Andrea esticou o pescoço, em sinal de que não tinha percebido e Julius repetiu esforçando mais a voz:
- Parabéns à tua colega pela promoção! A empresa deve estar a correr bem…
Andrea esticou o pescoço, em sinal de que não tinha percebido e Julius repetiu esforçando mais a voz:
-Mais ou menos, sabes que os directores dizem sempre que a empresa está em fase de crescimento e temos um brilhante futuro, e de repente somos comprados por uma qualquer outra companhia. Mas de momento não tenho razões de queixa da Newtech, temos um ambiente que não é de cortar à faca, e não há mais traições do que na média.
Nota: já ouviste falar da Newtech como uma companhia de componentes electrónicos (hardware), como bastante arrojada e inventiva, que tenta assim compensar a sua relativa pequena dimensão contra os gigantes.
"Vocês saem da discoteca, que ainda está cheia de pessoas. Ao sair, mesmo o ar poluído da cidade consegue passar por fresco, depois da mistura de perfumes e drogas. Raras são as pessoas que se vêm na rua e estas dirigem às barracas de alimentos ou aos automóveis. Seguindo para o carro, sentem fome, mas já pouco dinheiro vos resta. Conduzem devagar, e afastam-se do centro da cidade. Finalmente chegam à vossa residência. Como combinado, está alguém à espera para levar o carro que foi alugado. Vocês chegam ao portão, saltam (a máquina de identificação que reconhece os locatários e o abre está avariada há anos, e não estão para ter o trabalho de o abrir manualmente), chegam à porta principal e abrem-na com uma chave. Passam pelos corredores que estão escuros, e de vez em quando ouvem o son de uma televisão; sobem dois lanços de escadas, e chegam à vossa porta que está trancada com um um aloquete electrónico. Abrem-no e vêm Neo o vosso colega de quarto ainda ligada à matriz. Vocês deixam-no e vão dormir; afinal amanhã às 14h tem de ir ter com o vosso contacto para entregar a droga ao café Templo Dourado (que tem um nome muito pomposo para uma espelunca, mas o sucedaneo de café é razoável e barato e só se vê malta porreira, e fazem-se bons contactos)."
Nota: se quiserem podem conversar entre vocês, na segunda-feira faço a próximas jogada, ok?
Quero realmente falar com a rapaziada sobre os nossos ganhos com as drogas, favores, mexicanos, e afins.
Quero descobrir quem manda realmente nos Canibais, e tentar extorquir-lhe algo.
Quero arranjar maneira de mandar naquilo tudo, ou morrer a tentar.
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To crush your enemies, to see them driven before you, and to hear the lamentations of their women.
-Noddy, Lord of Darkness
Nesse caso conversem entre vocês. Pode ser aqui, ou por mail. Mas decidam depressa.
Julius coçou a barriga pensando no tiroteio e na ansiedade da corrida de carros passada.
Eu gosto desse plano, é um plano arriscado e podemos lucrar muito, se calhar até podiamos tentar sacar alguma info ao nosso contrato amanhã quando formos entregar a droga, mas sem dar muito nas vistas, não quero que nos roubem a ideia hehehe.
OOC: Desculpem a demora malta, estive a por a leitura em dia.
Já está tudo? Podemos passar à próxima cena?
Julius abriu as mãos.
Não.
Ainda existe net, certo? Tentar procurar alguma coisa na net sobre esta droga, pontos de venda, efeitos, quem comercializa, quem fabrica, os dados todos.
Eu talvez tenha conhecimentos com deckers ou hackers que me podem ajudar nisto.
Depois, é deixar a lábia seguir o seu caminho: com os mexicanos podemos ter produção gratuita, com os chinocas e o grandalhão podemos ter um exército pago.
O plano é brilhante, reconheçam. ![]()
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-Noddy, Lord of Darkness
Por volta das 13h00, Angel, acordou com despertador incluído no seu micro-stereo; merda, faltava só meia hora para o grande encontro! Dando um chuto aos seus companheiros, acordou-os rapidamente, foram a correr para a casa de banho no final do corredor (não havia tempo para um banho no pavilhão), colocaram a moeda para entrar, lavaram-se rapidamente e puseram as suas melhores águas de colónia e feromonas artificiais, vestiram uma muda de roupa e lá foram.
Galgando as escadas amaldiçoaram algumas das velhas vietnamitas e brasileiras que subiam as escadas a custo e empatavam o caminho. O tempo estava quente e abafado como de costume nesta estação do ano, vendo-se o céu nebuloso devido à poluição; apanharam o metro que passava perto da residência e seguiram: sendo a vossa zona povoada sobretudo por trabalhadores que estavam os seus empregos, as poucas pessoas que vos viam afastavam-se do vosso caminho.
Saíram na estação “New Deal Street”, e seguiram pela rua abaixo que estava cheia de pessoas: esta zona é chamada de “O bazar”, pois está cheia de pequenas lojas que vendem um pouco de tudo (legal e ilegal). Normalmente a polícia fecha os olhos a menos que aja problemas a sério e as grandes companhias são obrigadas a aceitar a situação. Vêm rapidamente o café “Templo Dourado” e entram no café: são 13h58.
Saúdam Fritz o dono do café (não é o nome dele, ninguém sabe qual é, mas como ele tem um forte sotaque alemão, a alcunha pegou), decidem esperar pelos vossos anfitriões embora estejam cheios de fome. Dão uma olhadela: estão apenas 3 jovens turistas (europeus talvez?) a terminar uma refeição. O café continua na mesma: uma cor creme escurecida pelos fumos de tabaco, fritos (que uma má ventilação não escoa) e bolor, um balcão no lado direito, um corredor comprido e escuro para o lado oposto da entrada e mesas espalhadas estrategicamente para deter quaisquer perseguidores (ao acaso, a polícia numa rusga). Quando tocam 14h00 no relógio electrónico (imitando os velhos relógios de parede), entram os vossos contactos.
Um é claramente um executivo de uma corporação: na casa dos 30 anos, 1.85, louro, músculos de quem frequenta ginásio, fato de corte impecável, cabelo e mãos bem cuidados, óculos escuros, uma pasta que condiz com o fato, está com um olhar de nojo em relação ao sítio; um alto no fato indica uma arma (o que não é de admirar). O outro é de outro calibre: à volta dos 60 anos, mais baixo, menos elegante mas mais robusto e ágil. E sobretudo o seu olhar analisa tudo. O jovem senta-se primeiro como que a marcar a posição à vossa frente, mas o velho coloca-lhe a pasta de pé de frente de modo que ele mal consegue ver.
Pede então umas entradas e vinho, pergunta se vocês o querem acompanhar (a que automaticamente respondem que sim), e finalmente cortando a palavra ao jovem, pergunta casualmente enquanto come se a missão correu bem.
Bem, fazer uma pesquisa a sério demora tempo (e dinheiro). Podes contactar um hacker/decker (o neon do vosso quarto serve) e depois ele diz-te algo (digamos que .
Entretanto, a partir de sexta vou de férias por isso queria terminar a cena do vosso contacto para esta parte da campanha estar concluída (só poderei retomar em agosto) e a operação "ocupação dos mexicanos/gafanhotos terá de ficar para a segunda parte da campanha.
Ok, então assume que eu vou falando com pessoal pra ter acesso a essa informação. Não me importa que demore muito tempo, pra se saber como agir é melhor primeiro saber os dirts nos gajos. ![]()
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-Noddy, Lord of Darkness
Julius passou a mão pelo cabelo e olhou para o velho.
O velho semicerra os olhos mas depois dá uma gargalhada.
-Aqui o Andrews deve querer manter-se anónimo, assim como a companhia para quem ele trabalha, mas eu não sou tão modesto: chamo-me Genaro e sou membro da Cosa Nostra.
-Bem, a vocês já vos conheço, portanto indo directo ao assunto, tiveram algum problema sério? Deram muito nas vistas? Houve tiroteio ou coisa do género?
Mack coça o topo da cabeça e volta aos tempos no exército onde tinha que desencantar uma forma aceitável de expôr situações incomodas.
- Bem... tiroteio tiroteio, propriamente dito não é? nem por isso, quer dizer o gajo armou-se um bocado em parvo e tivemos que afinar uns quantos senhores ao nosso ponto de vista, mas nada de grave ou cataclismico, não é como se tivessemos feito alguma manobra estonteante e maluca para ganhar... adquirir! digo as drogas, errr.... Angel?
Andrews sem esconder mais a sua ansiedade pergunta-vos:
- Entreguem-nos o que foram buscar e tomem o que é vosso- dizendo isto, passa um envelope para o meio da mesa.
- Que apressado que estes jovens são! Depois queixam-se que não vivem a vida- diz Genaro.
Virando-se para vocês, diz-vos:
-Alguma coisa mais de especial?
Julius agarrou o envelope e fê-lo deslizar discretamente para dentro das calças.
Angel coloca o produto em cima da mesa, para terminar as negociações o mais depressa possível.
-É isto que vieram buscar, é vosso.
Depois faz o gesto para se levantar, mas volta a sentar-se, como se se tivesse lembrado de qualquer coisa.
-Durante a nossa negociação para obter o produto, veio à baila que haverá instancias superiores a puxar cordéis. A mim não me agrada não ver a mão que puxa os cordéis, e imagino que vocês terão mais conhecimento que nós…
Faz uma pausa para acrescentar drama à conversa, como um bom screewriter faria, e depois acrescenta.
-Quem verdadeiramente puxa os cordéis do gang Os Canibais?
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-Noddy, Lord of Darkness