Feng Shui RPG é um jogo "Indy"!!!

Sendo a definição de jogo "Indy", como me indicou o sábio J.R. Mariano, é um jogo cujos direitos são detidos pelo seu autor e não por nenhuma empresa, eu e o Dwarin verificámos que o deão dos jogos de acção, o nosso amado Feng Shui RPG, é um jogo perfeitamente independente, por os respectivos direitos serem todos de Robin D. Laws, que os licenciou à Atlas Games para publicação. E esta?

Verbus

Bem, não me lembro se fui mesmo eu mas a definição não é muito consensual: poder ser essa, pode ser a de que são RPGs que vêm do “Think-tank” da Forge, e a que remete mais para edição em pequena escala.

Vide Wikipedia: https://en.wikipedia.org/wiki/Indie_rpg

Se a definição de um jogo de RPG for efectivamente essa então quase todos os RPGs clássicos eram Indie de início! :slight_smile:

P.S.: Ou então só é “Indy” o Adventures of Indiana Jones Role-Playing Game! :stuck_out_tongue:

"Se alguma vez sou coerente, é apenas como incoerência saída da incoerência." Fernando Pessoa

O que é feito da grande revolução no panorama dos RPGs em Portugal pela qual andavam (alegadamente) a batalhar todos os defensores de tudo o que era Indy nesta comunidade? Jogos novos, encontros de role players, convenções, traduções disto e daquilo? Nada? Simplesmente acabaram os posts sobre role play, excepto ocasionais anúncios e play-by-forum? Estranho… Será que a moda Indy passou? Será que acabada a moda ficou… O vazio? Será que irritaram tanto os “tradicionalistas” que eles deixaram de colocar posts? Não, não é possível, era tudo paz, amor e harmonia entre os homens (e mulheres). Devo ser eu que estou a precisar de usar óculos…

Esqueci-me de um pormenor: parece-me bem que o Verbus tem razão, de acordo com a definição do que é ser independente o Feng Shui está lá… Não sei se isso é bom ou mau sinal para o Feng Shui, mas se anda por aí há tantos anos e não passou de moda… Se calhar é bom.

[quote=jrmariano]Bem, não me lembro se fui mesmo eu mas a definição não é muito consensual: poder ser essa, pode ser a de que são RPGs que vêm do “Think-tank” da Forge, e a que remete mais para edição em pequena escala.[/quote]Só para exagerar, eu até diria que o próprio D&D está cada vez mais indie :slight_smile: Não só a “indústria” do RPG tem uma história bastante diversificada, como é natural que os jogos se vão influenciando uns aos outros e aquilo que é indie numa dada altura passe a mainstream e por aí fora.

“It’s in the eye of the beholder, really!” ;D

"Se alguma vez sou coerente, é apenas como incoerência saída da incoerência." Fernando Pessoa

Acho que não precisas. Acho que o que se vê por aí é muita "garganta" e pouca "actividade" e não me refiro apenas a indies/tradicionalistas ou qualquer outra dicotomia ou coisa acabada em "ia." Acho que as pessoas querem é estar sossegadas com os seus grupos e existe uma forte resistência a qualquer pessoa que venha de fora. A nossa comunidade já não é famosa em termos de coesão e então quando existe um "torcer de nariz" a pessoas de fora. Ou talvez haja por aí muita preguiça. Basta ver a afluência de respostas ao meu pedido de novos jogadores e ao teu pedido para uma nova campanha. São tantas que já nem sei dar vazão.


"You think I'm old and feeble, do you? Well, face my Flying Windmill Kick, asshole!"

Aliás, interrogo-me… Os role players ainda cá vêm a esta comunidade ou são mesmo só os board gamers? Não tenho nada contra os jogadores de board games, atenção… Mas como lá em cima diz Abre o Jogo Comunidade Portuguesa de RPG e Jogos de Tabuleiro. Não seria mais sensato, pelo menos, trocar a ordem dos jogos? É que já soa bizarro os RPGs aparecerem em primeiro lugar quando os posts sobre alguma coisa remotamente ligada ao tema aparecem uma vez por semana, com alguma sorte. Digo eu, que já nem jogo há quase dois anos…

Tentando manter a conversa dentro do tópico inicial de "Feng Shui é um Indy" se calhar peca por isso. Se se chamasse D&D provavelmente a minha thread a pedir jogador até teria mais respostas.


"You think I'm old and feeble, do you? Well, face my Flying Windmill Kick, asshole!"

Há também a questão da disponibilidade e mobilidade. A minha disponibilidade muda de vez em quando e como tenho falta de mobilidade pior fico para jogar no nexus-lisboa.

Existe também a questão de existirem gostos diferentes, quer sejam os temas ou as filosofia de jogo.

"Se alguma vez sou coerente, é apenas como incoerência saída da incoerência." Fernando Pessoa

Tive duas respostas positivas ao meu pedido mas quando iniciei contactos para combinar as coisas, silêncio. O que me dá a entender que as pessoas respondem sem pensar muito bem e depois arrependem-se e calam-se. A história da mobilidade pode ser um factor mas não me convence na totalidade. Acho que para muito boa gente o roleplay está na lista das coisas a fazer quando não se tem mesmo mais nada para fazer e só mesmo "depois de reorganizar as gavetas das meias por cor."


"You think I'm old and feeble, do you? Well, face my Flying Windmill Kick, asshole!"

Mudei-me há pouco tempo para Almeirim (a sensívelmente 100 km de Lisboa acho)e apesar de ter folga à segunda-feira tenho que apanhar comboios e metros para chegar a algum lado que demoram mais de 1h/1h30m. E para não falar do regresso se for mais para a noite.

O tempo que perco em viagens rouba-me tempo de jogo e de trabalho.

Bem que gostava de alinhar nos jogos de que gosto quanto mais dos que não gosto tanto mas que jogava pelo “bem maior”.

"Se alguma vez sou coerente, é apenas como incoerência saída da incoerência." Fernando Pessoa

Correcto. E a malta que vive em Lisboa e arredores? Acho que o problema é mais profundo. Menciona qualquer coisa que não D&D ou D20 e as pessoas tremem. Como já tive oportunidade de dizer, ou começo a jogar D&D ou então mudo-me para o Norte onde, a julgar pelas threads aqui, o pessoal é mais aberto a novas ideias e não tem medo de se deslocar.


"You think I'm old and feeble, do you? Well, face my Flying Windmill Kick, asshole!"

E quão novas e diferentes podem ser essas ideias?

Porque se é uma questão de serem apenas temáticas novas (não-ocidentais), é bem mais fácil conseguires.

"Se alguma vez sou coerente, é apenas como incoerência saída da incoerência." Fernando Pessoa

…que tem o valor que toda a gente sabe, um jogo indie é aquele que é publicado fora dos meios tradicionais. A grande maioria dos jogos originais, da década de 80, caía nesta definição. É nesta altura também que se encontram as maiores revoluções ao nível do roleplay, que à época eram grandes experimentalismos para ver até onde a corda iria esticar (e que, curiosamente, deram em jogos publicados em 2ªs e 3ªs edições a abandonar esses experimentalismos em favor de os tornais “mais como um roleplay”), os melhores conselhos a GM (que depois encontram espelho em publicações algo dúbias), e de um modo geral o maior sentido de aventura e exploração de que tenho memória. O que vem a seguir é, para mim, um acomodar a uma fórmula que resulta. Mas os jogos, os experimentalismos, estão lá, são todos dessa altura. Porque é que uns pegaram e outros não, não sei dizer.

O que infelizmente acontece é a confusão entre um jogo da Forge e um jogo não-Forge; todos (ou se calhar, 99%) os jogos da Forge são indie, mas nem todos os jogos indie são da Forge, que é algo que muito boa gente ainda esquece. O que parecem também esquecer é que o movimento indie vai recuperar, conscientemente ou não e isto é sempre motivo de discussão, esse sentimento de descoberta e de experimentalismo, de exploração e de “esticar a corda”, que às vezes ainda aparece em jogos mainstream (vide o Wraith da White Wolf, por ex, em que um jogador controla o personagem e outro controla a sua “sombra”, tentando-o com poder para o atrair para o lado negro, o que me soa a algo indie mas que é publicado num jogo mainstream) mas que é tido, pelo que me é dado observar, como algo que “não é roleplay”, apenas e só porque não aparece num jogo mainstream.

Como em todos os meus posts, discutam se vos aprouver.

–~~–

Não te metas comigo, camarada; tenho n avisos à navegação, alguns deles em público, e não tenho medo de os usar.

E o que é feito da grande cruzada portuguesa contra os Indie, essa seita subversiva que corrompe as mentes dos jogadores, afasta os amigos e cospe no RPG?

E essas promessas de abandono do site, discussões animadas na chatbox e desabafos na internet?

Fizeram-se os desvios de threads, as denúncias públicas e depois? Em que ficámos?

O silêncio? Será que assustaram tanto os “experimentalistas” que eles deixaram de colocar posts?

Não, não é possível, sem inimigo não há guerra e sem guerra não há avanço da “gamekind”.

Estou a ficar velho…

"Se alguma vez sou coerente, é apenas como incoerência saída da incoerência." Fernando Pessoa

[quote=jrmariano]E essas promessas de abandono do site, discussões animadas na chatbox e desabafos na internet?[/quote]

Qual chatbox? Isso já era para ter voltado mas só ouço desculpas. Laughing


"You think I'm old and feeble, do you? Well, face my Flying Windmill Kick, asshole!"

Tens razão! Isso só o “patrão” é que pode responder! :wink:

"Se alguma vez sou coerente, é apenas como incoerência saída da incoerência." Fernando Pessoa

A próxima cruzada será constituída por crianças. Estou à espera de bula papal e da colaboração de alguns arguidos do caso Casa Pia, mas até agora não recebi resposta aos meus e-mails…

Falando da minha experiência pessoal. Nunca liguei muito a rótulos: jogava apenas o que me interessava. Como só tinha acesso a jogos mainstream, era o que jogava. Agora é-me por razões familiares completamente impossível jogar presencialmente e daí ter começado as campanhas PbP. A primeira de Cyberpunk (um dos meus jogos favoristos) nem se terminou. A de Call of Chulhu (o meu favorito) correu bem, embora fosse só com 3 jogadores. Na de AD&D (que nem sequer gosto), tive de recusar jogadores. Ora se os jogadores gostam de uma coisa, não se lhes pode "impingir" outra, só porque nos agrada mais. Ou jogamos sozinhos...

 

" Robot durante o dia, vegetal durante a noite"