[quote=jrmariano]É de ponderar porque é que este teve mais sucesso que os outros.[/quote]Suspeito que será porque é um evento feito à medida da pequena comunidade de roleplayers que temos em Portugal. Parece-me que ainda não temos gente suficiente para fazermos eventos mais ambiciosos, nomeadamente... [quote]o primeiro passo já está dado mas ainda mais importante para garantir a tal produção do "RPG tuga" é levar os manuscritos ranhosos e apressados à revisão e ao playtest ("iterative design for the win!").[/quote]...não temos gente suficiente para uns serem designers, outros playtesters, outros editores, outros fãs, outros financiadores e outros promotores. Na medida do possível, temos que tentar põr todos estes chapéus na cabeça enquanto a nossa comunidade não se alarga e se interliga o suficiente para cada um se poder concentrar em só uma ou duas destas coisas.
Na minha opinião, nenhum RPG "a sério" pode ser feito sem um considerável playtesting, pelo que, pragmaticamente falando, testar jogos será o próximo passo que se evidencia após este evento. Compreendo que alguns designers possam achar que há maneiras de dispensar até certo ponto o playtesting, mas pelo menos a minha experiência diz-me o contrário e este é o ponto em que a produção de RPGs se cruza com a promoção dos RPGs. Da minha parte, faço o que posso, mas não conto ter no próximo ano a mesma disponibilidade que tive até agora, por isso eu se calhar é que estou a fazer sugestões para mais alguém assumir alguma iniciativa, seja ela qual for.
Batendo na tecla do playtesting, pergunto-me quantas sessões um designer daqui estará a a contar poder fazer de playtesting. Cinco ou seis? E quantas poderão acontecer sem ele estar presente, três ou quatro? E dentro de que prazo, seis meses? Tanto "os américas" como os ingleses contam com um feedback muito mais rápido e frequente, mesmo sem precisarem de fazer o circuito das suas cons, mas não me parece que possamos depender da comunidade de língua inglesa para testar os nossos RPGs, nem da comunidade brasileira, já agora. Acho que a caridade começa em casa e não vale a pena esperar que alguém dê por nós.
Além do mais, julgo que um terreno de roleplay fértil a playtesting é também inspirador para a criação de RPGs e uma coisa leva à outra, pelo que será natural que os designers testem os jogos uns dos outros e parece-me que é por aí que temos de ir, dentro ou fora daquilo que possa ser o contexto de um evento.


