presumo." — disse ela, com a sua voz aveludada.

Há muito que não a esperavas voltar a ver. Não aqui, Não agora. E, de certeza, não depois do que ouviste contar a seu respeito.

"Pela tua cara vejo que te falaram sobre mim. Não devem ter-te mentido." — confirma.

[quote=]Mas afinal quem é ela?

Ela é quem, em tempos, se prometeu a ti. Mas que, na prossecução do seu sonho, se foi afastando cada vez mais. E tudo porque continuaste sendo um Neófito. Apenas um Neófito...[/quote]

Apesar do teu repúdio, ela continua:

"Sebastião, preciso de ajuda e tu és o único em quem confio."

Sebastião não sabia quantas noites tinha sonhado com a noite que hoje tinha chegado, mas também já não sabia há quanto tempo tinha deixado de sonhar com o momento com o qual se deparava... Era um misto de sentimentos cruel e amargo, para o qual ele não se sentia preparado. No meio da tempestade de perguntas e emoções apenas conseguiu perguntar-lhe com uma voz crua:

"É verdade tudo o que se diz sobre ti?"

"Já lá vamos." — aproxima-se, esboçando um sorriso que deixa entrever aquela covinha do queixo à qual achavas tanta graça. — "Agora, preciso de saber se me podes ajudar; ou esquecer que eu estive aqui."

Perante aquelas palavras, a amargura de Sebastião começava a surgir na sua voz:

"Esquecer... Para ti sempre foi muito fácil esquecer... A maneira como deixaste para trás..." - Sebastião contém-se, retomando o seu discurso calmamente - "...o planalto, a tua gente, e para quê? Se eu te posso ajudar? Acho que a pergunta realmente é se tu alguma vez quiseste a minha ajuda..."

És interrompido nas tuas palavras por uma suave brisa...

Ela mira o topo do planalto. Resvalam umas pedritas...

"Não é seguro falarmos aqui. Vem ter comigo daqui a duas horas ao lago." — vira costas como que a ir-se embora, mas detém-se.

"Sebastião, eles forçaram-me a afastar-me."

Consegues entrever uma lágrima a escorrer-lhe pela face esquerda enquanto se vira para ir embora. E vês também uma sombra a mexer-se...

Sebastião apercebe-se que os dois não estão sozinhos e procura perceber a quem pertence a sombra que se está a mexer:

"Cuidado! não estamos sozinhos... Quem está aí?"

Olhas para cima mas não vês nem ouves nada. E, quando te voltas, estás de facto sozinho. Ela desapareceu.

Bem, parece que tens duas horas para decidir o que fazer.

Intrigado com a situação, Sebastião ainda perde algum tempo a vaguear pela zona, à procura de algum rasto ou indicação de quem poderia ter estado ali com eles... Depois segue para sua casa para preparar uma mochila com um farnel e buscar a sua foice antes de se dirigir para o lago...

[OOC: Será que a foice lhe vale de alguma coisa sendo ele um brawler?]

Esta noite pode ainda ser longa...

[Brawl dá-te um bónus de +1 ao ataque desarmado, e também passas a desferir 1d6 de dano não-letal (em vez de 1d3).]

Faz o seguinte teste:

1d20+4

https://invisiblecastle.com/roller/search/225988/

[OOC: Esta página guardará todos os meus rolls]

 

Não te parece que estejas a ser seguido.

Chegas ao lago um pedaço antes da hora marcada. Estão algumas pessoas a curtir o pôr-do-sol, mas ela ainda não chegou.

Procuro um lugar donde tenha uma boa vista sobre o lago, mas suficientemente afastado para ter alguma privacidade. Um lugar que provavelmente já ambos conhecemos bem. E espero atento…

Sim, conhecem bem o local.

Foi aí que se viram pela primeira vez, quando ainda andavam na Creche.

Boas recordações... Mal sonhavas, então, que não chegarias a passar o teste da Terceira Unção e, por continuares sendo apenas um Neófito, ela se fosse afastando cada vez mais.

Estavas tu absorto nos teus pensamentos quando ela te toca no ombro e, acto contínuo, te dá um abraço:

"Ai Tião, ainda bem que não te aconteceu nada."

"Cayla..." — esboçam os teus lábios.

"Cayla… o que me poderia acontecer? Eu fiquei aqui e segui com a minha vida. O planalto faz-me feliz, e trabalhar nesta terra e ver a natureza a trabalhar de volta é algo que me realiza… Não sei porque era tão importante para ti ir embora…"

Ela afasta-se e, depois de uma breve pausa, retoma a conversa de há pouco:

"Tião, eles obrigaram-me a afastar-me. Diziam-me que nunca chegaria ao lugar de Primogénita se me mantivesse presa a um Neófito. — sentes a voz dela a tremer. "Enganei-me, Tião." — engole em seco e logo continua: "Mas podemos falar disso daqui a uns dias. Preciso da tua ajuda; só tu me podes ajudar!"

Vês que ela está assustada com alguma coisa. Queres ouvir o que tem ela para te propôr ou preferes insistir a falar sobre o passado?

Tentando sentir a sinceridade das palavras que ouvira, Sebastião concede:

"Diz-me o que posso fazer. Conta-me a razão para o teu regresso e o porquê de estares tão assustada..."

"Desde que viemos para o planalto que nos fomos esquecendo de como era a vida na cidade e, aos poucos, até nos esquecemos do seu nome. Mas houve um grupo entre nós que nunca deixou de se preocupar com o dia-a-dia de Emerson. Foram eles que me ajudaram a chegar à posição de Primogénita; mas eu mal sabia a que custo..."

"Desde que descobri — continua — que ainda tentam influenciar o rumo de Emerson que me sinto observada. — faz uma pequena pausa e olha em volta. "Eu acho que eles não vão conseguir manter-se pela calada muito mais tempo. Temo que estejam a planear algo e preciso que sejas os meus olhos e ouvidos fora do planalto."