Monge II

Continuo desconfiado, mas não quero que ela se aperceba..

Sento-me lentamente, mostrando um ar seguro, e digo: " Muito engraçadinha... o que queres de mim? Que andas aqui a fazer?"

Mas, acto contínuo, ela já estava por detrás de ti, mão esquerda na tua têmpora direita, braço direito à volta do teu pescoço sussurrando-te ao ouvido:

"Sei que te pode ser difícil acreditar que seja eu à tua frente por teres falado* "comigo" há pouco tempo mas não vai ser por causa daquela impostora que te vou admitir faltas de respeito!" — deixando rapidamente de sussurrar.

E, tão rápido como quando te agarrou por detrás, já estava de novo sentada à tua frente, olhos nos olhos:

"Nunca te teria dito para mudares de primogenitura, Abraão. Tens de perceber... ela queria-te longe para que não a desmascarasses...!" — e, parecendo mudar de atitude: "Preciso da tua ajuda, Abraão."

* Procura o post de 04/08/2009, "what about now?"

Começo a compreender...mas ainda é tudo muito confuso...

"Para que queres a minha ajuda? Como posso ajudar?"

Ela parece relaxar um bocado do seu estado alerta e logo começa:

"Abraão, há um grupo de pessoas dentro do Planalto que quer voltar à cidade. E, para isso, está disposto a tudo(!) inclusivé plantar sócias em lugares de destaque para cimentar a sua posição... Eu fui um dos alvos e vi-me obrigada a manter-me escondida até ao momento mas agora que percebi o plano deles não posso continuar sem agir.

E explica-te que uma cientista de Emerson está de visita ao Planalto Verde para obter ajuda junto do Primogénito Alpha. No entanto, Cayla sabe que este não a pode ajudar e que, o mais certo será apontá-la na direcção da 4ª Primogenitura para que eles a ajudem.

"Não podes deixar que eles lá cheguem! Nem que para isso tenhas que recorrer à força!" — olha-te de novo com a mesma intensidade com que a imaginaste enquanto te agarrava o pescoço: "Ela vem acompanhada por um homem de traços asiáticos. Intercepta-os e convence-os a seguir-te. Eu vou estar à espera na terra do Sebastião."

Continua a explicar-te que Sebastião era um agricultor amigo dela e que ele, juntamente com Tull (um homem da sua extrema confiança) tinham guiado Dodoni ao Planalto.

"Se por acaso os encontrares, Tull saberá que vais da minha parte. Mas o Sebastião talvez não perceba logo isso. Terás que lhe dizer que vais da minha parte." — sorri, pensativa.

"Ah! E trata-o por Teão! Era o nome que eu lhe chamava quando eramos novos." — explica, enquanto se levanta. Nisto, leva a mão às costas e tira um nunchaku* para te oferecer:

"Ainda te lembras como se usam, Abraão?"

E agora, como queres fazer para encontrar Dodoni e o companheiro? Vais esperá-los (1) à saída do Primogénito Alpha, (2) à entrada da 4ª Primogenitura ou (3) algures pelo caminho?

* Passas a ter duas armas: [NUNCHAKU, +4 melee, 1d6+4] e [QUARTERSTAFF, +3 melee, 1d6+3]. Se quiseres usar o Quarterstaff com ambas as pontas numa mesma ronda as estatísticas passam a ser: [QUARTERSTAFF, -1/-5 melee, 1d6+3/1d6+3]. Para além de poderes atacar com o quarterstaff duas vezes também podes usá-lo para atacar a uma distância maior, uma vez que é uma arma longa

"Partirei de imediato, vou tentar encontra-los pelo caminho, penso que será melhor assim..."

Segues então a caminho da Alta Creche* esperando interceptá-los no caminho que vai do aposento do Primogénito Alpha à 4ª Primogenitura. Numa ala com vista para os jardins apercebes-te da presença de alguém a falar baixo depois da intersecção. Não consegues deslindar o que dizem só que outros tantos se aproximam, guia à dianteira. É um casal com traços asiáticos e roupas estranhas, de ar decidido apesar de mais atentos aos jardins do que ao guia. Reflexo: escondes-te, tentando permanecer em silêncio. Os teus músculos ainda retinham a lembrança do treino de Cayla...

Apesar de terem todo o aspecto de estarem a visitar o local pela primeira vez consegues perceber que trocam algumas palavras com quem estava já no corredor à conversa. O guia, avançando sozinho pelo corredor, pára na intersecção e, ignorando completamente a tua presença, vira-se para trás para que o seguissem...

* Local onde se localizam os serviços administrativos da Creche (escola dos neófitos).

Continuo escondido pela vegetação do jardim e tento aproximar-me mais deles de modo a tentar

compreender o que dizem sem que se apercebam da minha presença... por vezes e somente

por pequenos instantes levanto ligeiramente a cabeça para ver se detecto movimentos estranhos...