Encontros Nacionais

Este ano foi o ano dos Encontros Nacionais em Portugal, isto é bom e mostra que o hobbie esta a crescer por todo o país.

É também bom ver que nos queremos todos juntar e não estar sempre só com o grupo da nossa zona.

Mas por outro lado torna-se cada vez mais obvio que temos de nos organizar de alguma forma.

É obvio que o ideal seria termos o maior número de Encontros Nacionais, e contar em todos com o maior número de participantes. Mas este ano por exemplo teremos se não estou enganado (e não me esqueço de nenhum encontro) 6 encontros nacionais o que da em media um encontro de 2 em 2 meses.

Sendo que alguns dos encontros coincidem ate no mesmo mês ou estão muito próximos em termos de datas.

É obvio que por questões financeiras e mesmo de tempo é impossivel participar em todos os eventos.

Esta na altura de nos organizar-mos e de tentar-mos mostrar a dimensão deste hobbie.

Só com eventos de dimensão e bem organizados poderemos ter a projecção que pretendemos.

Temos de pensar qual a melhor forma de nos organizar-mos e de que forma "regular" os Encontros Nacionais.

Penso que isto é importante e temos mesmo de tentar ver qual a melhor forma de isto acontecer. Só assim poderemos "crescer".

Realizando eu o Evento em Bragança atraves de uma Associação e sendo os apoios concedidos da forma que são eu teria todo o interesse em realizar este evento todos os anos.

É um evento para o qual consigo facilmente através da Associação apoios e além do mais é uma actividade em que facilmente consigo justificar as despesas.

Sei também que para realizar um evento em Bragança e contar com pessoal de todo o país tera de ser sempre nos moldes em que ocorreu, ou seja, num fim de semana que tenha feriado na segunda ou na sexta-feira.

Penso que temos mesmo de nos organizar e ver qual a melhor maneira de gerir estes eventos de forma a cada um ter o maximo de presença e visibilidade possivel

Espero os comentarios e que este tópico seja um ponto de discussão sobre o futuro dos Encontros e da Divulgação dos Boardgamers em Portugal

Este tópico é cíclico, mas concordo que é bastante importante.

[quote=joao104]Mas por outro lado torna-se cada vez mais obvio que temos de nos organizar de alguma forma.

É obvio que o ideal seria termos o maior número de Encontros Nacionais, e contar em todos com o maior número de participantes. Mas este ano por exemplo teremos se não estou enganado (e não me esqueço de nenhum encontro) 6 encontros nacionais o que da em media um encontro de 2 em 2 meses.[/quote]Já agora, a lista das Convenções deste ano está aqui.

Não vou mandar bocas, pois não estou envolvido directamente na organização de nenhum dos Encontros Nacionais, nem alguma vez consegui ir a algum encontro que não fosse no Porto :)

A meu ver os encontros (e fui a todos este ano) têm corrido tremendamente bem, e com adesão acima do que se esperaria.

Um de dois em dois meses parece-me muito bem organizado. As pessoas estão a "pensar" e a "organizar-se". Já estavam antes de eu me juntar ao AbreOJogo. Tens visto as dezenas de medidas? Algumas bem perto, no grupo do Porto, com o Mallgur como ponta de lança.

Claro que se colocam escolhas a muitas pessoas. "Vou a este ou aquele?". É saudável, promove melhoria das Cons. E falta de gente de fora da cidade é muitas vezes corrigida pelos gamers locais.

E é isso. "Bora lá fazer ainda mais, camaradas". Sim, tá bem, bom dia.

Já tinha dito isto a algumas pessoas mas para mim 6 convenções por ano é para esquecer. São muitas em muito pouco tempo.

Na minha opinião seriam no máximo 4 até para ver se havia uma maior presença em cada evento porque eventos com comparências iguais a um encontro semanal penso que não valham a pena. Pessoalmente penso que deveriam ser Lisboa, Porto e Leiria fixas e uma outra cidade que rodasse todos os anos. Ou entao segmentar-mos o país em 3 zonas e fazer sempre uma con no norte, no centro, no sul e uma "bónus", mas sendo que do sul não se ouve falar muito, penso que talvez esta não seja a melhor opção.

Mas isto é a minha opinião de pessoa pobre que não consegue comparecer a esta enxurrada de encontros nacionais.

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What you have to do is die before getting killed

"Quem é que vai decidir quais se realizam e quais não? É que as cons não são organizadas pelo abre o jogo, são pelos grupos locais..."

E para mim Abrantes é indispensável.

Não percebi muito bem em que sentido te queres organizar... uma associação? uma assembleia de jogadores nacionais? a criação de uma comissão dentro do seio de jogadores para a organização das cons?

Penso que já toda a gente que está neste hobbie já pensou pelo menos uma vez em como o melhorar, existem inúmeros tópicos sobre o que e como o fazer. Eu próprio já pensei na criação não de uma convenção, mas mais de uma feira, do género das feiras que há na Exponor e na FIL dedicada ao assunto. A tentativa da criação de uma feira Ibérica, como pelos vistos há em Córdoba, mas depois percebi a realidade e afastei essa ideia.

Acho que o mais importante a fazer é ir lá fora e observar, o que os outros países fazem para organizar e promover as convenções e os jogos de tabuleiro. Claro que para isso é preciso fundos, mas acho que quando se for a Essen, não se perde nada em olhar não apenas para os jogos, mas para toda a estrutura que está por trás daquilo...

Tentar também ver ou falar com organizadores de convenções e perceber o que eles fazem para atrair curioso. Como diz o Asur e eu concordo que os encontros têm tido muita afluência, porém não é muitas vezes o público que se esperava, por outras palavras, jogadores novos. Para isso não é preciso gastar dinheiro em publicidade e divulgação. Claro que pode ajudar, mas o que é importante é que as pessoas joguem, não que saibam que vai haver um sítio para jogar... É preciso fazer mais mostras, nas faculdades, em ATL's, escolas e também muito importante aos nossos amigos.

98% dos jogadores entram no hobbie por dois motivos, ou jogaram um jogo de um amigo ou arriscou gastar um balúrdio num jogo bonito, sobre um tema interessante, que viu na Fnac!

Não me quero armar aqui em teórico nem algo do género, apenas dei a minha opinião sobre o que se pode fazer para divulgar. Contra mim falo porque apenas mostrei jogos a amigos, falhou a faculdade, mas quando entrei no vício já estava a terminar a faculdade..

Lá está, isto cada um acaba por ter a sua opinião discute-se muito e acaba no mesmo.

Só tenho pena que tanta gente se esforce e as coisas acabem por não estar optimizadas para tudo estar no seu máximo.

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What you have to do is die before getting killed

Antes de mais nunca falei numa Associação nem em nada parecido.

Mas tal como algumas pessoas dizem tambem a mim me parece que 6 encontros por ano é muito.

E já tive 2 pessoas pelo menos que me aconselharam a fazer o Encontro em Bragança só de 2 em 2 anos.

O que eu disse foi que acho que todos temos de pensar o que sera melhor...

Eu acho que se forem menos e se as pessoas estiverem envolvidas mais gente aparece em cada um dos Encontros.

Tal como vos digo da minha parte e em termos da Associação tenho todo o interesse em realizar o Encontro Nacional todos os anos, visto que é ideal para a forma como os apoios são concedidos.

A minha ideia seria algo do genero do que se falou por aqui, termos alguns encontros anuais e outros de 2 em 2 anos ou de outra forma escolhida.

Ou ate tentarmos fazer algo de maior dimensão, tendo uma organização a nivel nacional e não apenas local.

Lol! Como disse o Rick, este tópico é cíclico. Já há alguns anos que volta e meia falamos disto.
É bom falar, mas nada se vai resolver.

Eu sou a favor das CONS, quantas mais melhor.
Mas como estamos em Portugal, o facto de haver muitas causa dispersão. Apesar dos esforços, as nossas convenções, todas elas sem excepção têm servido para juntar os aficionados. Claro que a cada uma que acontece lá acontece angariarmos um ou outro novo adepto. Mas sobretudo, temos tido convenções do tipo "gathering of friends".

Fazer um calendário consertado e limitado de Cons, parece-me disparatado. Não porque a ideia seja má, que não é. Mas pelo simples facto de que quem organiza não quer ver desaparecer o seu evento do mapa geral de eventos. Simples.

Então como é que resolvemos o caso? Não resolvemos, provavelmente o tempo tratará de selecionar quais os eventos com mais potencial. E até lá, o mais sensato é tentar espaçar o mais possível os eventos que existem. Eu se pudesse ia a todos, infelizmente não posso. Tirando o de Leiria, este ano apenas fui a Aveiro e de raspão. Não é por mal, é porque não pude fazer por mais. Ninguém tem mais pena do que eu. Foi um ano dificil para mim...

Neste momento temos Leiria, Abrantes, Aveiro, Porto, Bragança e Lisboa. E pode até nem ficar por aqui.
Acho muito bem, há escolha e variedade. Vou tentar ir aos que me fôr possível ir e acho que todos fazem o mesmo.

Mais do que "regular" as convenções, o que convenhamos me parece disparatado, seria importante melhorar as que existem, no sentido de captar novos públicos.

Em todas as convenções que se fizeram até aqui, todas tentaram chegar a outros públicos. Esse é para mim o grande objectivo.
Esse é o trabalho que cabe aos organizadores e a todos os outros de entre nós que lá vamos. Não se trata de celebrizar este ou aquele evento, mas sim celebrar o hobby. O Mallgur tem feito um trabalho notável na promoção do hobby no Porto, até conseguiu ir à televisão. O Vasco e o Pombeiro tiveram a oportunidade de falar sobre esta nossa paixão numa rádio. Via AoJ, organizámos há uns anos uma mostra de jogos em Travassô - Agueda, alguém ainda se lembra disso?? Todos os grupos que existem por esse país fora têm tentado levar os jogos para a rua.

Para mim isso é o mais importante. Localmente, as pessoas desenvolvem projectos e depois todos nós, os que pudermos lá vamos dar o nosso apoio e o nosso contributo.

Lembro-me que quando organizei a mostra em Travassô, apereceram lá 3 porreiros, que ninguém conhecia, e que agora já organizam uma convenção, falo do Carlos, do Jorge e do Gonçalo de Aveiro. Isso é que é para mim o mais importante.

Por isso venham de lá as CONS, quantas mais melhor. E que todas elas sejam capazes de conquistar novos adeptos.

Eu até lançaria uma nova ideia, que nem é totalmente original. Criarmos uma bolsa de voluntários disponíveis para colaborar em eventos de promoção, como aquele que se fez em Travassô.

Vamos todos tentar promover ainda mais este hobby e tentar divulgar esta actividade junta de Associações de todo o tipo.
Divulgação essa, que passa pela possibilidade de qualquer evento nos poder "contratar" para podermos estar presentes e mostrar jogos. Foi o que fizemos em Travassô, para as festas locais. A única coisa que pedimos foi alimentação e um espaço com mesas e cadeiras abrigado da chuva e do vento.

Just a thought! Gamers for Rent!

a decisão é feita não por um grupo nem por uma pessoa é simplesmente pela massa critica que o encontro atrai, para mim concordo com o que o tiago disse 6 por ano é para esquecer.

ninguem quer perder a sua convenção mas o numero de participantes de cada uma irá no fim determinar as que se mantem e flutuam e as que vão desaparecendo aos poucos.

Exactamente.

mas para mim ha outro factor, nenhuma CON pode considerar-se um sucesso com o baixo número de participantes que se tem tido, digo baixo no sentido que com o nivel de afluencia nos encontros semanais do Porto e de Lisboa qualquer CON abaixo dos 50 participantes não é um sucesso, isto implica também que não tão a atingir o público alvo mas apenas os aficionados a sério. E as CON tem o principal objectivo de espalhar o hobby acho e entre os aficionados a sério já não é preciso espalhar mais ou a dar a conhecer :P

Querendo puxar mais pessoas para este hobby devia-se era contabilizar o número de pessoas novas

que são dadas a conhecer este mundo e não os habituais que andam por ai lol :p

E sim não digo que ter uma CON para ver os velhos conhecidos seja mau tb gosto de encontrar o pessoal dos outros grupos mas não faz o objectivo de uma CON

just my 2 cents

Penso que o que o Costa disse é exactamente a filosofia desta comunidade. Pelo menos eu estou de acordo a 101%!;)

[quote=DalimThor]

Querendo puxar mais pessoas para este hobby devia-se era contabilizar o número de pessoas novas

que são dadas a conhecer este mundo e não os habituais que andam por ai lol :p

[/quote]

Para mim os objectivos de uma Con são dois, jogar jogos bons e voltar a estar com os geeks de outras paragens com que só tenho oportunidade de estar nestes eventos. Nisso, a Invicta (e falo dessa porque a de Lisboa ainda não aconteceu), foi um sucesso.

O resto, é-me um bocado secundário, para te ser sincero.

A regulação é importante em muitas áreas mas não creio que os hobbies seja uma delas. Deixemos o mercado funcionar porque essa é a maneira mais democrática de se perceber quantas e quais as convenções que fazem sentido existir.

Pelo meio podemos ter fusões, aquisições, falências e outros fenómenos que ajudarão a maturar o mercado. Neste momento estamos claramente naquele boom em que ainda há espaço para muita coisa e muita experiência. Cada organização deve esforçar-se para atrair o maior número de pessoas ao seu evento, melhorando cada vez mais os factores determinantes: localização, instalações, eventos, qualidade organizativa, quantidade e qualidade dos jogos, etc.

Ah, e se alguém ganhar dinheiro com uma convenção não tem mal nenhum. Só contribui para que a coisa cresça ainda mais e ficamos todos a ganhar.

Mas uma CON lá fora não tem como principal objectivo chamar jogador novos, tem como objectivo juntar os jogadores habituais quer sejam regionais e nacionais, ao invés dos locais. Mais uma vez, se querem organizar um evento para chamar jogadores, não façam convenções, façam mostras! Como por exemplo aquelas que a Runa conseguiu fazer na FNAC! Isso sim é o que traz pessoas novas para o jogo...

De facto, este é um assunto importante, mas não creio que seja ainda um problema grave.

Vejamos; Este ano as Cons serão, cronologicamente:

Leiria - Janeiro
Abrantes - Abril
Aveiro - Maio
Porto - Setembro
Bragança - Outubro
Lisboa - Novembro

Seis encontros nacionais, mais ou menos divididos em duas partes ao longo do ano. No primeiro semestre com aproximadamente dois meses de intervalo, no segundo com apenas um.
A divisão é quase instintiva. Agosto é mês que, sendo de férias para muitos, dificulta a ideia de se realizar uma Con durante o seu decurso. Antes de Agosto Há 7 meses disponíveis. Depois de Agosto apenas quatro, sendo que Dezembro também não será um mês propício devido ao Natal. Ou seja, depois de Agosto temos apenas 3 meses em que realizar Cons. E estão todos a ser aproveitados.

Creio que o estado actual de coisas não é negativo. Aproveita-se na primeira parte do ano com mais intervalo entre Cons, aproveita-se na segunda com menos. Claro que o menor espaçamento na segunda parte do ano faz com que seja potencialmente difícil comparecer a todas as Cons, mas também não creio que seja obrigatório estar em todas, mesmo sendo este um ano em que, se tudo continuar a correr bem, estarei em todas.

Este é o ponto de situação, mais ou menos resumido.

A questão levantada neste tópico é o futuro... Manteremos as coisas como estão ou tentaremos fazer mais Cons? Devemos reduzir ao número de convenções para tentar ter mais gente em cada uma? Quem decide que Cons se fazem? Deverão os grupos locais continuar a actuar de forma mais ou menos autónoma, ainda que procurando coordenar as datas, ou deverá existir uma estrutura supra-regional que dirigirá os grupos locais?

Em relação ao número de encontros nacionais, a minha opinião é que isso depende da natureza dos mesmos.
Temos encontros que são mais virados para a comunidade já existente, ainda que também façam alguma divulgação, como por exemplo Leiria. Temos outros que são mais virados para a aproximação àqueles que ainda não conhecem este hobby, por vezes fazendo com que alguns de nós se dediquem mais a ensinar que a jogar, por exemplo Abrantes. Temos também aqueles que gostariam de ser uma coisa ou outra e ainda não se estabeleceram suficientemente para poder especializar-se. É o caso do Porto que na primeira edição conseguiu alguma exposição junto do resto da população mas nas duas últimas acabou por ficar mais fechado sobre a comunidade actual.
Claro que estas descrições são mais ou menos genéricas. Nenhum dos encontros actuais está mesmo especializado, apenas aponto algumas tendências que noto.

Por outro lado temos a questão da organização e coordenação dos encontros.
As duas ideias mais ou menos dominantes neste aspecto são válidas e têm os seus méritos.

Alguns de nós pensam que seria mais interessante existir uma organização nacional que coordenasse esforços e pudesse representar toda a comunidade junto da sociedade e assim conseguir apoios e tentar voos mais altos com organização de coisas ainda maiores.

Outros pensam que o caminho, para já, passa mais pelo já estabelecido princípio vindo da ecologia de pensar global e agir localmente. Neste caso cada uma das comunidades mais restritas continuará a organizar a sua convenção localmente, mas pensando na comunidade nacional, tentando trazer o maior número de elementos do resto do país, procurando datas compatíveis com os outros grupos e usando essa energia cinética para impulsionar o hobby localmente. Esse impulso tornará o hobby mais forte na sua zona, promoverá os encontros locais de forma mais regular e essa força local irá juntar-se naturalmente a novos esforços de cariz nacional, impulsionando um outro lugar e assim sucessivamente até que o movimento seja grande o suficiente para que a estratégia nacional faça mais sentido e se torne quase inevitável.

Pensemos nisto como um jogo. São duas estratégias diferentes, não necessariamente concorrentes, com um mesmo objectivo....

Eu ainda me encontro no campo do pensar global, agir local. Também penso que a convenção do Porto deve procurar ser uma forma de divulgação, mais que um encontro de jogatina de quem já conhece este nosso hobby. Infelizmente na segunda convenção estive impedido de ajudar tanto como gostaria e nesta terceira tive pouco tempo para apostar na divulgação, além de nos ter sido muito difícil encontrar local em tempo útil.

Também ainda penso ser cedo para pensar numa organização a nível nacional. Mesmo a nível local creio que talvez ainda seja demasiado cedo para avançar para uma estrutura oficializada. Esta minha opinião vem da observação de outros casos similares em que a prematura estruturação de um hobby ou desporto rapidamente descambou em lutas fraticidas por um poder, ínfimo que ele seja, levando à morte do próprio hobby, em alguns casos. E esta observação não é só local. Não há muito tempo tive oportunidade de jogar umas partidas com uma visita de Itália do BGG que me relatou uma experiência similar...

Talvez esteja a ser pessimista, ou a sofrer de deformação profissional caindo no conhecido "coeficiente de cagaço" dos engenheiros e exagerando nas protecções... Talvez se existisse uma organização oficial tivesse sido mais fácil fazer uma Con melhor no Porto, talvez tivesse sido mais fácil lidar com as questões financeiras envolvidas, por pequenas que tenham sido. Talvez se fosse esse o caso tivéssemos começado a discutir mais que a fazer a Con... Talvez... Talvez...

A ver vamos. Pela minha parte vou tentar que a malta do Porto volte a juntar-se para fazer mais uma Con para o ano, ninguém a fará já sozinho. Tentar começar mais cedo, decidir que tipo de encontro queremos fazer, que local precisamos para isso e como poderemos obter apoios e ajudas. Pode suceder que nos encontremos perante uma situação em que será necessário oficializar a coisa, burocratizar os processos, contabilizar dinheiros... E isso pode ser excelente. Só espero que alguém esteja disposto a lidar com essas coisas porque eu não tenho paciência nem jeito.

[quote=HotRod]Deixemos o mercado funcionar porque essa é a maneira mais democrática de se perceber quantas e quais as convenções que fazem sentido existir.[/quote]Democracia sim, mas não acho que exista nenhum mercado a funcionar nos Encontros Nacionais. Não há preço, nem fornecedores, nem clientes. No máximo, há a associação do joao104, mas esta não se trata de um negócio. Agora, talvez haja mercado no futuro - e é assim que as Cons são feitas lá fora - mas, para já, o que temos é só uma série de potenciais encontros e um conjunto limitado de participantes. É natural que os eventos sejam avaliados pelo seu grau de comparência, mas essa avaliação é relativa, lá está, isto não é um mercado. Se eu ficar contente com 30, faço um encontro com 30, mesmo que me venham dizer que o mínimo é 50. Não me interessa, ninguém me paga, quem quiser aparece, etc.

[quote=DalimThor]ninguem quer perder a sua convenção mas o numero de participantes de cada uma irá no fim determinar as que se mantem e flutuam e as que vão desaparecendo aos poucos.[/quote]Não é bem assim, pois é preciso ter em conta que, não só cada um organiza o que quiser e avalia o seu evento com o critério que lhe apetecer, como não são necessariamente sempre as mesmas pessoas a organizar. Esse "no fim" só funcionaria se, de ano para o ano, a organização fosse consistente e, como é natural neste contexto informal, não é. Só a zona geográfica é que se mantém. De resto, de um ano para o outro, pessoas diferentes podem conseguir arranjar sítios muito diversos, que impliquem ou não um custo de inscrição, que justifiquem uma maior divulgação local ou não, que permita realizar ou não eventos, concursos, palestras, demonstrações, ter convidados, cobertura mediática, etc.

[quote=Crashburner] Mais uma vez, se querem organizar um evento para chamar jogadores, não façam convenções, façam mostras! Como por exemplo aquelas que a Runa conseguiu fazer na FNAC! Isso sim é o que traz pessoas novas para o jogo...[/quote]Sim, as coisas passam para outro nível quando há dinheiro envolvido. Entretanto, a maior parte de nós - como admitiu o Asur - não está assim tão interessado em que hajam mais jogadores, pois não? Quer dizer, entre uma empresa que faça divulgação e venda jogos a 30 e uma outra empresa que não faça divulgação nenhuma e os venda a 20, o pessoal compra a 20 e depois eventualmente preocupa-se se um dia não tiver ninguém para jogar (o que é pouco provável).

[quote=Rick Danger]

[quote=HotRod]Deixemos o mercado funcionar porque essa é a maneira mais democrática de se perceber quantas e quais as convenções que fazem sentido existir.[/quote]Democracia sim, mas não acho que exista nenhum mercado a funcionar nos Encontros Nacionais. Não há preço, nem fornecedores, nem clientes. No máximo, há a associação do joao104, mas esta não se trata de um negócio. [/quote]

Pode ser uma visão economicista da realidade mas a Economia serve exactamente para estudar e compreender estes fenómenos. Para mim é óbvio que existe um mercado senão vejamos:

- Produto ou serviço: as próprias convenções
- Clientes: Os jogadores participantes são os "consumidores" das convenções
- Fornecedores: As organizações que por sua vez têm outros fornecedores (espaço, catering, mateial de suporte e comunicação, ...)
- Preço: mesmo que não haja um fee de participação, os clientes devem dispender tempo e recursos por forma a estarem presentes na convenção, ou seja usufrierem do produto.


Isto é o suficiente para estarmos perante um mercado mesmo que não se transaccione um único euro. Outra questão diferente, e aí já estamos de acordo, não é o número de participantes que define se uma convenção é boa ou má. Eu quando organizo uma noite de jogos em minha casa só preciso de 3 ou 4 amigos para ser um sucesso mas se uma GenCon tiver 200 pessoas é um fiasco monumental.

O que realmente define o sucesso é se aquilo que o organizador tira da convenção (dinheiro, divertimento, realização pessoal, sentido de dever cumprido, etc.) lhe justifica a continuação da mesma. É esse o seu lucro!

Eu estou com alguns que dizem que as CONs não servem para atrair novos jogadores. Não servem mesmo. Porque é que vocês vão a uma CON? É para irem ensinar jogos a pessoal que nunca jogou nada? Claro que se aparecer um ou outro nós não nos importamos de o fazer... mas basicamente EU vou a uma CON para ver pessoal de outros grupos que já não vejo há algum tempo e para jogar jogos que não tenho oportunidade de jogar tão frequentemente como desejava nos grupos onde estou, quer porque o jogo não existe, quer porque não há gente "disponivel" para o jogar... e acredito que muitos pensam da mesma maneira.

Claro que a ideia de atrair novos jogadores pode ser interessante.. mas não é certamente o que me move quando vou a uma CON ou quando organizo uma.

6 CONs são muitas? Eu acho que não. Por mim podia haver 1 todos os dias. O que não podemos é querer que todas as CONs tenham 100+ pessoas, porque não dá.

Há CONs que pelo local, data ou "fama" terão sempre mais gente que outras, não há volta a dar. Por muito que queiramos nunca poderemos comparar 2 CONs pelo número de pessoas que nela estão presentes, por muito que haja essa tendência, e defini-las por Sucesso ou Insucesso. Uma CON de Lisboa terá forçosamente que ter mais pessoas que uma CON em Brançanga... 3 a 4 vezes mais e nem por isso se pode dizer que a de LX teve mais sucesso que a de Bragança (são só exemplos... podia falar de Leiria, Aveiro, etc...)

Por muito que queiramos também será impossível ou quase comparecer a todas. Quer seja por uma questão de calendário, dinheiro, interesse... haverá sempre uma ou outra a que não poderemos ir. Mas na minha opinião isso não tem mal nenhum.

Falando como um dos Co-organizadores duma CON, claro que eu gostaria que TODOS viessem a Leiria, mas sei que isso é impossível. O que eu quero é que os que aparecem se divirtam e tenham gostado da experiência. Agora se são 100 ou 200. Para mim isso não define o sucesso da organização nem da Convenção em si.

Depois há também a obrigação... Ainda antes da Con do Porto estava a falar com um membro aqui do AbreoJogo sobre a presença do pessoal de Leiria, visto que ainda ninguém tinha confirmado se ia ou não. E veio a velha ladainha de "TEM que ir alguém de Leiria"... eu sei que tem... mas porquê? porque se não depois também não irá ninguém do Porto a Leiria? Eu não acredito nisso. Não somos criancinhas para andar aqui com guerrinhas (acho). Claro que o pessoal de Leiria foi... mas acredito eu que foi porque quis (pelo menos esse foi o meu caso, e se bem conheço os outros, foi igual), não porque se sentiu obrigado. Acho que já temos maturidade suficiente para não andar aqui a medir a "pilinha" (nº de pessoas) para ver qual é a maior.

Agora o porquê deste tópico é que me faz confusão. Como disse acima:

- Não acho que existam convenções a mais.

- Acho que estão bem distribuidas.

- Acho que não posso/quero ir a todas.

- Não acho que o nº de pessoas define o Sucesso da CON.

- Não acho que alguém fique "lixado" por Beltrano ou Sicrano não vão à "sua" CON.

e acima de tudo....

- Acho que a minha "pilinha" é que é a maior.

Assunto encerrado, pois também acho que o tópico não faz sentido... assim como este meu post!!!