Desafio: Jogo "Trifásico" 2007

Texto:

Designers de RPG!

No seguimento da ideia citada neste comentário, aqui, venho por este meio desafiar-vos para a criação de um projecto de jogo até ao fim do mês de Março de 2007 que tenha um apelo generalizado e um só foco único num dado género popular de entretenimento (cinema, jogos de computador, música, etc.) mas que seja tripartido em três módulos de jogo:

- um primeiro (Módulo Introdutório) que que seja acessível rapidamente a pessoas com zero de experiência em jogos de RPG (ou jogos em geral) mas que seja intuitivo, tactável, tenha personagens pré-feitas e jogado numa só sessão;

- um segundo módulo (Módulo Básico) que permita a criação de personagens e de histórias curtas, com regras simples e que explique a base do que é um RPG e as funções dos jogadores;

- e o terceiro módulo (Módulo Avançado) que permita uma emulação/simulação profunda do género referido acima, permita o avanço e crescimento dos personagens e explique o uso de técnicas avançadas.

Os módulos são todos relativos ao mesmo jogo.

As submissões, contendo todos três módulos, só serão consideradas se estiverem disponíveis no site AbreoJogo até ao fim de Março de 2007.

Todos os participantes têm que ser também juízes das submissões, durante o mês de Abril de 2007, tendo a seu cargo a leitura de todas as submissões e a eleição daqueles que consideram tenha alcançado melhor o objectivo do desafio e/ou tenha mais probabilidade de ter sucesso e ser popular além comunidade RPG. Este juízo será comunicado em privado ao organizador do desafio. Cada juíz não pode votar no seu próprio jogo

No início de Maio o vencedor será revelado. Ao vencedor será oferecido uma T-Shirt a dizer: "Eu sou p Designer de RPG mais Trifásico que vocês conhecem. Adorem-me!" e provavelmente uma proposta do organizador para se avançar com a concretização comercial do seu projecto. A não ser que o vencedor seja o organizador e aí a oferta da acima mencionada T-Shirt será um caso de onanismo intelectual agravado .

Aceitam o desafio!?


Bem, isto pode não dar em nada, mas acho que vou tentar. Março ainda está longe, e se fizer algo minimalista, 4 meses deve ser mais do que suficiente. Senão espero que as minhas ideias possam ser aproveitadas por outros para evoluir o seu trabalho.

Agora o pior, mas o que raio vou eu criar?!?!


Light allows us to see, Darkness forces us to create...

 

Se leres o post que deu origem ao desafio, a ideia lá contida era um jogo que focasse em filmes como género de entretenimento, presumivelmente de acção.

Que outo tipo de género seria de interesse alargado e "mainstream"? Podes começar por aí! :)

"Se alguma vez sou coerente, é apenas como incoerência saída da incoerência." Fernando Pessoa

Não sei o que será da minha vida.. Mas 4 meses... é uma possibilidade sem Beta testing :D
O maior desafio é mesma a trifase :D duas seriam bem mais fáceis... Mas posso sempre mudar de um projecto com base no rolepla de emoções e vivências para uma coisa mais cinemático, estilo Dallas. Hmm! Talvez fosse má ideia.. seriam necessárias mais fases ou a intriga familiar ficaria pobre.

Aceito o desafio de criar... Mas continuo com o mesmo problema, aproveito o acaso da decisão momentânea (todas as decisões têm intríneco uma dose de "acaso" derivada directamente da quantidade de informação dispoível para tomar) ou insiro acaso artificial (em nome da emoção de viver o imprevisível, "previsto" anteriormente)... Dispenso a T-Shit ;)


Uma fotografia instantânea de ti. Um momento analisado que define a linha da tua vida

És um produto da experiência das tuas (inter)relações(acções).

1) Suponho que os módulos sejam todos relativos ao mesmo jogo;

2) A data de entrega é para o primeiro módulo ou para todos?

"the drunks of the Red-Piss Legion refuse to be vanquished"

1) Sim.

2) Em princípio a data de entrega é para todos. Adiamentos de prazos só com dívidas de sangue a favor do organizador! ;)

"Se alguma vez sou coerente, é apenas como incoerência saída da incoerência." Fernando Pessoa

3) Quando se vota pode-se votar no próprio jogo ou tem que ser noutro?

4) Podemos/devemos colocar a evolução dos jogos no formato de livro aqui no Portal para todos (participantes inclusivé) poderem ir comentando e trabalhando, ou tem que ser algo mega secreto que ninguem pode ver até ser entregue?

"the drunks of the Red-Piss Legion refuse to be vanquished"

3) Não se pode votar no próprio jogo.

4) Ainda não decidi. Por um lado é bom haver exposição das nossa ideias e podemos todos colaborar para tornar cada jogo invidualmente melhor. Por outro lado pode dissuadir as pessoas a continuarem a trabalhar por acharem o que o jogo de beltrano é melhor que o seu. Eu estou inclinado para o SIM! Que acham?

"Se alguma vez sou coerente, é apenas como incoerência saída da incoerência." Fernando Pessoa

  1. Eu acho bem que se publiquem, pelo menos, as 3 Grandes Questões de cada um dos rpg’s, mais que não seja para evitar repetições de temas.

–~~–

Alguém muito sábio disse uma vez: “So, Trebek, we meet again! The game’s afoot!”

É suposto ser um “work-in-progress”? Ou seja, vamos mandando os drafts ao El Presidente até um dos dois estar satisfeito, ou mandamos só mesmo no final?

–~~–

Alguém muito sábio disse uma vez: “So, Trebek, we meet again! The game’s afoot!”

5) Podem mostrar o projecto a quem quiserem pois não existe necessidade de sigilo. A satisfacção do organizador é tão importante como a dos outros juízes já que o próprio organizador vai participar do desafio. Ou seja todos devem entregar os projectos na data de limite mesmo os autores não estejam satisfeitos com eles.

Os futuros jogadores é que devem ficar satisfeitos com os jogos e não vice-versa.

"Se alguma vez sou coerente, é apenas como incoerência saída da incoerência." Fernando Pessoa

Sugiro um prémio alternativo, uma T-Shirt a dizer "Eu desenhei o melhor RPG do mundo e tudo o que ganhei com isso foi esta T-Shirt ranhosa..."

"the drunks of the Red-Piss Legion refuse to be vanquished"

:D Eu ofereço essa T-Shirt a quem tiver menos votos! Prometido!

"Se alguma vez sou coerente, é apenas como incoerência saída da incoerência." Fernando Pessoa

4 meses é um prazo restritivo mas foi o que me pareceu mais adequado e pertinente tendo em conta os planos que tenho.

Acho que devias desencantar algo original mas que te interessasse mais do que o exemplo da Soap Opera. Essa algo deverá ser algo que contenha uma temática atractiva/acessível ao público além do RPG mas que te mova de alguma maneira a escrever um jogo sobre isso. Eu por exemplo ainda não decidi sobre o que vai ser a minha submissão.

Quanto à tua dúvida: tudo depende do que achas que deve ocorrer na mesa de jogo de modo a que seja a melhor maneira de favorecer o âmbito/objectivo/tema do projecto:

1- Achas que as decisões tomadas pelos jogadores tendo em conta o consenso geral são detentoras de acaso? não são elas vítimas de pressão de grupo, persuasão e outras factores interpessoais que nada têm de acaso?

2 - Ou achas que o acaso na fase de resolução de conflito será uma mais valia, uma maneira de tornar imparcial a consequência de uma dada acção ou escolha?

E no que é que isto favorece o tema do jogo de experienciar frustradamente "a vivência da loucura (...) alimentando-a das sensações e sentimentos da realidade"?~

1) Será que a escolha da resolução do conflito ser consensual do grupo de jogo demonstra a nosso aprisionamento às normas da sociedade e como ficamos sempre constrangidos pelas percepções que a sociedade tem do real (sendo todos os jogadores representantes da sociedade?

2) Ou será que a aleatoridade e a oposição de forças representada num sistema que resolve os conflitos com recurso ao acaso demonstra claramente a causalidade surreal e fantástica da mente de um louco, totalmente mal intepretrada face ao que esperamos, nós sociedade, do que será o seu modo de pensar?

"E o que sabem os loucos para se rirem tanto?" :)

"Se alguma vez sou coerente, é apenas como incoerência saída da incoerência." Fernando Pessoa

Tendo em conta que quero olhar a resolução do conflito do ponto de vista do mesmo, sendo o consenso induzido através do diálogo e da negociação. A conjugação das (sugestões * pesos relativos tendo em conta a tomada de decisão/protagonismo da acção) por si, implicam um grau de acaso que não advém directamente da "Sorte" mas sim da informação. Ou seja, as vontades múltiplas por si são condicionadas pelas características pessoais do jogador, da história e da informação disponível que cada um tem desejar determinado desenrolar; existe um acaso implícito de conjugações. Não descarto qualquer possibilidade, quero experimentar até que vença o modelo que mais favoreça a experiência de jogar o jogo.

Estou a pensar também de que forma posso favorecer o desenvolvimento das personagem, integrando a construção das mesmas no roleplay, preocupando-me à partida as questões que se prendem com o conflito real intrínseco a cada personagem e de como sistematizar a sua acção.

Continuo a responder as 3 grandes :D E tenho uma certeza quero um jogo de experienciação, vivencias...

Uma fotografia instantânea de ti. Um momento analisado que define a linha da tua vida

És um produto da experiência das tuas (inter)relações(acções).

Tendo em conta este tópico aqui e concordando com ele sugiro que continuemos esta discussão num livro da secção "Sistemas" aqui do site. :)

"Se alguma vez sou coerente, é apenas como incoerência saída da incoerência." Fernando Pessoa

Aceito o convite. Brevemente, quando te puder apresentar um texto melhor sistematizado colocarei nesse espaço.


Uma fotografia instantânea de ti. Um momento analisado que define a linha da tua vida

És um produto da experiência das tuas (inter)relações(acções).

Não sei se alguém já chegou a este ponto, mas queremos limitar de alguma forma como o material deve ser apresentado? Não sei, um .pdf com mínimo de X páginas? Ou basta o livro aqui no site? Com artwork? É necessário responder às Big Three? E ter um playtesting report ou actual play? Queremos fixar critérios de avaliação ou vai ao gosto pessoal e interpretação subjectiva de cada um?

Além disso, vamos fazer só com um juri entre iguais? Acho que era fixe sermos submetidos às opiniões de quem nunca viu um RPG à frente na vida. Isso seria possível?

O que acham? Abrimos esta discussão?

Não acho que deveria haver um minimo de páginas; e se eu tivesse a trabalhar num rpg genérico que coubesse numa página A4? Seria penalizado por isso?

Não acho que a avaliação deva ser tão subjectiva ao ponto de ir apenas ao gosto pessoal de cada um; para isso eu posso dizer: “Não gosto do RPL como pessoa, por isso vou dar nota negativa ao jogo dele”. É coxo. Devia haver categorias onde se avaliar o jogo, mas por ex, não acho que a arte deveria ser uma delas. Nem todos temos acesso a artistas ou ao photoshop, mas era uma categoria que podia servir de desempate, por exemplo.

Já o playtest/AP report devia ser essencial, especialmente se fosse possível entregar o jogo a alguém que nunca tivesse visto um rpg na vida!

O juri, em partes iguais, talvez; ou seja, nós como juri, mas outra malta também.

Pontos importantes seriam: o da sua originalidade, da sua jogabilidade, e da sua curva de aprendizagem, com a arte, o layout, e escrita a servir de desempate.

Os meus 2 cêntimos. :slight_smile:

–~~–

Alguém muito sábio disse uma vez: “So, Trebek, we meet again! The game’s afoot!”

Já que o organizador é ao mesmo tempo concorrente, e que os concorrentes são ao mesmo tempo juris, proponho que o lugar de organizador passe para outra pessoa que não o JRMariano, e que os lugares de juris passem para outras pessoas.

Chamem-lhe questões de ética. :slight_smile:

–~~–

Alguém muito sábio disse uma vez: “So, Trebek, we meet again! The game’s afoot!”