Jaime

Jaime gostava de fazer uma investigação mais aprofundada do caso mas ainda tinha trabalho a fazer. Decidiu então que voltaria à noite, depois de acabar as suas entrevistas para o referendo, para investigar um pouco mais este caso. Dirigindo-se à senhora: "Por acaso nao se importa de me emprestar as xaves da estufa para que eu podece investigar melhor. Talvez até conseguisse apanhar os malandros."

---JDSGomes---

Apesar de tudo conseguiste fazê-la soltar uma gargalhada.

"Chaves!? Para quê? As paredes da estufa são de plástico. Qualquer um conseguia rasgá-lo se quisesse entrar...!

E depois, nós vivemos todos em comunidade na Cooperativa Semente. Estamos a dois passos daqui.

O meu medo é que façam às minhas alfaces o fizeram aos peixes do Antunes!"

Queiras voltar mais tarde ou não, parece-te que terás mais respostas no viveiro dos peixes.

Jaime lembra-se do motivo que o levou às estufas e, antes de partir, perguntou pela opinião da senhora sobre o referendo.

---JDSGomes---

"Eu espero bem que nos deixem entrar n'A Arca. Qu'isto, apesar de tudo, anda tudo muito mortiço." — responde-te ela, voltando a pedir-te desculpas pela confusão.

Segues então até ao viveiro e, à medida que te aproximas, vais ouvindo uma discussão qualquer entre os trabalhadores...

Apresso-me a dirigir para o local da confusão, pronto para escrever mais algum artigo que suscite o interesse dos meus leitores. "O dia hoje está agitado... Que virá asseguir", pensa Jaime para sí enquanto corre para ouvir do que se trata a discussão.

---JDSGomes---

"Foi da ração nova, tou-t'a dizer!"

"Qual quê, isto foi o gajo qu'anda na estufa!"

"Nad-da d-disso, fô-foi mas é o-os mineiros que desp-pejaram ácido n-na água!"

Discutiam os três piscicultivadores perante uma enormidade de peixes mortos a boiar na água.

"Atão compadres? Tende lá calma! Digam lá qual é o motivo de tanto alarido."

---JDSGomes---

"Esta semana mudámos a ração em alguns talhões e, desde ontem, os deinopeixes começaram a aparecer mortos. É como se vê!"

"Cá para mim, foi o tipo que anda pelas estufas que envenenou a ração."

"Qual quê, tens mas é a mania das conspirações!" — volta o primeiro ao ataque. Mas logo gagueja o outro, em tom pacificador: "Ou is-sso, ou fô-foram os min-neiros que v-vieram p-pôr ácido n-na raç-ss-ção."

Ou podem ter contaminado a água. Já chamaram cá alguem para fazer análises à água e à comida no estômago dos peixes?

---JDSGomes---

"Estão a v-ver? Ele é d-da m-mesma opin-mm-nião que eu! Fô-foi o-os mineiros que desp-pejaram ácido n-na água! Eles é que andam ss-sempre a pô-poluir t-tudo!"

"E ele a dar-lhe co'os mineiros... Foi mas é a ração que..."

"Espera! Acho que tens razão. Foi da ração!" — interrompe o outro. "Foi o gajo da estufa que lhes deu ração a mais aos peixes! E eles empaturraram-se até à morte. Só pode."

Parece-te uma explicação plausível. Até porque vês uma espuma castanha a boiar na água... talvez sejam restos de ração...?

"Eu bem dizia que era da ração."

"É. A raç-ss-ção deve t-ter um PH muit-to baixiñ-gn-nho."

"Temos de ver se apanhamos o gajo em flargante." — decide o mais perspicaz.

"Não é flargant-te, é flagr-grr-grant-te."

"Apanhar o gajo!? Como é que querem fazer isso se os peixes estão todos mortos? Se houvessem alguns vivos até podia ser que ele viesse terminar o trabalho..."

---JDSGomes---

Eles explicam-te que só usaram aquela ração em dois talhões e que, nos outros, não tinham morrido peixes. No entanto, não querem falar mais à tua frente sem saberem quem é que tu és e o que é que andas a fazer por ali... hein?

Eu? Sou apenas um humilde jornalista. Vim cá para fazer algumas entrevistas sobre o referendo.

---JDSGomes---

"Já pu-podia t-ter dit-to!" — responde um deles, prontificando-se a responder-te. Enquanto isso os outros dois afastam-se um pouco e vão planeando o que fazer logo à noite em relação ao problema dos peixes. Mal os ouves entre o gaguejar do teu entrevistado...

[Lança 1d20+3 se quiseres tentar concentrar-te no plano dos outros dois.]

Roll(1d20)+3:
7,+3
Total:10

---JDSGomes---

Pouco consegues ouvir para além das opiniões sincopadas do teu entrevistado que, pelos vistos, não vai lá muito à bola com essa cena do referendo. Parece ter medo que descubram para lá algum tipo novo de ácido ou algo do género...

Só conseguiste perceber que os outros dois combinaram encontrar-se por volta da meia-noite... onde e para quê? não conseguiste perceber.

Muitas coisas estranhas se passam por aqui... Será que isto também terá qualquer coisa a ver com os assaltos às estufas? Jaime estava cada vez mais decidido em voltar cá pra investigar um pouco mais.

OOC - Quantas horas faltam daqui p'ra meia-noite?

---JDSGomes---

Daqui a pouco começa a anoitecer. Faltam cerca de seis horas para a meia-noite.

Tens de ir rápido para o 'Voz da Terra' se queres dar entrada da tua reportagem ainda hoje, e conseguir voltar a tempo aos viveiros.

[Lança 1d20+8 - para ver quanto tempo demoras a escrever o teu artigo.]

Roll(1d20)+8:
10,+8
Total:18

---JDSGomes---

Dos viveiros ao jornal; comer uma sandes; escrever o artigo; revêr o artigo; passar o texto a limpo — ainda assim, pouco passam das 21h.

Mas quando vais entregar o artigo ao editor, ele diz-te que: "Ó Jaime, vais ter de resumir isso tudo só pra meia página. Vamos dar mais ênfase ao que se passou hoje no simulacro, 'tás a perceber?"