Agricultor

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O chefe da cozinha deixou o guacamole numa das prateleiras da arca frigorifica (à qual tens acesso por inerência das tuas funções de ajudante de cozinheiro) sem se ter preocupado nem em escondê-lo nem em camuflá-lo.

Quando, na tua hora para almoçar, te encontras com o Tull, ele diz-te que alguns dos ingredientes que se adicionam ao guacamole para o tornar explosivo encontram-se facilmente em alguns produtos de limpeza, tais como desengordurantes para o fogão ou detergente para o chão. E diz-te ainda que: "O chefe de cozinha deve sentir-se muito confiante para não tomar precauções de segurança em relação ao guacamole. O melhor será, talvez, recolher todos os produtos de limpeza aos quais ele possa vir a ter acesso..." E mais, parece que conseguiu um lugar como segurança das minas de superfície mas, como está a começar agora, é a ele que põem a fazer recados entre ambas as minas.

Voltando à cozinha para os seus afazeres, após a reunião com Tull, Sebastião resolve começar a sabotar todos os produtos que possam ser utilizados como reagentes para a solução explosiva. Começando pelos produtos de limpeza, que procura despejar e substituir por água, ou, usando os seus conhecimentos, alguma solução natural que possa disfarçar melhor a cor e o cheiro dos produtos sabotados…

Não percebes lá muito de química, mas do pouco que a agricultura te ensinou, lá vais tentando aqui e acolá com o que consegues encontrar.

Há um produto de limpeza meio alaranjado? Espremes meia dúzia de cenouras! Há outro meio esverdeado? Ferves água com nabiça! Tentas neutralizar um produto com sal de gema, e no outro ao lado despejas o resto da sopa. Sabes que não tens ali os materiais ideais, mas tentas desenrascar-te!

Talvez a efervescência de um líquido ou o chocalhar de uma garrafa não te tenham deixado ouvir a tempo: é que só conseguiste detectar o teu chefe quando ele já estava dentro da cozinha, do outro lado do balcão. Mas mesmo a tempo de conseguires pôr tudo dentro duma porta por baixo do balcão antes que ele viesse para o lado de cá:

"Ah, estavas aí? Não te tinha visto." — diz-te, algo surpreso. "Mas olha, afinal os putos só cá vêm ao jantar. Por isso conseguimos que o guacamole chegue para mais gente à vontade!" — sorridente e algo aliviado.

"Muito bem." - respondia Sebastião, tentando manter a calma e a naturalidade. - "Como quer que ajude na preparação da ementa?" [OOC: Sense Motive]

Tentas perceber se consegues espremer mais alguma coisa a partir do que ele te disse. Mas não parece estar a esconder nada. Tanto quanto parece, ele está mesmo satisfeito por ter guacamole para mais pessoas.

Já ele, parece estranhar um bocado o modo como te comportas: como se estivesses meio nervoso, ou a tentar esconder algo...

"Que se passa contigo? Está aí alguém contigo?" — pergunta. "Aqui não é permitida a entrada a pessoas estranhas ao serviço!" — relembra, afastando-se para espreitar na despensa.

Sebastião apercebendo-se da desconfiança do ‘primo’, não disfarça o seu nervosismo, mas tenta usá-lo a seu favor: "Não está aqui ninguém estranho ao nosso serviço. Pelo menos ‘agora’. Mas é exactamente por isso que estou nervoso. Sinto que alguém nos está a observar, e acho que andou alguém aqui na cozinha para além de nós…" - Sebastião arrisca ainda mais - "Se algo correr mal… quem é que temos aqui nas minas que nos garanta segurança?"

“Mas nós trabalhamos na copa. Quem quereria fazer-nos mal!?” — pergunta, algo perplexo.
“Percebo que para ti, recém-chegado do planalto, o facto de estarmos entre omnívoros possa ser assustador. Mas o trabalho nas minas cansa-os o suficiente para não quererem armar confusão nas horas vagas.” — pisca-te o olho.

Dito isto, volta para o outro lado da banca: “O jantar não se faz sozinho…” — enquanto ata o avental à cintura.

Perplexo com a dureza do disfarce do primo, Sebastião resolve não se desfazer também ele em detalhes e tenta mostrar-se acalmado, regressando ao trabalho na cozinha.

"Muito bem chefe, vamos a isso então."

Voltas então à copa para, juntamente com o Séneca (é o nome dele, by the way), cozinharem a próxima refeição.

Ele é de poucas palavras quando está nos temperos, por isso seguem em silêncio durante longo tempo.

Vão-se revezando à procura deste ingrediente ou daquele utensílio e, em pouco tempo, já começa a cheirar...

Entretanto, o Séneca afasta-se para ir ao armário e <POAWING-WING-wing> cai-lhe uma travessa das mãos que rebola pelo chão.

Parece um pouco tenso mas também, com um barulhão daqueles...! No entanto, não passa muito tempo até que ele saia da cozinha...

Não deixando de tomar atenção aos tempos de cozedura do cozinhado, Sebastião vai primeiro até ao armário onde Séneca teve o pequeno acidente, tentando reparar em algo fora do comum, e depois, tenta descobrir para onde Séneca saiu... seguindo-o cuidadosamente.

Vais até à porta e ainda consegues ouvi-lo a falar com alguém ao fundo do corredor. Mas parece que se afastam. Sais então para o corredor na direcção que o Séneca tinha subido e, ainda a meio do corredor, parece que já está de volta a passo acelerado e, consegues aperceber-te pelas sombras, não vem sozinho.

E agora?

Voltas para a cozinha, correndo o risco de te verem a entrar ou preferes esconder-te atrás duma estatueta de sal que se encontra num nicho por que passaste ainda agora?

Sebastião, ao ver um sítio onde se pode esconder, resolve usá-lo, escondendo-se atrás da estatueta, na esperança de tentar perceber quem acompanha Séneca...

[OOC: É pá, tem sido complicado aparecer por cá com cabeça para actualizar isto... Mas não há nada como recomeçar para ver como corre...!]

Escondes-te por detrás da estátua de sal e, quando passam por ti, consegues ouvir o Séneca a comentar:

"O tipo é novo cá e anda meio esquisito... sei lá, a fazer perguntas estranhas — parece-me a mim que anda a preparar alguma! Mas o quê, não sei...!"

Ao que o seu acompanhante (um tipo bem constituído fisicamente e de voz grossa) responde:

"Fez bem em vir falar connosco. Não nos podemos esquecer que, nos dias que correm, todo o cuidado é pouco!"

Ainda assim, descem o corredor algo despreocupados em direcção à cozinha e, quando entram, consegues entrever que a roupa do acompanhante do Séneca é muito semelhante à que o Tull estava a usar ao almoço, quando te encontraste com ele.