Polícia II

Após conseguir sair debaixo do cavalo, tento seguir ao longe a criatura...acho importante perceber se terá algum covil

Demoras ainda alguns minutos até conseguires libertar-te do peso do deino-cavalo. Tens uma perna dormente. Consegues finalmente armar a tua arma com um virote; dedo no gatilho. Aproximas-te dos teus colegas, ambos estendidos no chão — um deles fixou uma cara de terror: olhos abertos com o sangue a escorrer-lhe da testa; o outro, apresentava uma face de honesta incredulidade: mãos no peito por onde, momentos antes, saíra a cauda pontiaguda da criatura sombria. Coitados!

Aproximas-te do capitão que, ao contrário dos outros colegas, jazia sobre o seu deino-cavalo,... cabeça decepada a uns metros. Com uma mordedura na testa semelhante à do primeiro colega apresentava, no entanto, queimaduras fortíssimas na face direita e interior da boca. A imagem do seu sofrimento dá-te náuseas.

De repente, barulho por detrás da arrecadação — seriam os deino-cavalos dos teus colegas? Tentas chamá-los, mas sem sucesso. Encontras-te sozinha, e a pé. Pretendes mesmo seguir a criatura ou procurar atrair uma montada? Ou até mesmo tentar encontrar o teu último colega que escapou ileso (uma vez que o seu deino-cavalo fugiu a correr com ele preso ao estribo)...!?

[Pensando melhor, talvez "ileso" não seja a melhor palavra...]

vou tentar encontrar o meu colega

Vais então à procura do teu colega sobrevivente, tentando seguir as pegadas deixadas pelo deino-cavalo e, mais fácil, o rasto do esbracejar dele próprio. Algumas centenas de metros dentro do mato os rastos são interceptados pelo que deverão ser as pegadas da tal criatura. Esperas o pior. Mas continuas a avançar, lentamente.

Pouco depois, encontras o que temias: o deino-cavalo jaz estendido sobre uns arbustos... sem cabeça. Aproximas-te. Debaixo do deino-cavalo, embrulhado nos arbustos, tinha ido parar o teu colega que parece estar apenas inconsciente.

Tentas reanimá-lo mas ele não parece responder muito bem...

À tua volta, tudo parece calmo, apesar da criatura que ainda há pouco por aqui passava, talvez em direcção à Cooperativa Semente.

Está a anoitecer, o que queres fazer?

Tento procurar nas redondezas os deino cavalos que fugiram... para trazê-los até junto do meu colega

Deixas o teu colega sozinho enquanto procuras os deino-cavalos um pouco atrás no caminho. E, com efeito, consegues encontrar todos aqueles que fugiram, mas ainda se encontram assustados e algo reticentes em deixar-te aproximar. Vais-lhes dizendo algumas palavras suaves na esperança de os acalmar. Sabes que a tarefa não é fácil, principalmente porque a tua montada, que te conhecia melhor, não se encontra com eles.

A tua memória trás-te um pouco atrás...

«O capitão, algo afastado, diz-te para teres cuidado: "Nunca vi os d'ino-cavalos assim!"

(...) Preparas-te para bater quando, sem nenhum ruído, sentes uma sombra a saltar por cima da arrecadação e, acto contínuo, o teu deino-cavalo relincha de dor caindo sobre ti, trilhando-te contra a parede, de olhos abertos e a sangrar do focinho.» — voltas a ti.

Os deino-cavalos sentem a tensão em que te encontras e afastam-se... mas não por muito tempo. A verdade é que estão algo aliviados por encontrar uma cara conhecida e, passado algum tempo, vão-se aproximando. Altura em que consegues pegar-lhes nas rédeas e prendê-los uns aos outros. Montas e segues de regresso até junto do teu colega, que encontras a caminho. Tinha finalmente recuperado a consciência e fora-se arrastando pelo mato para longe da sua montada decepada.

Precisas de lhe berrar para que se decida levantar e, muito a esforço, conseguir montar um dos outros deino-cavalos, ainda que sem se conseguir equilibrar decentemente.

Embora lentamente, conseguimos voltar à esquadra sem grandes precauços. Quando chegamos, o meu colega é imediatamente levado ao hospital. Os restante polícias ficam abismados com as notícias que trago.

Dado que o dia já vai tarde e excessivamente longo, decido agendar uma reunião com todos os elementos da esquadra no dia seguinte, para avaliarmos o que iremos fazer quando ao caso bizarro que temos entre mãos.

Alguém teria que dar a notícia aos familiares das vítimas...alguém que tenha estado presente e que não esteja neste momento no hospital..... Parto cabisbaixa e alienada...

Chego finalmente a casa. Exausta, atiro-me para cima do sofá e relembro-me de todo o episódio....finalmente... adormeço ..

No dia seguinte... a reunião começa algo caótica, com os colegas a fazerem perguntas atropeladamente ...Após algum tempo... e um berro da minha parte...começamos a etabelecer um plano de acção. Decidimos voltar ao local... mas todos questionam... "como nos vamos organizar? que armas levar?"....... "será que vou voltar?"

Correcção ao teu post: por vez de "no dia seguinte" inserir "ainda nessa tarde". =)

Pouco depois da reunião ter começado e do caos inicial ter diminuído, eis que entra pela esquadra adentro o mesmo rapaz de colete verde que, no dia anterior, te tinha ido chamar ao Café Lisete para o simulacro:

"Os membros do Conselho mandaram-me chamar o Capitão." — ao que todos se entreolham, sem saber muito bem o que dizer.

Até que um colega comenta:

"A Julianne é o oficial mais graduado entre nós. Acho que deve ir ela no lugar do Capitão!" — ao que chegam a responder: "Mas ela acabou de ser promovida.", e ainda: "Ela nem fez o exame!"

Mas todos se calam quando, ainda meio nauseado, o colega que resgataste se levanta e pede para falar:

"Eu não sei se o Capitão lhe podia dar a vaga sem exame. Não sei nem me interessa! (cof cof) O que interessa é que ela mostrou coragem como ninguém ao trazer-me até aqui sozinha quando aquela criatura anda por aí à solta! (cof cof) Se alguém há-de merecer ir ao Conselho pelo Capitão... é a Julsie!"

Não se ouvem mais vozes dissidentes ao que todos assentem.

"Venha que eles estão à espera!" — lembra o rapaz.

E tu, aceitas representar o Capitão no Conselho Municipal?

Vou até ao concelho municipal..

No Conselho Municipal estão presentes: o Conselheiro Hitrese, representante do Distrito Primário, a Conselheira Elaine, representante do Distrito Secundário, o Conselheiro Corben, representante do Distrito Terciário, o Professor Fields, representante da Academia, e o Legado Muir, representante do Distrito Paternal.

Pareciam estar em discussão acesa mas, quando entras, ficam em silencio pedindo-te que te sentes. Pouco depois o Conselheiro Corben pede-te que lhes faças a descrição da ocorrencia pelas tuas próprias palavras.

O Legado Muir procura acalmar-te:

"Tem calma, minha filha. O Primeiro Pai proteger-te-á." — com um sorriso de orelha a orelha, talvez pouco propício para a ocasião.

"Mas não o que me preocupa não é apenas a minha protecção, por isso é que também vim para polícia...

O que sugerem que se faça?

O que poderá o primeiro Pai fazer?"

A Conselheira Elaine toma as rédeas da conversa:

"Esqueça a religião por um bocado, precisamos de saber o que é que aconteceu de facto no Distrito Primário antes de tirarmos conclusões prec..." — ao que é interrompida pelo Legado Muir: "A acção d'O Primeiro Pai é clara como a água." — sendo, por sua vez, interrompido pela Conselheira Elaine: "Poupe-nos da dialéctica paternalista, Legado Muir. Vamos ouvir o que a rapariga tem para dizer!"

E, com isso, voltam-se para ti, curiosos sobre os pormenores dos acontecimentos que levaram à morte de vários agentes policiais.

Quando andávamos a investigar a explosão no simulacro, ao seguirmos uma pista, fomos ter a um local onde nos deparámos com uma criatura, que nunca tinha visto.... atacou-nos, matou o capitão..... era possuidora de uma grande força..não a conseguimos deter...

Legado Muir: "É o Anjo Negro!

Conselheira Elaine: "Qual Anjo!? Depois de ouvir a descrição da Sargento, mais me parece uma mutação qualquer..."

Legado Muir: "Mutação!? E o que teria causado essa mutação? A poluição que as vossas indústrias produzem? — acusa, com um sorriso vencedor.

Conselheira Elaine: "Os níveis de poluição estão muito por baixo do exigido por lei!"

Legado Muir: "Lei? Será que vocês não percebem que a lei d'O Primeiro Pai é que foi violada!? Ainda há dois dias um dos nossos irmãos foi agraciado por uma visão d'O Primeiro Pai: um aviso que ninguém soube cuidar!

Conselheiro Corben: "Calma, por favor!"

Legado Muir; "Calma? Como podemos ter calma depois de o irmão Lucius ter assistido ao retorno do Fantasma-do-Passado? E ainda mais depois da vinda do Anjo Negro!?

Conselheira Elaine: "E porque não trouxe consigo esse tal irmão Lucius, Legado Muir? Sabe tão bem como eu que todos os testemunhos são valiosos neste momento decisivo!"

Legado Muir: "O irmão Lucius está em reclusão profunda, em agradecimento sincero e sentido aO Primeiro Pai."

A reunião continua ainda por um bom bocado sem que ninguém mostre sequer uma leve intenção de te voltar a questionar. No entanto, finalizada a reunião, o Conselheiro Corben sublinha a sua confiança (e a do Conselho Municipal) em ti, enquanto agente mais graduado da polícia. Enquanto isso, os restantes conselheiros vão deixando a sala.

Lá fora, porém, a Conselheira Elaine aborda-te:

"Julianne, tanto eu como tu sabemos que isto do Anjo Negro são uma cambada de balelas sem sentido! É tudo propaganda do priorado para não nos deixarem voltar à Arca! — e, certificando-se de que mais ninguém vos ouvia: "Eu conheci o Muir em criança... era um terrorista de todo o tamanho! Batia em toda a gente e abusava de mais uns quantos! Até dava pontapés nos deino-cães! Nem quis acreditar quando se tornou acólito... muito menos quando o vi a subir na hierarquia até se tornar o próprio Legado! Muita gente deve ter ficado para trás, acredita!" — volta a certificar-se de que não estão a ser ouvidas e, puxando-te pelo braço, continuam a afastar-se: "Julianne, tu faz lá o que tens a fazer mas arranja-me maneira de encontrar o tal Lucius nem que tenhas de entrar pelo templo adentro!"

Como espera que faça isso? Onde arranjaria uma ordem para entrar lá? Não posso mandar os meus colegas entrar lá sem mais nem menos.

E quanto à criatura, o que sugere que se faça?

A Conselheira Elaine responde-te prontamente:

"Amanhã à noite há um debate público que necessitará de uma forte presença policial. O Legado deverá apostar tudo no seu comunicado e deverá trazer consigo o máximo de lacaios para impressionar a população. Será o momento ideal para tentares introduzir-te nos terrenos paternais e procurar o tal frade!"

"Quanto à criatura, — continua — vocês ontem foram apanhados de surpresa! Certamente com uma equipa maior e mais arsenal conseguirão dar conta do recado! — pausa — Conto contigo, Julianne. Não podemos deixar que o Muir consiga ganhar o referendo!"

E agora, vais até à Cooperativa Semente ver se encontras a criatura?

Tento procurar a criatura, mas pretende levar comigo uma equipa de policiais bem armados..

Julianne dirige-se então de novo à esquadra. Teria de se mostrar confiante o suficiente para que os seus colegas a continuassem a aceitar como oficial superior.

Num dos cruzamentos, porém, Julianne repara que está a ser seguida... era um homem novo, com ar furtivo. Julianne começa por não lhe querer dar muita atenção mas a sua cara não lhe era estranha...

Tento lembrar-me de onde conheço aquela cara....enquanto continuo ate à esquadra

Com efeito, vem-te à memória o simulacro: no momento em que, acabavas de sair do prédio em chamas, um voluntário corre na tua direcção gritando: "A caldeira!" — exactamente antes da explosão que abriu uma cratera à frente do edifício. E é esse mesmo voluntário que, agora, tenta passar despercebido. O mesmo voluntário que tinha amparado a queda do teu colega...

Segues então em direcção à esquadra e, logo à chegada, apercebes-te de que toda a gente parece ter ganho um novo ânimo e mostram-se prontos a seguir em direcção à Cooperativa Semente para caçar a tal criatura.

Lá dentro, os polícias juntam-se em roda à volta duma pessoa...

"Quem é?" — perguntas a um teu colega: "É o Rob! Recuperou!" — responde todo sorridente.