Jaime

"Senhor, por favor! Já tinha planos para esta noite! Coisas estranhas têm acontecido e passaram-nos mesmo por baixo de nossos narizes sem termos reparado! Tenho ouvido algumas histórias neste dia sobre pessoas estranhas rondando as estufas e revirando tudo mas sem roubar nada, como se se preparassem para algo! E peixes mortos a aparecer mortos nos viveiros sem ninguem saber a causa das mortes ou porquê. Todos os relatos muito misteriosos e eu tencionava usar a noite de hoje para descubrir mais alguma coisa. Afinal é disto que os leitores gostam nos seu jornais! Duvidas e intrigas, e eu tenciono po-los a par de tudo!!"

---JDSGomes---

"MAS TU 'TÁS PARVO OU QUÊ, JAIME!? Tu não sabes o que se passou HOJE no simulacro?!? Com um acontecimento destes NINGUÉM quer saber nada sobre o referendo, 'tás a perceber?" — cospe-te o editor do jornal.

Mas tu lá o relembras que, de facto, não tens grande noção do que se passou hoje no simulacro porque estiveste no Distrito Primário a recolher opiniões sobre o referendo para a edição de hoje.

"Pronto, 'tá bem! Eu digo à Joselina pra fazer o resumo por ti. Se já tinhas planos, já tinhas planos..."

Ficas livre do resumo. Ficas é sem saber se ele não entregará o resto da reportagem do referendo à Joselina... Mas tanto faz, alguma coisa te diz que isto do viveiro vai ser um grande furo!

Mas Jaime, o que pretendes fazer quando regressares ao viveiro?

Jaime decide espreitar primeiro os viveiros, procurando alguem com ar suspeito, escondenso-se nas sombras da noite e emitindo o mínimo de ruído, fazendo-se acompanhar do seu bloco de notas e caneta. Se não encontrar ninguem diride-se para as estufas para investigar lá também.

OOC: Tenho alguma arma guardada em casa ou assim? Se possuir algo prefiro ir armado nao vá o pior acontecer, se não pode ser que encontre algo com que me defender nos viveiros ou nas estufas.

---JDSGomes---

[Tens uma soqueira (brass knuckles) guardada numa gaveta para quando as coisas ficam feias. O dano que desferires passa a ser letal, e aumenta o dano de 1d6 para 2d4.]

Lá te diriges até ao viveiro, tentando fazer o mínimo de ruído. No entanto, quando se tenta aperceber se está mais alguém por ali, tropeça num saco de comida de peixe. Logo consegues destrinçar um vulto lá à frente, perto de um dos armazéns. Mas também ele se apercebeu da tua presença. Aproxima-se.

Ao longe parece-te ser algo roliço mas, quando se aproxima, afinal dá ares de ser mais magro. Vai-se a ver, era o mesmo tipo que tinhas entrevistado hoje à tarde. No entanto, parece-te diferente... mais confiante, talvez.

"Então isto são horas de andar por aqui?" — pergunta-te.

Jaime levanta-se tentando tentando parecer o mais formal que conseguia: "Um jornalista tem que fazer o quem tem de fazer se quiser que lhe paguem bem. Estou aqui para ver se descubro algo mais sobre os eventos estranhos que os senhores relataram esta tarde. E o senhor? Que faz por aqui a uma hora destas? - por fim, Jaime levanta o sobrolho e diz - Pensei que fosse gago."

---JDSGomes---

Ao ver que foi descoberto sai a correr na direcção oposta.

[Testa a Iniciativa.] Que queres fazer?

À medida que se afasta, volta a parecer-te mais roliço.

"Espere!!"
Rápidamente Jaime começa a correr atras do homem, gritando na noite para que o figitivo parasse e lhe desse algumas explicações. Jaime estava determinado a parar apenas quando travasse o estranho homem.

Initiative Roll(1d20)+2:
16,+2
Total:18

---JDSGomes---

Sais a correr atrás do homem. Ele continua a correr mas parece-te estar a ficar cada vez mais cansado, ofegante e... mais pesado.

Na verdade, parece-te que desde a última esquina que estás a perseguir uma pessoa diferente... e, de facto, quando finalmente o atinges, é um tipo roliço, careca e extremamente cansado da corrida.

Ele vira-se para ti, levantando a mão como que a suplicar que não o obrigues a correr mais e começa a respirar ainda mais pesado. Aproximas-te. Ele parece estar quase a cair de joelhos. Agarra-se a ti.

Quando trocam olhares ele já não te parece tão fraco e tu, em contrapartida, sentes um frio que não consegues explicar no sítio onde te tocou... quase te fez crer que te sugou um pouco da tua própria força.

Os seus olhos procuram algo à sua volta. Achou! Ele enclina-se para apanhar um ancinho que por ali estava no chão...

Preparando-se para a luta, Jaime toma uma posição defensiva. Tantando desviar-se de qualquer golpe que possa surgir contra ele e procurando, ele próprio, uma arma com que possa atacar para além dos seus brass knuckles. Ao mesmo tempo, Jaime grita para o homem: "Espere! Por que me está a atacar? Eu não lhe quero mal nenhum. Diga-me o que se está a passar..."

---JDSGomes---

A única reacção que ele tem perante as tuas palavras é dar-te com o ancinho em cima! KAPOW!!! Quase vais ao chão. [Perdes 7 PF] Mas aguentas-te.

Mas, para teu espanto, a cara dele começa a alterar-se... a mudar de forma. Está a transformar-se. É,... és tu! Ou melhor, é a tua cara...!

"Isto está a ficar cada vez mais estranho", pensa Jaime à medida que o seu próprio rosto se começa a formar na cara daquele... daquela "coisa". Vendo que as palavras nao resultam Jaime toma o comportamento do seu opunente como exemplo e recorre à violencia mas sem intenções de o matar, apenas para ficar muito mal-tratado "Até pode ser que o assuste e ele começe a falar". pensa para sí.

---JDSGomes---

Tentas então surpreendê-lo com um soco no queixo(!), só que foi com tão pouca força que mal o aleijaste. [Sofreu apenas 1 PF.]

Ele, por sua vez, volta a dar-te com o ancinho, só que com um gesto tão aberto que facilmente consegues defender-te. E logo aproveitas para lhe dar outro soco, que ele bloqueia com o cabo do ancinho.

De seguida, atira o ancinho para o chão e, dizendo "Não tenho tempo para isto.", agarra-te o braço e olha-te bem fundo, olhos nos olhos... [Perdes 3 pts de Força.]

Não conseguindo controlar os músculos, cais ao chão a tremer convulsivamente.

Ele, tendo já assumido completamente a tua face, agradece-te e, baixando-se, agarra-te nas pernas para te arrastar de volta por onde vieram...

Jaime, faz o melhor que pode para se libertar da criatura. Sabia que as coisas não estavam boas para ele e começa a pensar que talvez tivesse feito asneira em querer vir. Usando toda a força que ainda restava dentro dele, faz o melhor que pode para se libertar e cavar dali p'ra fora (pelo menos or agora).

---JDSGomes---

Nunca te sentiste tão fraco. Os teus músculos praticamente não reagem quando lhes comandas que se movam. Tentas soltar-te, mas o único efeito é que ele agora agarra-te ainda com mais fervor. [Perdes 5 PF]

Continua a arrastar-te em direcção aos viveiros...

"Talvez esta... esta coisa absorva a energia dos meu ataques... Se eu permanecer calmo e quieto... Talvez deixe de me sentir assim tao fraco. Até pode pensar que estou morto e largar-me... ou isso ou este monstro vai continuar a sugar-me até à morte."

Jaime decide então parar de resistir à criatura, deixando-se arrastar. Tenta concentrar-se e canalizar a réstea de energia que lhe sobra para a libertar mais tarde, quando for necessário.

---JDSGomes---

Uma vez nos viveiros ele pára; olha em volta e, não estando ninguém por perto, atira-te para dentro de um dos talhões.

A água é baixinha (se tiver 15 cm de altura já é muito), mas ele atira-te de barriga para baixo. E fica ali a ver-te, quieto de cabeça dentro de água. Passa cerca de meio minuto e ele vai-se embora.

E em boa altura, já quase não aguentavas fingir-te de morto sem respirar. Fazes por levantar-te mas, para tua desgraça, os teus músculos mal conseguem mexer-se e a tua cabeça lá continua debaixo de água.

Voltas a tentar outra e outra vez. E, se mais alguém andasse ali pelo viveiro, conseguiria ouvir a água a chapinhar com as tuas tentativas frustradas. Mas parece que te encontras sozinho... ninguém parece aproximar-se.

Passado mais meio minuto começas a perder a respiração e voltas a tentar levantar-te. Felizmente, perante a perspectiva de te afogares na escuridão, lá consegues erguer a cabeça acima do nível da água.

Inspiras com tal vontade que sentes uma dôr no peito.

Lá à frente, no entanto, o tal indivíduo faz-se passar por ti perante os pisci-cultivadores... tentas gritar, mas tens os pulmões doridos — apenas gorgolejas.

Tentas esbracejar. Talvez o chapinhar da água chame a atenção de alguém...

Só que, dada a tua condição, quando levantas um dos braços o peso do teu corpo puxa-te de novo para dentro das águas.

Engoles água. Não consegues controlar-te nem voltar de novo à tona.

Desmaias... e ficas por ali a boiar... em 15 cm de água.

Há alguma hipótese de os pisci-cultivadores, ou outra pessoa qualquer, conseguirem ver-me a boiar no viveiro? Já agora... como é exactamente a zona dos viveiros?

---JDSGomes---

Os pisci-cultivadores só tarde demais é que te encontraram no fundo do talhão: estendido, pés de fora, braços a boiar.

Já sem vida...


E como diria o Hugo: "É tramado, mas o jogo está terminado."

Foi um prazer jogar contigo Jaime. Passámos bons momentos juntos, levámos com algumas pás na cabeça mas mesmo assim continuamos a fazer aquilo em que acrediamos ser o melhor e a tentar viver mais uma aventura. Apenas tenho pena que a tua atracção pelo perigo nao nos tenha permitido sobreviver nem à primeira noite.

Melhor sorte para o resto do pessoal que continua a jogar.Wink

---JDSGomes---