Por ordem:
Smascrns: Apesar de começares o teu post com uma frase minha e logo ase guir digas "sem dúvida", acrescentas coisas como se fosses discordar de algo que eu disse ou pensei. Não li ali nada com que discordasse, nem nada que me surpreendesse, nem nada que fosse contra as coisas que já escrevi.
Olha, não sei se te vai soar weird, mas todos os meus grupos em que sou DM jantam juntos no fim ou mesmo a meio da sessão. Aliás, o habitual é começarmos às 15:30 ou às 18:30 e a sessão durar até 01:00 e 03:00 respectivamente. Pelo meio surge uma jantarada, pois encomendar pizzas já não funciona para os nossos fígados assassinados. (e não estou a falar de uma dúzia de pessoas em grupos diferentes; a boa disposição e o convívio entre a malta não se resume à sessão de roleplay. pelo menos da forma que eu vejo as coisas).
E em todos esses jantares é comentada a sessão e o que lá se passou e sobretudo o que se irá fazer a seguir, mas nunca considerei isso como roleplay, nem sei onde foste buscar essa definição. Sinceramente, isso caiu do ar como um perú assado voador. ?? :)
O esforço colaborativo está SEMPRE PRESENTE, e não funciona como uma reunião de executivos... É ao mesmo tempo que se joga o roleplay que se tem em mente variadas coisas que são importantes para que a história flua naturalmente e contenha elementos interessantes, realistas, cativantes, etc etc. Não vejo qual a dificuldade ou confusão possível em compreender isto. Seja de quem for. E pelo que já li das cosias que escreves, tenho a certeza que compreendes isto facilmente. Presumo então que as coisas que escreveste não seriam dirigidas a mim (já que as nossas posições são claramente coincidentes), mas sim para outra(s) pessoa(s). :)
Lady Entropy:
"Digas o que disseres, as táticas do Rui funcionam. Ser extremista e agressivo consegue trazer pessoas para comentar do que posters mais passivos como o Rick. Raios, eu que o diga porque comento mais no Rui do que no Rick e o Rick é meu GM."
Diga o que disser, cada um é livre de fazer os seus próprios juízos. Mas sinceramente, a mim dá-me muito mais vontade de participar após os posts bem escritos, claros e inteligentes do Rick do que após os posts (inserir adjectivos depreciativos variados) do Rui. Apenas comentei tanto e tão verborreicamente neste por dois motivos: 1- o tipo de atitude e mind-set demonstrado nas suas palavras é, para mim, do mais prejudicial e asqueroso que pode existir no mundo do roleplay; 2- porque ainda não sabia que a pessoa que escreveu essas palavras não merece crédito nenhum.
Podes ter a certeza que após esta experiência de aprendizagem acerca do que vale e não vale a opinião do criador deste thread, vou passar a escrever e comentar os posts dele de forma muito menos voluntariosa e copiosa. Enquanto que aos insights que o Rick escreve continuarei sempre a participar de bom grado.
Rick Danger:
Olha, as pessoas são julgadas por comportamentos e atitudes. Os comportamentos e atitudes ficam expressos na suas palavras. Se determinada pessoa produz determinadas palavras, será julgada pelas palavras e pelas atitudes. Não vou falar mais disto, pois sei que é apenas pelo politicamente correcto e com boas intenções que continuas a passar um paninho quente e bem cheiroso por esta questão. ESSE assunto em particular não me interessa mais, a minha opinião está formada e mais que fundamentada.
Quanto ao que dizes posteriormente, e em relação a todos os tópicos de discussão/interesse que avanças, são tudo coisas que gostaria de tentar abordar, mas não neste post que já vai longo longo longo e que ainda tenho e comentar mais duas coisas.
The_Watcher:
OLha pá, se calhar não leste o thread todo, porque senão terias percebido que NINGUÉM afirmou que não existiam conflictos em roleplay. Zero, nicles, niente, nadie, etc...
Seja como for, a Lady Entropy já te respondeu adequadamente, explicando até porque é que a discussão se formou (título do thread e afirmações provocatórias e obtusas do post original). Tendo o post dela sido mais que suficiente para te responder, passo já a comentá-lo, e tu lê-o também. :)
Lady Entropy (again :P):
Gostei muito do teu post e concordo quase a 100%. No entanto, há aí umas coisas que queria perceber melhor na tua posição.
Por exemplo:
"Colaborar" não significa determinar como a história se desenrola necessariamente, como em PTA. Colaborar pode ser tão simplesmente jogar COMO uma bom jogador, interpretando um personagem e deixando considerações do jogador lá fora, tentando não derrotar\estragar o trabalho do GM só porque podemos. Pode ser simplesmente (da parte do GM) deixar os jogadores levarem a história para partes inesperadas ("Mas não era suposto venderem a pobre princesa a esclavagistas!") e não usar batota e poder como GM apenas para os forçar a jogar a história como a tínhamos planeado. ("Não podem ir pelo túnel da direita, ruiu. Não, não podem sair, estão a chover meteoros... e está agora um urso a correr atrás de vocês -- SIM, o único sitio que podem ir é para o túnel da direita!")
Destas coisas, a única que não acharia aceitável seria forçar os personagens a ir por um túnel à direita com motivos inventados à pressão e pouco lógicos. Para mim (como DM), o setting e a aventura têm que estar de tal forma estruturados que permitam o maior grau de liberdade possível, mesmo em situações em que convém mais ao DM que a primeira escolha seja aquela que preparou com maior detalhe. Muitas vezes, os personagens sentem-se presos ou "levados pelo nariz" quando o DM não é capaz de dar pelo menos a ILUSÃO de liberdade de opções. Isto depois leva-nos para a questão dos ambientes fechados e ambientes abertos; nos primeiros é muito mais fácil controlar as variáveis inesperadas, daí uma dungeon ser o ambiente mais fácil (em teoria) para um DM utilizar; nos abertos, o leque de opções dos jogadores é virtualmente infinito e pode ser assustador, para um DM com pouca experiência e/ou capacidade, lidar com a entropia do meio.
Mas enfim, sem me perder do ponto que te queria perguntar... Tu não achas aceitável que uma party venda a princesa que acabou de salvar? Eu poderia achar aceitável, desde que em termos de roleplay fosse lógico fazê-lo. Explicações plausíveis para isto acontecer são infinitas, pelo menos na minha mente... Agora obrigar, por chuvas de meteoros ou qualqeur outra coisa que se encaixe no mítico "Complexo do Dragão Dourado", são coisas que devem ser erradicadas do mundo do roleplay se possível.
Mais uma citação para breve comentário:
"Embora sendo verdade que muitos jogadores não sabem que têm essa possibilidade, eu diria que todos, mais cedo ou mais tarde, têm noção que PODEM sair do papel de jogadores e apresentar sugestões ao GM.
Mas a verdade é também que muitos... não o querem fazer."
Infelizmente, há mais gente do que se calhar pensas que não sabe que pode dar sugestões e participar criativamente no processo histórico das campanhas... Às vezes até pessoas com anos e anos a jogar "jogos de roleplay", que sabem 1001 regras mas que nunca viram roleplay bem jogado ao máximo das suas potencialidades... :(
Há muitos que não o querem fazer, por razões diversas... E aqueles que o fazem por preguiça, desculpa que o diga, optam mal. O jogo tem muitas potencialidades, abdicar SEMPRE de fazer uso da possibilidade de ser criativo(a) e ajudar à diversidade no setting e história é uma pena e um desperdício. Na minha opinião.