Associação do hóbi

Aqui vai uma pergunta: Há alguma associação de promoção do hóbi? Não estou a falar de comunidades virtuais (estilo Abre o Jogo) ou físicas (como os encontros de Lisboa e do Porto). Estou a falar de uma associação devidamente institucionalizada, com associados, corpos gerentes, estatutos, personalidade jurídica, missão, estratégia, plano de actividades, sei lá o que mais.

Há alguma? Se não há... não é tempo de ser criada?

Já houve algumas tentativas de se criar uma associação para o hobby, algumas delas por utilizadores que frequentam este portal.

Contudo, do (parco) contacto que fui mantendo com esses projectos, parece-me que todos foram caindo devido à grande carga de trabalho e as discordias internas que involve uma empreitada dessas.

Pessoalmente, ainda gostaria de saber exactamente quais seriam as vantagens em haver algo do género. Qual é a tua ideia para uma associação?

"the drunks of the Red-Piss Legion refuse to be vanquished"

[quote=RedPissLegion]Pessoalmente, ainda gostaria de saber exactamente quais seriam as vantagens em haver algo do género. Qual é a tua ideia para uma associação?[/quote]Sim e em que medida acrescenta algo ao que já pode ser feito informalmente pela comunidade ou pelas várias empresas em concorrência. Certamente não resolve a falta de iniciativa.

Bem, isto assim de repente e em jeito de quem adivinha: credibilidade por exemplo.

O facto de haver uma organização de certa forma prova que é "uma coisa séria".

Se bem que pessoalmente não vejo grande utilidade para além disto, a não ser que se queira alugar um espaço para jogar e aí acho que sendo uma associação facilita o caso :p

[img]https://www.boardgamegeek.com/jswidget.php?username=ghosthack&numitems=10&text=none&images=small&show=recentplays&imagepos=right&inline=1&imagewidget=1[/img]

Eu confesso que também não sei que vantagens nos traria uma associação formal. Mas relativamente à questão de poder facilitar o aluguer de um espaço, de acordo com a minha pequena (pequeníssima, confesso) experiência, é precisamente ao contrário: se houvesse uma associação metida ao barulho, a burocracia aumentava. Acho que o o facto de termos aqui reunidos os vários Encontros Nacionais, como se fosse um Curriculum, é um cartão de visita mais do que suficiente.

Se fosse uma associação tipo associação juvenil, poderia promover o hobby e ter acessos a fundos comunitários.

Fundos esses que poderiam ser usados para:

  • markting dos encontros.
  • Para prémios de torneios.
  • Compra de jogos para a associação.

Mas também não estou muito por dentro destas materias...

Não se avançou com a ideia porque não há muitas pessoas a concordarem com ela.

Uma associação daria, por exemplo, ajuda em arranjar patrocínios para a LeiriaCon mas, por experiência própria, a acontecer, terá de ser uma coisa localizada por aqui mesmo, tipo a "associação de jogadores de Leiria" - só para podermos passar recibos, claro :)

"hay que endurecer, pero sin perder la ternura jamas!"

Ernesto 'Che' Guevara 1928 - 1967

Concordo. Uma Associação, a funcionar correctamente, poderia trazer muitos benefícios ao hobby. Tenho a certeza disso.
Eu sou um grande defensor do associativismo, motor de grandes projectos. Mas sei, e tenho a experiência disso, que é difícil de gerir o compromisso que se assume quando se organiza uma Associação. Há sempre vozes discordantes, há sempre suspeições, há sempre aquela "portugalite" tão típica por cá.

Há uns tempos falou-se nisso, não houve unidade. Pode ser que um dia aconteça.
Ou então é como o paulo diz, a malta organiza-se, associa-se nos seus pequenos grupos e pelos seus próprios meios.

LeiriaCon, já só faltam 4 meses muahhhhh!!!!!

Lembro-me de à algum tempo atrás se falar nisso mesmo. Surgiu um grupo de jogadores aqui no site que informou estar a criar uma associação de RPGs. Não informaram mais nada e recusaram-se a dizer mais pormenores, mesmo tendo aparecido em alguns meetups. Nunca mais ouvi falar deles nem do seu projecto.

Na mesma altura, outro grupo de jogadores também informou que ia criar um ramo de outra associação de literatura, devotada à fantasia e sci-fi. Chamava-se Épica, e também defenderia os RPGs. Isso parece que já foi em frente, os estatutos foram criados e tudo, mas também nunca mais ouvi nada deles.

Estes foram os mais recentes, mas muitos outros projectos estiveram na calha e não se realizaram. Normalmente era porque os custos da criação eram elevados para 3 ou 4 pessoas suportarem sozinhas. E pouca gente dava mais apoio. Passado uns meses de trabalho, tudo caia em águas de bacalhau e desistia-se.

Julgo que sera necessário fazer uma reflexão acerca deste assunto, nomeadamente a viabilidade duma associação de RPGs e de que modo pode funcionar. Julgo que ser criada só para dar espaços é pouco. Dar apoios a eventos também não sabe a nada, pois necessita que outros criem eventos. Algo assim deve funcionar para desenvolver o mercado de RPGs e afins, dar-lhes visibilidade. No fundo, gastar tempo a defender o hobby e não a jogar os hobbies.

https://epicapt.com/

eles andem aí.

A Épica, acompanhei mais ou menos de perto a sua criação.

Tudo começou com grupos que se formaram através de dois fóruns: o sci-freaks e o filhos de athena.

Entrantanto, e em conjunto com o editor da revista dragãoquantico (que existia na altura), promoveu-se um Encontro na Faculdade de Ciências, com vista a trazer alguns editores/escritores/nomes importantes da fantasia e da ficção ciêntifica. O Phil chegou a lá ir fazer demonstrações de jogos de tabuleiro, rpg, vampire. (isto foi em 2004, salvo erro, e até foi o meu primeiro contacto com jogos de tabuleiro "a serio").

Acharam então que deviam criar uma "associação" para promover estes encontros, e daí nasceu a epica. Todos os anos fazem o dito "Fórum Fantastico", que ao que parece será de 2 a 5 de Outubro.

A criação de uma associação para promoção do hóbi, a meu ver, iria contra a própria noção de hóbi pela carga de trabalhos e horários de encontros de gestão que isso acarreteria. Se não é "Just For Fun" deixa de ser um hóbi.

Assino por baixo. Não vejo qualquer interesse nesta medida, muito sinceramente. Isto para mim terá piada enquanto for um grupo de pessoas amigas, a jogar pelo jogo, sem compromissos, hierarquias, custos obrigatórios, briguinhas parvas entre gente, etc, etc...

[quote=Rick Danger]em que medida acrescenta algo ao que já pode ser feito informalmente pela comunidade ou pelas várias empresas em concorrência[/quote]

Estive a pensar se havia alguma ponta por onde pegar na associação e a única coisa que me lembrei é que as empresas em concorrência podem não estar interessadas em promover o hobby pois, quem se meter nisso, vai também estar a favorecer os próprios concorrentes - ou irá mesmo perder clientes para a concorrência que, em vez de gastar dinheiro em promoção, gastam dinheiro em baixar os preços (ex:lojas online).

No entanto, esta questão continua a não ser justificação, porque apenas é verdade a nível da distribuição. Se as empresas portuguesas envolvidas no hobby deixarem de ser simples prateleiras e começarem a produzir nem que seja traduções, a promoção e a concorrência funcionam lindamente.

Se, por exemplo, eu tiver a versão traduzida do Tsuro, posso perfeitamente calcorrear o país a promover o meu jogo e não me importar se o pessoal o vai depois comprar na fnac, loja da esquina ou online. Se estiver em português, é meu, ganho sempre dinheiro. Produção portuguesa é o caminho.

Bem, aqui vai o mais sucinto possível:

A função das associações é ajudarem ao desenvolvimento das actividades a que respeitam. Há milhares de associações nos mais variados campos de vida que o fazem de forma perfeitamente adequada. É absurdo olhar para o associativismo nos termos propostos por Grantrithor e Asur. Além de que eles esquecem o simples facto de que as associações são voluntárias. Quem não quer participar é livre de o fazer. Mesmo que depois venha a beneficiar das actividades da associação - como a experiência demonstra em tantos campos.

Quanto ao comentário de The Watcher, eu não tinha em vista uma associação dedicada apenas aos rpgs. O hóbi é já suficientemente pequeno para se criarem divisões destas. A minha ideia era uma associação que apoiasse jogos de tabuleiro, rpgs, wargames, mesmo jogos de cartas.

A Épica é interessante mas não é uma associação do hóbi, embora o seu fóco de interesse esteja próxima deste e com ele viva em «ecossistema». Naturalmente, há todo o interesse numa colaboração.

Tem toda a pertinência discutir o âmbito geográfico de uma associação. Provavelmente é esta ter um âmbito restrito em vez de se abalançar a ter âmbito nacional logo à partida. Por exemplo, ser uma associação de Lisboa. Ou do Porto. Ou de onde houver iniciativa e capacidade de organização. Até podem aparecer várias associações em paralelo com âmbitos geográficos diferentes. Não é caso novo, já vi acontecer isto acontecer noutros domínios. Depois de as diferentes associações regionais estarem consolidadas, podem avançar para uma federação nacional. Cada caso é um caso e determina soluções diferentes.

A carga de trabalho é um problema real mas resulta frequentemente de expectativas excessivas, objectivos demasiado ambiciosos, falta de pragmatismo e até de experiência de gestão. Tudo isso é ultrapassável.

Quanto à portugalite, às discórdias e aos conflitos de ego, no comments. São coisas que me passam completamente ao lado. Eu não acredito na portugalite, para começar. Quando falo de associação estou a pressupor que os associados são gente crescida, madura, que sabe o que está a fazer, pragmática e com capacidade de execução. Não há gente assim no hóbi? Nenhum de vocês que escreveu neste fórum ou que o leu é assim?

Quanto às vantagens relativamente ao informal e ao que fazem as empresas, é simples, olhem para associações de outros hóbis e grupos de interesse. Porque é que eles entendem que têm vantagens em terem associações? Será que são de um planeta diferente do planeta do nosso hóbi? Creio que não. O informal tem as vantagens e as desvantagens de o ser. É mais flexível mas mais limitado. As empresas têm os seus interesses, sem dúvida importantes, mas não necessariamente coincidentes com os dos consumidores, mesmo que todos sejam complementares.

Quanto às vantagens, não há aqui nada a inventar e algumas já foram referidas:

Como disse o Tiago, credibilidade. Isso é mais importante do que se pensa. Facilita imensa coisa como a organização de eventos. É sempre mais fácil realizar um evento com alguma dimensão quando se tem uma organização por trás, sobretudo quando essa organização implica apoios institucionais, patrocínios, etc.

Promoção, publicidade e relações públicas. É mais fácil chegar à tv, por exemplo, com uma associação. Ou a um jornal regional. Ou a um programa de rádio.

Capacidade de organização. É para isso que existem as associações, para organizarem.

Difusão de informação entre os interessados no hóbi. As organizações tendem a ter boletins, sites, mailings, etc. e tal.

Pressão. Uma associção é um parceiro legítimo para, por exemplo, negociar uma revisão da incidência fiscal sobre os jogos - baixar o IVA. Um grupo de jogadores não o é.

Parcerias e relações institucionais. Uma associação está melhor posicionada para sensibilizar uma câmara para criar ludotecas nas bibliotecas municipais, para abrir as escolas aos jogos, para difundir na comunidade informação crítica (estudos sobre o valor pedagógico dos jogos de tabuleiro... se existirem), para colaborar com associações congéneres noutros países, etc. e tal.

Há imensa coisa que uma associação pode fazer. Desde que haja imaginação. Como em tudo na vida.

Sérgio Mascarenhas

PS E para que não hajam equívocos, o que uma associação não faz: Não se substitui à iniciativa informal dos fans do hóbi como o Abre o Jogo, os Encontros, o simples prazer de jogar com amigos. Não se substitui aos comerciantes como a Runadrake ou o Homem Azul. Não soluciona os conflitos de interesses, pessoais, comerciais instalados no pequeno meio em que vivemos.

[quote=smascrns]

A função das associações é ajudarem ao desenvolvimento das actividades a que respeitam. Há milhares de associações nos mais variados campos de vida que o fazem de forma perfeitamente adequada.[/quote]Em geral, as associações centram-se sempre numa determinada actividade. Nela reside a sua identidade, bem como se verificam diferentes níveis de desempenho/dedicação que destinguem os seus membros. Por exemplo, na Associação Portuguesa de Go (da qual já fiz parte) este jogo ancestral, com uma identidade perfeitamente definida, é a razão de ser da organização. Havendo diferentes níveis de desempenho/dedicação, todos os sócios pagam quotas anuais nomeadamente para que os sócios que jogam melhor possam ir a torneios mundiais sem pagarem a viagem.

Por outro lado, o nosso hobby é acima de tudo um negócio. Aquilo que existe para se jogar é determinado directamente pelas empresas (e só indirectamente por nós). Não existe uma identidade clara (quantas discussões já não tivemos no AoJ sobre o que é ou não um rpg?) e não é natural haver uma distinção de desempenho entre os possíveis sócios.

Mesmo assim - e supondo que até dá pouco trabalho tratar disso - imaginemos que se criava a associação. Qual eram as vantagens concretas? Toda a gente continuava a fazer exactamente o mesmo que tem feito até agora - com sites, blogues, encontros, reviews, traduções, etc. - mas podiam dizer que fazem parte da Associação XYZ? Só isso faria toda a diferença? Ou haveria um propósito de levar as coisas mais longe instituindo quotas aos sócios para financiar estas e outras iniciativas? É necessária uma associação para que se mova dinheiro?

Já agora - e voltando ao meu post inicial - se quiserem um exemplo de como a iniciativa empresarial leva um hobby mais longe, só têem de olhar para os jogos de computador. Aquilo que antes era um obscuro entrenimento de geeks e nerds fechados no armário agora tem direito a reportagens nos telejornais, spots de publicidade nos grandes jogos de futebol, múltiplos campeonatos mundiais com prémios in cash, milhões de fãs ligados em todo mundo, etc. Suponho que até deve ter havido associações no meio desta história toda, mas foram as empresas que fizeram toda a diferença.

[quote=Rick Danger]Já agora - e voltando ao meu post inicial - se quiserem um exemplo de como a iniciativa empresarial leva um hobby mais longe, só têem de olhar para os jogos de computador. Aquilo que antes era um obscuro entrenimento de geeks e nerds fechados no armário agora tem direito a reportagens nos telejornais, spots de publicidade nos grandes jogos de futebol, múltiplos campeonatos mundiais com prémios in cash, milhões de fãs ligados em todo mundo, etc. Suponho que até deve ter havido associações no meio desta história toda, mas foram as empresas que fizeram toda a diferença.

[/quote]

Vou disparar ao lado do tópico agora: continuo a dizer que uma boa maneira de espalhar o hobby é recorrer aos nossos conhecidos jogadores de computador, e não é com o típico gateway, é mesmo com um daqueles médio-pesados ou pesados com uma boa apresentação (não estou só a falar do eye-catchy dos 'trash).

Quanto à associação vão sempre ser precisos os "mártires" que vão acabar por ter ali um segundo trabalho não remunerado enquanto os outros meramente pagam as quotas e usufruem dos possíveis direitos.

Quanto à possibilidade de baixar o IVA sei que é apenas um exemplo mas acho muito difícil. Aqui há tempos havia uma campanha lançada pela FNAC para baixar o IVA dos DVDs (não sei se ainda decorre) mas pelo que sei nunca deu em nada, e isto é uma empresa que tem uma força muito maior que uma associação.

[img]https://www.boardgamegeek.com/jswidget.php?username=ghosthack&numitems=10&text=none&images=small&show=recentplays&imagepos=right&inline=1&imagewidget=1[/img]

[quote=Tiago]Quanto à associação vão sempre ser precisos os “mártires” que vão acabar por ter ali um segundo trabalho não remunerado enquanto os outros meramente pagam as quotas e usufruem dos possíveis direitos.[/quote]

Normalmente, o que acontece é que os “mártires” têem direito a despesas de representação. As quotas serviriam para lhes pagar a gasolina e os almoços necessários para ir aos encontros, fazer demonstrações, debater patrocínios, etc.

Pessoalmente, não gosto muito deste tipo de contas. Acho que geram sempre confusão e conflitos.

São formas de remunerar o trabalho como outras quaisquer. Desde que sejam transparentes, claras e devidamente contabilizadas não há qualquer razão para gerarem conflitos... excepto no caso de gente como uma velhota que vive aqui no prédio. O administrador de condóminos - da respectiva associação - não paga quota de condomínio. Pois sempre que me cruzo com a idosa senhora ela levanta a suspeita de que ele mete imenso dinheiro ao bolso. Há sempre gente assim em todas as associações e são normalmente os que nada fazem, que não têm opinião no seu sítio próprio (as reuniões da associação) e que nunca contribuem com uma ideia positiva que levantam mais suspeições. É a vida. Gente desta existe sempre e seria idiota deixar de levar as associações para a frente por causa dela.

Sérgio Mascarenhas

O go, o xadrez, as damas são casos especiais. São jogos que estão no domínio público. Tivesse o go sido inventado agora e estaria a ser comercializado por uma empresa que seria muito cuidadosa a proteger os seus «direitos». Estas são realidades da vida com as quais temos de lidar.

As associações do hóbi não tem que ser enfeudadas a uma empresa. Elas podem e devem, precisamente, ser independentes das empresas. Uma associação do hóbi pode ser tão centrada como uma associação dedicada ao go. Aliás, sem conhecer de todo a associação do go penso que esta é bem menos centrada e focalizada do que pensas quando olharmos para o universo total de jogadores de go. Que serviços presta ela aos jogadores ocasionais? Ou àquelas pessoas que têm o jogo lá em casa e jogam de vez em quando?

Discutir o que é determinado pelas empresas e aquilo que é determinado pelos consumidores é daquelas questões que têm barbas, para as quais há milhares de artigos científicos, ideológicos ou meramente opiniosos. As associações não têm que responder a estas perguntas, têm que responder aos problemas concretos que se colocam a cada momento aos seus associados.

Nem sequer têm de responder a questões como, «o que é um rpg?». Qualquer discussão desta natureza num sítio como, por exemplo, o AoJ parte de um erro de fundo: quem a discute no AoJ já sabe a resposta, quando muito discute os detalhes. É típico de grupos pequenos de «iniciados» perderem-se em discussões bizantinas de detalhe e esquecerem-se de que há uma vasta maioria de gente que não sabe nada do assunto. Qualquer um dos membros do AoJ que discute acaloradamente a definição de rpg entre si sem chegar a consenso vai dar uma resposta semelhante quando tiver de explicar o que é um rpg a quem não souber de todo o que isso é. É isto que justifica cabalmente uma associação, a promoção junto dos não iniciados.

Como é evidente, uma associação não visa alterar os comportamentos de quem já está no hóbi. Estás complemtamente a leste quando olhas para a coisa deste ângulo. O problema é que o hóbi está acantonado num gueto de gente opiniosa (ou assim parece se levarmos à letra o que tu e mais algumas pessoas escrevem) cheia de ideias feitas. Mas o que o hóbi precisa é de chegar a outros sítios. Ora quem já tem a cabeça tão organizada não o leva a lado nenhum, como tu dizes, «contínua a fazer exactamente o mesmo que tem feito até agora».

Eu não gosto lá muito das «portugalices» mas há uma que vem sempre à baila que é da do Velho do Restelo. É como ele que tu te exprimes. Já te tinhas dado conta disso? E não me venhas com a treta de que estás a ser «realista» porque precisamente o que o Velho do Camões mais tinha era realismo.

Sérgio Mascarenhas

[quote=smascrns]As associações não têm que responder a estas perguntas, têm que responder aos problemas concretos que se colocam a cada momento aos seus associados.[/quote]Mas vejo-te concretizar pouca coisa (e talvez a pessoalizar demasiado a discussão). Fazer o quê exactamente que vá além do que já se tem feito? Ambos sabemos que a associação é apenas um meio para chegar a um fim, certo? Em que medida acrescenta valor?