Monopólio vai passar a filme

‘Monopoly’ has electric company
Ridley Scott will direct; Pamela Pettler to write screenplay

The Hasbro-Universal collaboration “Monopoly” is jumping a large number of spaces up the board.

The feature project has brought on Pamela Pettler to write the screenplay; She penned Tim Burton’s “Corpse Bride,” Gil Kenan’s “Monster House” and the upcoming animated adventure “9,” produced by Burton and Timur Bekmambetov.

And Ridley Scott, who has been attached as a producer on “Monopoly” and has been mentioned as a possible director, is now officially attached to helm the project, with an eye toward giving it a futuristic sheen along the lines of his iconic “Blade Runner.”

In addition to Scott, Giannina Facio and Hasbro’s Brian Goldner are also producing the movie, which will shape a narrative out of the iconic real-estate game. Lawrence Grey will oversee for Universal and Bennett Schneir will oversee for Hasbro.

“Monopoly” marks the latest Hasbro property to look to pass go and head to the big screen. Board games and branded properties have become more attractive as studios look to mitigate risk by finding built-in audiences.

Universal is working with Hasbro on several projects as part of a long-term development deal. Platinum Dunes is producing its feature adaptation of “Ouija Board,” while the maritime classic “Battleship” is also in development. Elsewhere at Hasbro, Paramount this summer is set to release Stephen Sommers’ feature based on its “G.I. Joe” character. And “Trivial Pursuit: America Plays” is now airing as a syndicated television program.

https://www.hollywoodreporter.com/hr/content_display/news/e3ie9098baec9eb95cd0d7bac3726b6ce9e

AAAAAAaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!

O Manoel de Oliveira devia estar ocupado.

Já tinha ouvido o rumor, mas volto a frisar: OMFG!! Com tanto material bom para filme...

..queremos fazer este filme."

Para quando a adaptação do jogo do galo? É uma grave lacuna.

Agora a sério, para quando um Galaxy Trucker? Ou um Diplomacy?

Pois eu não partilho o vosso desagrado. Acho que deve ser uma boa história sobre como apareceu o jogo tendo como pano de fundo os anos 30. Como o jogo alterou a convivência das famílias da altura e as fez sonhar com dias melhores.Também é interessante como é que o designer pensou no jogo e o fez no meio daquela angustia toda capitalista. Por outro lado, dadas as circunstâncias económicas actuais, é um filme cheio de oportunismo.
Além do mais é parte da história dos Boardgames que está a ser posta na tela, ainda por cima com a mão dum realizador razoável.
Tudo bem que o jogo é uma merda, que comparado com os jogos actuais é injogável, mas a história do seu surgimento é fracamente apaixonante.
Seja como for eu respeito imenso o Monopólio e o Risco e todos estes jogos que contribuíram para tudo o que nós gostamos. O Monopólio tem uma história muito forte por detrás e continuo a achar que apesar de ser um jogo pouco interessante para os dias de hoje, tendo em conta aquilo que o hobby evoluiu, continua injustamente a ser alvo de um olhar anacrónico por parte dos jogadores.
Caramba, o jogo tem 70 anos!!!

É verdade, o jogo tem 70 anos. Uau. E o Mário Soares tem 84. Bora lá fazer um jogo sobre ele.

Pronto, agora a sério. Grande ideia. O próximo filme será sobre o Jogo da Glória e as suas excitantes origens: como um grupo de pessoas que estava farto de controlar o seu destino decidiu criar um jogo onde era só lançar os dados e andar para a frente e para trás. É mais interessante do que parece. Ou não.

Em meia dúzia de frases consegues comparar o monopólio ao jogo da glória e o Mário Soares a um jogo de tabuleiro.
Pronto, agora a sério, estas comparações podem ser bem mais interessantes do que parecem. Ou não!

É verdade que tremo de desagrado quando tenho de falar do monopolio, e tenho muitas dificuldades em disfarçar a minha repugnacia quando me dizem que é um jogo excelente,

mas....

realmente não podemos ignorar uma das nossas origens, aquela que é facilmente identificavel com o conceito de jogos de tabuleiro: é o mais famoso/jogado deles, sem ter uma categoria dedicada e isolada (como o xadrez e as damas). Seria como gozar com os costumes dos nossos avós e não admitirmos que tambem fazem parte de nós e da nossa história.

Em Essen adorei ver uma senhora de 60 anos toda contente com um Cuba debaixo do braço. E espantava-me quando via pessoas a jogar e comprar as 10000 versões do monopolio e do risco. Mas não deixa de ser um primeiro passo que chama a atenção e quebra muitos preconceitos iniciais. Comigo pelo menos resultou.....

É precisamente essa a minha ideia quanto ao Monopolio. O jogo não é lá muito interessante mas toda a gente sabe como se joga e por isso toda a gente o compra. Acho que qualquer criança quando nasce já tem um chip instalado com as regras do jogo. Apesar disso tem nele muitas das características que podemos facilmente encontrar num jogo de tabuleiro recente. Tem interacção, tem negociação, tem galhofa, junta pessoas à mesa e toda a gente fica contente por estar a passar aquele momento em conjunto. O que é preciso entender é que, quem está disposto a jogar ao Monopolio, está-se literalmente a borrifar se o jogo tem Sorte ou não, ou se a mecânica é funcional ou não, quer é estar divertido com a família, com os filhos, os amigos seja lá quem for na noite de Natal ou quando alguém faz anos e não quer passar uma hora a ler regras. É por isso que tantos milhões o jogam. Creio que se as mesmas pessoas conhecessem o Catan, com toda a certeza deixavam de jogar ao jogo da Hasbro e preferiam o da Kosmo. Mas não conhecem e esse é o factor decisivo para que, quando estão num hipermercado, vão sempre à mesma caixa.
Tenho quase a certeza que na Alemanha, onde há jogos ao pontapé nas prateleiras dos hipermercados, ninguém já deve jogar ao Monopolio em lado nenhum.
O que me parece é que já muita gente joga ao catan e ao Ticket to Ride e com o passar dos anos parece-me que a tendência será para estes dois jogos venderem cada vez mais.
Espero que a tradução do Ticket para portugês e que, provavelmente será vendido nos hipermercados ao lado do Monopolio, fará justiça a esta ideia.
Mas agrada-me imenso que as pessoas joguem ao Monopolio. Eu joguei e gostei bastante. Também me fartei de jogar ao Risco e também adorava. Uma coisa leva à outra e os consumidores de Monopolio vão ser os prováveis consumidores do Catan, do Ticket e de outros mais.
O que é preciso é que a informação passe, que o consumidor saiba que pode ter a experiência que tem com o Monopolio com outro jogo qualquer.
Acreditem, o Monopolio não é propriamente o anti-cristo dos jogos de tabuleiro.
Já o Trivial…

Tu havias de ver a nossa cara de espanto em Essen ao ver a quantidade de pessoal que comprava Monopolio!!! Lá iam eles todos contentes com um debaixo do braço, parecendo que tinham feito a compra de um achado!! E pela pinta, pela versão que levavam com eles, etc, eram alemães e afins.

Fico bem espantado com isso. Bem, gostos não se discutem. Mas fico feliz que, pelo menos em Essen, não devia ter sido o Monopolio o campeão de vendas!
Ou será que foi?!

"Monopólio vai passar a filme"

Finalmente, o merecido reconhecimento! Hurrah!!!

[quote=hugocarvalho]Acho que deve ser uma boa história sobre como apareceu o jogo tendo como pano de fundo os anos 30. Como o jogo alterou a convivência das famílias da altura e as fez sonhar com dias melhores.Também é interessante como é que o designer pensou no jogo e o fez no meio daquela angustia toda capitalista.[/quote]

Não me parece que tenhas lido bem o artigo.

As frases:

[quote]... with an eye toward giving it a futuristic sheen along the lines of his iconic "Blade Runner."[/quote]

[quote]... will shape a narrative out of the iconic real-estate game.[/quote]

Indicam que o filme será algo baseado no jogo, mas não relacionado com a história da sua criação. Talvez até algo futurista. Aliás, não seria muito interessante para os detentores dos direitos do Monopólio que se tornasse mais visível a velha questão de o Monopólio ter nascido de um roubo. História ainda por esclarecer mas que tem, de facto, contornos pouco claros.

Esta é, independentemente do respeito ou falta dele pelo jogo, uma das ideias mais estúpidas que vi sair de Hollywood. Qual será a história?

Algo nas linha de "Era uma vez um grupo de pessoas que tinham algum dinheiro a mais. Resolveram então que iriam ver que obteria mais dinheiro aplicando o inicial em propriedades. Não tinham muita escolha nas propriedades que iriam comprar. Simplesmente foram aos arquivos municipais e tiraram à sorte quais as propriedades que cada um comprava. A única coisa que decidiam era se compravam ou não. De vez em quando saia uma propriedade que fazia com que alguns perdessem dinheiro, ou que ganhassem mais. Regularmente, ao fim de algumas propriedades sorteadas, cada uma recebia mais dinheiro. E continuaram assim durante muito tempo... Eventualmente só ficou uma com dinheiro. Todo o dinheiro. E foi infeliz para sempre."?

Espera... isto tem algumas possibilidades... Mas deve ser uma seca monumental de filme!

Quanto ao resto, a minha opinião acerca do Monopólio enquanto jogo e à sua influência como produto comercial no hobby é bem conhecida.

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"No caminho para o verdadeiro conhecimento, as coisas óbvias são os obstáculos."

Depois de ler novamente a notícia, não há realmente nada que indique que o projecto seguirá o caminho que eu sugeri. É um bocado difícil perceber como é que se pode fazer uma adaptação para filme dum jogo de tabuleiro. Bem não o consigo imaginar, de facto. Pareceu-me muito mais consistente uma história sobre a sua criação o que, como já disse, até poderia ser interessante. Seja como for, e isso é talvez o mais importante, não me parece mesmo nada justo criticar o que quer que seja sem ver o resultado final. Ainda para mais, quando o realizador envolvido, até teve os seus momentos altos no mundo da 7ªarte. Mas pronto, o Monopólio cria ódios e preconceitos difíceis de travar e não há nada que se possa fazer quanto a isso. Resta encolher os ombros e voltar a um normal dia de trabalho.

[quote=hugocarvalho]É um bocado difícil perceber como é que se pode fazer uma adaptação para filme dum jogo de tabuleiro.[/quote]

Alguns nem seriam muito difíceis... A começar pelo Settlers, passando por Twilight Imperium e talvez terminando num Pandemic. Mas se calhar eu tenho uma imaginação demasiado fértil... até já fiz ficção com o Saint Petersburg, LOL.

[quote]Pareceu-me muito mais consistente uma história sobre a sua criação o que, como já disse, até poderia ser interessante.[/quote]

De facto, seria potencialmente interessante.

[quote]Seja como for, e isso é talvez o mais importante, não me parece mesmo nada justo criticar o que quer que seja sem ver o resultado final.[/quote]

Só critico a ideia. O filme, depois vê-se...

[quote]Ainda para mais, quando o realizador envolvido, até teve os seus momentos altos no mundo da 7ªarte.[/quote]

Bem altos, até! E alguns menos interessantes... mas não me lembro de nada mesmo muito mau.

[quote]Mas pronto, o Monopólio cria ódios e preconceitos difíceis de travar e não há nada que se possa fazer quanto a isso. Resta encolher os ombros e voltar a um normal dia de trabalho.[/quote]

Ódio é um palavra um pouco forte demais... Até tenho uma cópia do jogo.

Realmente não gosto do jogo enquanto jogo, e isto é resultado de análise e não preconceito, nem da forma de limitar o mercado de jogos de tabuleiro exercida pelos detentores dos direitos do jogo, mas não tenho ódio nem a uma coisa nem a outra.Só queria esclarecer isso...

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"No caminho para o verdadeiro conhecimento, as coisas óbvias são os obstáculos."

O jogo efectivamente não tem piada nenhuma. Mas é apenas uma opinião minha e tua também. Existem milhões de pessoas que acham o Monopólio a melhor coisa do mundo, inclusivamente li há pouco tempo uma entrevista do campeão que afirmava gostar dos novos jogos de tabuleiro mas que nenhum se compra ao Monopólio. Como se fosse pouco, pelo que a malta que foi a Essen diz, também na feira o Monopólio se vendeu como castanhas assadas no Outono. E aí não podemos dizer que os consumidores desconheçam as outras opções de mercado. Eu acho que tudo não passa duma questão de gosto. Há pessoas que gostam de Celine Dion, há outras que gostam de Nick Cave, umas gostam de futebol, outras de basket, não compreendemos porque razão os adolescentes gostam de usar o rabo das calças nos joelhos. O mais importante é que as pessoas joguem. Ainda recentemente vi umas reportagens na Ludus no Brasil (um bar em que se pode jogar qualquer jogo) e os jogos mais jogados são precisamente o Risco e o Monopólio e mais uma vez há opções a dar com um pau. Temos de admitir que é mais do que apenas marketing. As pessoas gostam.

Não temos a mesma opinião, pelo menos para além de ambos acharmos o jogo mau.

Não me parece que alguém que joga Monopólio competitivamente seja a pessoa mais isenta (ou competente) para comentar os outros jogos, também não acho que as vendas de Monopólio em Essen ou a sua popularidade num bar brasileiro sejam relevantes.

As pessoas gostam, ou pensam que gostam. Como acontece com Celine Dion, as calças pelos joelhos e o futebol. É mais fácil gostar do que está ali à mão e nos é enfiado pelos olhos e ouvidos dentro... Qualquer tipo de Marketing te confirma isto.

Mas creio que será algo em que nunca concordaremos... por isso, discordemos.

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"No caminho para o verdadeiro conhecimento, as coisas óbvias são os obstáculos."

Diria que jogar monopólio é um passo atrás para qualquer pessoa que possa ter interesse no hobby.

Há uns aninhos (talvez 4) quando nunca na minha cabeça passaria a ideia de que viria a ser um "board game geek" deu-me a mania e a uns amigos de voltar a jogar os "clássicos", monopólio, Trivial Pursuit, Pictionary e afins.

Posso garantir que após umas noites de jogo ninguém queria ver mais jogos de tabuleiro à frente. Penso que só o Pictionary se safou da nossa raiva, todos os outros ficaram na nossa "hatelist".

Uns anos depois e com outros amigos finalmente experimentei Puerto Rico (um pouco de nariz torcido), Carcassonne, Risco e Twilight Imperium. Após uns tempos em que fiquei um pouco indeciso sobre como me sentia em relação a este hobby (por um lado os jogos eram "complexos" mas por outro eram bastante interessantes) lá o bichinho nasceu e agora não há voltar atrás :D

Na minha opinião para a maior parte das pessoas Monopólio é "Monopólio" e não "jogos de tabuleiro" e não há-de ser por aí que nasce o bichinho dos jogos.

Puts the ASS in CLASSIC.


No moon is there, no voice, no sound
Of beating heart; a sigh profound
Once in each age as each age dies
Alone is heard. Far, far it lies