Muito porreira a crítica e até sou capaz de dizer que foi das melhores criticas que li até hoje. Foi um trabalho de amor
Não concordo contigo que o sucesso do Monopolio é um entrave à proliferação de outros jogos. Eu julgo o contrário. É um gateway como outro qualquer. A menor ou maior venda de jogos mais recentes deve-se à maior ou menor vontade que as distribuidoras têm em vender os seus produtos.Pelo menos aqui em Portugal parece que essa vontade é muito pouca, mas mesmo assim já se vai vendo qualquer coisa. Mas, se queres que te diga, estou-me a borrifar para isso.
Paralelamente, acho que fizeste mais pelos jogos de tabuleiro numa manhã (na praça da alegria) do que as distribuidoras em anos.
Mas a culpa, em última análise, nunca será do monopolio.
É uma questão de economia de escala. Aos milhões de Monopólios que são feitos por ano, cada um sai da sua fábrica da China por 1€ ou menos. A serem vendidos a 20-30-40-50€ aoconsumidor final, quer dizer que na linha de distribuição todos ganham muito mais com o negócio do que nos outros jogos que por terem menor volume de cópias acabam por sair a 10-15€ à porta da fábrica!!
o jogo do galo também é conhecido como o jogo do Cylon...
No futuro os nossos netos e bisnetos haverão de falar do Ticket to Ride como nós hoje falamos do Monopólio.
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Não há nada a desculpar. Para mim foi um quase um exercício de contenção e não estou à espera que leiam tudo, principalmente tendo em conta que ficou bem maior do que eu queria.
Quanto ao M, esta não é a análise que corresponde à letra. Digamos que esta foi uma edição extra... Ainda estou a decidir qual será o jogo do M...
Não há muito que seja mais gratificante que a apreciação positiva daqueles que não concordam connosco. Isso demonstra a sua inteligência, que nos respeitam e merecem o nosso respeito.
Temos simplesmente que concordar em discordar em alguns pontos...
Os meus parabéns Pedro. Foi uma crítica séria e imparcial. Gostei bastante.
Quando falaste do parque de estacionamento, penso que não indicaste que quando alguém tem de pagar algo à banca, penso que essas multas ficam no meio do tabuleiro e o jogador que cai no parque de estacionamento recebe a quantia do meio. Não sei se está nas regras, mas penso que os americanos jogam assim...
Depois desta crítica/penitência à boa maneira católica acho que podes pecar mais umas quantas vezes sem te confessares...
Muito fixe!!
Essa é uma das várias regras inventadas e que vai passando de geração em geração. Que consegue tornar o jogo ainda pior (mais longo e ainda mais dependente de sorte).
[quote=lancelot]
Quando falaste do parque de estacionamento, penso que não indicaste que quando alguém tem de pagar algo à banca, penso que essas multas ficam no meio do tabuleiro e o jogador que cai no parque de estacionamento recebe a quantia do meio. Não sei se está nas regras, mas penso que os americanos jogam assim...
[/quote]
Não dá para mandar ninguém pra Brig...
[quote=Mallgur]portanto é uma estratégia que não depende em nada de nós, mas exclusivamente da sorte.[/quote]
Não podia discordar mais. Aliás esta afirmação prova-se científicamente ser falsa...
[quote=Mallgur]vou explicar a afirmação de que as negociações em Monopólio não têm interesse.[/quote]
Uma explicação que seguramente enferma de vício.
Cumprimentos.
[quote=Mallgur]O mais importante é o ter-me sido feito um convite para abraçar algumas tarefas administrativas do Abre o Jogo e, tendo aceitado, crer que um administrador se deverá manter tão longe de polémicas desnecessárias quanto possível.[/quote]
[quote=npl]
[quote=Mallgur]portanto é uma estratégia que não depende em nada de nós, mas exclusivamente da sorte.[/quote]
Não podia discordar mais. Aliás esta afirmação prova-se científicamente ser falsa...
[/quote]
Discordo da tua discordância. Por favor prova cientificamente e posta aqui para análise.
A não ser que estejas a introduzir aqui conceitos de física quântica em que só por estarmos a olhar para os dados mudamos o seu estado, mas isso tem tanta "estratégia" como lançar os dados "daquela" maneira porque são de madeira e têm sítios mais densos que outros alterando a distribuição das probabilidades.
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[quote=Tiago]
[quote=npl]
[quote=Mallgur]portanto é uma estratégia que não depende em nada de nós, mas exclusivamente da sorte.[/quote]
Não podia discordar mais. Aliás esta afirmação prova-se científicamente ser falsa...
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Discordo da tua discordância. Por favor prova cientificamente e posta aqui para análise.
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Isso é muito fácil/óbvio, excluída a parte aborrecida de ter que me alongar na argumentação escrita.
Não é fácil/imediato constatar o que eu digo?! É mesmo necessário eu fundamentar científicamente? :\
Aqui fica uma dica,: prova por "redução ao absurdo".
Cumprimentos.
[quote=npl]
[quote=Tiago]
[quote=npl]
[quote=Mallgur]portanto é uma estratégia que não depende em nada de nós, mas exclusivamente da sorte.[/quote]
Não podia discordar mais. Aliás esta afirmação prova-se científicamente ser falsa...
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Discordo da tua discordância. Por favor prova cientificamente e posta aqui para análise.
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Isso é muito fácil/óbvio, excluída a parte aborrecida de ter que me alongar na argumentação escrita.
Não é fácil/imediato constatar o que eu digo?! É mesmo necessário eu fundamentar científicamente? :\
Aqui fica uma dica,: prova por "redução ao absurdo".
Cumprimentos.
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Ganhaste essa prova, mas falta a prova científica do que falavas antes.
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[quote=Tiago]
mas falta a prova científica do que falavas antes.
[/quote]
Pronto, lá terá que ser... :(
[b]Prova por redução ao absurdo:[/b]
Suponhamos que a afirmação do Malgur:
"é uma estratégia que não depende em nada de nós, mas exclusivamente da sorte."
é verdadeira.
Então,se a estratégia(do monopólio) depende exclusivamente da sorte e nada do jogador
qualquer uma que se empregue terá sempre o mesmo impacto no resultado do jogo, isto é, só depende da sorte.
Logo suponhamos que o Jogador A utiliza a seguinte estratégia
quando lançar os dados da primeira vez, antes de o fazer propõe o seguinte negócio ao jogador B:
Sempre que eu tirar um doble dás-me 10% do teu capital, mas se eu não o tirar dou-te 90% do meu capital.
Façamos vários jogos e vejamos se o jogador A ganha tantos jogos quanto aqueles ganhos pelo jogador B...
Assumindo que afirmação do Malgur é verdadeira, isto é, que o resultado do jogo não depende em nada
dos jogadores deve-se assumir que o jogador A ganhará em príncípio tantos jogos quantos aqueles ganhos pelo jogador B!
Mas quem é que acredita nisso?
Pois parece-me que todos conseguirão antever quem vai ganhar sempre...
Mas para não ir para um exemplo tão radical, desfasado da realidade,
vou expor uma estratégia para o Jogador A mais credível/comum:
Vamos supor que o jogador A está sempre disposto a entregar 90% dos seus bens e capital ao jogador que lhe fornecer
a(s) propriedade(s) necessárias para fazer o bairro do Rossio.
Digam-me lá se o jogador A vai ganhar tantos jogos quantos aqueles ganhos pelos seus adversários!...
De acordo com a afirmação aceite por hipótese como verdadeira, sim, o número de jogos ganhos vai ser similar...
mas como tal não é verdade(acho que todos concordarão aqui) temos que concluir que a hipótese aceite como verdadeira de facto é falsa.
Assim fica demonstrado (por redução ao absurdo) que a afirmação do Malgur é falsa.
C.Q.D.
Pronto, foi aborrecido mais muito fácil, pensei que fosse óbvio...
Alíás o que para mim é óbvio é que a argumentação do Malgur relativamente ao monopólio
é inconsistente e muito fácil de derrocar...todavia eu só vejo aqui "yes mans"...
sem ofensa até porque o Malgur é meu amigo pessoal.
Ah e já agora, Malgur isto de apanhar com fogo "sem poder" ripostar por supostamente não te poderes envolver em polémicas não é justo! Por isso:
Weapons free! Fire away!
Ressalva, não ando com muito tempo para escrever...nem para aparecer:(
Logo não me peçam para escrever muito por favor...
Cumprimentos.
Por redução ao absurdo, toda a tua prova cai por terra se os intervenientes decidirem não cumprir os acordos pré estabelecidos... (e viva o Diplomacy!)
Mas eu devia era estar a jogar...porque aqui não há nada para ver!
Pois é, de facto, considerando que estamos perante as situações que descreveste, e passo a citar uma delas:
"Vamos supor que o jogador A está sempre disposto a entregar 90% dos seus bens e capital ao jogador que lhe fornecer
a(s) propriedade(s) necessárias para fazer o bairro do Rossio."
O jogo não dependenderia totalmente da sorte. E teríamos então a tua prova irrefutável de que o jogo depende mais da estratégia do que da sorte. Certo.
Mas que premissa temos por base a fazer tal afirmação? Que quem negocia melhor, tem mais chances de ganhar o jogo (dai a sorte ficar mais esbatida). Mas o cerne da questão é, e como bem diz o mallgur no seu artigo: que negociação é esta que não está definida nas regras? Aí sim é o problema.
Podemos sempre criar house rules que permitam fazer o que quisermos do jogo. Ou em todo um metagame que faça com que o "mais esperto" vença. Mas a verdade é que o tipo de negociações de que falas, não é comummente usada pelo habitual jogador de Monópolio, que simplesmente lê as regras para jogar....que por si, têm muita sorte.
Já agora, convem que os dados façam que os jogadores caiam no bairro do Rossio e se este ficar repartido por três jogadores as negociações vão ser completamente diferentes.
A meu ver essa argumentação não refuta nada.
Indo até ao absurdo, qualquer jogo que envolva negociação livre pode ser ganho pelo jogador que convença os seus adversários a engolir os componentes até cairem para o lado mortos e ele ganhar por falta de comparência. Claro que o Mallgur parte do pressuposto que cada jogador vela pelos seus melhores interesses e que todos os jogadores tentam impedir que um deles obtenha alguma vantagem determinante sobre os outros.
De qualquer forma, esta disussão não se pode basear numa crítica do Monopólio, já que o jogo em si não determina exactamente em que momentos, termos e limites se processam as negociações, nomeadamente se é aceitável andar a rasgar as cartas para dar noventas ou dez por centos a cada um.
[quote=Rick Danger]Claro que o Mallgur parte do pressuposto que cada jogador vela pelos seus melhores interesses e que todos os jogadores tentam impedir que um deles obtenha alguma vantagem determinante sobre os outros.[/quote]
Que eu saiba eu não afirmei que o Malgur ou qualquer jogador não partiam desse pressuposto...
[quote=Rick Danger]De qualquer forma, esta disussão não se pode basear numa crítica do Monopólio, já que o jogo em si não determina exactamente em que momentos, termos e limites se processam as negociações, nomeadamente se é aceitável andar a rasgar as cartas para dar noventas ou dez por centos a cada um.[/quote]
Pois...afinal parece que não havia base para a minha equipa de xadrez discutir comigo o empate que ofereci ao meu adversário na ultima partida, porque as regras não prevêm em que momento é que o posso fazer e eu ainda não tinha engolido nenhum peão para o poder fazer.