Hey, :)
[quote=Rui][quote=JMendes]Malta, eu não estou a querer mudar os gostos de ninguém. Só gostava era que ninguém se virasse para mim e me diga que o meu role-play não é role-play.[/quote]Porquê?[/quote]
Estive mais de um dia a pensar como é que havia de responder a isto. Felizmente, este thread está mais calmo do que os outros... (por enquanto).
Bom, então é assim. Eu parto do princípio que a tua pergunta não era assim tão a sério, mas que haja quem legitimamente fizesse a pergunta a sério, pelo que a minha resposta não é para ti mas sim para esses. Como já agora não sei quem são, quaisquer insultos são dirigidos à pergunta em si e às suas atitudes subjacentes e não às pessoas, tá?
[quote=Rui]Porquê?[/quote]
Porque é tacanho, arrogante e vagamente ofensivo. É equivalente a eu virar-me para alguém que joga D&D ou RoleMaster e dizer "isso não é role-play, é roll-play". Já muito boa gente se sentiu incomodada com essa afirmação, isto sem contar com os que se riem e fazem que sim com a cabeça, enquanto pensam de si para si, "coitadinho, sabe tão pouco"...
Eu poderia, por exemplo, tentar impôr que definição de role-play tem que incluir protagonismo para as personagens. Ora, como todos os que têm a capacidade de ser honestos consigo próprios sabem, nos RPGs tradicionais, as ocasiões para os personagens terem, de facto, protagonismo, são marcadamente poucas, dado que os resultados e consequências reais das acções dos personagens estão sempre total e completamente nas mão do GM*. Só que eu simplesmente reconheço que um RPG tradicional também é um role-play. (Cute, huh?) Como tal, a minha única conclusão possível é que a definição de role-play [i]não pode[/i] incluir protagonismo para os personagens.
Tentar excluir esta ou aquela forma da definição básica da actividade só porque não se gosta dessas formas é de grande arrogância. É equivalente a dizer que o Monopólio não é um jogo só porque, como jogo, é um granda nojo.
(*) Nos RPGs tradicionais, os resultados e consequências reais das acções dos personagens estão sempre total e completamente nas mão do GM. Isto não depende do estilo de GMing escolhido, e do seu nível de skill ou experiência como GM. Isto não é uma opinião. É um facto demonstrável por lógica e suportado por décadas de evidência acumulada.