Monge II

Depois da surpresa inicial és tu quem reage primeiro.

Que queres fazer?

Afasto-me a correr e pergunto-lhe o que se passa.

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Jónatas, inexpressivo, não te responde. No entanto, segue-te lentamente, esboçando outro soco que não chega a acertar-te.

E agora, Abraão - que fazes...!?

  1. Continuas a fugir: para algum sítio em específico?
  2. Defendes-te, sem atacar?
  3. Defendes-te, atacando-o?
  4. Tentas só chamá-lo à razão?

Defendo-me sem o atacar, insistindo em saber qual a razão da sua agressividade

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[Ok. Isso dá-te um bónus de +4 à Defesa.]

Ele continua a avançar na tua direcção sem dizer coisa nenhuma. E, mesmo perante a tua reacção pacífica, ele continua a mostrar intenções de te atacar. Continuas a recuar, questionando o seu comportamento. Mas a resposta dele é voltar à carga, com um soco dirigido à tua face que consegues desviar sem problema. No entando, apesar de continuar a carga, sentes que o seu último soco trazia menos força que os anteriores. E, quer-te parecer, apesar de continuar a pressionar, parece que perdeu o ímpeto inicial.

No entanto, isso não invalida o pontapé que se segue, já com mais peso do que os socos anterior.

Abraão, ainda sem perceber quais as motivações de Jónatas, continua sem o atacar, defendendo-se o melhor que conseguia. A verdade é que as técnicas de combate que aprendera na segunda primogenitura eram bem mais subtis do que as de Jónatas e Abraão conseguia ler os seus movimentos com facilidade. Ainda assim, Jónatas continuava a pressionar Abraão num sentido, atacando quando este se desviava.

Abraão decidiu então tentar perceber para onde é que Jónatas queria que este se dirigisse. E, não demorou muito a perceber que Jónatas o orientava em direcção ao fosso lamacento, atacando sempre que este se desviasse dessa rota. Por sorte, Abraão conseguia ler cada vez melhor os ataques de Jónatas. Ou isso, ou os ataques de Jónatas estavam mesmo a ficar cada vez com menos ímpeto.

Quando finalmente chegavam ao topo do fosso Jónatas pára e, finalmente, dirige-se a Abraão com algumas palavras:

"Junta-te a nós ou serás o culpado da morte dele." — e, dito isto, dirige-se até à beira do fosso.

ESPERA! PARA! ...não és o Jónatas, quem és tu? O que queres de mim?

É bom que me respondas, não me juntarei a algo que desconheço...

e que não aconteça nada ao Jónatas , nunca vos iria perdoar!

RESPONDE-ME!!!

Jónatas parece mostrar-se dividido e, como quem tem uma enxaqueca repentina, lança uma das mãos à cabeça e, com um esgar de dor, o outro braço tenta levantar-se de modo sincopado, cerrando o punho ao ponto das veias ganharem relevo. Dá um passo atrás, como que em desequilíbrio e, como que transfigurando-se diz-te apenas:

"...sobreviventes!" — ao que não conseguindo manter-se de pé cai sobre os joelhos e, acto contínuo, o peso do corpo fá-lo cair borda abaixo.

Abraão ainda tenta apanhá-lo; e o seu tempo de reacção até o teria permitido, não fosse um forte vento dirigido contra si ter contrariado o seu avanço. Abraão imaginava, impotente, Jónatas a cair pelo fosso lamacento abaixo, enquanto o vento continuava a aumentar de velocidade...

Era fácil de perceber que aquele vento não era natural e, apesar de soprar agora a mais de 80 km/h, Abraão consegue manter-se de pé durante o curto tempo que o vento ainda continuou a soprar.

Depois do último silvo Abraão consegue ouvir passos por detrás dum varandim escavado no topo do planalto.

Oiço passos por detrás dum varandim escavado no topo do planalto...Aproximo-me do fosso.. em silêncio... tentando compreender se Jónatas terá sobrevivido á queda...

"...Sobreviventes...", que quereria ele dizer? Quem o estava a controlar? Está aqui mais alguém! mas quem? - penso eu.

Perplexo e com uma postura algo defensiva...levanto-me lentamente e olho para o varandim, tentando compreender quem é essa pessoa. Aproximo-me lentamente... sem falar...

Consegues perceber que Jónatas sobreviveu à queda, apesar de se agarrar ao peito com dores.

Lá em cima, consegues ver apenas alguém a virar-se e a afastar-se calmamente. Como és um recém-chegado a esta primogenitura ainda não conheces os cantos à casa, pelo que não sabes muito bem como chegar ao varandim.

No entanto, só tarde demais te apercebes de que alguém se aproxima pela mesma entrada que te trouxe até aqui. É uma rapariga com ar assustado:

"Quem és tu? O que fizeste ao Jónatas!?" — ao que se coloca em pose defensiva.

A culpa disto não é minha! Ajuda-me? Confias em mim? A pessoa responsável por isto estava naquele varandim, sabes com lá chegar? Estava a pensar em segui-la , enquanto isso, podias chamar ajuda para tirarmos o Jónatas do fosso!? Não fui eu!!Acredita!!! Seria incapaz de tal acto!

A rapariga fica perplexa perante a situação em se vê e, apesar das tuas tentativas de a acalmar, desata a gritar correndo na direcção oposta:

"Acudam! Acuuudam!"

Ela não acreditou na tua história nem de longe nem de perto — não, de perto não mesmo... ó pra ela a correr! — no entanto, apesar dos gritos, consegues ouvir ecos vindos do varandim: sons de alguém a correr pelos tuneis escavados na pedra do planalto, afastando-se cada vez mais...

Lá de baixo, Jónatas tentava chamar por ti:

"Abraão... <cof cof> Abraão!?"

Jónatas!!!! Estás bem? Não te magoaste?

Algo de estranho se passa aqui! Sabes quem é o responsável por isto?

Vou segui-lo pelos tuneis, a ver se o consigo apanhar!!!

Jónatas ainda responde:

"Cuidado! <cof cof> Primo psi..." — mas Abraão não o consegue ouvir muito bem mas depreende que não corre perigo de vida.

Ainda assim, quase que adivinhava o que Jónatas teria para lhe dizer. Cayla bem o tinha avisado... Abraão recorda as suas palavras e, por algum motivo, a sua missão parece-lhe agora mais clara. E, atirando um último olhar a Jónatas, Abraão sai a correr à procura de quem estaria no varandim. De início, nenhum ruído, para além dos seus próprios passos, ecoa pelo túnel, mas Abraão vê um vulto a correr para lá de uma curva e acelera o passo. No entanto, ao passar a curva sente como que uma chicotada a estalar na sua confiança e o seu corpo fica meio atordoado* durante menos de meio minuto — mas o suficiente para o vulto sair a correr em direcção a uma janela exterior (escavada na parede do planalto).

Abraão não conhece os corredores desta primogenitura mas a sua experiência diz-lhe que, muito provavelmente, do outro lado da janela estará o topo do planalto. Antes de avançar, no entanto, Abraão vê uma estante com vários bastões de treino — com certeza estaria numa área de treino. [QUARTERSTAFF, +3 melee, 1d6+3]

[*] O que quer que seja que te atacou fez com que ficasses Stunned durante 4 rondas (cerca de 24 segundos). Nessa condição não podes andar nem atacar, e ganhas uma penalização de -2 à Defesa. Mas já passou...

"Que posso eu fazer? Que vou fazer??? Será melhor ir falar com alguém.. mas com quem?"- penso enquanto tento segurar num bastão e aproximar-me da janela.

Espreitas pela janela: para baixo, um salto de uns 3 metros; para cima, uma escalada de 2 metros - o que vai ser…?
Quanto a indicios de quem persegues… quem sabe?

Decido fazer uma pequena escalada, ver onde me vai levar!

Rapidamente chegas ao topo. Lá em cima consegues ver o deserto de sal em todas as direcções; esboço das montanhas a norte; pôr-do-sol a oeste. Tudo indica que estejas sozinho. No entanto, apesar de não veres ninguém, ouves passos à tua frente e, acto contínuo, sentes o vento a tentar empurrar-te novamente, mas aguentas pé firmemente.

De repente, como que se o vento a tivesse trazido, ela aparece à tua frente. Não a reconheces, mas há algo nela que te faz não saber como sentir...

E agora: queres tentar falar com ela, atacar, fugir, ou algo mais...?

Não fujo, afasto-me um pouco dela, para uma distância segura e com uma postura ligeiramente defensiva,de modo a que ela não se aperceba.... e espero a ver qual qual a sua proxima acção...

"Sempre nesse teu mundo de indecisões." — diz ela como se te conhecesse de longa data, ao que continua: "Vejo que ainda não me reconheceste Abraão." — ao que se senta no chão (na posição de lótus) convidando-te a fazer o mesmo. E é só aí que, recordando o teu treino na 2ª primogenitura, a reconheces. A sua postura era inconfundível. Ainda te lembras quando, numa aula de defesa pessoal, se levantou num ápice e, sem deixar que te aproximasses, te desarmou vinda da direcção contrária. Era Cayla, não tinhas qualquer dúvida.

Congelas, o ar fica pesado. Ela sorri calmamente.